Religião é Veneno

Apo escreveu:É...eu já tinha lido a respeito. Será que ela descobriou depois ou ela fez ele já gay de cara?

Talvez seja só MKT.

King In Crimson escreveu:Lembro do Tolkien, que detestava pessoas que viam alegoria em tudo.

King In Crimson escreveu:Lembro do Tolkien, que detestava pessoas que viam alegoria em tudo.

"Sabe-se que, na saga Dragon Ball, estão implícitas inúmeras visões de mundo do autor, na forma de críticas não apenas ao conjunto de convenções sociais impostas ao ser humano sem seu consentimento direto, como também à impostura do ser social em seu relacionamento com o mundo. Para julgar o mérito de tais teses, é Mister Satan esmiuçar as particularidades tácitas ao longo da singular proposta artística de Akira Toriyama. Nos causa espécie que destarte, como já dito alhures, Dragon Ball nos venha tão imantado de significado.

A figura da metamorfose de Goku no chamado Super Sayajin é uma das chaves para compreender a pertinência deste clássico na era contemporânea. Ferino crítico do comodismo social, Toriyama via nas nada céleres atitudes da humanidade quando necessita reagir a um quadro instável um posicionamento inadequado à pretensa "pós-modernidade". Critica-se a atitude de só reagir a extremos: a sociedade coetânea ignora um fato até que este atinja uma paridade de situação inconcebível, inadmissível. A ver: não obstante a situação do terrorismo global estivesse cada vez mais volúvel, só foram tomadas atitudes quando este deteriorou-se até um ponto crítico, os atentados de Setembro de 2001 nos Estados Unidos; paralelamente, a sociedade norte-americana não reagiu à crescente cultura do belicismo no país, até ocorrerem massacres como o da escola de Columbine; da mesma forma, enquanto não foram divulgados os excessos como na prisão de Abu Ghraib, aquiesceu-se com a tortura indiscriminada em supostos terroristas.
Um olhar internacional e distante da realidade brasileira não é necessário para compreender este caráter da humanidade pós-moderna: basta analisar que só ocorrem reações à insegurança quando da morte de famosos (o reporter Tim Lopes), genocídios de origem policial (Vigário Geral, 1993), demonstrações do poder paralelo do narcotráfico (queima de um ônibus com passageiros, em Dezembro último) e corrupção explícita (esquema do "mensalão"). Os protestos permanecem enquanto o assunto não esfria na grande mídia. Logo depois, esquece-se a situação, até que ocorra o próximo caso de comoção nacional.

A crítica a tal leviandade do ser humano é perfeitamente expressa no Super Sayajin. Em um primeiro momento, Goku só atinge tal patamar de desenvolvimento ao ser submetido a uma situação de incontido inconformismo e repulsa, tal como o ser humano médio, que reage apenas a situações extremadas. Se o desenvolvimento súbito de uma reação fosse cambiado por uma mudança gradual e preventiva, o choque seria inegavelmente menor, evitando maior revés.

Outrossim, na figura da transformação de Goku é visível uma manifestação de desaprovação do egoísmo e do pessoalismo humano. Embora Goku tenha presenciado uma chacina infindável dos Namekuseijin, foi somente na morte de Kuririn, com o qual possuía vínculos sentimentais, que esboçou resistência. Respresenta-se, com isto, o desengajamento social, os instintos que levam à conservação do indivíduo próximo, pois, para Goku, uma simples vida teria mais importância do que as milhões que foram previamente ceifadas por seu inimigo.

A infinidade de conjecturas e divagações que a obra de Akira Toriyama permite só faz reforçar seu status de epopéia imortal. Vê-se, pois, que seu tratamento superficial é tão-só prova de absoluta ignorância e visão restrita, já que nesta saga disponibiliza-se para análise toda a miséria da condição humana, contraposta ao que há de rico na mesma.

Não nos esqueçamos que Toriyama busca nos apresentar as formas de dominação de Weber numa tricotomia fundamental formada pelos Humanos, Sayajins e Namekuseijins. Os primeiros são racionais, os segundos tradicionais e os terceiros carismáticos na figura do Patriarca como místico e profeta. Tudo isso numa abordagem Tomista-Aristotélica."

Samael escreveu:

King In Crimson escreveu:Lembro do Tolkien, que detestava pessoas que viam alegoria em tudo.

O que é estupidamente engraçado, King, pois fizeram milhões de alegorias em LoR. Desde defesa ecológica até fixismo moral.

Res Cogitans escreveu:Porra... eu já ouvi a alegoria de He-man. Pena que já faz muito tempo e não consiguiria reproduzir a loucura do meu professor de filosofia.

Azathoth escreveu:

Res Cogitans escreveu:Porra... eu já ouvi a alegoria de He-man. Pena que já faz muito tempo e não consiguiria reproduzir a loucura do meu professor de filosofia.

Com você também? Meu professor de filosofia tinha a seguinte interpretação de He-Man (Ele, o Homem): sugestivamente chamado de Adam, He-Man representa a humanidade. Já o Skeletor representaria a Morte. He-Man lutando contra o Esqueleto para proteger Eternia representa a infindável luta diária do Homem contra a Morte para atingir a vida eterna

Azathoth escreveu:

Res Cogitans escreveu:Porra... eu já ouvi a alegoria de He-man. Pena que já faz muito tempo e não consiguiria reproduzir a loucura do meu professor de filosofia.

Com você também? Meu professor de filosofia tinha a seguinte interpretação de He-Man (Ele, o Homem): sugestivamente chamado de Adam, He-Man representa a humanidade. Já o Skeletor representaria a Morte. He-Man lutando contra o Esqueleto para proteger Eternia representa a infindável luta diária do Homem contra a Morte para atingir a vida eterna

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Jeanioz escreveu:

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Não é, há também João e o Pé de Feijão, que mostra um ladrão de galinha como mocinho...

"Sabe-se que, na saga Dragon Ball, estão implícitas inúmeras visões de mundo do autor, na forma de críticas não apenas ao conjunto de convenções sociais impostas ao ser humano sem seu consentimento direto, como também à impostura do ser social em seu relacionamento com o mundo. Para julgar o mérito de tais teses, é Mister Satan esmiuçar as particularidades tácitas ao longo da singular proposta artística de Akira Toriyama. Nos causa espécie que destarte, como já dito alhures, Dragon Ball nos venha tão imantado de significado.

A figura da metamorfose de Goku no chamado Super Sayajin é uma das chaves para compreender a pertinência deste clássico na era contemporânea. Ferino crítico do comodismo social, Toriyama via nas nada céleres atitudes da humanidade quando necessita reagir a um quadro instável um posicionamento inadequado à pretensa "pós-modernidade". Critica-se a atitude de só reagir a extremos: a sociedade coetânea ignora um fato até que este atinja uma paridade de situação inconcebível, inadmissível. A ver: não obstante a situação do terrorismo global estivesse cada vez mais volúvel, só foram tomadas atitudes quando este deteriorou-se até um ponto crítico, os atentados de Setembro de 2001 nos Estados Unidos; paralelamente, a sociedade norte-americana não reagiu à crescente cultura do belicismo no país, até ocorrerem massacres como o da escola de Columbine; da mesma forma, enquanto não foram divulgados os excessos como na prisão de Abu Ghraib, aquiesceu-se com a tortura indiscriminada em supostos terroristas.
Um olhar internacional e distante da realidade brasileira não é necessário para compreender este caráter da humanidade pós-moderna: basta analisar que só ocorrem reações à insegurança quando da morte de famosos (o reporter Tim Lopes), genocídios de origem policial (Vigário Geral, 1993), demonstrações do poder paralelo do narcotráfico (queima de um ônibus com passageiros, em Dezembro último) e corrupção explícita (esquema do "mensalão"). Os protestos permanecem enquanto o assunto não esfria na grande mídia. Logo depois, esquece-se a situação, até que ocorra o próximo caso de comoção nacional.

A crítica a tal leviandade do ser humano é perfeitamente expressa no Super Sayajin. Em um primeiro momento, Goku só atinge tal patamar de desenvolvimento ao ser submetido a uma situação de incontido inconformismo e repulsa, tal como o ser humano médio, que reage apenas a situações extremadas. Se o desenvolvimento súbito de uma reação fosse cambiado por uma mudança gradual e preventiva, o choque seria inegavelmente menor, evitando maior revés.

Outrossim, na figura da transformação de Goku é visível uma manifestação de desaprovação do egoísmo e do pessoalismo humano. Embora Goku tenha presenciado uma chacina infindável dos Namekuseijin, foi somente na morte de Kuririn, com o qual possuía vínculos sentimentais, que esboçou resistência. Respresenta-se, com isto, o desengajamento social, os instintos que levam à conservação do indivíduo próximo, pois, para Goku, uma simples vida teria mais importância do que as milhões que foram previamente ceifadas por seu inimigo.

A infinidade de conjecturas e divagações que a obra de Akira Toriyama permite só faz reforçar seu status de epopéia imortal. Vê-se, pois, que seu tratamento superficial é tão-só prova de absoluta ignorância e visão restrita, já que nesta saga disponibiliza-se para análise toda a miséria da condição humana, contraposta ao que há de rico na mesma.

Não nos esqueçamos que Toriyama busca nos apresentar as formas de dominação de Weber numa tricotomia fundamental formada pelos Humanos, Sayajins e Namekuseijins. Os primeiros são racionais, os segundos tradicionais e os terceiros carismáticos na figura do Patriarca como místico e profeta. Tudo isso numa abordagem Tomista-Aristotélica."

Apo escreveu:

Jeanioz escreveu:

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Não é, há também João e o Pé de Feijão, que mostra um ladrão de galinha como mocinho...

O pé de feijão significa que João é um oligarca impiedoso ou significa que ele é o Estado que se apodera dos bens de produção?

E fora toda a simbologia da Disney Co.

Vejam bem o que fazemos com as cabeças de nossas crianças...por isto é o ser humano é o que é...

Quanta asneira.

Jolly_Roger escreveu:

Apo escreveu:

Jeanioz escreveu:

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Não é, há também João e o Pé de Feijão, que mostra um ladrão de galinha como mocinho...

O pé de feijão significa que João é um oligarca impiedoso ou significa que ele é o Estado que se apodera dos bens de produção?

E fora toda a simbologia da Disney Co.

Vejam bem o que fazemos com as cabeças de nossas crianças...por isto é o ser humano é o que é...

Quanta asneira.

Veja bem !

o pé de feijão significa a ascenção social, "joão" residente na terra (classe social mais baixa), usa das sementes (crime, ilegalidade) que trocou pela vaca. (emprego digno, mas insuficiente para sobreviver).
Vendo as semente brotarem e se transformarem no pé de feijão (percepção desesperada de que o crime compensa) joão consegue atingir o topo da sociedade (além das nuvens) e roubar o gigante (zelites), temos perseguição do gigante que desce o pé de feijão atrás do joão (as elites usando do estado como mecanismo de opressão social contra as classes baixas). João cortando o pé de feijão derrubando o gigante e matando-o (significa a revolução das classes sociais inferiores contra a opressão promovida pelas zelites, a destruição do pé de feijão é a extinção da sociedade dividida entre classes).

Res Cogitans escreveu:

Jolly_Roger escreveu:

Apo escreveu:

Jeanioz escreveu:

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Não é, há também João e o Pé de Feijão, que mostra um ladrão de galinha como mocinho...

O pé de feijão significa que João é um oligarca impiedoso ou significa que ele é o Estado que se apodera dos bens de produção?

E fora toda a simbologia da Disney Co.

Vejam bem o que fazemos com as cabeças de nossas crianças...por isto é o ser humano é o que é...

Quanta asneira.

Veja bem !

o pé de feijão significa a ascenção social, "joão" residente na terra (classe social mais baixa), usa das sementes (crime, ilegalidade) que trocou pela vaca. (emprego digno, mas insuficiente para sobreviver).
Vendo as semente brotarem e se transformarem no pé de feijão (percepção desesperada de que o crime compensa) joão consegue atingir o topo da sociedade (além das nuvens) e roubar o gigante (zelites), temos perseguição do gigante que desce o pé de feijão atrás do joão (as elites usando do estado como mecanismo de opressão social contra as classes baixas). João cortando o pé de feijão derrubando o gigante e matando-o (significa a revolução das classes sociais inferiores contra a opressão promovida pelas zelites, a destruição do pé de feijão é a extinção da sociedade dividida entre classes).

A essa hora vc já está bêbado???

Jolly_Roger escreveu:

Apo escreveu:

Jeanioz escreveu:

Apo escreveu:Há alegorias em tudo.


Nada mais esquerda do que o Lobo e os Três Porquinhos.

É ou não é?

Não é, há também João e o Pé de Feijão, que mostra um ladrão de galinha como mocinho...

O pé de feijão significa que João é um oligarca impiedoso ou significa que ele é o Estado que se apodera dos bens de produção?

E fora toda a simbologia da Disney Co.

Vejam bem o que fazemos com as cabeças de nossas crianças...por isto é o ser humano é o que é...

Quanta asneira.

Veja bem !

o pé de feijão significa a ascenção social, "joão" residente na terra (classe social mais baixa), usa das sementes (crime, ilegalidade) que trocou pela vaca. (emprego digno, mas insuficiente para sobreviver).
Vendo as semente brotarem e se transformarem no pé de feijão (percepção desesperada de que o crime compensa) joão consegue atingir o topo da sociedade (além das nuvens) e roubar o gigante (zelites), temos perseguição do gigante que desce o pé de feijão atrás do joão (as elites usando do estado como mecanismo de opressão social contra as classes baixas). João cortando o pé de feijão derrubando o gigante e matando-o (significa a revolução das classes sociais inferiores contra a opressão promovida pelas zelites, a destruição do pé de feijão é a extinção da sociedade dividida entre classes).