Cogito ergo Sum
Enviado: 05 Jan 2006, 13:38
Descartes, ao pensar sobre o Cogito, o eu, fica convencido que é a coisa mais certa que existe. O Pensamento é algo que brota diretamente desse eu. E conclui que num cenáruio imaginário em que um génio maligno nos quer enganar, o pensamento sobre o eu é menos falível do que qualquer coisa que se baseie nos sentidos do corpo.
Mas, e se não existir nenhum eu de onde brotam pensamentos? E se o génio maligno nos consegue enganar simplesmentefazendo com que prestemos atenção a pensamentos enganadores, como " Penso, logo existo" ?Neste caso podemos mesmo duvidar que haja um eu, mesmo que não possamos dizer que não há algo, porque afinal há um demónio a divertir-se com alguma coisa.
O Filósofo Simon Blackburn, diz que pensar é como trovejar. O trovejar refere-se a quê concretamente? A nada de especifico. Trovejar é simplesmente algo que acontece na atmosfera. É um processo que decorre das propriedades dessa atmosfera. Da mesma forma pensar é algo que acontece no cérebro e não se refere a nada de especifico, a um EU. Pensar é trovejar numa atmosfera composta de neurónios.
No entanto, na segunda pergunta que faço há um problema.. Eu digo que o génio maligno nos engana fazendo com que presyemos atenção a pensamentos enganadores. Mas quem está a prestar atenção? linguagem atraiçoa-nos. Porquê? Porque temos uma poderosa intuição de termos um eu a quem se referem os pensamentos e experiências, e isto reflete-se na nossa linguagem. mesmo se não queiramos.
Será a nossa intuição verdadeira? Haverá mesmo um eu de onde saem pensamentos? Ou será om pensamento somente um processo como o trovejar? E neste caso o eu seria apenas uma ideia parasita que domina o cérebro e puxa todos os outros pensamentos a si?
Há pelo menos um Filósofo que acha que a nossa intuição sobre o eu é demasiado poderosa para ser uma mera ideia parasita que atrai pensamentos que trovejam no cérebro: O Nicholas Humphrey. Mas ele prefere a expressão "Sinto, logo existo". Segundo ele, as nossa sensações, são aquilo que sentimos antes de qualquer ideia ser formulada. A razão porque achamos que o pensamento é primário tem a ver com o fato de o sentir e o pensar sobre o sentir serem quase simultâneos. Mas é lógico que não podem ser... e este fato da psicologia cognitiva é muito esquecido pelos filósofos da mente, segundo ele.
Se "Sinto logo existo, então os pensamentos poderão ser vistos não como algo que brota de um EU central, mas antes como algo que nasce das tempestades do cérebro (o tal processo de que Blackburn fala) mas que é atraído pelo EU que sente. Mas então o que é o EU? Ficamos na mesma. Talvez seja a tal alma imaterial e inefável de Descartes. Ou talvez seja a totalidade do cérebro. O cérebro é o EU e o pensamento brota mesmo do EU, o que invalida muito do que falei antes.
Meu, que confusão... não sirvo para Filósofo...
Mas, e se não existir nenhum eu de onde brotam pensamentos? E se o génio maligno nos consegue enganar simplesmentefazendo com que prestemos atenção a pensamentos enganadores, como " Penso, logo existo" ?Neste caso podemos mesmo duvidar que haja um eu, mesmo que não possamos dizer que não há algo, porque afinal há um demónio a divertir-se com alguma coisa.
O Filósofo Simon Blackburn, diz que pensar é como trovejar. O trovejar refere-se a quê concretamente? A nada de especifico. Trovejar é simplesmente algo que acontece na atmosfera. É um processo que decorre das propriedades dessa atmosfera. Da mesma forma pensar é algo que acontece no cérebro e não se refere a nada de especifico, a um EU. Pensar é trovejar numa atmosfera composta de neurónios.
No entanto, na segunda pergunta que faço há um problema.. Eu digo que o génio maligno nos engana fazendo com que presyemos atenção a pensamentos enganadores. Mas quem está a prestar atenção? linguagem atraiçoa-nos. Porquê? Porque temos uma poderosa intuição de termos um eu a quem se referem os pensamentos e experiências, e isto reflete-se na nossa linguagem. mesmo se não queiramos.
Será a nossa intuição verdadeira? Haverá mesmo um eu de onde saem pensamentos? Ou será om pensamento somente um processo como o trovejar? E neste caso o eu seria apenas uma ideia parasita que domina o cérebro e puxa todos os outros pensamentos a si?
Há pelo menos um Filósofo que acha que a nossa intuição sobre o eu é demasiado poderosa para ser uma mera ideia parasita que atrai pensamentos que trovejam no cérebro: O Nicholas Humphrey. Mas ele prefere a expressão "Sinto, logo existo". Segundo ele, as nossa sensações, são aquilo que sentimos antes de qualquer ideia ser formulada. A razão porque achamos que o pensamento é primário tem a ver com o fato de o sentir e o pensar sobre o sentir serem quase simultâneos. Mas é lógico que não podem ser... e este fato da psicologia cognitiva é muito esquecido pelos filósofos da mente, segundo ele.
Se "Sinto logo existo, então os pensamentos poderão ser vistos não como algo que brota de um EU central, mas antes como algo que nasce das tempestades do cérebro (o tal processo de que Blackburn fala) mas que é atraído pelo EU que sente. Mas então o que é o EU? Ficamos na mesma. Talvez seja a tal alma imaterial e inefável de Descartes. Ou talvez seja a totalidade do cérebro. O cérebro é o EU e o pensamento brota mesmo do EU, o que invalida muito do que falei antes.
Meu, que confusão... não sirvo para Filósofo...