B16 sugere que farmaceuticos devem poder recusar vendas
Enviado: 02 Nov 2007, 12:27
Discurso do papa sobre "pílula do dia seguinte" é criticado
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Políticos e farmacêuticos da Itália reagiram com indignação, na terça-feira, a um apelo feito pelo papa Bento 16 para que farmacêuticos se recusassem a vender remédios tais como a "pílula do dia seguinte" caso alimentassem objeções morais a esse tipo de substância.
Na segunda-feira, durante uma conferência internacional, o papa afirmou que os farmacêuticos deveriam ter o direito de exercer uma objeção de consciência no caso de o medicamento a ser vendido interromper a gravidez, provocar aborto ou contribuir para a eutanásia.
A ministra da Saúde italiana, Livia Turco, afirmou que, apesar de Bento 16 ter o direito de conclamar os jovens a serem responsáveis quanto à vida sexual deles, não poderia determinar a profissionais como os farmacêuticos o que fazer.
"Não acredito que esse alerta para que os farmacêuticos sejam críticos conscientes da pílula do dia seguinte deva ser levado a sério", afirmou a ministra ao jornal Corriere della Sera.
O pontífice não mencionou nenhum medicamento específico, mas parecia referir-se à pílula do dia seguinte. Na Itália, o remédio só pode ser comprado com prescrição médica.
O papa também se referiu ao RU-486, a chamada pílula do aborto, que está disponível em alguns hospitais italianos em caráter experimental. O medicamento bloqueia a ação de alguns hormônios necessários para manter o óvulo fertilizado ligado à parede do útero.
Franco Caprini, chefe do grupo de farmacêuticos Federfarma, disse que, pela lei, os farmacêuticos são obrigados a vender os remédios prescritos por um médico.
"Não podemos fazer uma objeção de consciência se a lei não for alterada", afirmou.
in: http://br.reuters.com/article/worldNews ... 9820071030
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Políticos e farmacêuticos da Itália reagiram com indignação, na terça-feira, a um apelo feito pelo papa Bento 16 para que farmacêuticos se recusassem a vender remédios tais como a "pílula do dia seguinte" caso alimentassem objeções morais a esse tipo de substância.
Na segunda-feira, durante uma conferência internacional, o papa afirmou que os farmacêuticos deveriam ter o direito de exercer uma objeção de consciência no caso de o medicamento a ser vendido interromper a gravidez, provocar aborto ou contribuir para a eutanásia.
A ministra da Saúde italiana, Livia Turco, afirmou que, apesar de Bento 16 ter o direito de conclamar os jovens a serem responsáveis quanto à vida sexual deles, não poderia determinar a profissionais como os farmacêuticos o que fazer.
"Não acredito que esse alerta para que os farmacêuticos sejam críticos conscientes da pílula do dia seguinte deva ser levado a sério", afirmou a ministra ao jornal Corriere della Sera.
O pontífice não mencionou nenhum medicamento específico, mas parecia referir-se à pílula do dia seguinte. Na Itália, o remédio só pode ser comprado com prescrição médica.
O papa também se referiu ao RU-486, a chamada pílula do aborto, que está disponível em alguns hospitais italianos em caráter experimental. O medicamento bloqueia a ação de alguns hormônios necessários para manter o óvulo fertilizado ligado à parede do útero.
Franco Caprini, chefe do grupo de farmacêuticos Federfarma, disse que, pela lei, os farmacêuticos são obrigados a vender os remédios prescritos por um médico.
"Não podemos fazer uma objeção de consciência se a lei não for alterada", afirmou.
in: http://br.reuters.com/article/worldNews ... 9820071030