Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
Mohammed Ahmer sobe ao palco do porão de uma casa de espetáculos de Washington. O local é apertado, abafado e a casa está cheia. Não são servidas bebidas alcóolicas. Na platéia, algumas mulheres de véu batem palmas.
''Eu me sinto palestino de novo, trancado aqui dentro. Tem algum palestino aqui hoje?''. Diante do silêncio geral, ele emenda: ''Não? Ah, o resto deve estar todo em Guantánamo''.
Esse é o estilo de humor que permeia o trabalho do trio de humoristas Allah Made Me Funny (Alá Me Fez Engraçado). A trupe, que existe há três anos, está em vias de chegar a Hollywood, graças a um documentário, com estréia prevista para 2008, sobre o trabalho dos comediantes, e vem realizando turnês mundiais.
O grupo é mais um a engrossar a lista de humoristas islâmicos que decidiram rir dos preconceitos que sofrem dentro da sociedade americana, mas também dos problemas que afligem o seu próprio meio. A trupe surgiu na mesma época que outros atualmente populares humoristas, o grupo Axis of Evil (Eixo do Mal), formado por americanos com raízes no Oriente Médio.
'Arte de protesto'
''O humor é uma arte de protesto. Toda minoria usa o humor para combater o racismo e a discriminação. E os muçulmanos agora querem falar por si mesmos'', afirma Azhar Usman, americano, nascido em Chicago, mas de pais indianos.
Usman, que é um dos membros originais do Allah Made Me Funny, diz que o grupo não se centra apenas nos preconceitos sofridos por muçulmanos, mas também nas peculiaridades da sociedade islâmica.
''Um dos estereótipos clássicos que as pessoas gostam de dizer é 'os homens islâmicos são terroristas, e as mulheres são oprimidas.' Eu pergunto: Alguma dessas pessoas já foram ao lar de um muçulmano? Se tivessem, saberiam que é exatamente o contrário'', afirma, provocando risos da platéia.
Humor familiar
Laços familiares também rendem algumas das melhores piadas do grupo. ''Eu tenho um irmão chamado Omar, que é piloto. E outro, chamado Ahmed, que é PHD em bioquímica. Minha família sabe que a qualquer hora o FBI vai bater na nossa porta'', afirma Mohammed Ahmer.
Ele segue na mesma linha: ''Para piorar, tenho um sobrinho de nove anos chamado Osama. Eu vou com ele ao shopping, ele sai correndo, aí eu penso: 'E agora, como é que eu vou fazer para chamá-lo no meio dessa multidão?' Já sei: 'Ei Sammy, volte aqui!'''.
Preacher Moss, um afro-americano que já escreveu para o lendário programa Saturday Night Live, faz graça com a sua conversão ao islamismo, que ocorreu na época em que ele era um estudante universitário.
''Eu parei de beber, de andar com mulheres e de repente vivia rodeado de homens. Minha não pensou que eu tivesse me tornado muçulmano. Ela achou que eu tivesse virado gay'', conta.
Riscos
Os humoristas afirmam que, com sua linha de humor, já chegaram a ser expostos a situações de risco.
Mohammed Ahmer diz ter sido um dos primeiros humoristas islâmicos a se apresentar em bases militares americanas no exterior.
Alguns dos soldados presentes o receberam com hostilidade, quando ele disse ser um muçulmano americano, e ele decidiu responder à altura. ''Eles chegaram a tentar invadir o palco para me bater. Não fosse a intervenção de um outro soldado, eles o teriam feito.''
Depois de um giro europeu e de uma passagem pela Europa, Ahmer conta que gostaria de levar o show para o público brasileiro.
''Existe uma grande comunidade de origem libanesa por lá. Mas eles falam o quê, árabe, inglês? Nenhum dos dois. Bem, então acho que vou ter de aprender português'', afirma.
Mohammed Ahmer sobe ao palco do porão de uma casa de espetáculos de Washington. O local é apertado, abafado e a casa está cheia. Não são servidas bebidas alcóolicas. Na platéia, algumas mulheres de véu batem palmas.
''Eu me sinto palestino de novo, trancado aqui dentro. Tem algum palestino aqui hoje?''. Diante do silêncio geral, ele emenda: ''Não? Ah, o resto deve estar todo em Guantánamo''.
Esse é o estilo de humor que permeia o trabalho do trio de humoristas Allah Made Me Funny (Alá Me Fez Engraçado). A trupe, que existe há três anos, está em vias de chegar a Hollywood, graças a um documentário, com estréia prevista para 2008, sobre o trabalho dos comediantes, e vem realizando turnês mundiais.
O grupo é mais um a engrossar a lista de humoristas islâmicos que decidiram rir dos preconceitos que sofrem dentro da sociedade americana, mas também dos problemas que afligem o seu próprio meio. A trupe surgiu na mesma época que outros atualmente populares humoristas, o grupo Axis of Evil (Eixo do Mal), formado por americanos com raízes no Oriente Médio.
'Arte de protesto'
''O humor é uma arte de protesto. Toda minoria usa o humor para combater o racismo e a discriminação. E os muçulmanos agora querem falar por si mesmos'', afirma Azhar Usman, americano, nascido em Chicago, mas de pais indianos.
Usman, que é um dos membros originais do Allah Made Me Funny, diz que o grupo não se centra apenas nos preconceitos sofridos por muçulmanos, mas também nas peculiaridades da sociedade islâmica.
''Um dos estereótipos clássicos que as pessoas gostam de dizer é 'os homens islâmicos são terroristas, e as mulheres são oprimidas.' Eu pergunto: Alguma dessas pessoas já foram ao lar de um muçulmano? Se tivessem, saberiam que é exatamente o contrário'', afirma, provocando risos da platéia.
Humor familiar
Laços familiares também rendem algumas das melhores piadas do grupo. ''Eu tenho um irmão chamado Omar, que é piloto. E outro, chamado Ahmed, que é PHD em bioquímica. Minha família sabe que a qualquer hora o FBI vai bater na nossa porta'', afirma Mohammed Ahmer.
Ele segue na mesma linha: ''Para piorar, tenho um sobrinho de nove anos chamado Osama. Eu vou com ele ao shopping, ele sai correndo, aí eu penso: 'E agora, como é que eu vou fazer para chamá-lo no meio dessa multidão?' Já sei: 'Ei Sammy, volte aqui!'''.
Preacher Moss, um afro-americano que já escreveu para o lendário programa Saturday Night Live, faz graça com a sua conversão ao islamismo, que ocorreu na época em que ele era um estudante universitário.
''Eu parei de beber, de andar com mulheres e de repente vivia rodeado de homens. Minha não pensou que eu tivesse me tornado muçulmano. Ela achou que eu tivesse virado gay'', conta.
Riscos
Os humoristas afirmam que, com sua linha de humor, já chegaram a ser expostos a situações de risco.
Mohammed Ahmer diz ter sido um dos primeiros humoristas islâmicos a se apresentar em bases militares americanas no exterior.
Alguns dos soldados presentes o receberam com hostilidade, quando ele disse ser um muçulmano americano, e ele decidiu responder à altura. ''Eles chegaram a tentar invadir o palco para me bater. Não fosse a intervenção de um outro soldado, eles o teriam feito.''
Depois de um giro europeu e de uma passagem pela Europa, Ahmer conta que gostaria de levar o show para o público brasileiro.
''Existe uma grande comunidade de origem libanesa por lá. Mas eles falam o quê, árabe, inglês? Nenhum dos dois. Bem, então acho que vou ter de aprender português'', afirma.
- RicardoVitor
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- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re.: Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA

Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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Re.: Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
as caricaturas de maomé são bem humuradas também
- Jeanioz
- Mensagens: 5473
- Registrado em: 27 Set 2006, 16:13
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Re.: Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
Não adianta, Pug. Humor ateu ainda é melhor. 

"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
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"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
Re: Re.: Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
myg escreveu:as caricaturas de maomé são bem humoradas também
E fazem 1 verdadeiro BUM em matéria de polêmica


Re.: Humoristas muçulmanos ganham espaço nos EUA
NÃO!!!
NÃO PODE...
SE OS DIABÓLICOS "JUDAICOS-CRISTÃOS OCIDENTAIS" NÃO PODEM BRINCAR COM MAOMÉ, ENTÃO ELES NÃO PODEM BRINCAR COM A GENTE TAMBÉM NÃO UAI!!!
PRA "FAZER PIADA", TEM QUE "AGUENTAR A PIADA" TAMBÉM...
Se não sabem brincar, NÃO BRINQUEM...

NÃO PODE...
SE OS DIABÓLICOS "JUDAICOS-CRISTÃOS OCIDENTAIS" NÃO PODEM BRINCAR COM MAOMÉ, ENTÃO ELES NÃO PODEM BRINCAR COM A GENTE TAMBÉM NÃO UAI!!!
PRA "FAZER PIADA", TEM QUE "AGUENTAR A PIADA" TAMBÉM...
Se não sabem brincar, NÃO BRINQUEM...

Manoel Machado Henriques
"...A razão de um povo inteiro, leva tempo a construir..."
(Pedro Ayres Magalhães - As Brumas do Futuro)
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