Da eficiência no serviço público
Enviado: 05 Nov 2007, 19:36
Certa vez, tivemos um tópico aqui no ReV (do Res, salvo engano), questionando quem paga para você estar na Internet papeando.
Não lembro se cheguei a postar por lá e, se postei, o que disse. Mas hoje ele me veio à lembrança, enquanto pensava no orgão público que estou trabalhando.
Na empresa privada que (ainda, por enquanto) trabalho, existem algumas restrições ao uso da Internet, como Orkut, Msn, salas de bate-papo, sites de jogos e downloads e sites pornográficos. O bloqueio é feito via Proxy, mas os caras deixam tantas brechas que, vira e meche, mesmo quem não saca muito de informática consegue burlar vários bloqueios. Sem contar no bloqueio por indexação, super mal-feito, que vive bloqueando sites comuns, como de notícias, gerando demanda para que sejam desbloqueados.
Mas, provavelmente, ninguém conta com a possibilidade de um colaborador ser assíduo em um foro tipo o rev e gastar tempo de trabalho, em excesso, nesta tarefa.
Eu, particularmente, nunca deixei de cumprir minhas obrigações para estar na Internet, apesar de ser um internauta viciado. Como eu sou "ágil", costumo fazer o serviço bem mais rápido, sobrando tempo para consultas pessoais à Internet.
É mais ou menos como se eu tivesse que produzir X em Y horas. Eu produzo X em 1/2Y horas, sobrando 1/2Y para "mim". Acontece que, a grosso modo, eu poderia estar produzindo MAIS no tempo excedente... Eu normalmente produzo uma desculpa bem auto-convicente do tipo "profissionais no mesmo posto ou similares que o meu produzem X em Y horas. Eu vou produzir 2X para ganhar a mesma coisa? Ter o mesmo reconhecimento?". Além do que, convenço-me da necessidade de desobstruir a mente durante o expediente, para não desabar.
Somos tentados a pensar que no serviço público a coisa fica bem à vontade, de forma que todos podem usufruir do tempo de trabalho na Internet, às custas da coletividade. Em alguns lugares pode ser assim. Na primeira empresa público que trabalhei como concursado o acesso era livre, mas eu não passava muito tempo na Internet, já que no meu setor ninguém tinha uma sala própria, os computadores ficavam aglomerados e eu não me sentia bem em estar lendo uma mensagem "junto" com a pessoa da mesa ao lado...
Pois bem. No orgão público que agora trabalho o acesso à Internet é totalmente restrito. Temos acesso ao sistema corporativo na Intranet, à página do orgão na Internet, à página dos dois bancos que operam conosco e da empresa que gerencia o nosso ticket alimentação. Só. Na primeira semana de trabalho isso me frustrou. Depois acostumei e concluí que, a bem do serviço público, todo o funcionalismo deveria estar da mesma forma.
Ninguém fica disputando os melhores computadores, já que todos só operam as mesmas coisas...
A produtividade aumenta e ninguém cola no computador se realmente não for usá-lo.
Ah! Há uma pessoa com uma "super-senha" que dá acesso quase livre à Internet, mas que apenas a libera para fins de trabalho (como pesquisar o endereço de uma instituição para quem precisemos enviar uma correspondência) ou acessar um e-mail pessoal em caso de muita necessidade.
Ponto para o Serviço público.
Não lembro se cheguei a postar por lá e, se postei, o que disse. Mas hoje ele me veio à lembrança, enquanto pensava no orgão público que estou trabalhando.
Na empresa privada que (ainda, por enquanto) trabalho, existem algumas restrições ao uso da Internet, como Orkut, Msn, salas de bate-papo, sites de jogos e downloads e sites pornográficos. O bloqueio é feito via Proxy, mas os caras deixam tantas brechas que, vira e meche, mesmo quem não saca muito de informática consegue burlar vários bloqueios. Sem contar no bloqueio por indexação, super mal-feito, que vive bloqueando sites comuns, como de notícias, gerando demanda para que sejam desbloqueados.
Mas, provavelmente, ninguém conta com a possibilidade de um colaborador ser assíduo em um foro tipo o rev e gastar tempo de trabalho, em excesso, nesta tarefa.
Eu, particularmente, nunca deixei de cumprir minhas obrigações para estar na Internet, apesar de ser um internauta viciado. Como eu sou "ágil", costumo fazer o serviço bem mais rápido, sobrando tempo para consultas pessoais à Internet.
É mais ou menos como se eu tivesse que produzir X em Y horas. Eu produzo X em 1/2Y horas, sobrando 1/2Y para "mim". Acontece que, a grosso modo, eu poderia estar produzindo MAIS no tempo excedente... Eu normalmente produzo uma desculpa bem auto-convicente do tipo "profissionais no mesmo posto ou similares que o meu produzem X em Y horas. Eu vou produzir 2X para ganhar a mesma coisa? Ter o mesmo reconhecimento?". Além do que, convenço-me da necessidade de desobstruir a mente durante o expediente, para não desabar.
Somos tentados a pensar que no serviço público a coisa fica bem à vontade, de forma que todos podem usufruir do tempo de trabalho na Internet, às custas da coletividade. Em alguns lugares pode ser assim. Na primeira empresa público que trabalhei como concursado o acesso era livre, mas eu não passava muito tempo na Internet, já que no meu setor ninguém tinha uma sala própria, os computadores ficavam aglomerados e eu não me sentia bem em estar lendo uma mensagem "junto" com a pessoa da mesa ao lado...
Pois bem. No orgão público que agora trabalho o acesso à Internet é totalmente restrito. Temos acesso ao sistema corporativo na Intranet, à página do orgão na Internet, à página dos dois bancos que operam conosco e da empresa que gerencia o nosso ticket alimentação. Só. Na primeira semana de trabalho isso me frustrou. Depois acostumei e concluí que, a bem do serviço público, todo o funcionalismo deveria estar da mesma forma.
Ninguém fica disputando os melhores computadores, já que todos só operam as mesmas coisas...

A produtividade aumenta e ninguém cola no computador se realmente não for usá-lo.
Ah! Há uma pessoa com uma "super-senha" que dá acesso quase livre à Internet, mas que apenas a libera para fins de trabalho (como pesquisar o endereço de uma instituição para quem precisemos enviar uma correspondência) ou acessar um e-mail pessoal em caso de muita necessidade.
Ponto para o Serviço público.
