Petrobras confirma reservas gigantes de óleo e gás

[Anton Lavey]

A Petrobras informou nesta quinta-feira que os testes no campo de Tupi, na Bacia de Santos, indicam um volume recuperável de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo e gás natural.

A área avaliada está na região denominada de pré-sal, onde os reservatórios se encontram abaixo de uma extensa camada de sal, localizada até a 5.000 metros de profundidade.

Os testes foram feitos no poço 1-RJS-646, que está no bloco BMS-S-11. O petróleo encontrado tem 28º API. O óleo é mais leve à medida que seu grau é mais elevado. O óleo pesado da Bacia de Campos, por exemplo, tem de 17 º API a 20º API.

A Petrobras é operadora do bloco e detém 65% do ativo. As sócias são a britânica BG Group, com 25%, e a portuguesa Petrogal - Galp Energia, com 10%.

"A Petrobras realizou, também, uma avaliação regional do potencial petrolífero do pré-sal que se estende nas bacias do Sul e Sudeste brasileiros. Os volumes recuperáveis estimados de óleo e gás para os reservatórios do pré-sal, se confirmados, elevarão significativamente a quantidade de óleo existente em bacias brasileiras, colocando o Brasil entre os países com grandes reservas de petróleo e gás do mundo', disse a estatal em comunicado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 3829.shtml

[Acauan]

A Petrobras informou nesta quinta-feira que os testes no campo de Tupi,...

TUPI RULES!

[Johnny]

Pensei que a TUPI tivesse falido...

[Fedidovisk]

É isso aí Policarpo Quaresma!

MEXILHÃO otimismo exagerado na divulgação de volumes

http://img266.imageshack.us/img266/142/ssaabj4.jpg

Claro,

O Globo, 9 novembro

[SickBoy]

É isso aí Policarpo Quaresma!

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http://img266.imageshack.us/img266/142/ssaabj4.jpg

Claro,

O Globo, 9 novembro

e as previsões que se confirmam, não contam?

[Fedidovisk]

É isso aí Policarpo Quaresma!

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Claro,

O Globo, 9 novembro

e as previsões que se confirmam, não contam?

O detalhe é que esse governo faz "profecia".

[emmmcri]

É isso aí Policarpo Quaresma!

MEXILHÃO otimismo exagerado na divulgação de volumes

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Claro,

O Globo, 9 novembro

e as previsões que se confirmam, não contam?

O detalhe é que esse governo faz "profecia".

O Petróleo é nosso !

[SickBoy]

É isso aí Policarpo Quaresma!

MEXILHÃO otimismo exagerado na divulgação de volumes

http://img266.imageshack.us/img266/142/ssaabj4.jpg

Claro,

O Globo, 9 novembro

e as previsões que se confirmam, não contam?

O detalhe é que esse governo faz "profecia".

o 'detalhe' é que é preciso investidores, formar parcerias, até porque a extração naquela profundidade sai mais caro.


eu não entendo de petróleo, se você entende, poderia me dizer em que a 'descoberta' da petrobrás difere das de outras companhias, em que a sua análise é rasa, por exemplo com equipamentos ou metodologia inadequados?

[Johnny]

[Se a Petrobras fosse privatizada ON]
Vejam só o que é competência. Bastou vender o cabidaço e já é a terceira maior no mundo...

[Se a Petrobras fosse privatizada OFF]

[zumbi filosófico]

[facilmente controlável] E depois dizem que esse governo é ruim! O Lula fez a maior reserva de petróleo da história desse país!!! É lula de novo, com a força do povo!!! [/facilmente controlável]


[criacionistóide] Estão vendo, o petróleo nunca vai acabar. [/criacionistóide]

[Dick]

Notícia revivida pelo governo... é do ano passado, e só agora fazem este esterdalhaço. Por que será? Alguma relação com a atual crise? Não, imagina! E está faltando gente para dizer que, só para sua exploração, são necessários pelos menos 6 anos de pesquisa e implementação de tecnologias de sondagem. Mas as ações, é claro, já foram lá para cima... incrível o que faz um panis et circensis (é assim que se escreve?)

[Fedidovisk]

É isso aí Policarpo Quaresma!

MEXILHÃO otimismo exagerado na divulgação de volumes

http://img266.imageshack.us/img266/142/ssaabj4.jpg

Claro,

O Globo, 9 novembro

e as previsões que se confirmam, não contam?

O detalhe é que esse governo faz "profecia".

o 'detalhe' é que é preciso investidores, formar parcerias, até porque a extração naquela profundidade sai mais caro.


eu não entendo de petróleo, se você entende, poderia me dizer em que a 'descoberta' da petrobrás difere das de outras companhias, em que a sua análise é rasa, por exemplo com equipamentos ou metodologia inadequados?

Não se preocupe, não é necessário ser um "engenheiro-petroquímico"...

o 'detalhe' é que é preciso investidores, formar parcerias, até porque a extração naquela profundidade sai mais caro.

Foi bem clara a mensagem do governo ao retirar 41 blocos a leilão da ANP, intimidando possíveis investidores. Em países tão instáveis quanto a Venezuela e Bolívia, talvez só como os do Brasil resolvam investirem nesses locais, mesmo depois de recentes "quebras de contrato". E mais, a propaganda nacionalista é tão "vã" que Dilma insiste que haverá investimentos na Bolívia, como se essa recente descoberta tivesse alguma relação com nossa atual crise... ela e seu golpe de mestra conseguem várias saídas ao mesmo tempo.

- Dá a entender que essa descoberta da Petro soluciona a eminente crise energética.

- Que não precisará mais investir na "Bobo", mas que no entanto o fará, por questões puramente de "integração-regional"... aham...

- Essa descoberta até dado momento diz muito pouco, e influi nas decisões atuais quase nada, pois é de um custo muito alto devido as profundidas "nunca antes vistas nesse país", o que para petrobras pode significar um investimento insustentável a longo prazo.

Foi na assim na eleição para presidente, "agora somos auto-sufidientes em petróleo"... Espera-se demais que as soluçoes caiam literalmente da "natureza" e quando estas acontecem cessam imediatamente qualquer alternativa em andamento, isso porque, nosso acordo com a Bolívia agora se torna puramente "diplomatico".

eu não entendo de petróleo, se você entende, poderia me dizer em que a 'descoberta' da petrobrás difere das de outras companhias, em que a sua análise é rasa, por exemplo com equipamentos ou metodologia inadequados?

Ahn... ?

Talvez porque seja a Petrobras.

[Dick]

[criacionistóide] Estão vendo, o petróleo nunca vai acabar. [/criacionistóide]

Mas vemos como aquelas estimativas da década passada, ensinadas mesmo para as criancinhas na escola, de que o petróleo mundial iria acabar em 40 ou 50 anos, eram furadas. Não temos conhecimento te todas as bacias em potencial no planeta para se fazer tal afirmação. Vida longa ao aquecimento global!!!!!!

[Fedidovisk]

Detalhe, crise do gás, programa do bio-combustível, e agora esse "aquífero petrolífero"...

[Fedidovisk]

Notícia revivida pelo governo... é do ano passado, e só agora fazem este esterdalhaço. Por que será? Alguma relação com a atual crise? Não, imagina! E está faltando gente para dizer que, só para sua exploração, são necessários pelos menos 6 anos de pesquisa e implementação de tecnologias de sondagem. Mas as ações, é claro, já foram lá para cima... incrível o que faz um panis et circensis (é assim que se escreve?)

E pizza meu caro.... e pizza...

[SickBoy]

Notícia revivida pelo governo... é do ano passado, e só agora fazem este esterdalhaço. Por que será? Alguma relação com a atual crise? Não, imagina! E está faltando gente para dizer que, só para sua exploração, são necessários pelos menos 6 anos de pesquisa e implementação de tecnologias de sondagem. Mas as ações, é claro, já foram lá para cima... incrível o que faz um panis et circensis (é assim que se escreve?)

não sei. não cheguei a ver essa notícia repercutir ano passado, talvez tenha ficado à sombra de outras. mas talvez não houve nesse intervalo uma projeção mais precisa sobre as reservas encontradas, e talvez por isso mais estardalhaço? é que essa notícia pode ser considerada muito mais impactante do que a de que o Brasil é 'auto-sustentável' em petróleo, e essa foi bastante enfatizada, então não vejo porque não terem feito o mesmo com a mega-reserva-brasil-sil-sil


Bem, claro que a divulgação pode ter sido antecipada com a crise do gás, mas talvez à época que você se refere ainda não estavam havia algumas incertezas.

[SickBoy]

eu não entendo de petróleo, se você entende, poderia me dizer em que a 'descoberta' da petrobrás difere das de outras companhias, em que a sua análise é rasa, por exemplo com equipamentos ou metodologia inadequados?

Ahn... ?

Talvez porque seja a Petrobras.

Humm....

[Fedidovisk]

eu não entendo de petróleo, se você entende, poderia me dizer em que a 'descoberta' da petrobrás difere das de outras companhias, em que a sua análise é rasa, por exemplo com equipamentos ou metodologia inadequados?

Ahn... ?

Talvez porque seja a Petrobras.

Humm....

Dá licensa que eu vou dar uma passadinha nesse tópico aqui...

https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=14151

JV...

[zumbi filosófico]

[criacionistóide] Estão vendo, o petróleo nunca vai acabar. [/criacionistóide]

Mas vemos como aquelas estimativas da década passada, ensinadas mesmo para as criancinhas na escola, de que o petróleo mundial iria acabar em 40 ou 50 anos, eram furadas. Não temos conhecimento te todas as bacias em potencial no planeta para se fazer tal afirmação. Vida longa ao aquecimento global!!!!!!

Independentemente de não termos o conhecimento exato, pode-se ter estimativas sobre o quanto ainda se poderia achar fundamentadas naquilo que se sabe sobre o que é o petróleo; somando isso ao nível de consumo (e população) crescente, acho que mesmo as perspectivas mais otimistas não jogariam o problema para muitas gerações à frente (a menos que se comprovasse a teoria abiogênica).

Fora isso, essas estimativas antigas são as estimativas antigas, não quer dizer que toda estimativa seja uma porcaria que não merece qualquer consideração, só porque estimativas no passado estiveram erradas. Como o Asimov, com aquela citação de que você está certo em dizer que tanto os que disseram que a Terra era chata quanto os que disseram que era esférica estão errados, mas está errado também se acha que ambos estão igualmente errados.

Tem também a questão de quais estimativas foram essas exatamente. Não raramente há uma certa distância entre o conhecimento que fica meio popularizado no inconsciente das pessoas e as opinioões científicas de fato ("a evolução diz que homem veio do macaco", "o tsunami e a enchente lá de casa foram causados pelo aquecimento global"). Já ouvi falarem assim de estimativas antigas (no caso, sobre crescimento populacional) que estariam erradas, mas quando fui procurar algumas, estavam bastante precisas até.

[zumbi filosófico]

[Se a Petrobras fosse privatizada ON]
Vejam só o que é competência. Bastou vender o cabidaço e já é a terceira maior no mundo...

[Se a Petrobras fosse privatizada OFF]

esqueci de incluir no meu comentário de "facilmente agradável" alguma menção como:

[facilmente agradável] Ainda bem que a petrobrás não foi privatizada! Parabéns, Lula! Senão estaríamos importando petróleo, ou esse petróleo aí estaria indo para o exterior! Mas podemos dizer, orgulhosos, "o petróleo é NOSSO", é do povo brasileiro!" [/facilmente agradável]

.

[Johnny]

Que maravilha. Empresas privatizadas geram lucro e conseguem novas descobertas LOGO, estatais não...

Se a Petrobrás for a primeira no UNIVERSO, Deus aparecer na frente de alguns e ainda se Bush der seu aval, muita gente aqui ainda vai dizer que foi embuste.

Querem saber...


VTMTNC

[Alter-ego]

Países que sabem ganhar dinheiro com o petróleo sabem reconhecer suas limitações técnicas e permitir que os qualificados para tal façam a exploração, fazendo o dinheiro trabalhar a nosso favor. Mas como estamos no Brasil, todo o futuro lucro será torrado em programas para desenvolver a tecnologia (que já nascerá obsoleta) de explorar o tal petróleo.

[spink]

http://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=299487#299487

[Wallace]

Para variar mais uma ação dos tucanos que o PT arroga para si...

http://veja.abril.com.br/290999/p_112.html

Mais óleo na bacia

Poço de petróleo sinaliza chances
de novas descobertas para investidores

Lucila Soares e Franco Iacomini

O petróleo, que só vinha trazendo más notícias para o Brasil por causa do aumento do preço internacional, deu alegrias na semana passada. O anúncio da descoberta de um campo na Bacia de Santos, na última terça-feira, teve efeito imediato nas bolsas de valores. As ações da Petrobras bateram no recorde de 135% de valorização neste ano – contra a média de 69% dos demais papéis – 2% de alta só no dia seguinte ao anúncio. A notícia foi festejada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que fez questão de ser o porta-voz da boa nova. O campo descoberto fica na costa do Estado do Rio de Janeiro e tem reservas estimadas em 700 milhões de barris, o equivalente a todo o petróleo que brota no Brasil em dois anos. O novo poço deve começar a produzir comercialmente em 2001. Com ele, o país terá de importar menos – e, portanto, economizará dólares. Existe ainda a possibilidade de haver mais óleo, de boa qualidade, nas redondezas do novo campo – o que traz novamente para o universo das coisas reais a propalada auto-suficiência em 2005. Foi um desses inexplicáveis golpes de sorte. Tudo isso acontece justamente quando o preço internacional do petróleo, que só baixava desde janeiro de 1997, voltou a subir. Neste ano, um acordo entre os países associados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep, já provocou uma alta de 130% na cotação do produto.

A descoberta tem outros efeitos positivos óbvios. Deve avivar o interesse das empresas internacionais pela exploração em território brasileiro. Até o final de abril do próximo ano, a Agência Nacional do Petróleo, ANP, órgão do governo que estabelece as regras e fiscaliza o setor, vai realizar a segunda rodada de licitações para a exploração de petróleo e gás natural no país. Na primeira rodada, realizada em junho, dez companhias de seis países passaram a dividir com a Petrobras o direito de pesquisa, exploração e produção de petróleo e gás. Todas pesos pesados como as americanas Shell e Esso e a italiana Agip, que investiga um bloco vizinho a esse onde foi localizado o novo megacampo. Numa atividade em que se gasta dinheiro aos borbotões sem nenhuma garantia de sucesso, a descoberta de um campo reduz drasticamente o risco de perda total dos investimentos. A novidade já mudou os planos da ANP. Outras áreas da Bacia de Santos, agora em evidência, serão a atração do próximo leilão.

O que está acontecendo na área do petróleo brasileiro é surpreendente. De todos os setores estatais, este era o mais resistente à idéia da privatização. A quebra do monopólio da Petrobras, em junho, tornou o petróleo um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira. Nos próximos cinco anos, a pesquisa e a exploração deverão gerar entre 250.000 e 400.000 empregos. Cada empresa que já arrematou áreas de exploração deverá investir pelo menos 1,2 bilhão de dólares nos próximos três anos, só estudando o subsolo, em busca de algum sinal de óleo ou gás. Se as pesquisas tiverem sucesso e passarem para a fase de exploração, as cifras serão bem maiores. A estimativa dos especialistas é de que os investimentos alcancem 70 bilhões de dólares. Além das empresas interessadas diretamente na exploração, onze companhias especializadas em pesquisa de dados geológicos já estão instaladas no país. Empregos, dinheiro e tecnologia são os saldos imediatos da novidade.

O otimismo agora é irrefreável. "Um acontecimento como a descoberta anunciada aumenta muito o poder de atração de investidores pelo Brasil", diz Jean-Paul Prates, diretor da consultoria Expetro, do Rio de Janeiro, especializada no setor petrolífero. Quem investe quer saber se há boas chances de encontrar petróleo, se a qualidade do óleo é boa, e quer ainda poder aproveitar o mercado consumidor brasileiro. No novo campo, que deverá ser explorado apenas pela Petrobras, o petróleo é leve, o que aumenta a eficiência das refinarias, que conseguem produzir com menos gastos produtos de melhor qualidade e mais rentáveis, como o diesel. É uma boa promessa de lucros. "O Brasil é onde mais se faz pesquisa de litoral no mundo", comemora David Zylbersztajn, presidente da ANP, antecipando que novas áreas produtoras podem ser localizadas também em outras bacias petrolíferas. "Estamos apenas no começo."

Epopéia – Os primeiros sinais da existência da reserva de óleo no litoral carioca surgiram no ano passado. Foram necessários alguns meses para confirmar o achado. Apesar de todo o avanço tecnológico, encontrar petróleo continua sendo um processo de tentativa e erro. É freqüente não se achar uma gota de óleo mesmo em locais que, pelas características físicas, tinham tudo para estar encharcados do combustível fóssil. O único jeito de saber ao certo onde está o petróleo é furar. Na Bacia de Santos, onde agora se descobriu o novo campo, foram perfurados nada menos que 100 poços desde 1971, cada um deles ao custo médio de 10 milhões de dólares. A operação é uma verdadeira epopéia. É feita em alto-mar, a centenas de quilômetros da costa e até 2.000 metros abaixo da superfície da água. Furar um poço como o que chegou ao novo depósito exige delicadas operações no fundo do mar e a instalação, com o auxílio de robôs, do equipamento de perfuração. No caso da Bacia de Santos, foram perfurados 4.000 metros de rocha até que o óleo fosse atingido. Uma epopéia tecnológica em que a sonda desceu até o fundo do oceano e de lá trespassou a crosta terrestre por uma distância que equivale a mais da metade do Everest, a montanha mais alta do mundo.

Desde que os indícios de existência do novo campo começaram a se confirmar, as informações ficaram restritas a um grupo muito pequeno de técnicos e executivos da Petrobras. Apenas quinze pessoas, incluindo as que participavam diretamente da operação, acompanharam a evolução da pesquisa. O assunto Bacia de Santos foi banido até do boletim interno da empresa. No final de agosto foi colhida a primeira amostra de óleo. A confirmação final do potencial da reserva e da qualidade do petróleo, entretanto, só veio na segunda-feira passada. O presidente Fernando Henrique foi informado no dia seguinte, mandou organizar uma rápida cerimônia na qual fez o anúncio oficial.

O Brasil produz hoje 1,1 milhão de barris por dia e consome 1,75 milhão. A diferença é adquirida no exterior, o que significa um gasto médio de 4 bilhões de dólares por ano em importações. Esse é o item que mais pesa nas compras do país e foi um dos responsáveis, neste ano, por enfear os números do saldo da balança comercial. O problema não preocupava enquanto o preço internacional do petróleo estava baixo. Mas ultimamente o quadro tem mudado de feição. Os onze países da Opep, que já foram responsáveis por 80% da produção mundial de petróleo e vinham se enfraquecendo (hoje são responsáveis pelo fornecimento de pouco mais de 30% do petróleo consumido no planeta), resolveram virar a mesa. Vêm, paulatinamente, reduzindo o fornecimento do produto, para forçar uma alta nos preços.

Alternativas – Os países industrializados, que imaginavam estar livres das pressões dos árabes nesse departamento, ficaram perplexos. Pela primeira vez nas últimas duas décadas a Opep conseguiu amarrar um pacto sem nenhuma dissensão entre seus membros, elevando os preços ao nível mais alto registrado em tempos de paz. O preço do barril bateu em 24 dólares na semana passada, o mais alto desde 1985. Nos últimos treze anos, o valor do barril de petróleo vinha se mantendo estável na faixa dos 12 dólares. Os especialistas estão divididos em relação ao comportamento futuro dos preços. A hipótese mais temida é de que a Opep continue a elevá-los, com sucessivos cortes de produção, embora se duvide de sua capacidade política de continuar promovendo aumentos. "A partir de um certo patamar de preços, os próprios membros do cartel começam a se desentender e a abrir as torneiras", diz Milton Franke, um consultor do Rio de Janeiro especializado em petróleo.

Historicamente o petróleo é o principal combustível do capitalismo industrial, mas seu peso relativo na economia e sua onipresença na vida das pessoas diminuem visivelmente. Desde a década de 70, o mundo vem buscando fontes alternativas de energia para fugir à dependência exagerada de combustíveis fósseis. No Brasil, esse esforço criou o Proálcool. O álcool combustível também é utilizado em carros nos Estados Unidos. Já há veículos movidos a energia elétrica. A indústria química também está substituindo derivados de petróleo por matérias-primas sintéticas. Na Europa, multiplicaram-se as usinas nucleares, que substituem as termelétricas na geração de energia para casas e empresas. Os progressos foram muitos, mas o mundo ainda está longe de poder abrir mão do petróleo.

[Tulio]

As vagabundas do mula devem estar excitadíssimas...