Grandes cientistas e ...racistas
Grandes cientistas e ...racistas
Watson não foi o único a usar seu prestígio científico para sustentar idéias racistas, mostra colunista
Um século e meio antes das polêmicas declarações de James Watson, o alemão Ernst Haeckel postulou a suposta superioridade intelectual dos europeus.
A revista Time, uma das mais influentes publicações do mundo, surpreendeu ao escolher quinze grandes cientistas como “homens do ano” de 1960, em vez de homenagear um indivíduo apenas, como de costume (o fascículo, publicado em 2 de janeiro de 1961, pode ser acessado aqui ). Entre os selecionados estava William Shockley (1910-1989), inventor do transistor, pioneiro do “Vale do Silício” na Califórnia e ganhador do Nobel de Física de 1956. Em 29 de março de 1999, quando a mesma revista publicou reportagem de capa sobre “as 100 grandes mentes do século 20” (acesse aqui ), Shockley foi novamente homenageado.
Apesar de seu exaltado prestígio científico, Shockley provavelmente é mais lembrado hoje por suas lamentáveis idéias racistas e discriminatórias do que pela sua ciência. Ele foi um proponente vocal da inferioridade intelectual dos negros em relação aos brancos e chegou a argumentar que o governo americano deveria pagar indivíduos com QI inferior a 100 para que eles se submetessem a uma esterilização.
No mês passado, o biólogo americano James Watson (1928-), descobridor da estrutura do DNA e laureado com o Nobel de Medicina em 1962, cometeu erro semelhante ao desastradamente afirmar que africanos eram menos inteligentes que outros povos e que quem tivera empregados negros sabia disso. Essas declarações estapafúrdias estão na contramão de tudo que a genética tem demonstrado, ou seja, que raças humanas não existem do ponto de vista científico. Em artigo a ser publicado no número de novembro de 2007 da revista Pesquisa Fapesp, tive oportunidade de tecer comentários detalhados sobre a indesculpável gafe racista de Watson.
O ponto que quero enfatizar aqui é que grandes pesquisadores que são preconceituosos podem ser muito pouco científicos ao abordar tópicos sociais. A situação é ainda pior quando eles possuem um viés subjetivo que influencia o próprio trabalho científico e conduz a conclusões sociais espúrias e calamitosas. O melhor exemplo que conheço dessa síndrome é o caso do evolucionista alemão Ernst Haeckel, que abordarei abaixo.
Haeckel
Exemplar da biblioteca do colunista de A história da criação dos seres vivos de Ernst Haeckel. O fato de que a tradução francesa do livro já estivesse em sua terceira edição em 1884 demonstra o enorme sucesso do mesmo em toda a Europa (clique na imagem para ampliá-la).
Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834 -1919) foi um eminente biólogo, naturalista, médico, artista e filósofo na Alemanha do século 19. Ele descreveu e nomeou milhares de novas espécies e criou muitos dos termos ainda usados em biologia, incluindo filogenia, ecologia e protista.
Haeckel encantou-se com as idéias de Darwin e foi o grande promotor e propagandista da teoria da evolução por seleção natural no mundo germânico. Seus estudos embriológicos detalhados o levaram à observação de que era mais fácil estudar relações evolucionárias em embriões do que em adultos. Nesse sentido, ele foi um dos precursores da biologia do desenvolvimento evolucionária, mais conhecida pela abreviação “Evo-Devo”.
Com base em suas pesquisas comparativas, Haeckel desenvolveu a chamada “teoria da recapitulação”, ou seja, a proposição – hoje desacreditada – de que, durante o desenvolvimento, os embriões “recapitulam” etapas da evolução animal. Assim, no desenvolvimento intra-uterino humano haveria progressivamente um estágio “peixe”, um estágio “ave” etc. Essa teoria, que se tornou extremamente popular na época e que ainda hoje é ensinada em alguns textos desatualizados de biologia, foi resumida por Haeckel com o slogan “a ontogenia recapitula a filogenia”.
Cientificamente, Haeckel foi uma figura de enorme influência em seu tempo. Darwin, referindo-se a ele, escreveu em 1871, no prefácio do The descent of man [A descendência do homem]: “...Este naturalista, além da sua grande obra, Generelle Morphologie (1866), recentemente (1868) publicou Naturliche Schöpfungsgeschichte, em que ele discute a genealogia do homem. Se esse trabalho tivesse aparecido antes da escrita do meu ensaio, eu talvez jamais o tivesse completado. Quase todas as conclusões a que cheguei estão confirmadas por esse naturalista, cujo conhecimento em vários pontos é mais completo do que o meu”.
Anêmonas marinhas pintadas por Haeckel para seu livro de 1904 Kunstformen der Natur [Formas de arte da natureza]. Haeckel influenciou fortemente a Jugendstil (como era chamada a art nouveau na Alemanha) e suas belíssimas ilustrações foram amplamente usadas como inspiração em jóias e luminárias na Europa (clique na imagem para ampliá-la).
Heackel também era um exímio artista. Seus belíssimos desenhos biológicos, muitos dos quais foram reunidos no livro de 1904 Kunstformen der Natur [Formas de arte da natureza], tiveram uma forte influência sobre a art nouveau na Europa. Essa escola artística, cujo nome pode ser literalmente traduzido como “arte nova”, era caracterizada por arabescos e formas curvilíneas de inspiração orgânica. O portão de entrada da Exposição Mundial de 1900 em Paris, projetado por René Binet, foi baseado nos desenhos feitos por Haeckel de radiolários, que são belos animais unicelulares marinhos.
A outra face da moeda
Tendo obtido essa enorme importância científica e influências intelectual e artística, Haeckel, como Darth Vader em Guerra nas estrelas, se deixou seduzir pelo “lado escuro da força”. Hoje sabemos que ele fraudou as imagens de embriões para maximizar as semelhanças entre as diferentes espécies. Ele também modificava as formas dos seres vivos que descrevia, para adequá-los aos seus princípios artísticos.
Mais problemáticas ainda foram suas idéias a respeito da humanidade, que ele dividiu em 12 espécies diferentes, ordenando-as em uma escala de valor, na qual, como esperado, a “espécie” européia era a superior. Adicionalmente, encantado com o “darwinismo social” de Herbert Spencer (ver aqui coluna anterior a esse respeito), tornou-se um dos líderes do movimento Völkisch, que foi muito importante na Alemanha do século 19 e defendia idéias ultranacionalistas, xenofóbicas e anti-semitas.
Paralelamente, Haeckel desenvolveu o monismo, uma filosofia segundo a qual política, economia e ética nada mais são do que biologia aplicada. Esses conceitos atraíram um jovem austríaco que fez notória carreira política colocando-os em prática. Seu nome era Adolf Hitler. Em 2004, o historiador americano Daniel Gasman, em seu livro chamado As origens científicas do Nacional Socialismo, destacou Ernst Haeckel como influência principal.
O impacto de Haeckel pode ser percebido também em outro livro muito interessante intitulado A recepção do darwinismo no Brasil, organizado por Heloisa Maria Bertol Rodrigues, Magali Romero Sá e Thomas Glick e publicado pela Fiocruz. No texto fica evidente que talvez os conceitos evolucionistas tenham aportado aqui mais através de Haeckel do que do próprio Darwin. Não é surpresa então que a perversa filosofia de Haeckel tenha influenciado muitos na terra brasilis, mais famosamente Tobias Barreto e outros componentes da chamada Escola do Recife, que incluía Sílvio Romero, Clóvis Beviláqua, Capistrano de Abreu, Graça Aranha et alii.
Desenho de embriões feito por Haeckel, fraudado para enfatizar as semelhança entre espécies diferentes. Desenhos como este foram usados como base para a “teoria da recapitulação”, totalmente rejeitada pela biologia moderna. Embora humanos compartilhem ancestrais com peixes, répteis e outros mamíferos, os embriões humanos não são homólogos de adultos desses ancestrais (clique na imagem para ampliá-la).
Não tenho conhecimentos profundos da história intelectual e política do nosso país do século 19. Entretanto, não é necessário uma imaginação demasiadamente fértil para inferir que a filosofia de Haeckel deve ter influenciado várias políticas do fim do Império e início da República, nutrindo o descaso pelos ameríndios e a admiração do mundo europeu e desembocando no programa de “branqueamento” do Brasil.
Argumentum ad verecundiam
Falácias são enunciados ou raciocínios falsos que, entretanto, simulam a veracidade. Elas são o equivalente intelectual de lobos em pele de cordeiros. Uma falácia insidiosa é o chamado Argumentum ad verecundiam ou “apelo à autoridade”. A falácia consiste em acreditar na verdade de uma proposição simplesmente porque foi feita por uma pessoa respeitada e de grande renome.
Os casos que examinamos nesta coluna demonstram de maneira contundente o perigo de aceitar opiniões sociais e pontos de vista filosóficos de pessoas que adquiriram prestígio e autoridade através da ciência.
Vale sempre a pena ter em mente as palavras do poeta romano Horácio (65 a.C.–8 a.C.) em suas Epístolas: Nullius addictus iurare in verba magistri [Nenhum mestre tem o direito de pedir que eu cegamente lhe jure obediência]. Este notável verso foi resumido em 1660 para o moto da Royal Society da Inglaterra: Nullius in verba [“na palavra de ninguém”].
Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
09/11/2007
Um século e meio antes das polêmicas declarações de James Watson, o alemão Ernst Haeckel postulou a suposta superioridade intelectual dos europeus.
A revista Time, uma das mais influentes publicações do mundo, surpreendeu ao escolher quinze grandes cientistas como “homens do ano” de 1960, em vez de homenagear um indivíduo apenas, como de costume (o fascículo, publicado em 2 de janeiro de 1961, pode ser acessado aqui ). Entre os selecionados estava William Shockley (1910-1989), inventor do transistor, pioneiro do “Vale do Silício” na Califórnia e ganhador do Nobel de Física de 1956. Em 29 de março de 1999, quando a mesma revista publicou reportagem de capa sobre “as 100 grandes mentes do século 20” (acesse aqui ), Shockley foi novamente homenageado.
Apesar de seu exaltado prestígio científico, Shockley provavelmente é mais lembrado hoje por suas lamentáveis idéias racistas e discriminatórias do que pela sua ciência. Ele foi um proponente vocal da inferioridade intelectual dos negros em relação aos brancos e chegou a argumentar que o governo americano deveria pagar indivíduos com QI inferior a 100 para que eles se submetessem a uma esterilização.
No mês passado, o biólogo americano James Watson (1928-), descobridor da estrutura do DNA e laureado com o Nobel de Medicina em 1962, cometeu erro semelhante ao desastradamente afirmar que africanos eram menos inteligentes que outros povos e que quem tivera empregados negros sabia disso. Essas declarações estapafúrdias estão na contramão de tudo que a genética tem demonstrado, ou seja, que raças humanas não existem do ponto de vista científico. Em artigo a ser publicado no número de novembro de 2007 da revista Pesquisa Fapesp, tive oportunidade de tecer comentários detalhados sobre a indesculpável gafe racista de Watson.
O ponto que quero enfatizar aqui é que grandes pesquisadores que são preconceituosos podem ser muito pouco científicos ao abordar tópicos sociais. A situação é ainda pior quando eles possuem um viés subjetivo que influencia o próprio trabalho científico e conduz a conclusões sociais espúrias e calamitosas. O melhor exemplo que conheço dessa síndrome é o caso do evolucionista alemão Ernst Haeckel, que abordarei abaixo.
Haeckel
Exemplar da biblioteca do colunista de A história da criação dos seres vivos de Ernst Haeckel. O fato de que a tradução francesa do livro já estivesse em sua terceira edição em 1884 demonstra o enorme sucesso do mesmo em toda a Europa (clique na imagem para ampliá-la).
Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834 -1919) foi um eminente biólogo, naturalista, médico, artista e filósofo na Alemanha do século 19. Ele descreveu e nomeou milhares de novas espécies e criou muitos dos termos ainda usados em biologia, incluindo filogenia, ecologia e protista.
Haeckel encantou-se com as idéias de Darwin e foi o grande promotor e propagandista da teoria da evolução por seleção natural no mundo germânico. Seus estudos embriológicos detalhados o levaram à observação de que era mais fácil estudar relações evolucionárias em embriões do que em adultos. Nesse sentido, ele foi um dos precursores da biologia do desenvolvimento evolucionária, mais conhecida pela abreviação “Evo-Devo”.
Com base em suas pesquisas comparativas, Haeckel desenvolveu a chamada “teoria da recapitulação”, ou seja, a proposição – hoje desacreditada – de que, durante o desenvolvimento, os embriões “recapitulam” etapas da evolução animal. Assim, no desenvolvimento intra-uterino humano haveria progressivamente um estágio “peixe”, um estágio “ave” etc. Essa teoria, que se tornou extremamente popular na época e que ainda hoje é ensinada em alguns textos desatualizados de biologia, foi resumida por Haeckel com o slogan “a ontogenia recapitula a filogenia”.
Cientificamente, Haeckel foi uma figura de enorme influência em seu tempo. Darwin, referindo-se a ele, escreveu em 1871, no prefácio do The descent of man [A descendência do homem]: “...Este naturalista, além da sua grande obra, Generelle Morphologie (1866), recentemente (1868) publicou Naturliche Schöpfungsgeschichte, em que ele discute a genealogia do homem. Se esse trabalho tivesse aparecido antes da escrita do meu ensaio, eu talvez jamais o tivesse completado. Quase todas as conclusões a que cheguei estão confirmadas por esse naturalista, cujo conhecimento em vários pontos é mais completo do que o meu”.
Anêmonas marinhas pintadas por Haeckel para seu livro de 1904 Kunstformen der Natur [Formas de arte da natureza]. Haeckel influenciou fortemente a Jugendstil (como era chamada a art nouveau na Alemanha) e suas belíssimas ilustrações foram amplamente usadas como inspiração em jóias e luminárias na Europa (clique na imagem para ampliá-la).
Heackel também era um exímio artista. Seus belíssimos desenhos biológicos, muitos dos quais foram reunidos no livro de 1904 Kunstformen der Natur [Formas de arte da natureza], tiveram uma forte influência sobre a art nouveau na Europa. Essa escola artística, cujo nome pode ser literalmente traduzido como “arte nova”, era caracterizada por arabescos e formas curvilíneas de inspiração orgânica. O portão de entrada da Exposição Mundial de 1900 em Paris, projetado por René Binet, foi baseado nos desenhos feitos por Haeckel de radiolários, que são belos animais unicelulares marinhos.
A outra face da moeda
Tendo obtido essa enorme importância científica e influências intelectual e artística, Haeckel, como Darth Vader em Guerra nas estrelas, se deixou seduzir pelo “lado escuro da força”. Hoje sabemos que ele fraudou as imagens de embriões para maximizar as semelhanças entre as diferentes espécies. Ele também modificava as formas dos seres vivos que descrevia, para adequá-los aos seus princípios artísticos.
Mais problemáticas ainda foram suas idéias a respeito da humanidade, que ele dividiu em 12 espécies diferentes, ordenando-as em uma escala de valor, na qual, como esperado, a “espécie” européia era a superior. Adicionalmente, encantado com o “darwinismo social” de Herbert Spencer (ver aqui coluna anterior a esse respeito), tornou-se um dos líderes do movimento Völkisch, que foi muito importante na Alemanha do século 19 e defendia idéias ultranacionalistas, xenofóbicas e anti-semitas.
Paralelamente, Haeckel desenvolveu o monismo, uma filosofia segundo a qual política, economia e ética nada mais são do que biologia aplicada. Esses conceitos atraíram um jovem austríaco que fez notória carreira política colocando-os em prática. Seu nome era Adolf Hitler. Em 2004, o historiador americano Daniel Gasman, em seu livro chamado As origens científicas do Nacional Socialismo, destacou Ernst Haeckel como influência principal.
O impacto de Haeckel pode ser percebido também em outro livro muito interessante intitulado A recepção do darwinismo no Brasil, organizado por Heloisa Maria Bertol Rodrigues, Magali Romero Sá e Thomas Glick e publicado pela Fiocruz. No texto fica evidente que talvez os conceitos evolucionistas tenham aportado aqui mais através de Haeckel do que do próprio Darwin. Não é surpresa então que a perversa filosofia de Haeckel tenha influenciado muitos na terra brasilis, mais famosamente Tobias Barreto e outros componentes da chamada Escola do Recife, que incluía Sílvio Romero, Clóvis Beviláqua, Capistrano de Abreu, Graça Aranha et alii.
Desenho de embriões feito por Haeckel, fraudado para enfatizar as semelhança entre espécies diferentes. Desenhos como este foram usados como base para a “teoria da recapitulação”, totalmente rejeitada pela biologia moderna. Embora humanos compartilhem ancestrais com peixes, répteis e outros mamíferos, os embriões humanos não são homólogos de adultos desses ancestrais (clique na imagem para ampliá-la).
Não tenho conhecimentos profundos da história intelectual e política do nosso país do século 19. Entretanto, não é necessário uma imaginação demasiadamente fértil para inferir que a filosofia de Haeckel deve ter influenciado várias políticas do fim do Império e início da República, nutrindo o descaso pelos ameríndios e a admiração do mundo europeu e desembocando no programa de “branqueamento” do Brasil.
Argumentum ad verecundiam
Falácias são enunciados ou raciocínios falsos que, entretanto, simulam a veracidade. Elas são o equivalente intelectual de lobos em pele de cordeiros. Uma falácia insidiosa é o chamado Argumentum ad verecundiam ou “apelo à autoridade”. A falácia consiste em acreditar na verdade de uma proposição simplesmente porque foi feita por uma pessoa respeitada e de grande renome.
Os casos que examinamos nesta coluna demonstram de maneira contundente o perigo de aceitar opiniões sociais e pontos de vista filosóficos de pessoas que adquiriram prestígio e autoridade através da ciência.
Vale sempre a pena ter em mente as palavras do poeta romano Horácio (65 a.C.–8 a.C.) em suas Epístolas: Nullius addictus iurare in verba magistri [Nenhum mestre tem o direito de pedir que eu cegamente lhe jure obediência]. Este notável verso foi resumido em 1660 para o moto da Royal Society da Inglaterra: Nullius in verba [“na palavra de ninguém”].
Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
09/11/2007
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Essa perseguição intelectual está tão ridícula que agora estão comparando Watson a um naturalista alemão eurocentrista que tinha uma ideologia monista proto-fascista. Watson falou publicamente muita idiotice, mas não chega a tanto.
O fato é que africanos sub-saarianos possuem sim desempenho bem inferior em testes de antropometria comparada. Watson não estava incorreto nessa afirmação.
E o outro fato é que não há consenso entre psicólogos a respeito do significado desses resultados. Acho que existem argumentos bons de vários lados. Teste de QI é muito enviesado para quem sabe o que é um teste de QI, para começar. Teste de QI mensura um escopo restrito de habilidades cognitivas e pedir para um africano sub-saariano miserável e soropositivo para fazer uma bateria de rotações mentais de figuras tridiomensionais é forçar a barra.
Subnutrição pré-natal e infantil afeta desenvolvimento cerebral de forma irreversível. Podem existir componentes genéticos também? Só teremos uma boa resposta quando mapearmos os clusters de genes responsáveis pelas habilidades analíticas arbitrárias que os psicólogos cognitivos estiverem interessados em comparar. Até lá, os debates de heritabilidade de inteligência continuarão sofrendo limitações metodológicas graves.
O fato é que africanos sub-saarianos possuem sim desempenho bem inferior em testes de antropometria comparada. Watson não estava incorreto nessa afirmação.
E o outro fato é que não há consenso entre psicólogos a respeito do significado desses resultados. Acho que existem argumentos bons de vários lados. Teste de QI é muito enviesado para quem sabe o que é um teste de QI, para começar. Teste de QI mensura um escopo restrito de habilidades cognitivas e pedir para um africano sub-saariano miserável e soropositivo para fazer uma bateria de rotações mentais de figuras tridiomensionais é forçar a barra.
Subnutrição pré-natal e infantil afeta desenvolvimento cerebral de forma irreversível. Podem existir componentes genéticos também? Só teremos uma boa resposta quando mapearmos os clusters de genes responsáveis pelas habilidades analíticas arbitrárias que os psicólogos cognitivos estiverem interessados em comparar. Até lá, os debates de heritabilidade de inteligência continuarão sofrendo limitações metodológicas graves.
- Jeanioz
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Isso é mais uma prova do que a ciência evolucionista materialista produz!!!!!!!! Puro ódio ateísta-marxista!!!!
Se a ciência aceitasse Jesus, isso não aconteceria!!!!!!!!
Convertam-se!!!!!!!
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"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
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Re.: Grandes cientistas e ...racistas
OK. Logo Kardec estava com razão? Aff...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Tudo isso é muito evidente para mim. Quando um biólogo me diz alguma coisas sobre os processos de movimentação de uma organela (sem flagelo!) no interior de uma célula, eu certamente o ouvirei atenciosamente. Mas, se abre a boca para dizer que acredita na virgem maria (como é o caso do Collins), será só mais um lançando subjetividades ao vento. A não ser, é claro, que abram a boca para falar sobre estar coisas com um mínimo de discernimento lógico (é o que tenta Dawkins). Por isso a típica "mas foi fulano quem disse" só se aplica se o que ele disse for de sua estrita especialidade acadêmica.
docdeoz escreveu:
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"
CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"
CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?
Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Tá, mas pode ser ou não provado esta "diferença de inteligência" racial? Eis o problema...
...E QUE PROBLEMA!
...E QUE PROBLEMA!
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- zumbi filosófico
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Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Azathoth escreveu:O fato é que africanos sub-saarianos possuem sim desempenho bem inferior em testes de antropometria comparada. Watson não estava incorreto nessa afirmação.
Só os sub-saarianos? Os "negros caucasianos" da etiópia, somália, sudão, marroquinos, etc, tem resultados superiores?


Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Miles Teg escreveu:Azathoth escreveu:O fato é que africanos sub-saarianos possuem sim desempenho bem inferior em testes de antropometria comparada. Watson não estava incorreto nessa afirmação.
Só os sub-saarianos? Os "negros caucasianos" da etiópia, somália, sudão, marroquinos, etc, tem resultados superiores?
Se eu não estiver equivocado, durante a coletiva do Watson ele mencionou especificamente os africanos sub-saarianos e de acordo com a compilação feita por Richard Lynn em 2006, os resultados de testes de QI africanos possuem uma realidade diferente abaixo do deserto do Saara:

Essa representa a maior compilação de resultados de testes de QI feitos ao redor do mundo. Entretanto, já foi confirmado que Richard Lynn ou não foi cuidadoso o suficiente ou deliberadamente fez algumas falsificações no QI médio de alguns países europeus:
http://dienekes.blogspot.com/2004/08/ri ... -data.html
http://dienekes.blogspot.com/2006/09/mo ... -lynn.html
Editado pela última vez por Azathoth em 14 Nov 2007, 09:56, em um total de 1 vez.
Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Aza... essa diferença entre QIs médios de regiões pode ser devido a problemas de subnutrição e subdesenvolvimento de conexões neurais decorrentes?
Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Najma escreveu:Aza... essa diferença entre QIs médios de regiões pode ser devido a problemas de subnutrição e subdesenvolvimento de conexões neurais decorrentes?
Certamente que pode, e na minha opinião fatores ambientais são muito importantes. O ambiente pré-natal e infância é muito delicado para o desenvolvimento do cérebro.
De fatores culturais, os mais importantes na minha opinião são baixa escolaridade e viés metodológico nos testes de inteligência comparada (vá pedir para um aborígene australiano que ainda vive em estado pré-civilizatório para resolver silogismos, é uma tarefa que não possui quase nenhuma relação com o mundo em que costuma viver).
Se há fatores genéticos, não creio que eles sejam importantes porque o cérebro humano é um órgão extremamente plástico, dinâmico e com grande potencial de transformação ao longo do tempo e isso é compartilhado por qualquer grupo étnico humano. E se há fatores genéticos importantes envolvidos, até agora Rushton, Jensen, Lynn e outros não deram boas explicações evolucionárias de por quê existem.
Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Azathoth escreveu:Najma escreveu:Aza... essa diferença entre QIs médios de regiões pode ser devido a problemas de subnutrição e subdesenvolvimento de conexões neurais decorrentes?
Certamente que pode, e na minha opinião fatores ambientais são muito importantes. O ambiente pré-natal e infância é muito delicado para o desenvolvimento do cérebro.
De fatores culturais, os mais importantes na minha opinião são baixa escolaridade e viés metodológico nos testes de inteligência comparada (vá pedir para um aborígene australiano que ainda vive em estado pré-civilizatório para resolver silogismos, é uma tarefa que não possui quase nenhuma relação com o mundo em que costuma viver).
Se há fatores genéticos, não creio que eles sejam importantes porque o cérebro humano é um órgão extremamente plástico, dinâmico e com grande potencial de transformação ao longo do tempo e isso é compartilhado por qualquer grupo étnico humano. E se há fatores genéticos importantes envolvidos, até agora Rushton, Jensen, Lynn e outros não deram boas explicações evolucionárias de por quê existem.

Então o erro na afirmativa do Nobel que "emputeceu" a comunidade científica e os populares há algumas semanas, foi inferir que ele tenha dito que esse problema de baixo QI sub-saariano tenha a ver com a genética e não com todos esses fatores que você apontou em sua postagem?

Porque se aconteceu isso, o problema foi a interpretação livre de quem associou o problema da baixa inteligência com a genética e não com a triste realidade desses povos.
Queria saber também se as fontes desse painel da média de QI por região baseia-se em testes realizados e registrados, ou é apenas uma projeção. To com preguiça de procurar as fontes...

Obrigada!
Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Se um povo em um país tem desde a muito tempo pouco a crescer tecnologicamente e depende de outros, não parece óbvio que o QI deles seja menor? E sendo assim não podemos afirmar que isso é devido à genética ou seja, com a adaptação de cada povo, cada qual se desenvolveu em tempos diferentes INCLUSIVE sua capacidade de aprendizado?
Ou eu falei besteira?
Ou eu falei besteira?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Uma coisa fascinante, Johnny, é notar que os grandes feitos tecnológicos nascem em condições ambientais extremas, como foi o caso de civilizações que se desenvolveram em regiões desérticas, ou em meio à selva, como é o caso de povos como os Maias. Mas isso também não implica dizer que a inteligência se desenvolve mais e melhor em ambientes hostis, onde a sobrevivência é resultante de empenho em construir toda uma infraestrutura que a torne possível.
Ao que parece, a curva da inteligência de um povo tende a subir quando há empenho em desenvolvê-la. Sem estímulos, o cérebro atrofia, da mesma forma que sem ter matéria prima para construir as conexões neurais (falta de proteínas, lipídios e ácidos graxos essenciais na alimentação, bem como alguns metais), o desenvolvimento neocortical fica comprometido desde o período neonatal.
Assim, levando-se em conta os fatores ambientais, alimentares e relativos aos estímulos ao desenvolvimento de raciocínios lógicos e abstratos, o fator genético é apenas um pano de fundo, não implicando necessariamente em baixos índices de QI em termos étnicos, por exemplo, mas em termos de desenvolvimento da inteligência principalmente mediante a presença dos fatores que eu apontei acima. É evidente que em estruturas sociais perturbadas por conflitos recorrentes não existe estabilidade para que haja bons estímulos, ou boa alimentação, muito menos uma preocupação para que estes itens sejam aprimorados e levados em conta e daí podem surgir baixos índices de QI como resultado.
Ao que parece, a curva da inteligência de um povo tende a subir quando há empenho em desenvolvê-la. Sem estímulos, o cérebro atrofia, da mesma forma que sem ter matéria prima para construir as conexões neurais (falta de proteínas, lipídios e ácidos graxos essenciais na alimentação, bem como alguns metais), o desenvolvimento neocortical fica comprometido desde o período neonatal.
Assim, levando-se em conta os fatores ambientais, alimentares e relativos aos estímulos ao desenvolvimento de raciocínios lógicos e abstratos, o fator genético é apenas um pano de fundo, não implicando necessariamente em baixos índices de QI em termos étnicos, por exemplo, mas em termos de desenvolvimento da inteligência principalmente mediante a presença dos fatores que eu apontei acima. É evidente que em estruturas sociais perturbadas por conflitos recorrentes não existe estabilidade para que haja bons estímulos, ou boa alimentação, muito menos uma preocupação para que estes itens sejam aprimorados e levados em conta e daí podem surgir baixos índices de QI como resultado.
Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Najma escreveu:Então o erro na afirmativa do Nobel que "emputeceu" a comunidade científica e os populares há algumas semanas, foi inferir que ele tenha dito que esse problema de baixo QI sub-saariano tenha a ver com a genética e não com todos esses fatores que você apontou em sua postagem?
Poucos negam que depende de uma combinação complicada desses fatores, só "ambientalistas" e "deterministas genéticos" muito radicais. O debate está na contribuição ponderada desses fatores, que é algo difícil de quantificar.
Não há consenso entre psicólogos sobre a importância de fatores genéticos na disposição dos resultados de teste de QI. Veja aqui como a opinião dos especialistas é dividida, muitos julgando que os dados existentes são inconclusivos:
http://en.wikipedia.org/wiki/Race_and_i ... and_others
Eu não vejo por quê não várias capacidades cognitivas diferentes possam flutuar de forma diferente em grupos étnicos diferentes por razões parcialmente genéticas devido a contingências evolutivas. Não há nenhuma impossibilidade disso ser verdade biologicamente, apesar de existirem várias dificuldades como dados que mostram que sempre existiu fluxo genético entre os grandes grupos étnicos humanos.
Mas não acho que devam ser significativas a ponto de justificar as teses de Rushton-Lynn-Jensen-Watson de que a África Subsaariana continua miserável significativamente por conta de intelecto naturalmente inferior de africanos. Mesmo se eles estivessem corretos e os componentes genéticos fossem muito significativos, acho que fatores históricos e sociais da África Subsaariana continuariam sobrepondo os biológicos para a explicação do status socio-econômico.
Eu tenho certeza entretanto que parte significativa do motivo pelo qual esse assunto continua inconclusivo é porque trata-se de um tabu que é considerado pornografia intelectual para muitos acadêmicos e cuja mera menção remete a imagens de Paradas de Nuremberg nos anos 30. Há muito medo de que no caso de descobrirmos descrições politicamente incorretas no campo científico, isso deverá alterá nossas prescrições no campo moral e político.
Nonsense. Racismo não se torna mais ou menos justificável com descobertas de que seres humanos são mais ou menos diferentes.
Najma escreveu:Queria saber também se as fontes desse painel da média de QI por região baseia-se em testes realizados e registrados, ou é apenas uma projeção. To com preguiça de procurar as fontes...![]()
O livro do Richard Lynn Race Differences In Intelligence daonde sai essa tabela inclui a maior meta-análise já feita sobre centenas de testes de QI independentes ao longo do mundo.
Mas 2 referências que postei anteriormente mostram que ele não foi rigoroso o suficiente arredondando alguns dados, há erros de 1-2 pontos identificados.
Jeanioz escreveu:Isso é mais uma prova do que a ciência evolucionista materialista produz!!!!!!!! Puro ódio ateísta-marxista!!!!
Se a ciência aceitasse Jesus, isso não aconteceria!!!!!!!!
Convertam-se!!!!!!!
Existe raça? Este conceito existe?
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653
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Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Sim existe e só não enxerga quem está morto. Se não é por cor é por outra coisa, mas sempre existiu, sempre existirá.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- zumbi filosófico
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Re.: Grandes cientistas e ...racistas
O PIB per capita de Botswana (apenas 7% de brancos) é maior que o do Brasil (os brancos são aproximadamente 50%, [determinista] ainda que uma grande parte seja de italianos e portugueses, as populações com maior quantidade de genes africanos na Europa [/determinista] :emoticon12: )...
E justamente o que está em vermelho mais escuro na África aí...
... eu li num artigo (resenha de livro) da Evolutionary Psychology que os judeus ashkenazi, hoje os favoritos dos defensores de forte componente genético no QI, tinham apenas 70 pontos de QI em meados de 1930... vou procurar mais informações sobre isso...
E justamente o que está em vermelho mais escuro na África aí...

... eu li num artigo (resenha de livro) da Evolutionary Psychology que os judeus ashkenazi, hoje os favoritos dos defensores de forte componente genético no QI, tinham apenas 70 pontos de QI em meados de 1930... vou procurar mais informações sobre isso...

- RicardoVitor
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Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Ainda respira com toda saúde o mal maior do nosso tempo, raiz de todos os outros principais males: o positivismo.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Resumindo: Posso concluir que povos com genética diferente da ariana e ainda por cima pertencentes à classe menos favorecida podem ser consideradas uma raça inferior?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Re.: Grandes cientistas e ...racistas
Johnny escreveu:Resumindo: Posso concluir que povos com genética diferente da ariana e ainda por cima pertencentes à classe menos favorecida podem ser consideradas uma raça inferior?
Isso é um julgamento de valor, portanto vai depender de como você estrutura sua axiologia. Conhecimento científico nenhum te permite fazer essa implicação, você precisa de uma camada filosófica adicional dizendo o quê você considera como "inferior" e "superior" num ser humano e o porquê.