Página 1 de 1
Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 12:36
por Fedidovisk
O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna.
A crítica foi feita na segunda encíclica criada pelo papa Bento 16, intitulada Spe Salvi (Salvos Graças à Esperança), publicada em oito idiomas, incluído o português e dirigida a bispos, padres e diáconos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis.
Dividido em oito capítulos, o documento de 75 páginas condena o mal e o pessimismo do mundo e diz que o homem deve ter esperança e fé em Deus.
De acordo com o papa, o ateísmo dos séculos 19 e 20 é um protesto "compreensível" contra Deus "diante do sofrimento deste mundo".
Mas, "a pretensão de a humanidade poder e dever fazer aquilo que nenhum Deus faz e nem é capaz de fazer é presunçosa e intrisecamente não verdadeira”, afirma o papa no documento.
“Não é por acaso que desta premissa tenham resultado as maiores crueldades e violações da justiça, mas funda-se na falsidade instrínseca desta pretensão. Um mundo que deve criar a justiça por sua conta, é um mundo sem esperança.”
Marxismo
No capítulo em que fala sobre a transformação da fé-esperança cristã no tempo moderno, o papa cita outro notório ateu, o pai do comunismo, o pensador alemão Karl Marx, que “não falhou só ao deixar de idealizar os ordenamentos necessários para o mundo novo”.
“O seu erro situa-se numa profundidade maior. Ele esqueceu que o homem permanece sempre homem. Esqueceu o homem e a sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanence sempre liberdade, inclusive para o mal”, assinalou o pontífice.
“Pensava que, uma vez colocada em ordem a economia, tudo se arranjaria. O seu verdadeiro erro é o materialismo: de fato, o homem não é o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo apenas do exterior criando condições econômicas favoráveis.”
No documento, o papa também faz um apelo em defesa do meio ambiente, pedindo empenho por um mundo livre dos venenos e contaminações que poderiam destruir o presente e o futuro.
A segunda encíclica foi lançada quase dois anos depois da primeira, Deus Caritas Est – Deus é Amor, publicada em janeiro de 2006, que focava no amor erótico e espiritual nas relações pessoais, assim como no papel da Igreja em organizações de caridade.
O pontífice trabalhou no documento durante suas últimas férias na localidade de Lorenzago di Cadore, na cordilheira alpina dos Dolomitas.
As encíclicas são documentos pontifícios que tratam de temas doutrinários como fé, costumes, culto e doutrina social.
Na Igreja Católica é o segundo documento mais importante, depois das constituições apostólicas.
A terceira encíclica, sem data confirmada de publicação deverá ser de “caráter social”, como confirmou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
Aiiiiii... meu saco...
E senhor Ego, se me chamas de Neófito, tenha que não me apronfundo nos argumentos contigo pois acredito que será perda de tempo, afinal, seria ingenuidade minha achar que não conheces o mínimo de história...
e ética.
Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 13:05
por Azathoth
Ai, ai, de novo essa babaquice...
Vou citar esse paper pela quinta vez aqui:
Cross-National Correlations of Quantifiable Societal Health with Popular Religiosity and Secularism in the Prosperous Democracies
Two centuries ago there was relatively little dispute over the existence of God, or the societally beneficial effect of popular belief in a creator. In the twentieth century extensive secularization occurred in western nations, the United States being the only significant exception (Bishop; Bruce; Gill et al.; Sommerville). If religion has receded in some western nations, what is the impact of this unprecedented transformation upon their populations? Theists often assert that popular belief in a creator is instrumental towards providing the moral, ethical and other foundations necessary for a healthy, cohesive society. Many also contend that widespread acceptance of evolution, and/or denial of a creator, is contrary to these goals. But a cross-national study verifying these claims has yet to be published. That radically differing worldviews can have measurable impact upon societal conditions is plausible according to a number of mainstream researchers (Bainbridge; Barro; Barro and McCleary; Beeghley; Groeneman and Tobin; Huntington; Inglehart and Baker; Putman; Stark and Bainbridge). Agreement with the hypothesis that belief in a creator is beneficial to societies is largely based on assumption, anecdotal accounts, and on studies of limited scope and quality restricted to one population (Benson et al.; Hummer et al.; Idler and Kasl; Stark and Bainbridge). A partial exception is given by Barro and McCleary, who correlated economic growth with rates of belief in the afterlife and church attendance in numerous nations (while Kasman and Reid [2004] commented that Europe does not appear to be suffering unduly from its secularization). It is surprising that a more systematic examination of the question has not been previously executed since the factors required to do so are in place. The twentieth century acted, for the first time in human history, as a vast Darwinian global societal experiment in which a wide variety of dramatically differing social-religious-political-economic systems competed with one another, with varying degrees of success. A quantitative cross-national analysis is feasible because a large body of survey and census data on rates of religiosity, secularization, and societal indicators has become available in the prosperous developed democracies including the United States.(...)
http://moses.creighton.edu/jrs/2005/2005-11.html
Re: Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 13:11
por Jeanioz
Azathoth escreveu:Ai, ai, de novo essa babaquice...
Vou citar esse paper pela quinta vez aqui:
Cross-National Correlations of Quantifiable Societal Health with Popular Religiosity and Secularism in the Prosperous Democracies
Two centuries ago there was relatively little dispute over the existence of God, or the societally beneficial effect of popular belief in a creator. In the twentieth century extensive secularization occurred in western nations, the United States being the only significant exception (Bishop; Bruce; Gill et al.; Sommerville). If religion has receded in some western nations, what is the impact of this unprecedented transformation upon their populations? Theists often assert that popular belief in a creator is instrumental towards providing the moral, ethical and other foundations necessary for a healthy, cohesive society. Many also contend that widespread acceptance of evolution, and/or denial of a creator, is contrary to these goals. But a cross-national study verifying these claims has yet to be published. That radically differing worldviews can have measurable impact upon societal conditions is plausible according to a number of mainstream researchers (Bainbridge; Barro; Barro and McCleary; Beeghley; Groeneman and Tobin; Huntington; Inglehart and Baker; Putman; Stark and Bainbridge). Agreement with the hypothesis that belief in a creator is beneficial to societies is largely based on assumption, anecdotal accounts, and on studies of limited scope and quality restricted to one population (Benson et al.; Hummer et al.; Idler and Kasl; Stark and Bainbridge). A partial exception is given by Barro and McCleary, who correlated economic growth with rates of belief in the afterlife and church attendance in numerous nations (while Kasman and Reid [2004] commented that Europe does not appear to be suffering unduly from its secularization). It is surprising that a more systematic examination of the question has not been previously executed since the factors required to do so are in place. The twentieth century acted, for the first time in human history, as a vast Darwinian global societal experiment in which a wide variety of dramatically differing social-religious-political-economic systems competed with one another, with varying degrees of success. A quantitative cross-national analysis is feasible because a large body of survey and census data on rates of religiosity, secularization, and societal indicators has become available in the prosperous developed democracies including the United States.(...)
http://moses.creighton.edu/jrs/2005/2005-11.html
Você sabe que postar isso não vai adiantar absolutamente N-A-D-A.
Só o fato disso estar disponível somente em inglês (pois ninguém tem tempo de traduzir), e o Papa ter divulgado o documento em oito idiomas (ele tem o luxo do tempo e de dedicar-se somente a igreja) já mostra nossa inferiordade política.

Re: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 13:16
por Jeanioz
O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna.
A crítica foi feita na segunda encíclica criada pelo papa Bento 16, intitulada Spe Salvi (Salvos Graças à Esperança), publicada em oito idiomas, incluído o português e dirigida a bispos, padres e diáconos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis.
Dividido em oito capítulos, o documento de 75 páginas condena o mal e o pessimismo do mundo e diz que o homem deve ter esperança e fé em Deus.
De acordo com o papa, o ateísmo dos séculos 19 e 20 é um protesto "compreensível" contra Deus "diante do sofrimento deste mundo".
Mas, "a pretensão de a humanidade poder e dever fazer aquilo que nenhum Deus faz e nem é capaz de fazer é presunçosa e intrisecamente não verdadeira”, afirma o papa no documento.
“Não é por acaso que desta premissa tenham resultado as maiores crueldades e violações da justiça, mas funda-se na falsidade instrínseca desta pretensão. Um mundo que deve criar a justiça por sua conta, é um mundo sem esperança.”
É engraçado: o papa fala que "Um mundo que deve criar a justiça por sua conta, é um mundo sem esperança", mas não é isso que o mundo faz desde o início dos tempos?
Indivíduos ou grupos criaram, criam e sempre criarão justiça por conta própria, sejam líderes, governos, igrejas, etc.. E nenhum deus nunca mudou ou mudará isso.
Re: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 13:22
por Sorrelfa
O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna.

Enviado: 30 Nov 2007, 13:23
por zencem
.
Pô! Dupliquei. Não tinha visto este aquí.
De qualquer forma, deixa assim.
Eu queria mesmo desabafar.
Re: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 13:31
por Jeanioz
Jolly_Roger escreveu:O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna.

Diga mil vezes:
Ateísmo é uma doutrina que nega a existência de Deus.
Ateísmo é uma doutrina que nega a existência de Deus.
Ateísmo é uma doutrina que nega a existência de Deus.
Ateísmo é uma doutrina que nega a existência de Deus.
(...)

Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 14:40
por m[i]g
morram ateus...mooooooorraaaaaaaaaam...
Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 14:50
por m[i]g
concordo com a parte sobre o marxismo. temos uma natureza que evoluiu na savana pleistocénica... onde as condições não se prestam á analise de porradas entre classes
Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 15:55
por Pug!
É preciso os ateus melhorarem sua religião
Considero não ser necessário Deus para se conseguir ter uma vida preenchida, com sentido e no possível feliz.
O que falha no materialismo ateu é dissociação das necessidades básicas do Homem em matéria de espiritualidade.
Re: Re.: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 20:19
por zencem
Pug! escreveu:É preciso os ateus melhorarem sua religião
Considero não ser necessário Deus para se conseguir ter uma vida preenchida, com sentido e no possível feliz.
O que falha no materialismo ateu é dissociação das necessidades básicas do Homem em matéria de espiritualidade.
O verdadeiro ateísmo não é uma coletividade, e uma ação ideal neles, só pode ser alcançada através do entendimento pessoal.
Religião é um absurdo, como instituição.
No entanto, a filosofia é viável, e produz resultados éticos importantes, não semelhantes ao que é obtido pela hipocrisia religiosa.
Se Deus é inteligente, deve gostar disso.
Re: Papa critica ateísmo em segunda encíclica
Enviado: 30 Nov 2007, 20:30
por Dick
Jolly_Roger escreveu:O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna.

Nestas horas me dá raiva (mas raiva mesmo

) não do papa, mas dos intelectuais bundões que poderiam ser ouvidos mas não vão imediatamente à imprensa dizer como esta colocação do papa é ridiculamente infantil logicamente. Típico de um dinossauro medieval, resquício de uma cultura ogra opressora.