MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços privados
- zumbi filosófico
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MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços privados
O estado deve ser mínimo? Ou seja, tentar fugir ao máximo de prestar qualquer tipo de serviço que seja?
Ao mesmo tempo em que garante direitos/liberdade para todos através de regulações legais e outras coisas que não prestação de serviços?
Isso valeria por exemplo, para serviços como, segurança? Ou segurança e outros (talvez direito a advogado, educação, lazer, alimentação, saúde, cultura, sexo, amor, felicidade, etc) seriam serviços "especiais" que necessariamente precisam do nosso Grande Pai-Estado para prestá-los?
Se esses serviços todos podem ser prestados por particulares, o estado ainda teria o papel de zelar para que não houvessem discriminações que consideramos impertinentes nessas prestações de serviços, discriminações que consideramos que o próprio estado não pode fazer?
Ou não, o governo não deveria ter nem essa função, todo "governo" seria praticamente apenas capitalismo puro, e os prestadores de serviços que substituiriam os serviços prestados pelo estado não deveriam ter a obrigação de herdar a isonomia do estado? Por exemplo, empresas de segurança, não precisarem garantir a segurança de grupos que considerem problemáticos ou que ofereçam maiores custos, como negros ou gays; ou que possam até mesmo agir em favor de quem puder pagar mais, independentemente de "direitos", como se fossem simplesmente uns capangas.
Caso o estado não deva ter essa função de garantir isonomia dos prestadores de serviço que substituem os serviços estatais, por que considera que o direito dos prestadores de serviço rejeitar clientes por racismo, sexismo, anti-gayismo ou qualquer motivo que não consideramos que deveria ser válido para o estado, deve ser maior que o do cidadão em ter esse serviço?
Ao mesmo tempo em que garante direitos/liberdade para todos através de regulações legais e outras coisas que não prestação de serviços?
Isso valeria por exemplo, para serviços como, segurança? Ou segurança e outros (talvez direito a advogado, educação, lazer, alimentação, saúde, cultura, sexo, amor, felicidade, etc) seriam serviços "especiais" que necessariamente precisam do nosso Grande Pai-Estado para prestá-los?
Se esses serviços todos podem ser prestados por particulares, o estado ainda teria o papel de zelar para que não houvessem discriminações que consideramos impertinentes nessas prestações de serviços, discriminações que consideramos que o próprio estado não pode fazer?
Ou não, o governo não deveria ter nem essa função, todo "governo" seria praticamente apenas capitalismo puro, e os prestadores de serviços que substituiriam os serviços prestados pelo estado não deveriam ter a obrigação de herdar a isonomia do estado? Por exemplo, empresas de segurança, não precisarem garantir a segurança de grupos que considerem problemáticos ou que ofereçam maiores custos, como negros ou gays; ou que possam até mesmo agir em favor de quem puder pagar mais, independentemente de "direitos", como se fossem simplesmente uns capangas.
Caso o estado não deva ter essa função de garantir isonomia dos prestadores de serviço que substituem os serviços estatais, por que considera que o direito dos prestadores de serviço rejeitar clientes por racismo, sexismo, anti-gayismo ou qualquer motivo que não consideramos que deveria ser válido para o estado, deve ser maior que o do cidadão em ter esse serviço?

- Apáte
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Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
O Estado deve fornecer todos os serviços, inclusive os supérfluos. Não quero trabalhar.
Gostei do título.
Gostei do título.

"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Apáte escreveu:O Estado deve fornecer todos os serviços, inclusive os supérfluos. Não quero trabalhar.
Gostei do título.
E é, e é!
“A classe capitalista fornece continuamente à classe operária letras de câmbio por uma parte do produto fornecida pela segunda, mas encampada pela primeira. Mas o operário continua a devolvê-la à classe capitalista, retirando a parte que lhe toca por seu próprio produto. A forma mercadoria do produto e a forma dinheiro da mercadoria dissimulam essas relações.”
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
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Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
Essa situação me lembrou a história do velhinho sueco que entrou na justiça para cobrar do Estado o pagamento do dinheiro necessário para fornecer prostitutas a ele.
Editado pela última vez por Huxley em 23 Dez 2007, 22:28, em um total de 4 vezes.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
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Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
Na minha humilde opinião, o Estado deve exitir para prestar os serviços que os cidadãos, privada e e egoísticamente, não cumpririam por si mesmos. A idéia de que a caridade resolveria tudo é a coisa mais absurda dita pelos libertários. A centralização é eficiente, por exemplo, quando queremos identificar os cidadãos; se o RG fosse administrado pelos particulares, haveria grande corrupção e vazamento de informações. Não digo que o Estado seja perfeito, mas a centralização, rígida, é mais eficiente em alguns casos. Também creio que a Saúde, de uma forma geral, seria mais eficente se fosse centralizada. Atualmente há muitas pessoas, privilegiadas, que pagam convênios, desfrutando, por sua vez, de um tratamento de saúde muito acima da média de todos os outros cidadãos.
Creio ser esse o "paradigma" correto para se entender o Estado.
Creio ser esse o "paradigma" correto para se entender o Estado.
Editado pela última vez por Soviete Supremo em 23 Dez 2007, 22:27, em um total de 2 vezes.
“A classe capitalista fornece continuamente à classe operária letras de câmbio por uma parte do produto fornecida pela segunda, mas encampada pela primeira. Mas o operário continua a devolvê-la à classe capitalista, retirando a parte que lhe toca por seu próprio produto. A forma mercadoria do produto e a forma dinheiro da mercadoria dissimulam essas relações.”
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
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- Apáte
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Huxley escreveu:Essa situação me lembrou a história do velhinho sueco que entrou na justiça para cobrar do Estado o pagamento do dinheiro necessário para fornecer prostitutas.
Porra, e alguém ainda reclama dum sistema perfeito destes?
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- Soviete Supremo
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Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
Já há os filmes produzidos pela empresa "Brasileirinhas", Huxley.
E há também quem importe, a um custo razoável, bacalhau da noruega.
E há também quem importe, a um custo razoável, bacalhau da noruega.
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O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Apáte escreveu:Huxley escreveu:Essa situação me lembrou a história do velhinho sueco que entrou na justiça para cobrar do Estado o pagamento do dinheiro necessário para fornecer prostitutas.
Porra, e alguém ainda reclama dum sistema perfeito destes?
Usuário deletado escreveu:Boa!
Deve ser por isso que os habitantes desses países social-democratas têm fama de xenófobos, não querem dividir esse paraíso com os outros.
Pois é. Pena para alguns que a Suécia tenha reformado sua política de bem-estar social. Mas não há razão para ser tão pessimista. Haverá algum momento na história do capitalismo em que a renda per capita deste país será tão elevada que até mesmo um operário estará ganhando mais que um alto-executivo dos dias atuais. Assim, o Estado de Bem-Estar Social poderá voltar com toda força. Desta vez, o Estado fornecerá o pagamento de gigantescas orgias com loiras lindas para velhinhos. Essa sim irá ser a verdadeira ditadura do proletariado.

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"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
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- Apáte
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Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
Agora sério:
Chegando em BH uma vez vi um taxista se negar a levar um cliente até o bairro que ele pediu porque naquele horário era perigoso.
Acha que o taxista seria obrigado a prestar o serviço, correndo risco de perder o carro ou até a vida, e ainda cobrar o mesmo preço.
Como é nobre o seu pensamento igualitário...
ímpio escreveu:Ou não, o governo não deveria ter nem essa função, todo "governo" seria praticamente apenas capitalismo puro, e os prestadores de serviços que substituiriam os serviços prestados pelo estado não deveriam ter a obrigação de herdar a isonomia do estado? Por exemplo, empresas de segurança, não precisarem garantir a segurança de grupos que considerem problemáticos ou que ofereçam maiores custos, como negros ou gays; ou que possam até mesmo agir em favor de quem puder pagar mais, independentemente de "direitos", como se fossem simplesmente uns capangas.
Chegando em BH uma vez vi um taxista se negar a levar um cliente até o bairro que ele pediu porque naquele horário era perigoso.
Acha que o taxista seria obrigado a prestar o serviço, correndo risco de perder o carro ou até a vida, e ainda cobrar o mesmo preço.
Como é nobre o seu pensamento igualitário...
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços pri
Se o taxista não queria correr esses riscos, que mudasse de profissão.
Simples.
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- Aranha
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Apáte escreveu:Chegando em BH uma vez vi um taxista se negar a levar um cliente até o bairro que ele pediu porque naquele horário era perigoso.
Acha que o taxista seria obrigado a prestar o serviço, correndo risco de perder o carro ou até a vida, e ainda cobrar o mesmo preço.
Como é nobre o seu pensamento igualitário...
- Muito limitada sua análise.
- Os Lotéricos franqueados da CAIXA estavam querendo se recusar a fazer serviços bancários devido ao risco excessivo de assaltos e a recusa da CAIXA em financiar segurança, a CAIXA simplesmente disse que quem não oferecesse os serviços perderia a franquia e FODAM-SE!!!
- Esse tipo de conflito de interesses deve ser administrado pelo estado de alguma forma, senão voltamos à época do faroeste onde tudo se resolvia na base do duelo, do linchamento, da lei do mais forte.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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Claro que não.
No caso das Lotéricas como no caso do taxista, o agente vai determinar se o lucro esperado e o risco se compensam de alguma forma.
A CAIXA sabe que os lotéricos tem lucro com ou sem bandidos, e que eles vão continuar prestando o serviço bancário. Se o cara achar que não, ele que pule fora.
Já o taxista pode achar que em um determinado horário e lugar a chance dele ser assaltado ou morto é alta demais para valer a pena se arriscar.
O Estado não deve se meter esse tipo de conflito de interesse. O Estado deveria oferecer um ambiente de segurança onde esses contratos pudessem ser realizados sem essas considerações.
Isso porque num ambiente de violência generalizada, muitos contratos não são realizados devido ao risco, ou os preços praticados são muito mais altos do que poderiam ser.
E no Brasil, de um modo geral, o Estado falhou miseravelmente na sua única função.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
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user f.k.a. Cabeção escreveu:
Claro que não.
No caso das Lotéricas como no caso do taxista, o agente vai determinar se o lucro esperado e o risco se compensam de alguma forma.
A CAIXA sabe que os lotéricos tem lucro com ou sem bandidos, e que eles vão continuar prestando o serviço bancário. Se o cara achar que não, ele que pule fora.
Já o taxista pode achar que em um determinado horário e lugar a chance dele ser assaltado ou morto é alta demais para valer a pena se arriscar.
O Estado não deve se meter esse tipo de conflito de interesse. O Estado deveria oferecer um ambiente de segurança onde esses contratos pudessem ser realizados sem essas considerações.
Isso porque num ambiente de violência generalizada, muitos contratos não são realizados devido ao risco, ou os preços praticados são muito mais altos do que poderiam ser.
E no Brasil, de um modo geral, o Estado falhou miseravelmente na sua única função.
- No caso dos lotéricos caberia ao judiciário (caso haja processo) arbitrar se a CAIXA estaria ou não abusando de seu poder econômico ao não compartilhar o risco, a questão é que uma lotérica não é uma agência bancária, não tem segurança armada, não tem cofre, não tem detetor de metais, não tem carro-forte....
- No caso do taxista, o estado deveria cumprir a função de prover segurança, aqui em Brasília os táxis são obrigados a parar em postos policiais, isto diminuiu brutalmente as estatísticas de assassinatos de taxistas.
- O estado não deixou de cumprir apenas uma função neste caso, a falta de dinamismo da economica provoca desemprego, isto é, em parte, culpa do estado, o desemprego é um dos motores da criminalidade.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Apáte escreveu:Agora sério:ímpio escreveu:Ou não, o governo não deveria ter nem essa função, todo "governo" seria praticamente apenas capitalismo puro, e os prestadores de serviços que substituiriam os serviços prestados pelo estado não deveriam ter a obrigação de herdar a isonomia do estado? Por exemplo, empresas de segurança, não precisarem garantir a segurança de grupos que considerem problemáticos ou que ofereçam maiores custos, como negros ou gays; ou que possam até mesmo agir em favor de quem puder pagar mais, independentemente de "direitos", como se fossem simplesmente uns capangas.
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Acha que o taxista seria obrigado a prestar o serviço, correndo risco de perder o carro ou até a vida, e ainda cobrar o mesmo preço.
Como é nobre o seu pensamento igualitário...
Eu não acho que houvesse necessidade de alguém fazer algo que considerasse arriscar a própria vida, se o próprio emprego que escolheu não tem esse risco como previsível (não valendo no mesmo grau, por exemplo, para segurança).
Como acha que deveria ser no caso de segurança? Quem paga tem, e paga para fazerem o que quiserem em nome da segurança, como quiserem, como a Providência infalível do fluxo do capital quiser, ou o quê?

- Apáte
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Re: Re.: MANIQUEÍSMO ESQUERDISTA: papel do estado e serviços
Orbe escreveu:Se o taxista não queria correr esses riscos, que mudasse de profissão.
Simples.
Primeiro veio isso:

Depois veio:

"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi