Buckaroo Banzai escreveu:Muito embora eu ache que a maior parte da divulgação de coisas desse tipo de "programação neuro lingüística", "pensamento positivo" e similares seja puro woo woo, hiper exagerado em suas capacidades, eu acho também que uma boa parte faz sentido. Não acho que sejamos psicologicamente indiferantes às palavras, que sejamos "vulcanos". Um tipo de evidência disso seria a próprio fato de usarmos simplesmente eufemismos em muitas situações, que nada mais são do que uma espécie de fraseamento "menos negativo" da mesma coisa de fato. Eu queria saber se esse tipo de coisa tem algum efeito detectado em MRI ou algum outro tipo de coisa mais palpável, de qualquer modo. Mas não acho algo muito improvável, parece em algo com "associação pavloviana", nada que requeira mecanismos meio místicos ou que seja intrinsicamente ligado àquelas woo-wooices daquele "what the bleep do we know", do "cientista" que dizia que as moléculas da água assumiam formas diferentes de acordo com as palavras ("amor", "ódio", etc) dos rótulos que se colocava nos copos.
Eu não acho muito surpreendente (a coisa no nível não woo-woo), e é um dos motivos pelos quais eu sou contra o "politicamente correto", que como já expliquei, acho que tem o efeito contrário ao canonizar uma palavra como ruim na mente de muitas pessoas.
Um tanto parecido com isso, mas em outro "grau" de mecanismo, seria o otimismo em si, em vez de "apenas" uma linguagem Richard Wiseman, que é cético, do CSICOP, e como o Randi era também ilusionista, virou professor de psicologia, e tem um livro chamado "luck factor", que essencialmente é um tipo de defesa dessas coisas de pensamento positivo dentro de uma visão não woo-woo. Me parece que tem estudos de verdade mostrando coisas como que as pessoas que diziam ter um padrão de pensamento positivo realmente eram mais sortudas.
A explicação não era algo relacionado a "forças do universo", "energias positivas", "o poder do observador sobre as medições quânticas" nem qualquer coisa do tipo, mas que, pessimismo ou otimismo, nos dá uma espécie de perspectiva tendenciosa, não apenas tendo um efeito fisiológico/psicológico similar a esse que um fraseamento "eufemista" ou pessimista das coisas talvez tenha, no sentido de bem estar, de deixar as pessoas com animadas e de bom humor ou aborrecidas, desanimadas, mas também de fato em perceber mais (ou menos) boas oportunidades. Aquilo que seria um tipo de oportunidade sob uma perspectiva otimista, "provavelmente não daria certo" sob uma ótica pessimista, então aumenta a probabilidade da pessoa nem tentar, e se tentar, tentar com desânimo, má vontade, em alguns casos compromentendo o desempenho em função disso. Essencialmente, mesmo descontando essas influências do humor na tentativa de qualquer coisa, matematicamente, mais tentativas aumentam a probabilidade de sucesso.
[visualização de PDF em HTML do Google] Artigo sobre o livroE tem outras coisas que já li meio relacionadas, como "efeito pigmaleão" e uma ou outra coisa meio similar. Tem a ver com expectativas falsas dos professores sobre os alunos, ou de alunos sobre eles mesmos, afetando o desempenho deles. Os experimentos eram algo como dizer ao professor que uma classe qualquer para a qual iria dar aula, era de alunos melhores, de alto desempenho, quando na verdade eles foram selecionados para ser um grupo homogêneo, e isso tinha impacto no desempenho, os resultados dessa classe eram melhores que os de outras classes que não tinham sido ditas serem "especiais". Também acho que já li qualquer coisa sobre dizerem aos alunos que eles eram racilamente superiores ou racialmente inferiores, também afetando o desempenho deles de acordo.
Claro, tudo isso tem o seu grau de possibilidade razoável, não é como que "seja otimista, e em dois meses será mais rico que o Silvio Santos", ou conseguir formar
um coelho como phd em física numa faculdade se disser aos professores dele que é um produto do mais avançado programa de engenharia genética de inteligência.