P.E.T.A.ÍSMO: quais desses animais deveríamos poder matar?
Enviado: 28 Dez 2007, 14:55
Geralmente é dado que, como humanos, podemos matar os outros animais de modo geral, por sermos superiores ou qualqueroutra racionalização possível.
Comparar coisas como um abatedouro com Auschwitz, é visto como ofensa aos seres humanos judeus, mais do que como uma "promoção" dos reles animais a algo que merecesse um tipo empatia minimamente similar àquela que se tem com os humanos.
Mas como delinear exatamente a "humanidade" dos animais que não poderiam ser mortos?
Uma pequena lista de animais no limiar:

Homo floresiensis
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Homo neanderthalensis ou talvez Homo sapiens neanderthalensis
(possivelmente tinha cabelos ruivos, uns imaginam que os genes dos cabelos ruivos deles foram passados para os humanos, dentre outras características, por miscigenação)

Eles no entanto tinham algumas características que se poderia dizer serem mais "simiescas", como a caixa torácica em forma de barril. Compare com a comparação entre humanos e chimpanzés (Pan):


Homo erectus

Homo ergaster

Homo rudolfensis

Homo heidelbergensis
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Australopithecus (Paranthropus) boisei

Australopithecus afarensis
Há quem defenda que eles tenham sido mais similares aos orangutangos:

Australopithecus, segundo Jeffrey Schwartz
Schwartz e outros propoem que o bipedismo humano é uma característica ancestral, herdada do ancestral comum entre humanos e orangutangos, e até gibões. Para ele (mas não para todos) isso, e outras características compartilhadas com orangutangos mas não com outros símios vivos, teria até implicações filogenéticas, ou seja, os orangutangos seriam nossos parentes mais próximos, não os chimpanzés.










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Os religiosos fundamentalistas costumam dizer saber fazer facilmente a distinção do que seria "definitivamente" humano, ou "definitivamente" macaco, eu acho que é uma questão complicada.
Para complicar ainda mais, alguns cientistas (John Hawkins e outros) sugerem que as diferenças entre as raças humanas se tornaram nas últimas dezenas de milhares de anos, maiores do que as diferenças entre os humanos de 5 mil anos atrás e os neanderthais.

Então, a pergunta é, como "organizar" essa coisa toda, taxonomia, distância ou proximidade genética, caracteres fenotípicos, e os direitos à vida, ou liberdade e etc?
Hoje se concorda que não podemos escravizar pessoas de qualquer raça, mas e quanto a neandertais ou o floresiensis? Poderiam ser usados para trabalho, como os elefantes são, por exemplo, em troca apenas de alimentos?
Qual desses parentes mais próximos dos humanos poderia ser usado em experimentos médicos? Ou meramente para fins de diversão, seja por rinhas, ou tortura sádica?
E no que impacta se descobrirmos que as raças humanas são mais diferentes do que se supunha ser, sendo na verdade mais diferenciadas que algumas espécies? Poderíamos realizar experimentos humanos com outras raças, como já ocorreu no século passado nos EUA?
Onde é o limite taxonômico da "humanidade protetora", e por que?
Comparar coisas como um abatedouro com Auschwitz, é visto como ofensa aos seres humanos judeus, mais do que como uma "promoção" dos reles animais a algo que merecesse um tipo empatia minimamente similar àquela que se tem com os humanos.
Mas como delinear exatamente a "humanidade" dos animais que não poderiam ser mortos?
Uma pequena lista de animais no limiar:

Homo floresiensis


Homo neanderthalensis ou talvez Homo sapiens neanderthalensis
(possivelmente tinha cabelos ruivos, uns imaginam que os genes dos cabelos ruivos deles foram passados para os humanos, dentre outras características, por miscigenação)

Eles no entanto tinham algumas características que se poderia dizer serem mais "simiescas", como a caixa torácica em forma de barril. Compare com a comparação entre humanos e chimpanzés (Pan):



Homo erectus

Homo ergaster

Homo rudolfensis

Homo heidelbergensis


Australopithecus (Paranthropus) boisei

Australopithecus afarensis
Há quem defenda que eles tenham sido mais similares aos orangutangos:

Australopithecus, segundo Jeffrey Schwartz
Schwartz e outros propoem que o bipedismo humano é uma característica ancestral, herdada do ancestral comum entre humanos e orangutangos, e até gibões. Para ele (mas não para todos) isso, e outras características compartilhadas com orangutangos mas não com outros símios vivos, teria até implicações filogenéticas, ou seja, os orangutangos seriam nossos parentes mais próximos, não os chimpanzés.












Os religiosos fundamentalistas costumam dizer saber fazer facilmente a distinção do que seria "definitivamente" humano, ou "definitivamente" macaco, eu acho que é uma questão complicada.
Para complicar ainda mais, alguns cientistas (John Hawkins e outros) sugerem que as diferenças entre as raças humanas se tornaram nas últimas dezenas de milhares de anos, maiores do que as diferenças entre os humanos de 5 mil anos atrás e os neanderthais.

Então, a pergunta é, como "organizar" essa coisa toda, taxonomia, distância ou proximidade genética, caracteres fenotípicos, e os direitos à vida, ou liberdade e etc?
Hoje se concorda que não podemos escravizar pessoas de qualquer raça, mas e quanto a neandertais ou o floresiensis? Poderiam ser usados para trabalho, como os elefantes são, por exemplo, em troca apenas de alimentos?
Qual desses parentes mais próximos dos humanos poderia ser usado em experimentos médicos? Ou meramente para fins de diversão, seja por rinhas, ou tortura sádica?
E no que impacta se descobrirmos que as raças humanas são mais diferentes do que se supunha ser, sendo na verdade mais diferenciadas que algumas espécies? Poderíamos realizar experimentos humanos com outras raças, como já ocorreu no século passado nos EUA?
Onde é o limite taxonômico da "humanidade protetora", e por que?