Enfim, livre!

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Apáte
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Apáte »

Alter-ego escreveu:
Apáte escreveu:Nunca consegui enxergar contradição entre ser de direita e trabalhar pro Estado.

Mas esta tua argumentação... putz :emoticon8:

Se o Estado é tão bom, tão meritocrático, por que simplesmente não estatizamos tudo?

Porque o Estado, para manter um mínimo de lisura, transparência e mérito, que defendo, tende a tornar-se lento e burocrático, den forma que deve ser mantido apenas em setores essenciais. Empresas precisam ser ágeis e lucrativas, por isso energia, telefonia, combustíveis, etc. precisam estar nas mãos da iniciativa privada. também saúde e educação, mas com ressalvas.
Já setores como segurança pública, justiça, fiscalização, etc. precisam estar nas mãos da Estado. E com eficiência, embora agindo de forma mais lenta. Também não vejo grandes problemas em termos UM banco público.

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Alter-ego
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Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Alter-ego »

Tu o dizes...
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Alter-ego
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Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Alter-ego »

Ah, só pra deixar claro, não sou, necessariamente, o que você definiria como liberal. Sou conservador.
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Apo
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Apo »

Alter-ego escreveu:E pra quem acha que há qualquer contradição entre ser de direita e trabalhar para o Estado, pense bem:

no funcionalismo público

- para entrar: meritocracia. Um concurso público com regras claras e transparentes; difícil e concorrido, a maioria bem mais concorrida que seleções para empresas privadas. Para conseguir um cargo na empresa privada enfrentei uma seleção com concorrencia de 12 para 1. Cinco fases. Ao chegar na penúltima fase só restava uma concorrente, pois havia eleminado todos os outros. Para entrar no atual emprego público, concorrência de mais de 100 por 1. 5 fases. Só respirei tranquilo quando saiu a nomeação...
- estabilidade: após seis meses se adquire uma certa estabilidade na empresa privada, já que a maioria das empresas pensa duas vezes antes de mandar alguém embora. Além da multa sobre FGTS e outros benefícios, há todo um gasto implícito em se perder um funcionário em quem se fez tantos investimentos e abrir um novo processo seletivo. No público são 36 meses para se adquirir estabilidade de lei, passando por avaliação duríssima a cada 12 meses, podendo perder o cargo a qualquer deslize. Nas empresas públicas celetistas a estabilidade é semelhante à das empresas privadas. Fora que funcionário público demitido fica impossibilitado de assumir outros cargos, além de não receber qualquer indenização. Para não falar que não há outras formas de ampliar a estabilidade como a CIPA...

- progressão: a progressão no funcionalismo público é um processo ainda mais meritocrático e requer tempo, estudo e dedicação. Não dá pra crescer sentando no colo da chefia...

- produtividade: bato ponto na entrada e na saída, coisa que não fazia na empresa privada. Entrego relatórios de produtividade que são mensalmente enviados aos desembargadores. Enfrento maior pressão por resultados do público em geral, que fiscaliza meu trablho e conduta, que na empresa privada.

Conclusão: quem critica o funcionalismo público está pautado numa cultura em franca decadência, que em uma ou duas décadas já não existirá. Tenho, sim, muitos benefícios. Mas trabalho o suficiente.
Mas, é claro que tendo que escolher entre dois empregos para voltar a estudar, cuidar de mim e ter tempo para minha família, joguei o emprego privado pra cima.


Eu não vejo contradição. Assim como não vejo em quem se diz de esquerda e coloca os filhos para estudar em escola particular. Mas incoerência quando o dinheiro ou o poder mostram quem é que manda é o que mais se vê.
Quanto a trabalhar o suficiente....bem, suficiente é uma das palavras mais relativizáveis do dicionário ( não estou a dizer que você trabalha pouco, estou questionando que, de forma geral, há exceções que trabalham pouco ou mal na área privada e há exceções que trabalham muito e bem na área pública).

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Apáte
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Apáte »

Alter-ego escreveu:Ah, só pra deixar claro, não sou, necessariamente, o que você definiria como liberal. Sou conservador.

:emoticon1:
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por O ENCOSTO »

Johnny escreveu:Estou feliz de trabalhar muito, ganhar pouco menos que o mercado privado paga mas pelo menos não vejo corjas inteiras de apadrinhamento politico em troca de beneficios governamentais.
Mas tem gente que gosta de sofrer...fazer o quê!!!



Você é guardador de carros?

Pelo visto, seu trabalho não tem qualquer relação com a iniciativa privada ou com algum cargo estatal.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

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Aranha
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Mensagem por Aranha »

- A postagens estão divertidas.... :emoticon1:


Abraços,
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zencem
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Mensagem por zencem »

Abmael escreveu:- A postagens estão divertidas.... :emoticon1:


Abraços,


Divertidíssimas.

Eu tenho que fazer uma profunda reflexão sobre a meritocracia e a corda bamba a que se é exposto, nos tres anos de experiência.

Essa, então, é de morrer de rir. -- :emoticon22:
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


Leo
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Mensagem por Leo »

Livre nada, Alter... você apenas transitou do estágio da loucura para o masoquismo compulsório.

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RicardoVitor
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por RicardoVitor »

Alter-ego escreveu:no funcionalismo público

- para entrar: meritocracia. Um concurso público com regras claras e transparentes; difícil e concorrido, a maioria bem mais concorrida que seleções para empresas privadas. Para conseguir um cargo na empresa privada enfrentei uma seleção com concorrencia de 12 para 1. Cinco fases. Ao chegar na penúltima fase só restava uma concorrente, pois havia eleminado todos os outros. Para entrar no atual emprego público, concorrência de mais de 100 por 1. 5 fases. Só respirei tranquilo quando saiu a nomeação...


Quem determina o mérito no setor público? Quem avaliou se você tinha ou não mérito para ocupar tal vaga? Um iluminado intelectual a mando do Estado?

Alter-ego escreveu:- estabilidade: após seis meses se adquire uma certa estabilidade na empresa privada, já que a maioria das empresas pensa duas vezes antes de mandar alguém embora. Além da multa sobre FGTS e outros benefícios, há todo um gasto implícito em se perder um funcionário em quem se fez tantos investimentos e abrir um novo processo seletivo. No público são 36 meses para se adquirir estabilidade de lei, passando por avaliação duríssima a cada 12 meses, podendo perder o cargo a qualquer deslize.


Como se avalia o desempenho de tal funcionário? Pela qualidade de seus serviços? Quem avalia? O consumidor de seus serviços? Ou um iluminado intelectual a mando do Estado? Qual o mecanismo em que eu posso determinar, Alter, que você prestou um péssimo ou ótimo serviço a mim, seu cliente, aquele que paga seu salário?

Alter-ego escreveu:- produtividade: bato ponto na entrada e na saída, coisa que não fazia na empresa privada. Entrego relatórios de produtividade que são mensalmente enviados aos desembargadores. Enfrento maior pressão por resultados do público em geral, que fiscaliza meu trablho e conduta, que na empresa privada.


Como eu, um dos acionistas, posso acessar esses relatórios Alter? Estou interessado, afinal, é meu parte do dinheiro investido no seu trabalho. Qual o mecanismo em que eu posso determinar que o seu trabalho não está sendo satisfatório, por exemplo? Enfim, como se determina se é meritocrático ou não a sua permanência em tal serviço prestado?

Alter-ego escreveu:Conclusão: quem critica o funcionalismo público está pautado numa cultura em franca decadência, que em uma ou duas décadas já não existirá.


Imagem

Alter-ego escreveu:Tenho, sim, muitos benefícios. Mas trabalho o suficiente.
Mas, é claro que tendo que escolher entre dois empregos para voltar a estudar, cuidar de mim e ter tempo para minha família, joguei o emprego privado pra cima.


Quem não gosta de mamatas?
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:
Alter-ego escreveu:no funcionalismo público

- para entrar: meritocracia. Um concurso público com regras claras e transparentes; difícil e concorrido, a maioria bem mais concorrida que seleções para empresas privadas. Para conseguir um cargo na empresa privada enfrentei uma seleção com concorrencia de 12 para 1. Cinco fases. Ao chegar na penúltima fase só restava uma concorrente, pois havia eleminado todos os outros. Para entrar no atual emprego público, concorrência de mais de 100 por 1. 5 fases. Só respirei tranquilo quando saiu a nomeação...


Quem determina o mérito no setor público? Quem avaliou se você tinha ou não mérito para ocupar tal vaga? Um iluminado intelectual a mando do Estado?


- Já ouviu falar de uma coisa chamada concurso?

RicardoVitor escreveu:
Alter-ego escreveu:- estabilidade: após seis meses se adquire uma certa estabilidade na empresa privada, já que a maioria das empresas pensa duas vezes antes de mandar alguém embora. Além da multa sobre FGTS e outros benefícios, há todo um gasto implícito em se perder um funcionário em quem se fez tantos investimentos e abrir um novo processo seletivo. No público são 36 meses para se adquirir estabilidade de lei, passando por avaliação duríssima a cada 12 meses, podendo perder o cargo a qualquer deslize.


Como se avalia o desempenho de tal funcionário? Pela qualidade de seus serviços? Quem avalia? O consumidor de seus serviços? Ou um iluminado intelectual a mando do Estado? Qual o mecanismo em que eu posso determinar, Alter, que você prestou um péssimo ou ótimo serviço a mim, seu cliente, aquele que paga seu salário?


- Como se avalia em qualquer empresa, dãããããã....

- Cliente paga salário em qualquer lugar, dããããããã.....

RicardoVitor escreveu:
Alter-ego escreveu:- produtividade: bato ponto na entrada e na saída, coisa que não fazia na empresa privada. Entrego relatórios de produtividade que são mensalmente enviados aos desembargadores. Enfrento maior pressão por resultados do público em geral, que fiscaliza meu trablho e conduta, que na empresa privada.


Como eu, um dos acionistas, posso acessar esses relatórios Alter? Estou interessado, afinal, é meu parte do dinheiro investido no seu trabalho. Qual o mecanismo em que eu posso determinar que o seu trabalho não está sendo satisfatório, por exemplo? Enfim, como se determina se é meritocrático ou não a sua permanência em tal serviço prestado?


- Tem sites na internet, procure, depois mande reclamações para ouvidoria ou corregedoria ou prá onde quiser, se vire...


RicardoVitor escreveu:
Alter-ego escreveu:Conclusão: quem critica o funcionalismo público está pautado numa cultura em franca decadência, que em uma ou duas décadas já não existirá.


Imagem
]


- ha ha ha, que engraçado....


RicardoVitor escreveu:
Alter-ego escreveu:Tenho, sim, muitos benefícios. Mas trabalho o suficiente.
Mas, é claro que tendo que escolher entre dois empregos para voltar a estudar, cuidar de mim e ter tempo para minha família, joguei o emprego privado pra cima.


Quem não gosta de mamatas?



- Todo mundo, quanto mais melhor, pegue a sua também, tá lá prá quem quiser, basta ser um vagabundo, incompetente e desmotivado que pega, caso você não seja nada disso: - VÁ TRABALHAR, AFINAL SEM SEUS IMPOSTOS, NÓS NÃO RECEBEMOS !!!!!

Abraços,
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por O ENCOSTO »

Abmael escreveu:
- Cliente paga salário em qualquer lugar, dããããããã.....



Interessante.

Só que não lembro de ter escolhido dar dinheiro para a EMBRAFILME, por exemplo. Parte do imposto que EU PAGO serve para pagar salarios de quem trabalha lá.


DÃÃÃÃÃÃ
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Mr. Crowley »

Alter-ego escreveu:Ah, só pra deixar claro, não sou, necessariamente, o que você definiria como liberal. Sou conservador.


Credo!
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Re: Re.: Enfim, livre!

Mensagem por Aranha »

O ENCOSTO escreveu:
Abmael escreveu:
- Cliente paga salário em qualquer lugar, dããããããã.....



Interessante.

Só que não lembro de ter escolhido dar dinheiro para a EMBRAFILME, por exemplo. Parte do imposto que EU PAGO serve para pagar salarios de quem trabalha lá.


DÃÃÃÃÃÃ


- Escolheu sim, quando votou nesses merdas que estão aí.

DÃÃÃÃÃÃ

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Trancado