Alter-ego escreveu:no funcionalismo público
- para entrar: meritocracia. Um concurso público com regras claras e transparentes; difícil e concorrido, a maioria bem mais concorrida que seleções para empresas privadas. Para conseguir um cargo na empresa privada enfrentei uma seleção com concorrencia de 12 para 1. Cinco fases. Ao chegar na penúltima fase só restava uma concorrente, pois havia eleminado todos os outros. Para entrar no atual emprego público, concorrência de mais de 100 por 1. 5 fases. Só respirei tranquilo quando saiu a nomeação...
Quem determina o mérito no setor público? Quem avaliou se você tinha ou não mérito para ocupar tal vaga? Um iluminado intelectual a mando do Estado?
Alter-ego escreveu:- estabilidade: após seis meses se adquire uma certa estabilidade na empresa privada, já que a maioria das empresas pensa duas vezes antes de mandar alguém embora. Além da multa sobre FGTS e outros benefícios, há todo um gasto implícito em se perder um funcionário em quem se fez tantos investimentos e abrir um novo processo seletivo. No público são 36 meses para se adquirir estabilidade de lei, passando por avaliação duríssima a cada 12 meses, podendo perder o cargo a qualquer deslize.
Como se avalia o desempenho de tal funcionário? Pela qualidade de seus serviços? Quem avalia? O consumidor de seus serviços? Ou um iluminado intelectual a mando do Estado? Qual o mecanismo em que eu posso determinar, Alter, que você prestou um péssimo ou ótimo serviço a mim, seu cliente, aquele que paga seu salário?
Alter-ego escreveu:- produtividade: bato ponto na entrada e na saída, coisa que não fazia na empresa privada. Entrego relatórios de produtividade que são mensalmente enviados aos desembargadores. Enfrento maior pressão por resultados do público em geral, que fiscaliza meu trablho e conduta, que na empresa privada.
Como eu, um dos acionistas, posso acessar esses relatórios Alter? Estou interessado, afinal, é meu parte do dinheiro investido no seu trabalho. Qual o mecanismo em que eu posso determinar que o seu trabalho não está sendo satisfatório, por exemplo? Enfim, como se determina se é meritocrático ou não a sua permanência em tal serviço prestado?
Alter-ego escreveu:Conclusão: quem critica o funcionalismo público está pautado numa cultura em franca decadência, que em uma ou duas décadas já não existirá.
Alter-ego escreveu:Tenho, sim, muitos benefícios. Mas trabalho o suficiente.
Mas, é claro que tendo que escolher entre dois empregos para voltar a estudar, cuidar de mim e ter tempo para minha família, joguei o emprego privado pra cima.
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