A religião afetando NEGATIVAMENTE juízos morais
Enviado: 07 Jan 2008, 15:10
Eu li ontem esta pesquisa no livro do Dawkins, pesquisei na net e felizmente um blogueiro me poupou o trabalho de transcrever o que me interessava para este tópico:
O debate que quero fazer agora é sobre a moralidade da violência bíblica, especialmente a judaica. Faço isso, a partir da publicação do livro de Dawkins. Uma pesquisa que esse cientista evolucionista e biólogo traz à tona foi feita pelo psicólogo israelense George Tamarin.
Trata-se de uma pesquisa feita com mil crianças judaicas, com idades que variam de oito a 14 anos, em idade escolar. É relatada a elas a famosa e bíblica passagem acima transcrita, da conquista de Jericó por Josué. Ao apresentar essa passagem às crianças, Tamarin fez aos estudantes a seguinte pergunta: “Você acha que Josué e os israelitas agiram bem ou não?” as crianças tinham que responder com três alternativas, sendo que “A”, queria dizer “aprovação total; “B” queria dizer “aprovação parcial” e “C” queria dizer “reprovação total”.
Aqui, pasmem, meus leitores, os resultados foram surpreendentes. Derruba por terra completamente a tese de que a bíblia emana moralidades positivas, uma ética nova e justa. Um total de 66% das crianças responderam que aprovavam totalmente a ação de Josué e apenas 26% de reprovação total.
Vejam aqui, para surpresa, alguns comentários de alguns desses jovens:
1. Na minha opinião, Josué e os Filhos de Israel agiram bem e aqui estão as razões: Deus prometera essa terra a eles e deu-lhes permissão para conquistá-la. Se eles não tivessem agido dessa maneira ou não tivessem matado ninguém, haveria o perigo de os Filhos de Israel fossem assimilados pelos góis (como eram chamados os ancestrais dos palestinos pelos judeus);
2. Em minha opinião Josué estava certo ao fazer aquilo, sendo que um dos motivos é que Deus mandou que eles exterminassem o povo para que as tribos de Israel não fossem assimiladas entre eles e aprendessem seus maus hábitos;
3. Josué agiu bem porque o povo que morava na terra era de uma religião diferente e quanto Josué os matou ele varreu a religião deles da face da terra.
Parece incrível, mas essas crianças foram e continuam sendo diuturnamente doutrinadas com essas opiniões, em função das pregações que os rabinos fazem e do que lhes é ensinadas nas escolas rabínicas. Mas, pasmem leitores, vejam que moralidade vem sendo edificada entre os israelenses. A justificativa para o massacre é invariavelmente religioso e se apóia em Deus e em suas decisões e na forma como este se comunica com os seres humanos.
O mesmo psicólogo israelense, Tamarin, como cientista sério, fez um grupo de controle de 168 crianças na mesma faixa etária e apresentou a todas elas a mesma história da conquista, mas ao invés de falar em Josué, ele inventou um general chamado “Lin” e inventou um reino chinês de três mil anos atrás.
Aqui, neste grupo de controle, os resultados foram completamente diferentes. Apenas 7% das crianças judaicas aprovaram a ação do “general Lin”, enquanto nada menos que 75% a reprovaram completamente. Como diz Dawkins, quando a “lealdade” judaica foi removida da equação, a maioria esmagadora das crianças judaicas concordou com “os juízos morais da maioria dos seres humanos modernos teria” .
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=24848