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Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 10 Jan 2008, 20:17
por RicardoVitor
Nem de esquerda, Nem de direita

por Leonard Read

Esse artigo, retirado do número de janeiro de 1956 de The Freeman, é o segundo da série mensal comemorando o centenário do nascimento de Read.

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“Mas vocês não são de esquerda, nem de direita!”

Essa observação, feita após um discurso meu, foi apropriada e rara. Rara porque quase nunca ouço tal observação; e apropriada por demonstrar um entendimento correto.

A maioria de nós parece estar sempre tentando encontrar simplificações – generalizações práticas – que ajudem nossa linguagem. Elas substituem as definições longas e complexas. Ainda assim, devemos ter cuidado para que tais simplificações não se transformem em um engodo semântico e não passem a prestar um desserviço a quem as use. Temo que esse seja o caso em relação aos termos “esquerda” e “direita” quando usados por libertários, os quais, espero demonstrar, não são nem de esquerda, nem de direita, segundo o uso atual desses termos.

Tanto “esquerda” quanto “direita” são termos que descrevem posições autoritárias e a liberdade não tem um relacionamento horizontal com o autoritarismo. A relação do liberalismo com o autoritarismo é vertical. Ele está acima da sujeira dos homens que escravizam homens. Mas voltemos ao começo.

Houve um tempo em que “direita” e “esquerda” eram designações apropriadas e pertinentes em relação a diferenças ideológicas. “Os primeiros esquerdistas eram um grupo de deputados recentemente eleitos para a Assembléia Nacional Constituinte no começo da Revolução Francesa em 1789. Foram rotulados “de esquerda” porque, por acaso, se sentavam do lado esquerdo da assembléia francesa.”

“Os legisladores que se sentavam do lado direito ficaram conhecidos como o Partido da Direita, ou direitistas. Os direitistas ou “reacionários” se colocavam a favor de um governo nacional altamente centralizado, de leis especiais e privilégios para sindicatos e vários outros grupos e classes, do monopólio econômico do governo em várias áreas, e da manutenção do controle governamental sobre os preços, a produção e a distribuição.” ¹
Os esquerdistas eram, na prática, ideologicamente similares àqueles que hoje identificamos como “libertários”. Os direitistas eram seus oponentes ideológicos: estatistas, intervencionistas – em suma, autoritários. “Esquerda” e “direita” na França, durante os anos de 1789-90, tinham rigidez semântica e alto grau de precisão.

Mas o termo “esquerdista” foi logo apropriado pelos autoritários jacobinos e passaram a significar o contrário de sua definição anterior. “Esquerdista” se transformou em descrição dos igualitaristas e passou a ser associado com o socialismo marxista: comunismo, socialismo, fabianismo.

E os “direitistas”? Onde se encaixavam depois da inversão semântica do termo “esquerdista”? Moscou tirou partido disso: qualquer idéia que não fosse comunista ou socialista era decretada e propagandeada como “fascista”. É por isso que qualquer ideologia que não seja comunista (de esquerda) é agora rotulada fascista (de direita).

Vamos dar uma olhada na definição de fascismo no dicionário Webster’s: “Qualquer programa que pretenda estabelecer um regime nacional centralizado e autocrático, com políticas fortemente nacionalistas, exercendo controle governamental sobre a indústria, o comércio e as finanças, censura rígida e supressão da oposição por meio da força.”

Qual seria, na verdade, a diferença entre o comunismo e o fascismo? Ambos são formas de estatismo, autoritarismo. A única diferença entre o comunismo de Stálin e o fascismo de Mussolini é um detalhe insignificante na estrutura organizacional. Mas um é de “esquerda” e outro é de “direita”.

Onde ficam os libertários no mundo de palavras criado por Moscou? O libertário está, na realidade, em oposição ao comunismo. Ainda assim, se o libertário emprega os termos “esquerda” e “direita”, estará caindo na armadilha semântica de ser um “direitista” (fascista), por não ser um “esquerdista” (comunista). Esse é um cemitério semântico para os libertários, um jogo de palavras que nega sua existência. Se aqueles que têm relações com Moscou insistirão nessa tecla, há várias razões para um libertário fugir dela.

Uma desvantagem importante do uso por parte dos libertários da terminologia direita-esquerda é a grande oportunidade para se aplicar a “teoria do meio termo”. Há vinte séculos aceita-se no ocidente a teoria aristotélica de que a posição mais razoável é aquela exatamente entre dois extremos, politicamente conhecida hoje em dia como a posição “no meio do caminho”. Agora, se os libertários usam os termos “esquerda” e “direita”, eles se declaram de extrema-direita, por estarem extremamente distantes, em suas convicções, do comunismo. Mas a palavra “direita” tem sido, com sucesso, identificada com o fascismo. Logo, cada vez mais pessoas são levadas a acreditar que a melhor posição é em algum ponto entre o comunismo e o fascismo, sendo ambos nada mais que autoritarismo.

Porém, a “teoria do meio termo” não pode ser aplicada com eficiência indiscriminadamente. Por exemplo, há certa lógica quando, ao termos de decidir entre não comermos absolutamente nada ou a gula, escolhermos o meio termo entre os dois extremos como a melhor posição. Mas, por outro lado, não há lógica nenhuma em escolhermos o meio do caminho ao decidirmos se devemos roubar mil dólares ou nada. O meio termo recomendaria roubarmos 500 dólares. Assim, o meio termo não teria mais lógica quando aplicado ao comunismo e ao fascismo (dois nomes para a mesma coisa) do que quando aplicado ao roubo de duas quantias.

O libertário não pode ter nenhuma relação com “direita” ou “esquerda” porque rejeita qualquer tipo de autoritarismo – o uso de força policial para controlar a vida criativa do homem. Para ele, comunismo, fascismo, nazismo, fabianismo, o estado de bem-estar social – enfim, todos os igualitarismos – se encaixam na definitiva, e talvez cínica, descrição de Platão, séculos antes destes sistemas coercitivos serem desenvolvidos:

“O maior de todos os princípios é que ninguém, homem ou mulher, esteja sem um líder. Nem deve o espírito de alguém ser habituado a deixá-lo fazer qualquer coisa por sua própria iniciativa, nem por zelo, nem mesmo por prazer. Mas tanto na guerra quanto na paz, a seu líder ele deve direcionar seus olhos e segui-lo fielmente. E mesmo nos assuntos menores ele deve se proteger sob alguma liderança. Por exemplo, ele deve se levantar, ou se mover, ou se lavar, ou se alimentar... somente se tiver recebido ordens para tal... Em poucas palavras, ele deve ensinar sua alma, através do hábito, a nunca sonhar agir independentemente, e, na verdade, a se tornar incapaz disso.”

Os libertários rejeitam esse princípio e assim, não se colocam nem à direita, nem à esquerda dos autoritários. Eles, como os espíritos humanos que libertariam, ascendem – estão acima – sobre a degradação. Sua posição, se fôssemos usar analogias direcionais, seria acima – como um vapor que se separa do esterco e sobe a uma atmosfera saúdavel. Se a idéia de extremismo for aplicada a um libertário, que seja baseada no quão extremas são suas posições ao se opor às crenças autoritárias.

Estabeleçamos os conceitos de emergir, de libertar – o qual é o próprio significado do liberalismo – e o significado da teoria do meio termo se tornará inaplicável, já que não pode haver meio do caminho entre o zero e o infinito. E é absurdo sugerir que exista.
Que termo simples os libertários deveriam aplicar para se distinguirem da definição moscovita dos “esquerdistas” e dos “direitistas”? Não consegui até agora inventar nenhum, mas até que eu consiga, devo me contentar em dizer “sou libertário”, e estar disposto a explicar a definição do termo a qualquer pessoa que procure significados ao invés de rótulos.

1. Dean Russell, The First Leftist (Irvington-on-Hudson, N.Y.: Foundation for Economic Education, 1951), p. 3.

http://www.ordemlivre.org/?q=node/49

Re.: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 10 Jan 2008, 20:51
por DIG
1 bom texto

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 11 Jan 2008, 07:14
por zencem
RicardoVitor escreveu:Nem de esquerda, Nem de direita

por Leonard Read

Esse artigo, retirado do número de janeiro de 1956 de The Freeman, é o segundo da série mensal comemorando o centenário do nascimento de Read.

Mas vocês não são de esquerda, nem de direita!”

*****

O libertário não pode ter nenhuma relação com “direita” ou “esquerda” porque rejeita qualquer tipo de autoritarismo – o uso de força policial para controlar a vida criativa do homem. Para ele, comunismo, fascismo, nazismo, fabianismo, o estado de bem-estar social – enfim, todos os igualitarismos – se encaixam na definitiva, e talvez cínica, descrição de Platão, séculos antes destes sistemas coercitivos serem desenvolvidos:

“O maior de todos os princípios é que ninguém, homem ou mulher, esteja sem um líder. Nem deve o espírito de alguém ser habituado a deixá-lo fazer qualquer coisa por sua própria iniciativa, nem por zelo, nem mesmo por prazer. Mas tanto na guerra quanto na paz, a seu líder ele deve direcionar seus olhos e segui-lo fielmente. E mesmo nos assuntos menores ele deve se proteger sob alguma liderança. Por exemplo, ele deve se levantar, ou se mover, ou se lavar, ou se alimentar... somente se tiver recebido ordens para tal... Em poucas palavras, ele deve ensinar sua alma, através do hábito, a nunca sonhar agir independentemente, e, na verdade, a se tornar incapaz disso.”


Os libertários rejeitam esse princípio e assim, não se colocam nem à direita, nem à esquerda dos autoritários.
Eles, como os espíritos humanos que libertariam, ascendem – estão acima – sobre a degradação.
Sua posição, se fôssemos usar analogias direcionais, seria acima – como um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.
Se a idéia de extremismo for aplicada a um libertário, que seja baseada no quão extremas são suas posições ao se opor às crenças autoritárias.

Estabeleçamos os conceitos de emergir, de libertar – o qual é o próprio significado do liberalismo –
...e o significado da teoria do meio termo se tornará inaplicável, já que não pode haver meio do caminho entre o zero e o infinito.
E é absurdo sugerir que exista.

Que termo simples os libertários deveriam aplicar para se distinguirem da definição moscovita dos “esquerdistas” e dos “direitistas”?

Não consegui até agora inventar nenhum, mas até que eu consiga, devo me contentar em dizer “sou libertário”, e estar disposto a explicar a definição do termo a qualquer pessoa que procure significados ao invés de rótulos.

1. Dean Russell, The First Leftist (Irvington-on-Hudson, N.Y.: Foundation for Economic Education, 1951), p. 3.

http://www.ordemlivre.org/?q=node/49


Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:

Re.: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 11 Jan 2008, 12:49
por Fedidovisk
Nossa... parece tão recente!

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 11 Jan 2008, 13:04
por Aranha
zencem escreveu:Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:


Zencem,

- Não, não entendi, porque você me citou? - O quequieutenhohavercomisssso!?!?!?!??!

Abraços,

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 11 Jan 2008, 14:06
por zencem
Abmael escreveu:
zencem escreveu:Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:


Zencem,

- Não, não entendi, porque você me citou? - O quequieutenhohavercomisssso!?!?!?!??!

Abraços,


É! Eu também pensei nisso, mas considerando algumas manifestações, achei que você estava enganjado no tema.

Acho que nossos embates são sempre muito sinceros e apesar de algumas trocas de lançamentos de pedras, sempre procuramos revesti-las com feltro, pra não causar ferimentos. :emoticon12:

De qualquer forma, o artigo me ajuda muito a explicar o meu modo de sentir.

E, como eu digo que a liberdade produz sempre uma só verdade, não estranho que, sem estar condicionado a nenhuma propaganda ou ensinamento específico, ela se manifeste, espontaneamente, por todos os lados, onde a liberdade se tornou a prioridade do pensamento humano.

Pense bem, o momento histórico pelo qual a humanidade está passando.

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 12 Jan 2008, 00:13
por Aranha
zencem escreveu:
Abmael escreveu:
zencem escreveu:Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:


Zencem,

- Não, não entendi, porque você me citou? - O quequieutenhohavercomisssso!?!?!?!??!

Abraços,


É! Eu também pensei nisso, mas considerando algumas manifestações, achei que você estava enganjado no tema.

Acho que nossos embates são sempre muito sinceros e apesar de algumas trocas de lançamentos de pedras, sempre procuramos revesti-las com feltro, pra não causar ferimentos. :emoticon12:

De qualquer forma, o artigo me ajuda muito a explicar o meu modo de sentir.

E, como eu digo que a liberdade produz sempre uma só verdade, não estranho que, sem estar condicionado a nenhuma propaganda ou ensinamento específico, ela se manifeste, espontaneamente, por todos os lados, onde a liberdade se tornou a prioridade do pensamento humano.

Pense bem, o momento histórico pelo qual a humanidade está passando.



Caro Zencem,

- Nem li o texto, só lhe garanto que não sou ideológico nem partidário, sou pragmático, e..., depois abro um tôpico para discutirmos isso falou?

Abraços,

Re.: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 12 Jan 2008, 00:28
por Wallace
Affff... Imagino se não fosse!

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Enviado: 12 Jan 2008, 07:08
por Apáte
Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

Para Olavo o conservador defende a liberdade de mercado porque ela promove o Estado de direito, enquanto que o liberal defende o Estado de Direito porque ele promove a liberdade de mercado. O libertário, contrariamente, rejeita ambas as posições. O libertário é aquele indivíduo que é invariavelmente contra toda e qualquer forma de agressão à vida e à propriedade de outro indivíduo. Esse é o princípio básico e fundador do credo libertário, chamado por Rothbard de “teorema da não agressão”.

Então é imperioso que entendamos o que é o Estado, esta entidade amplamente aceita tanto pelos liberais quanto pelos conservadores. O Estado é uma entidade que detém o monopólio sobre a oferta de determinados serviços (geralmente se reconhece que o Estado deva ofertar, no mínimo, serviços de segurança, justiça e ordem) sobre um determinado território. Outra característica inédita é que o Estado obtém sua renda através dos impostos e não das relações voluntárias e contratuais como ocorre no mercado.

Assim sendo, o Estado é por natureza o perfeito predador social, uma entidade que se caracteriza pela agressão e pelo confisco da propriedade alheia. Por isso, é logicamente impossível argumentar em favor da propriedade privada, do livre mercado e da não agressão aos demais, quando, em meio a isso, não se abstrai o Estado. Liberdade e Estado são incompatíveis. Durante séculos o Estado (através dos membros do governo) tem produzido assassinatos em massa que chamou de “guerras”. Por séculos o Estado tem escravizado pessoas em seus exércitos e chamou isso de “conscrição” para o “serviço nacional”. Por séculos o Estado tem roubado as pessoas e chamou isso de “impostos”.

Contrariamente, a questão da religião e dos valores morais tradicionais, tão caro aos conservadores, estão intimamente associados ao credo libertário, porém, consignado ao direito de propriedade privada. Ao dizer que a tradição judaico-cristã fundamentou a liberdade de mercado e o estado de direito, Olavo de Carvalho não falou para que serve o Estado, ou não se deu conta que o Estado vive exclusivamente da agressão e do roubo, atribuição não somente negada mas criminalizada à todos os demais indivíduos e organizações. Essa ética jamais pode derivar do cristianismo.

O direito à vida e, consequentemente, à propriedade privada é antes de tudo um direito natural e para isso não precisa do Estado. Aliás, o Estado é a personificação cabal da própria negação desde direito. Pois, como pode uma entidade criada para proteger a propriedade privada viver exatamente da agressão à propriedade? Ora, se qualquer indivíduo ou organização ousar confiscar ou tributar a propriedade alheia, imediatamente se enquadrará no crime de roubo.

Outro ponto fundamental é o monopólio da justiça que o Estado se outorga. A propensão natural do ser humano é buscar sempre o seu auto-interesse. Assim sendo, a crítica libertária mostra que os legisladores (que são membros do próprio aparato estatal e também são seres humanos) sempre tenderão fazer leis em favor do próprio Estado. A expansão do poder estatal ao longo da história foi uma conseqüência inevitável de sua própria natureza. O questionamento libertário é o fato paradoxal que uma entidade com o monopólio exclusivo do poder de última decisão em caso de conflito (justiça) e a exclusividade de obter sua renda através do roubo seja necessária, ou melhor, seja ideal para a justiça e a segurança.

Sinto-me incapaz de seguir o ideal conservador ou liberal, ou qualquer outro ideal que requeira o Estado como protetor, organizador e fornecedor da justiça ou de qualquer outro bem ou serviço que se queira. Em poucas palavras, prefiro a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.


Para uma análise profunda sobre estes e outros tópicos da fragilidade do ideal conservador e liberal e da alternativa libertária, vide:

Hoppe, Hans-Hermann. Democracy: The God That Failed. Transaction Publishers, 2001.

Hoppe, Hans-Hermann. Natural Elites, Intellectuals, and the State. (http://www.mises.org/story/2214)

Rothbard, Murray N. For a New Liberty: The Libertarian Manifesto. Macmillan Publishing, 1978.

Rothbard, Murray N. Robert Nozick and the Immaculate Conception of the State. (http://www.mises.org/journals/jls/1_1/1_1_6.pdf)

Osterfeld, David. Anarchism and the Public Goods Issue: Law, Courts, and the Police. (http://www.mises.org/journals/jls/9_1/9_1_3.pdf)

E, por fim, a indispensável compilação de livros e papers feita por Hoppe http://www.lewrockwell.com/hoppe/hoppe5.html


FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653

Enviado: 12 Jan 2008, 09:18
por zencem
Apáte escreveu:Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

Para Olavo o conservador defende a liberdade de mercado...

FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653


Muito coerente o Lucas Mendes, que é capaz de ultrapassar o terreno ideológico da liberdade, para consolidá-la em seu significado natural, onde o indivíduo não está disposto a negociar a sua extinção, em troca de uma utopia doutrinária tentadora, idealizada para explorar o comodismo de cada um.

É como eu digo, a instituição decorrente da realidade gregária, não pode extrapolar a sua função ao ponto de anular a individualidade de seus filiados, por um motivo óbvio: A sociedade é a síntese de seus indivíduos, e, se eles se tornam alienados, alienada também será a sociedade.

A construção de uma sociedade perfeita será aquela em que a inteligência, que só existe na individualidade, seja preservada e estimulada, respeitando-se o peso de seu livre arbítrio.

Aí a instituição cumprirá o seu papel, para que seus indivíduos possam fortalecê-la com os princípios da razão.

Do contrário, cada um de nós será sempre presa fácil da predação obscurantista das organizações, que se formam com o único intúito de dominar.

Enviado: 12 Jan 2008, 09:18
por zencem
Apáte escreveu:Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

Para Olavo o conservador defende a liberdade de mercado...

FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653


Muito coerente o Lucas Mendes, que é capaz de ultrapassar o terreno ideológico da liberdade, para consolidá-la em seu significado natural, onde o indivíduo não está disposto a negociar a sua extinção, em troca de uma utopia doutrinária tentadora, idealizada para explorar o comodismo de cada um.

É como eu digo, a instituição decorrente da realidade gregária, não pode extrapolar a sua função ao ponto de anular a individualidade de seus filiados, por um motivo óbvio: A sociedade é a síntese de seus indivíduos, e, se eles se tornam alienados, alienada também será a sociedade.

A construção de uma sociedade perfeita será aquela em que a inteligência, que só existe na individualidade, seja preservada e estimulada, respeitando-se o peso de seu livre arbítrio.

Aí a instituição cumprirá o seu papel, para que seus indivíduos possam fortalecê-la com os princípios da razão.

Do contrário, cada um de nós será sempre presa fácil da predação obscurantista das organizações, que se formam com o único intúito de dominar.

Re: Re.: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 12 Jan 2008, 12:20
por Aranha
Wallace escreveu:Affff... Imagino se não fosse!

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:





- Mostre-me UM ÚNICO post meu onde eu defenda uma ideologia.

Re.: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 12 Jan 2008, 12:26
por Apáte
Só tem esquizofrênico nisso aqui!

Enviado: 12 Jan 2008, 12:28
por Aranha
Apáte escreveu:Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

Para Olavo o conservador defende a liberdade de mercado porque ela promove o Estado de direito, enquanto que o liberal defende o Estado de Direito porque ele promove a liberdade de mercado. O libertário, contrariamente, rejeita ambas as posições. O libertário é aquele indivíduo que é invariavelmente contra toda e qualquer forma de agressão à vida e à propriedade de outro indivíduo. Esse é o princípio básico e fundador do credo libertário, chamado por Rothbard de “teorema da não agressão”.

Então é imperioso que entendamos o que é o Estado, esta entidade amplamente aceita tanto pelos liberais quanto pelos conservadores. O Estado é uma entidade que detém o monopólio sobre a oferta de determinados serviços (geralmente se reconhece que o Estado deva ofertar, no mínimo, serviços de segurança, justiça e ordem) sobre um determinado território. Outra característica inédita é que o Estado obtém sua renda através dos impostos e não das relações voluntárias e contratuais como ocorre no mercado.

Assim sendo, o Estado é por natureza o perfeito predador social, uma entidade que se caracteriza pela agressão e pelo confisco da propriedade alheia. Por isso, é logicamente impossível argumentar em favor da propriedade privada, do livre mercado e da não agressão aos demais, quando, em meio a isso, não se abstrai o Estado. Liberdade e Estado são incompatíveis. Durante séculos o Estado (através dos membros do governo) tem produzido assassinatos em massa que chamou de “guerras”. Por séculos o Estado tem escravizado pessoas em seus exércitos e chamou isso de “conscrição” para o “serviço nacional”. Por séculos o Estado tem roubado as pessoas e chamou isso de “impostos”.

Contrariamente, a questão da religião e dos valores morais tradicionais, tão caro aos conservadores, estão intimamente associados ao credo libertário, porém, consignado ao direito de propriedade privada. Ao dizer que a tradição judaico-cristã fundamentou a liberdade de mercado e o estado de direito, Olavo de Carvalho não falou para que serve o Estado, ou não se deu conta que o Estado vive exclusivamente da agressão e do roubo, atribuição não somente negada mas criminalizada à todos os demais indivíduos e organizações. Essa ética jamais pode derivar do cristianismo.

O direito à vida e, consequentemente, à propriedade privada é antes de tudo um direito natural e para isso não precisa do Estado. Aliás, o Estado é a personificação cabal da própria negação desde direito. Pois, como pode uma entidade criada para proteger a propriedade privada viver exatamente da agressão à propriedade? Ora, se qualquer indivíduo ou organização ousar confiscar ou tributar a propriedade alheia, imediatamente se enquadrará no crime de roubo.

Outro ponto fundamental é o monopólio da justiça que o Estado se outorga. A propensão natural do ser humano é buscar sempre o seu auto-interesse. Assim sendo, a crítica libertária mostra que os legisladores (que são membros do próprio aparato estatal e também são seres humanos) sempre tenderão fazer leis em favor do próprio Estado. A expansão do poder estatal ao longo da história foi uma conseqüência inevitável de sua própria natureza. O questionamento libertário é o fato paradoxal que uma entidade com o monopólio exclusivo do poder de última decisão em caso de conflito (justiça) e a exclusividade de obter sua renda através do roubo seja necessária, ou melhor, seja ideal para a justiça e a segurança.

Sinto-me incapaz de seguir o ideal conservador ou liberal, ou qualquer outro ideal que requeira o Estado como protetor, organizador e fornecedor da justiça ou de qualquer outro bem ou serviço que se queira. Em poucas palavras, prefiro a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.


Para uma análise profunda sobre estes e outros tópicos da fragilidade do ideal conservador e liberal e da alternativa libertária, vide:

Hoppe, Hans-Hermann. Democracy: The God That Failed. Transaction Publishers, 2001.

Hoppe, Hans-Hermann. Natural Elites, Intellectuals, and the State. (http://www.mises.org/story/2214)

Rothbard, Murray N. For a New Liberty: The Libertarian Manifesto. Macmillan Publishing, 1978.

Rothbard, Murray N. Robert Nozick and the Immaculate Conception of the State. (http://www.mises.org/journals/jls/1_1/1_1_6.pdf)

Osterfeld, David. Anarchism and the Public Goods Issue: Law, Courts, and the Police. (http://www.mises.org/journals/jls/9_1/9_1_3.pdf)

E, por fim, a indispensável compilação de livros e papers feita por Hoppe http://www.lewrockwell.com/hoppe/hoppe5.html


FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653



- Lixo ideológico inviável e impraticável.


Abraços,

Enviado: 12 Jan 2008, 13:43
por zencem
Abmael escreveu:
Apáte escreveu:Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

***

FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653



- Lixo ideológico inviável e impraticável.


Abraços,

Sim, inviável como doutrina, quando a universalização requer um gabarito padrão, obrigatoriamente dirigido; e isso é, evidentemente, contraditório.

Mas o que Lucas Mendes se refere não é sobre o libertarismo anarquista, onde a revolução se desenvolve de uma ação solidária caótica, que é utópica, é claro, mas sim, da ação provinda do indivíduo que exercitou o livre pensamento como modo de alcançar a sabedoria.

O verdadeiro e viável anarquismo não é o de uma sociedade onde tudo se pode fazer, mas o de uma sociedade que é capaz de compreender e gerar a verdade de uma liberdade individual que se movimenta livremente, sem colidir com outras verdades indivíduais, por um motivo muito simples: "A verdade é uma só e pode ser livre, porque é auto-regulamentada por atributos inteligentes e não foi obtida da exigência de um escopo pre-estabelescido.

Quando a água está tépida, só morre congelado quem está fora dela.

A liberdade está na consciência do indivíduo, e não numa ordem unida.

Enviado: 12 Jan 2008, 20:42
por Aranha
zencem escreveu:
Abmael escreveu:
Apáte escreveu:Por que sou libertário
por Lucas Mendes em 18 de março de 2007

Resumo: É preferivel a ética libertária com suas naturais imperfeições à ética da agressão e do roubo oficializado.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, dia 08/03/07, intitulado Por que não sou liberal, Olavo de Carvalho justifica sua posição conservadora ao tempo em que diferencia esta da posição liberal. Tomo o referido artigo como estímulo e provocação para justificar porque não sou liberal nem conservador, mas sim, libertário. Antes, porém, é necessário esclarecer os conceitos fundamentais para o entendimento da coisa.

***

FONTE: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5653



- Lixo ideológico inviável e impraticável.


Abraços,

Sim, inviável como doutrina, quando a universalização requer um gabarito padrão, obrigatoriamente dirigido; e isso é, evidentemente, contraditório.

Mas o que Lucas Mendes se refere não é sobre o libertarismo anarquista, onde a revolução se desenvolve de uma ação solidária caótica, que é utópica, é claro, mas sim, da ação provinda do indivíduo que exercitou o livre pensamento como modo de alcançar a sabedoria.

O verdadeiro e viável anarquismo não é o de uma sociedade onde tudo se pode fazer, mas o de uma sociedade que é capaz de compreender e gerar a verdade de uma liberdade individual que se movimenta livremente, sem colidir com outras verdades indivíduais, por um motivo muito simples: "A verdade é uma só e pode ser livre, porque é auto-regulamentada por atributos inteligentes e não foi obtida da exigência de um escopo pre-estabelescido.

Quando a água está tépida, só morre congelado quem está fora dela.

A liberdade está na consciência do indivíduo, e não numa ordem unida.



- Isto non Ecxiste !!!!!!

Abraços,

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 14 Jan 2008, 09:09
por Claudio Loredo
zencem escreveu:Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:



zencem,

Pare de ficar me imputando ideologias. Eu não tenho nenhuma ligação com partidos políticos. Se tenho opiniões políticas é porque considero necessário a existência de um Estado, pois devido as imperfeições humanas a anarquia ainda não é possível.

Entenda que não sou filiado a nenhuma partido, nunca participei de reuniões políticas e procuro tirar minhas opiniões das mais diversas fontes.

Esse negócio de dizer que não tem ideologias, me lembra daquele crente que diz que não tem religião, apenas segue Jesus Cristo.


Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 14 Jan 2008, 09:26
por zencem
Claudio Loredo escreveu:
zencem escreveu:Entendeu, Abmael?

Vocês, que estão tão preocupados em encontrar uma solução para o ódio, já sabem:

-"Temos que exercitar nosso cérebro no sentido de desenvolver nele, as suas capacidades de compreender os significados das coisas".

Combustível: Observação, Coerência, boa vontade e verdade.

Como diria o Divino Mestre: O meu reino não é deste mundo, do qual vocês fazem parte.

Eu sou como
um vapor que se separa do esterco ...e sobe a uma atmosfera saúdavel.

Cláudio! Eu te amo! :emoticon221:

---- :emoticon266:
-- :emoticon248:
:emoticon262:



zencem,

Pare de ficar me imputando ideologias. Eu não tenho nenhuma ligação com partidos políticos. Se tenho opiniões políticas é porque considero necessário a existência de um Estado, pois devido as imperfeições humanas a anarquia ainda não é possível.

Entenda que não sou filiado a nenhuma partido, nunca participei de reuniões políticas e procuro tirar minhas opiniões das mais diversas fontes.

Esse negócio de dizer que não tem ideologias, me lembra daquele crente que diz que não tem religião, apenas segue Jesus Cristo.


Cuidado com esta memória; ela pode ser uma armadilha. :emoticon22:

Não confunda ideologia com um conjunto de idéias coerentes.

Ideologia tem um propósito de escamotear a razão, para destruí-la e estabelecer o domínio nos limites de um território conquistado.

O nihilismo, como a anarquia, é o último degrau da liberdade democrática.

Se conseguires descobrir um design que consiga explicar como se pode ser livre num ambiente gregário, estarás chegando à perfeição.

Sendo assim, estamos caminhando juntos.

Não vá desistir, por causa disso. :emoticon12:

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 14 Jan 2008, 10:26
por Claudio Loredo
zencem escreveu:Cuidado com esta memória; ela pode ser uma armadilha. :emoticon22:

Não confunda ideologia com um conjunto de idéias coerentes.

Ideologia tem um propósito de escamotear a razão, para destruí-la e estabelecer o domínio nos limites de um território conquistado.

O nihilismo, como a anarquia, é o último degrau da liberdade democrática.

Se conseguires descobrir um design que consiga explicar como se pode ser livre num ambiente gregário, estarás chegando à perfeição.

Sendo assim, estamos caminhando juntos.

Não vá desistir, por causa disso. :emoticon12:




Este é o significado que você está dando a palavra ideologia. Mas, tudo bem. Se o significado é este, então ideologia é algo ruim. Já eu considero ideologia como um conjunto de idéias, conforme definição do criador do termo.

Ideologia é que nem sotaque, quem tem são os outros. Acho perigoso alguém considerar que não tem ideologia, ou é porque este alguém não tem opinião nenhuma, ou é porque este alguém acha que suas opiniões são a verdade absoluta. Sendo que ideologia quem tem são os outros que estão abaixo desta verdade.

O Niilismo é algo perigoso é por isso não é tão bom difundí-lo. Ser niilista significa não dar valor a nada. Só que perigo surge quando o niilista deixa de dar valor a sua vida e a dos outros. O problema do niilista está em agir sem limites e fazer mal aos outros e a si, já que ele não dá valor a nenhum argumento ético ou moral.

O Anarquismo também é perigoso. Se o anarquismo for instituido no Brasil (como já é nas favelas cariocas), então um bandido pode roubar os bens de outros pessoas, e até matá-las e nada irá acontecer com o bandido. Dai, a necessidade da existência de uma ordem social imposta por um Estado para conter a violência.


Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 14 Jan 2008, 10:55
por RicardoVitor
Claudio Loredo escreveu:
zencem escreveu:Cuidado com esta memória; ela pode ser uma armadilha. :emoticon22:

Não confunda ideologia com um conjunto de idéias coerentes.

Ideologia tem um propósito de escamotear a razão, para destruí-la e estabelecer o domínio nos limites de um território conquistado.

O nihilismo, como a anarquia, é o último degrau da liberdade democrática.

Se conseguires descobrir um design que consiga explicar como se pode ser livre num ambiente gregário, estarás chegando à perfeição.

Sendo assim, estamos caminhando juntos.

Não vá desistir, por causa disso. :emoticon12:




Este é o significado que você está dando a palavra ideologia. Mas, tudo bem. Se o significado é este, então ideologia é algo ruim. Já eu considero ideologia como um conjunto de idéias, conforme definição do criador do termo.

Ideologia é que nem sotaque, quem tem são os outros. Acho perigoso alguém considerar que não tem ideologia, ou é porque este alguém não tem opinião nenhuma, ou é porque este alguém acha que suas opiniões são a verdade absoluta. Sendo que ideologia quem tem são os outros que estão abaixo desta verdade.

O Niilismo é algo perigoso é por isso não é tão bom difundí-lo. Ser niilista significa não dar valor a nada. Só que perigo surge quando o niilista deixa de dar valor a sua vida e a dos outros. O problema do niilista está em agir sem limites e fazer mal aos outros e a si, já que ele não dá valor a nenhum argumento ético ou moral.

O Anarquismo também é perigoso. Se o anarquismo for instituido no Brasil (como já é nas favelas cariocas), então um bandido pode roubar os bens de outros pessoas, e até matá-las e nada irá acontecer com o bandido. Dai, a necessidade da existência de uma ordem social imposta por um Estado para conter a violência.



Concordo. Liberdades não existem sem a devida proteção ao indivíduo e sem os valores essenciais às mesmas.

Re: Nem de esquerda, nem de direita

Enviado: 14 Jan 2008, 11:17
por Claudio Loredo
RicardoVitor escreveu:Concordo. Liberdades não existem sem a devida proteção ao indivíduo e sem os valores essenciais às mesmas.



Sim. Dai, a necessidade da existência de um Estado Forte para garantir a segurança de todos, impondo leis. Leis estas que irão estabelecer direitos e obrigações para todos os que se beneficiam da vida em sociedade. A lei também deve punir sempre quem não a observa.
Quer queiramos, ou não, vivemos para a sociedade e nossa idividualidade precisa de um bom convívio social para se desenvolver.