O problema duro da consciencia
Enviado: 12 Jan 2008, 21:45
Quanto mais leio menos entendo o assunto :)
Algumas citações:
"Ninguém faz a menor ideia de como uma coisa material pode ter consciencia. Eis o que vale a filosofia da consciencia" Jerry Fodor
Já Dennett defende que é suficiente "uma explicação adequada das faculdades cognitivas em termos funcionais, neurológicos e evolutivos... a isso de resume o problema da consciencia" Keith Sutherland
A pergunta essencial do problema duro é esta:
"Como é possivel que coisas objectivas como as células cerebrais produzam experiencias subjectivas como a sensação de que eu piso a relva, penhasco acima?" Susan Blackmore...
Há muita confusão neste meio. Há aqueles que negam o problema, afirmando que o problema da consciencia é como o problema da vida... é uma questão fisiológica (Patricia e Paul Churchland). Há os misterianos (como Colin Mcginn) que dizem que o problema é transcendente e insoluvel. No meio disto há tipos como Jerry Fodor (funcionalismo) que diz que a consciencia não depende do material onde assenta (o que abre um caminho óbvio a teorias computacionais da mente ...Dennett, Steven Pinker), mas depois escreve artigos atacando os modelos computacionais da mente. Tipos como Roger Penrose ou o filosofo Bill Seager são misterianos como Mcginn... mas são misterianos que vão solucionar o problema duro introduzindo a mecanica quantica, o panpsiquismo, e o diabo a quatro.
No meio desta fauna só um consenso parece unir todos:
Descartes nunca mais
Mas há quem pense que Descartes ainda pode dizer algo a essa gente:
"O dualismo de descartes é uma das áreas do seu pensamento que é frequentemente incompreendida e mal interpretada. Apesar das criticas descuidadas e pouco escrupulosas, descartes não disse que a pessoa é apenas uma mente, usando um corpo como uma espécie de veiculo temporário (um espírito numa máquina); na verdade negou-o. Em vez disso, cada pessoa é uma complexa combinação de mente e corpo...
Descartes argumenta apenas que é logicamente possivel que a mente e o corpo existam separadamente (algo semelhante a isto é defendido pelo funcionalismo... uma teoria da mente materialista); nada pode ser separado de si próprio, por isso a mente e o corpo não podem ser a mesma coisa. É um argumento subtil e poderoso, que os seus detratores costumam ignorar ou desprezar." Peter J. King
Algumas citações:
"Ninguém faz a menor ideia de como uma coisa material pode ter consciencia. Eis o que vale a filosofia da consciencia" Jerry Fodor
Já Dennett defende que é suficiente "uma explicação adequada das faculdades cognitivas em termos funcionais, neurológicos e evolutivos... a isso de resume o problema da consciencia" Keith Sutherland
A pergunta essencial do problema duro é esta:
"Como é possivel que coisas objectivas como as células cerebrais produzam experiencias subjectivas como a sensação de que eu piso a relva, penhasco acima?" Susan Blackmore...
Há muita confusão neste meio. Há aqueles que negam o problema, afirmando que o problema da consciencia é como o problema da vida... é uma questão fisiológica (Patricia e Paul Churchland). Há os misterianos (como Colin Mcginn) que dizem que o problema é transcendente e insoluvel. No meio disto há tipos como Jerry Fodor (funcionalismo) que diz que a consciencia não depende do material onde assenta (o que abre um caminho óbvio a teorias computacionais da mente ...Dennett, Steven Pinker), mas depois escreve artigos atacando os modelos computacionais da mente. Tipos como Roger Penrose ou o filosofo Bill Seager são misterianos como Mcginn... mas são misterianos que vão solucionar o problema duro introduzindo a mecanica quantica, o panpsiquismo, e o diabo a quatro.
No meio desta fauna só um consenso parece unir todos:
Descartes nunca mais

Mas há quem pense que Descartes ainda pode dizer algo a essa gente:
"O dualismo de descartes é uma das áreas do seu pensamento que é frequentemente incompreendida e mal interpretada. Apesar das criticas descuidadas e pouco escrupulosas, descartes não disse que a pessoa é apenas uma mente, usando um corpo como uma espécie de veiculo temporário (um espírito numa máquina); na verdade negou-o. Em vez disso, cada pessoa é uma complexa combinação de mente e corpo...
Descartes argumenta apenas que é logicamente possivel que a mente e o corpo existam separadamente (algo semelhante a isto é defendido pelo funcionalismo... uma teoria da mente materialista); nada pode ser separado de si próprio, por isso a mente e o corpo não podem ser a mesma coisa. É um argumento subtil e poderoso, que os seus detratores costumam ignorar ou desprezar." Peter J. King