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Longe da Cidade das Carroças, Forum Inutil Mundia perde forç

Enviado: 14 Jan 2008, 07:51
por O ENCOSTO
Cadê o espírito de Porto Alegre que estava aqui?


O economista americano Immanuel Wallerstein cunhou a expressão "espírito de Porto Alegre" no início da década para definir a onda de protestos contra os efeitos colaterais do liberalismo pelo planeta afora.

Wallerstein se referia ao fato de a Capital gaúcha ter sido, por quatro edições, a sede do Fórum Social Mundial, evento que reunia críticos da globalização de todos os matizes. Hoje, ficaram para trás os tempos em que espírito e cidade pareciam irmanados e Porto Alegre se coloria em janeiro para receber a megafesta da esquerda e dos movimentos sociais. O Fórum deve voltar ao Brasil em 2009. Mas passará longe do Estado e se instalará na amazônica Belém, no Pará.

Este ano, não haverá Fórum Social Mundial. Os organizadores depositam suas fichas no Dia de Mobilização e Ação Global, previsto para 26 de janeiro. A idéia é espalhar pelo maior número de países protestos simultâneos e de natureza variada, mirando o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que ocorre entre 23 e 27 de janeiro. Estão previstas atividades em pelo menos 30 países. No Brasil, o site do Fórum Social aponta iniciativas em Belém, São Paulo, Curitiba, Natal, Goiânia e Belo Horizonte.

Mas e Porto Alegre? A Capital sediou quatro das sete primeiras edições do Fórum. No começo da história do evento, a antítese entre o "espírito de Porto Alegre" definido por Wallerstein e o "espírito de Davos" foi propagada ao redor do mundo. Os organizadores insistem que o fato de os governos do PT terem chegado ao fim na prefeitura da Capital e no Palácio Piratini não tem ligação com o fato de o Fórum ter deixado Porto Alegre.

- Nunca tivemos a intenção de realizar o Fórum Social Mundial com uma sede fixa. Já no primeiro Fórum, no final, o anúncio da decisão de confirmar Porto Alegre (para o ano seguinte, 2002) foi muito difícil - afirma o membro do Conselho Internacional do Fórum, Cândido Grzybowski (leia entrevista na página 5).

Segundo o integrante do Conselho do Fórum, o evento tem sua história indiscutivelmente ligada a Porto Alegre. Grzybowski explica que a cidade tem um grande repertório de experiências bem-sucedidas de participação popular e faz referência ao Orçamento Participativo como projeto de interesse mundial.

- Porto Alegre vai ser sempre a referência. Não foi aleatória a escolha da cidade. Nos acusavam no início de ser contra governos. A gente não é contra governos. A gente quer é dizer que governo queremos - complementa.

A Capital ficou órfã do desfile de sacolas de pano multicoloridas, da sucessão de passeatas pela Esquina Democrática e das bandeiras multicoloridas de movimentos sociais desconhecidos, vindos do mundo inteiro. Mas nem por isso deixou de ganhar com o Fórum, apesar da distância. Segundo Daniel Antoniolli, presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, o evento desempenhou uma função importante ao garantir destaque e espaços na mídia mundial para a cidade.

- O Fórum faz falta. Qualquer grande evento como esse faz falta. Eventos assim promovem a cidade. Mas foi uma oportunidade que Porto Alegre soube aproveitar - diz Antoniolli.

No colegiado que toma as decisões pelo Fórum, composto por cerca de 150 instituições de todo o planeta, determinar o futuro do evento ao longo dos próximos anos é um desafio. O encontro será realizado em Belém no ano que vem. Na nova sede, questões ambientais, como o aquecimento global, devem ganhar peso maior. O Estado é governado por Ana Julia Carepa (PT). Mas, depois, ninguém sabe.

- No final de março, teremos uma reunião na Nigéria. Lá deveremos ter uma idéia melhor do que vai ser do Fórum em 2010 e 2011, pelo menos - afirma Grzybowski.

Ausência de formato definido pesa sobre organizadores

Algumas indefinições pesam sobre a organização do evento. Uma delas é a ausência de um formato fixo. O Fórum já teve sede própria (Porto Alegre, por quatro vezes, Nairóbi, no Quênia, e Mumbai, na Índia, por uma vez) e já se dividiu em três, como em 2006, quando Caracas (Venezuela), Bamako (Mali) e Karachi (Paquistão) repartiram a realização. Agora, se pulveriza ainda mais. O Conselho Internacional do Fórum tem ouvido queixas de entidades espalhadas pelo mundo de que a realização do evento anualmente acarreta custos e traz desgaste. Mas a medida que mais parece agradar os organizadores é alterar a data de realização, de janeiro para o meio do ano.

- Janeiro é um mês frio no Hemisfério Norte. Isso impede que realizemos o Fórum em países como a Coréia do Sul, por exemplo - complementa Grzybowski.

No seio do Fórum, debates internos sobre o papel do encontro das esquerdas a partir de agora aumentam a temperatura. Um grupo considerável defende que o Fórum deve ser propositivo e ter um posicionamento político mais claro diante de governos tidos como neoliberais. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, participante freqüente do evento, embora não integre o grupo diretivo, entende que sim, o Fórum tem de ser mais duro e exigir atitude dos governos. Grzybowski rebate:

- É o pessoal do Le Monde Diplomatique (jornal francês), de alguns movimentos sociais, que acha que a gente deveria deixar de ilusões e dizer: governo assim, devemos agir de tal forma etc. Se fizer assim, tem uma outra parte que não vai ao Fórum. É aquela coisa: o Fórum é um espaço aberto ou não é?

( adriano.barcelos@zerohora.com.br )

Enviado: 14 Jan 2008, 08:26
por zencem
.
Eu não tenho dúvidas nenhuma que o Forum Mundial foi decisivo para os gaúchos aprenderem a se livrar do PT.

Acho até, que os governadores liberais, do centro norte para cima, deveriam estimular esse tipo de evento em suas regiões.

Nada melhor do que o povo conhecer de perto o caráter ordinário, e sem rumo, desta corja.
:emoticon22:

Enviado: 14 Jan 2008, 08:52
por O ENCOSTO
Foi muito bom receber representantes dos maiores movimentos sociais deste planeta. Gente das FARC, José Bove (que inclusive desceu do avião fumando) foram recebidos com honra de estado pelo governo petista.

Muitos protestos sociais e democraticos ocorreram, como a destruição de plantações, invasão de propriedades particulares, etc.

O Olivio Dutra fez um discurso fantastico anunciando que a Ford tinha sido mandada embora pelo governo do PT. Ele disse que uma montadora e suas centenas de fornecedores é coisa do passado e que não serve para nada. Nem gera emprego.

Enviado: 14 Jan 2008, 09:00
por zencem
O ENCOSTO escreveu:Foi muito bom receber representantes dos maiores movimentos sociais deste planeta. Gente das FARC, José Bove (que inclusive desceu do avião fumando) foram recebidos com honra de estado pelo governo petista.

Muitos protestos sociais e democraticos ocorreram, como a destruição de plantações, invasão de propriedades particulares, etc.

O Olivio Dutra fez um discurso fantastico anunciando que a Ford tinha sido mandada embora pelo governo do PT. Ele disse que uma montadora e suas centenas de fornecedores é coisa do passado e que não serve para nada. Nem gera emprego.


O Olívio Dutra deve estar convencido de que é o Nietzsche sem o cérebro do nietzsche.

Enviado: 14 Jan 2008, 09:01
por Jeanioz
O ENCOSTO escreveu:O Olivio Dutra fez um discurso fantastico anunciando que a Ford tinha sido mandada embora pelo governo do PT. Ele disse que uma montadora e suas centenas de fornecedores é coisa do passado e que não serve para nada. Nem gera emprego.


I NUM GERA MISMO!!!!!!!

ELIS SOH CONTRATAUM ROBOZINHUSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!111

Enviado: 14 Jan 2008, 11:05
por RicardoVitor
O ENCOSTO escreveu:Foi muito bom receber representantes dos maiores movimentos sociais deste planeta. Gente das FARC, José Bove (que inclusive desceu do avião fumando) foram recebidos com honra de estado pelo governo petista.


Eu gostaria de descobrir que "mundo novo possível" esses malucos desejam estabelecer, com tantos convidados "ilustres"... Ou melhor, prefiro não descobrir.

Re.: Longe da Cidade das Carroças, Forum Inutil Mundia perde

Enviado: 14 Jan 2008, 13:06
por Apo
Que bom! Pararemos de respirar aquele ar infecto.