Jesus era um bruxo? Por que a ICAR não condena Jesus por bruxaria se a própria bíblia condena quem faz uso dessas artes, ditas mágicas? Esse é um pequeno estudo que eu fiz sobre magia e achei certas partes intrigantes, como, por exemplo, quando é Deus falando, é permitido essa arte e, quando é por outros meios, a pessoa é condenada.
Jesus foi um necromante, ou seja, ele falava com os mortos, no caso o profeta Isaias.
Mas o que é a Necromancia e a Magia seja branca ou negra? Vamos fazer um pequeno estudo a respeito e compara-los às “verdades” ditas na bíblia.
Em respeito às fontes, eu não as coloquei porque, graças ao Santo Google, foram em várias páginas da internet que costurei aqui e ali.
Essa é uma leitura um pouco longa e, portanto se quiserem grava-los no Word para ler com mais calma, tudo bem. Atento que só poderei responder alguma coisa nessa sexta-feira, (18/01/08), ou talvez dê uma “passadinha” aqui mais a noite para discutir algo. Já estou prevendo alguns comentários dos colegas céticos, o que é muito bem vindo, mas eu estou curioso mesmo é com as opiniões dos religiosos do fórum ou qualquer outro que estiver passando por aqui. Eu quero ver como eles defenderão a sua adorada religião de praticar bruxaria.
Abraços a todos.
Necromancia, Vidência, Mediunidade, Possessão, Oráculos
«se durante o surgimento de uma aparição, (espírito), houver uma vela acessa num recinto, ela ficará com uma chama azul»
In: A Provencial Glossary; Francis Grose; Sec XVIII
A necromancia define-se enquanto um processo metafísico ou sobrenatural, através do qual se consegue contacto com os mortos. Trata-se por isso do contacto, ou com os espíritos dos mortos, ou com os espíritos ancestrais.
A necromancia acaba abordando sempre 2 tipos de espíritos que se encontram no mundo dos mortos, ou seja, no mundo daqueles que não estão vivos na carne, o dito «mundo do Alem», ou o mundo que esta para alem desta realidade física.
Os espiritos abordados sao:
1- ou espiritos de mortos; leia-se: espiritos de pessoas que já habitaram neste mundo e que já morreram, que já abandonaram o seu corpo físico e partiram para o «outro lado».
2- ou espírito ancestrais; leia-se: espiritos existentes desde a aurora dos tempos, desde o inicio da criação. Espiritos tão antigos como o próprio universo, espiritos nascidos da própria criação, consciências que existem há uma infinitude de tempo e que tem a amplitude do próprio infinito. Alguns dizem que se tentássemos equacionar toda a profundidade do infinito, e depois multiplicar isso por toda a eternidade, ainda assim não seriamos capazes de entender toda a extensão da existência dessas consciências celestes ou espiritos ancestrais. A estes espiritos certas culturas chamaram Deuses, outras culturas chamaram anjos, outras chamaram de Loas, outras chamaram de Jiins, outras chamaram «daemons», etc... No fundo, (fundamentalismos religiosos á parte...), tantos nomes para as mesmas entidades, pois ao longo da historia da humanidade, cada cultura os viu com os seus próprios olhos e assim, a cada cultura estes seres espirituais se fizeram ver de forma a serem entendidos.No fundo, é como uma pedra. Uma pedra é uma pedra, e, no entanto em 200 culturas diferentes a mesma pedra tem 200 nomes diferentes e talvez mesmo 200 fins diferentes. O objeto é o mesmo, somos nós que lhe damos nomes diferentes e os vemos conforme a nossa compreensão permite alcançar.
A morte, ou seja, a passagem para esse outro mundo, é a porta que a necromancia abre todos os dias e que permite para quem a pratica, comunicar com os espiritos.
A necromancia continua sendo praticada nos dias de hoje, sendo através de tábuas de Ouijá, sendo pelo uso de instrumentos como pêndulos ou varas, seja através daquilo a que se denomina «espiritismo».
Se bem que as doutrinas espíritas possam advogar imensas teses que justificam as suas praticas, o fato é que a sua ação é um exercício de comunicação com os espiritos de pessoas falecidas e nesse aspecto, não é nem mais nem menos que a pratica de necromancia.
No entanto, não se escandalizem os defensores do espiritismo quando sao comparados á arte necormantica, pois a questão da necromancia é altamente ambígua nos textos sagrados.
Exemplo disso:
A mesma pratica que no antigo testamento é condenada, (por exemplo, no celebre episodio da bruxa que ajuda Saul a comunicar com o espírito do Rei Samuel depois desse estar morto), no novo testamento podemos encontra-la a ser praticada pelo Messias Jesus Cristo, que na presença de fieis apóstolos, entra em contacto com espiritos de mortos para com eles comunicar.
Por isso, podemos facilmente entender que, no que respeita á necromancia, os autores Bíblicos consideram-na um pecado mortal quando praticada por bruxos, e um poder divino de Deus quando realizada por profetas de Deus. Ou seja: quando é feito pelos outros é mau, quando é feito por mim é bom.
Os oráculos
Um oráculo é uma resposta dada por um Deus a uma questão especifica que é colocada a essa deidade.
A questão é colocada por quem consulta esse Deus, e a resposta é facultada por uma pessoa que se encontra em contacto e dialogo com o mesmo Deus. Essa pessoa é um intermediário entre os humanos que procuram ajuda divina e o Deus.
Na antiguidade esse papel era desempenhado pelos sacerdotes dos Templos dedicados aos Deuses. Esses sacerdotes e sacerdotisas tinham essencialmente 2 funções:
1- adorar o Deus ao qual dedicaram a vida;
2- facultar Oráculos a quem procurava a ajuda e orientação do Deus.
Esses sacerdotes e sacerdotisas eram pessoas diferentes, pois eram pessoas cujo corpo se encontrava aberto ao espírito do Deus que adoravam. Por assim ser, os sacerdotes e sacerdotisas eram instrumentos por via dos quais o Deus podia comunicar com os mortais. A deidade podia por isso, uma vez invocada, entrar no corpo do sacerdote ou sacerdotisas, possuindo-os, e habitando nesse corpo o tempo que desejasse. E habitando no corpo, possuindo-o, a deidade podia comunicar com o mundo físico, com o mundo dos vivos. Esta forma de comunicação com os espiritos existe desde sempre, e é profundamente necromantica.
Nesta pratica espiritual, há um objetivo de contatar o mundo dos mortos ou o mundo dos espiritos para fins oraculares, e isso, é nem mais nem menos que necromancia.
Nesta pratica espiritual, há assim um intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, (quando falamos de «mundo dos mortos», leia-se: o mundo dos espiritos, onde estão os espiritos dos que já morreram, assim como os espiritos ancestrais aos quais chamamos Deuses), sendo que essa pessoa abre-se á entrada de um espírito no seu próprio corpo, permitindo assim a ocorrência de uma possessão voluntária, ou seja, uma possessão que foi consentida pela própria pessoa possuída. Essa pessoa é escolhida não por nenhum humano vivo, mas sim pelo próprio espírito ou pela própria deidade. O espírito ou a deidade escolhe fazer daquela pessoa uma das suas «casas», ou seja, um dos locais onde optam por habitar temporariamente cada vez que desejam aceder a este mundo. Deuses sao espiritos e espiritos não têm corpo. Para aceder a este mundo, eles precisam entrar num corpo, e eles mesmos escolhem os corpos nos quais fixam residência para esses fins. Esta tese é tão antiga quanto às próprias praticas espirituais, e já podemos encontrar exemplos disso na antiguidade religiosa do Egito.
A palavra «Faraó» significa «a grande casa», ou o «templo». Isso porque se acreditava que o faraó era a «casa» onde habitava o espírito de um Deus. Tal como se acreditava que um Deus podia habitar num Templo que lhe tivesse sido erguido e dedicado, e que assim um Templo era na verdade uma das casas do Deus ao qual era dedicado, ou seja, um templo era uma casa em que um espírito divino podia habitar, também o corpo do Faraó era um templo ou uma casa na qual o espírito de um Deus podia entrar e habitar durante o tempo que desejasse. Na verdade, o Faraó tinha, (segundo as noções religiosas da antiguidade Egípcia), o corpo aberto e era passível de ser possuído pelo espírito de um Deus. Por isso, quando se dizia que o Faraó era um Deus, não se estava dizendo, (como alguns julgam hoje em dia), que o Faraó se fazia passar por um Deus de verdade. O Faraó, (bem como os seus súditos), tinha a perfeita noção que era feita de carne e osso, que era mortal e que era humano tal como os demais. Por isso, não se tratava, (como alegam alguns hoje em dia), de um truque para enganar ignorantes.O que se estava dizendo, é que o Faraó era uma pessoa passível de ser possuída por um espírito e que esse espírito encontrou naquele corpo uma habitação que lhe era agradável e na qual o espírito é livre de ingressar.
A noção do corpo de um humano como habitação de uma entidade espiritual tem reflexo até mesmo nos textos bíblicos. Repare-se que Jesus, certa vez visitando o Templo de Javé, declarou: «Este é o Templo de Deus. Pois irei destruir pedra por pedra este templo, e em 3 dias o reconstruirei». Os sacerdotes do templo ao ouvir tais palavras, ridicularizaram Jesus, rindo-se e dizendo que aquele sólido templo feito de grandes pedras demorou umas centenas de anos a ser construída, e que aquele lunático se propunha a destrocá-lo num dia e reconstrói-la em 3 dias, o que apenas confirmava a insanidade do profeta.Pois a verdade é que Jesus estava na verdade a referir-se não ao Templo em si, mas ao seu próprio corpo. O que ele estava a dizer, eram 2 coisas importantíssimas:
Primeira - Jesus estava anunciando, sem que ninguém entendesse, que o seu próprio corpo seria destruído em apenas 1 dia, sendo que ele o iria reconstruir, (ressuscitar), em 3 dias.
Segunda - Mais importante: Jesus estava afirmando que o corpo dele era o templo de Deus, ou seja, que o corpo dele era a casa onde o Deus Javé habitava.
Esta noção não é inovadora nem foi inventada por Jesus. Na verdade, aquilo que Jesus afirma ao dizer que dentro do seu corpo habita o espírito de um Deus, ou seja, que o seu corpo é uma casa onde reside o Deus Javé, era exatamente o mesmo que afirmavam os Faraós Egípcios.
Tanto no caso de Jesus que afirmou que o seu corpo era a casa de um espírito, (neste caso um espírito divino, o espírito de javé), e que comunicou com mortos, (com Moises e Elias), assim como no caso dos Faraós, torna-se evidente que nalguns casos e para certas pessoas, o corpo é uma habitação onde entram e residem entidades espirituais. A possessão de corpos por parte de espiritos, bem como a comunicação com os mortos, e mesmo o contacto com entidades espirituais, sao por isso fenômenos comprovadamente ancestrais e sao, tanto quanto se sabe, a forma por via da qual os espiritos falam com os vivos e os vivos se relacionam com o mundo dos espiritos.
Pois todo este universo de comunicação com o Alem ou com a esfera celeste, seja por comunicação com mortos, seja por comunicação com espiritos divinos, é a própria esfera da atividade da necromancia. Quer certas religiões queiram ou não, é isso que esta escrito nas sagradas escrituras.
Os médiuns e os Videntes
Quando falamos de vidência, há quem afirme que se trata de um falso titulo. Há quem afirme que na verdade não editem «videntes» com a capacidade própria de ver coisas no passado, no presente ou no futuro, mas antes há pessoas com a capacidade de comunicar com o mundo espiritual e dele receber mensagens.
A diferença é enorme, pois assim se considera que ninguém tem «por si» e «em si» uma capacidade de «ver», mas antes que as pessoas podem ter na verdade a capacidade de serem, de uma forma ou de outra, «possuídos» por espiritos que transmitem mensagens aos vivos.
E quem o afirma, defende que na verdade, essas pessoas a quem se chamam «videntes», na realidade elas sao pessoas que tem a capacidade de receber, (consciente ou inconscientemente), comunicações vindas do mundo espiritual, mensagens de espiritos, que avisam sobre eventos passados, presentes ou futuros.
Se essa tese é verdadeira, então verdadeiro fundamento daquilo a que chamamos de vidência é na verdade uma capacidade necromantica, ou seja, a capacidade de comunicar com os mortos e com o mundo dos espiritos.
Mais uma vez, encontramos na Bíblia provas deste fato.
Nos textos bíblicos podemos entender que na verdade quando falamos de Videntes e Profetas, estamos falando no mesmo.
E também nos textos bíblicos do Antigo Testamento, sao inúmeras as referencias a pessoas que, havendo nelas sido derramado o espírito de Deus, ou seja, sendo elas possuídas por um espírito de Deus, começaram a profetizar. Assim sucedeu nos tempos de Elias e Moises.
Também no Novo Testamento se lêem mais referencias a este fenômeno, quando se observa que apos a morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos foram possuídos pelo Espírito Santo e começam assim a falar línguas e a transmitir grandes mensagens de sabedoria. Segundo os textos sagrados, não eram os profetas que falavam por si, mas sim o espírito que os possuiu que falava pela boca deles.
Ora, torna-se claro que vidente, (ou profeta), é aquele é possuído por um espírito, sendo que esse espírito passa a atuar neste mundo através daquela pessoa. Torna-se assim evidente que os textos bíblicos nos referem claramente que as mensagens da vidência advém dos espiritos que possuem uma pessoa, (o vidente, ou o profeta), e começam a falar pela sua boca.
A mediunidade, a possessão voluntária e necromancia, (enquanto processo de contacto com os mortos ou com o mundo dos espiritos), sao fenômenos que se encontram detalhadamente descritos nos Textos Bíblicos.
Houve ao longo dos tempos, um grande esforço que as autoridades eclesiásticas desenvolveram para manter o Maximo silencio sobre tais praticas, e mesmo para impedir, (pelo medo), que a espiritualidade fosse livremente exercida. E todo esse esforço resultou num infeliz filão de contradições incoerentes. Senão vejamos os seguintes exemplos dessas contradições:
Por exemplo:
1- Os teólogos consideram um sinal de possessão demoníaca alguém que, apos uma possessão espiritual, comece a falar línguas que desconhece, quando, no entanto, o mesmo fenômeno aconteceu aos apóstolos quando esses foram possuídos pelo espírito santo.Como ficamos?
2- As autoridades religiosas consideram a possessão um fenômeno demoníaco, e, no entanto o próprio filho de Deus disse ser um corpo onde habitava o espectro santo e assim, alegou estar possuído pelo espírito de Deus.Ficamos em que pé?
3- As autoridades teológicas condenam a pratica da comunicação com mortos, e, no entanto o próprio filho de Deus comunicou com espiritos de profetas que já tinham morrido.Como explicar?
4- Os teólogos consideram um pecado praticar magia negra, (leia-se: magia negra é a pratica espiritual que consiste em contatar e comunicar com demônios), contudo o próprio fundador da sua fé praticou-a, porquanto por mais de uma vez entrou em contacto, (ou foi contatado), por demônios, sendo que o fez para diversos fins: desde expulsa-los de um corpo, a falar-lhes para lhe pedir que mantivessem a sua identidade divina em segredo, etc...Que concluir?
A autoridade eclesiástica defende que é um pecado invocar e falar com os mortos, pois dessa forma esta-se a perturbar o seu sagrado descanso. No entanto, não parece ter sido pecado que Elias e Moises tenham sido chamados a este mundo para comunicar com um profeta. Ficamos em quê?
Os teólogos consideram pecaminoso o contacto com espiritos, no entanto os textos bíblicos abundam de referencias relativas ao contacto direto entre anjos e pessoas. Sendo os anjos espiritos, como ficamos?
As contradições entre as verdades espirituais descritas na bíblia, e os discursos dos teólogos, sao abismais, mas facilmente entendíveis.
Tais conotações negativas entre as praticas espirituais de contacto com os espiritos e assuntos demoníacos, foram lançadas especialmente impedir que as pessoas exercessem as artes místicas e praticassem livremente, fora do controle da eclesiástica, as vias da espiritualidade. A dado momento, a instituição religiosa quis deter o monopólio sobre toda a atividade espiritual, alegando que apenas nela residia a capacidade de comungar e comunicar com a realidade espiritual.Segundo a instituição, o exclusivo do mundo espiritual parecia ser sua exclusiva propriedade, e tudo mais fora desse feudo teológico era pecaminoso e levava á condenação eterna.Estes foram os argumentos, e esta foi a inútil tentativa de tentar apoderar-se de algo que é tão eterno com a criação do universo, e que é a realidade espiritual.
Há quem seja mais ousado, e afirme que tais confusões foram lançadas para que as pessoas não comunicassem com os espiritos e assim, nunca obtivessem conhecimento de certas verdades ocultas que as autoridades eclesiásticas desejam manter em segredo, pois podem tais conhecimentos podem fazer ruir os pilares das crenças que suportam a sua instituição.
No entanto, apesar dos esforços de certas autoridades religiosas, os espiritos não pararam de escolher os seus emissários neste mundo e a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantem-se hoje tão firme e poderosa como sempre foi ao longo de toda a existência.
DIFERENÇA ENTRE MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA
Há quem diga, (muito equivocadamente), que magia negra ocorre quando a magia é executada para o mal, ou que magia branca ocorre quando é feita para o bem.
Nada poderia estar mais errado.
A magia branca ocorre quando se evocam espíritos de luz, e a magia negra quando se evocam, ou espíritos terrenais, ou espíritos dos mortos.
A magia é branca ou negra, independentemente dos objetivos dessas invocações serem bons ou maus.
A Magia Negra ocorre de cada vez que um feiticeiro invoca um espírito terrenal ou dos mortos, para comunicar com ele e assim leva-lo a produzir um determinado efeito ou realizar um certo objetivo.
Da mesma forma, (embora muitos padres neguem a magia, ao passo que outros a defendem), a verdade é que cada vez que se celebra uma missa, esta-se realizando um ritual de magia branca, pois esta-se por certos meios e processos litúrgicos, a invocar, ou o espírito de deus, ou espiritos celestes, para comunicar com eles, ou tentar obter um certo objetivo. No caso da missa crista, o padre acende velas, queima incenso, oferece pão e vinho, tudo isto para invocar um espírito, seja ele o espírito de Deus, ou de um Santo ou de um Anjo. A este tipo de ritual, chama-se magia branca.
Da mesma forma, rituais feitos para invocar espiritos dos mortos ou espiritos terrenais, chamam-se magia negra.
A invocação de espiritos é uma pratica religiosa comum, pois na Bíblia está escrito «Deus é espírito», e ao invoca-lO numa missa, esta-se invocando um Espírito.
Na Bíblia também está escrito que os anjos sao espiritos e que Deus tem milhares deles ao seu dispor.
Ao invoca-los numa missa, esta-se invocando espiritos para obter um certo fim, como uma benção.E isso, é nem mais nem menos que: Magia.
A magia negra (invocação e contacto com espíritos dos mortos e terrenais para lhe pedir favores), pode ser usada para todos os tipos de efeitos com grande sucesso.
SOBRE AS MISSAS «NEGRAS» OU CARNAIS
NA HISTORIA BIBLICA
A existência e celebração de rituais ou missas ocultas já remonta aos templos bíblicos, na antiguidade hebraica e pré-hebraica. Tais rituais onde se realizam «mistérios ocultos» em «banquetes orgiásticos com rituais estranhos», são referidos no livro da Sabedoria.(Sb 14, 23) Tal como esta ali escrito, tais rituais eram praticados com a intenção de «amarrar» pessoas e assim interferir com casamentos, ou de favorecer relações extra conjugais, ou simplesmente se alcançarem fins sexuais, ou ate mesmo para se amaldiçoar pessoas, (Sb 14, 26).
Também tal como ali esta descrito, tais rituais eram praticados de forma a invocar estes fins através do «delírio» (Sb 14, 28) e da «profetização». Entende-se por «profetizar» o ato de comunicar com espíritos, um processo através do qual um espírito entra num profeta e através dele realiza certas revelações, ou manifesta a sua vontade de fazer cumprir certos atos neste mundo.Claro que o «profeta» pode também pedir ao espírito com quem comunica, que atue de certa forma neste mundo, assim causando certo tipo de acontecimentos. Assim, pelo diálogo com os espíritos e através dos seus pedidos ao espírito, o profeta pode lançar bênçãos ou maldições que ajudem ou prejudiquem pessoas. Assim, está-se neste livro sagrado da Sabedoria, revelando que os bruxos por todos estes processos invocavam forças espirituais com a finalidade de causar certo tipo de fins neste mundo. Os que realizavam tais cultos, eram os «adivinhos» e os «feiticeiros», (Is 2,6) sendo que os primeiros o faziam com a função de produzir oráculos sobre o futuro a quem os procurava, e que os segundos o faziam com a finalidade de fazer acontecer certos eventos que satisfizessem os desejos de quem lhes encomendava serviços espirituais.
Mas os rituais análogos aos de missa negra, (rituais de invocação carnal de deuses e espíritos); estão igualmente descritos noutros livros sagrados, nomeadamente no II Livro dos reis.
Ali se referem as «prostituições» de Jezabel, assim como «as suas inúmeras magias» (2 Rs 9, 22) Convêm aqui explicar que Jezabel era adoradora do culto de Baal, assim como freqüentadora de outros cultos e templos de deuses da antiguidade.
Ate mesmo Salomão freqüentou tais templos e contribuiu financeiramente para os manter.(1 Rs 11, 4-8).
Nesses cultos, praticavam-se ritos de natureza carnal ou sexual para satisfazer os deuses, pois se acreditava que se a carne e sangue dos animais podia servir de oferenda aos deuses, também o corpo era instrumento de oferenda agradável aos deuses.
A tais celebrações religiosas os hebreus denominaram «prostituição sagrada», (1 Rs 14,23), pois entendiam que o ato de adoração a outros deuses era uma «prostituição», ao mesmo tempo em que se tratavam de praticas carnais impuras.
No entanto, tais práticas religiosas chegaram a ser praticadas dentro do próprio Templo sagrado dos hebreus (2 Rs 23,6-7), que consideravam que a deusa Aserá era a consorte de Deus, até que uma reforma religiosa encetada pelo sacerdote Helcias e o Rei Josias decretou a ilicitude de tal crença.
Tais cultos eram exclusivamente praticados por sacerdotisas, que eram «hierodulos», ou seja, sacerdotisas que eram «escravas femininas» de um certo deus.
Os hebraicos denominavam tais sacerdotisas de «qedeshoth», e era através delas que se procediam ás mais poderosas invocações espirituais.
O culto de Astarte era levado a cabo por sacerdotisas.
Quando se tratavam de sacerdotisas femininas chamavam-se-lhes «Qedeshoth», sendo que quando se tratavam de sacerdotisas masculinas chamavam-se-lhes «Qedeshim». (Dt 23, 18)
Eram estas sacerdotisas que nos templos realizavam Oráculos, tratavam da vida religiosa do santuário, assim como praticavam rituais de natureza sexual através dos quais invocavam a Deusa e lhe prestavam culto.
As sacerdotisas (masculinas ou femininas), eram escravas da Deusa, sacerdotisas sagradas do Templo da divindade feminina Astarte.
As praticas de celebração de ritos de natureza carnal eram assim realizadas por estas sacerdotisas, (femininas ou masculinos), e correspondiam a um ritual de chamamento e invocação de deuses e espíritos pelos mesmos meios que aqueles que agora são usados nas «missas carnais», que hoje em dia são classificadas de «negras» e de heréticas, mas que no passado foram realizadas em templos e de acordo com os melhores saberes religiosos.
( para saber mais sobre o tema, por favor consulte: Bruxas e Demônios, Sabbath, Dicionário de Demônios e Malleus Maleficarum)
Por outro lado, as missas de natureza carnal obedecem aos mesmos princípios de invocação de espíritos que estão descritos nos textos sagrados, ao facultar um meio de comunhão com poderosos espíritos por via da oferenda da essências que lhes são agradáveis.
Senão vejamos, pois assim Deus disse a Moises:
« Diz aos filhos de Israel que me ofereçam um tributo; aceitareis a oferta de todos os que generosamente a ofereceram»
Ex 25, 1
Assim fica revelado que o espírito de deus pede que lhe sejam prestados tributos.
Sendo que deus é espírito, (Jo 4,24) ficamos sabendo que os espíritos mais poderosos pedem adoração, oferendas e tributo pela sua proteção, pela sua bênção.
Pois para executar a missa negra, (um culto carnal, tal como ele era realizado nos tempos pré-hebraicos e hebraicos), é solicitado um tributo que é gasto na celebração e invocação dos mais poderosos espíritos.
O tributo é assim usado para produzir ou obter essências que são agradáveis aos mais poderosos espíritos, e uma das essências mais agradáveis aos espíritos poderosos, está descrita nos textos sagrados.
Pois assim se lê:
Por fim, imolou o touro e o cordeiro (…) Os filhos de Aarão levaram-lhe o sangue,
que ele derramou por todos os lados do altar
Lv 9,18
§§§§
O sangue é a vida de todo o ser vivo
Lv 17, 14
§§§§
Vou pedir contas do sangue, que é a vossa vida
Gn 9, 5
Assim está revelado nos textos sagrados que no sangue reside à vida do corpo, e ao oferecer aos espíritos o sangue, esta-se-lhes oferendando uma essência que lhes é agradável e na qual reside vida do corpo.
«O sangue é a vida», conforme esta escrito, (Deut XII, 23), e em troca da vida do corpo físico, os espíritos facultam a proteção do espírito, da alma e a prosperidade da vida de quem com eles comunga por via dessa essência sagrada. È uma forma de comunhão com os espíritos que lhe é agradável. Por isso mesmo, assim está escrito:
O sangue é a vida da carne,
e esse sangue eu vo-lo dou para fazerdes o rito (...) sobre o altar, pela vossa vida;
pois é o sangue que faz a expiação (...)
Lv 17,11
Esta assim revelado neste livro sagrado, que pelo sangue consegue-se a obtenção o perdão de Deus, pois pelo sangue limpam-se os pecados e assim entra-se nas graças e bênçãos de deus.
O sangue é por isso «expiatório», e é também por isso uma forma de aplacar a cólera de deus.
Deus declara ter destinado o sangue a esse fim expiatório, e ao faze-lo, revela que o sangue possui um sentido altamente invocatório e apaziguador junto dos espíritos mais poderosos, que por esse meio concedem renovadas bênçãos a quem lhes dirige a preces e devoções.
Por isso, é instruído por Deus que o sangue seja usado em diversos rituais litúrgicos:
Derramarão o sangue por todos os lados do altar
Lv 2,13
O sacerdote molhará o dedo no sangue da vitima, e ungirá os cantos do altar (...)
depois derramará todo o sangue na base do altar
Lv 4,30
Molhará o dedo no sangue e fará 7 aspersões na frente do véu, diante de Deus
Lv 4, 17
Assim é também revelado que o sangue foi indicado por Deus como uma das mais fortes essências que se pode oferendar sobre um altar e que, exerce um poder invocatório inestimável ao seu espírito.
E sendo que conforme se pode ler no evangelho de João: «Deus é espírito» - assim fica revelado que os poderosos espíritos encontram no sangue um motivo de invocação irresistível.
Cabe ao sacerdote facultar aos espíritos o seu alimento, ou seja, oferendar-lhes as essências que lhes são agradáveis e por via das se concretiza a comunhão entre espíritos e humanos. Pois assim esta escrito:
(…) o sacerdote (…) é o encarregado de oferecer o alimento a deus
Lv 8
Sabemos por tudo isto que «sacerdote» é por isso aquele que oferece alimento aos espíritos, e os espíritos mais poderosos tem um alimento que lhes é agradável, que é a própria essência física onde reside a vida. E oferendar vida aos espíritos, é garantir que eles facultarão vida a quem os procurou.
Nos rituais de natureza carnal, os sacerdotes usam de irresistíveis alimentos aos espíritos, de forma a invoca-los de forma incontornável. Usam-se para isso fortíssimos meios de invocação espiritual de poderosos espíritos, seja pelos rituais de carnalidade, seja pela oferenda de sangue e outras essências que são agradáveis ás entidades. Todo esse saber místico, encontra-se inscrito nos textos sagrados.
Tanto Salomão como Jezebel assistiram á existência destes cultos, e verificaram o poder que as suas praticas podiam facultar a quem as sabia exercer e delas usufruir. Salomão verificou assim o poder de outros deuses.(I Rs 11,4-8)
Salomão praticou ele mesmo tais rituais, oferecendo sacrifícios, sangue e incensos em templos devotos a espiritos.
Salomão (...) seguia os preceitos de seu pai David.
Entretanto, oferecia sacrifícios e incensos nos lugares altos
2 Rs 3,3
Salomão praticou magia invocatória de espiritos nos templos dedicados a tais praticas, que pelos hebraicos eram chamados de «lugares altos».
Dessas praticas mágicas, e da ancestral sabedoria, (conforme esta descrito no II Livro de Crônicas), Salomão obteve poder para se transformar num rei de riquezas imensas, como jamais outro existiu.
Outros reis hebraicos, também praticaram culto aos espiritos, freqüentando templos e estabelecendo necromantes e magos.
Manassés (...) construiu lugares altos em honra de todo o exercito dos céus (...) praticou adivinhação e magia (...)
II Cr 33,1-6
A missa negra, inspira-se nestes saberes ancestrais que Hebreus, Egípcios e Gregos já tiveram nas suas mãos, e que ao longo dos tempos foi perseguido e tornado secreto, apenas disponível a certas ordens religiosas e a determinados
Muitos crêem que a missa negra passa pela ofensa a símbolos religiosos cristãos, e isso sucede porque hoje em dia se perderam os verdadeiros saberes que inspiravam este tipo de celebração religiosa, e se transformou este tipo de ritual numa espécie de satisfação das fantasias de pessoas religiosamente pouco esclarecidas e longe das verdades espirituais.
As missas chamadas de «negras» não se destinam a profanar a religião dos outros, mas são antes um instrumento religioso por si mesmo, de uma pratica religiosa que remota aos tempos pré-hebraicos.
De acordo com as mais ancestrais tradições pré-hebraicas, as missas chamadas «negras», são apenas e na verdade a perpetuação de cultos de invocação de espíritos através de ritos fundamentados na carnalidade ( consultar: Sabbath e bruxas e demônios) . São poderosíssimos meios de magia para invocar espíritos terrenais, ou mesmo anjos caídos ( ver: Dicionário de Demônios – demonologia).
As missas são chamadas de «negras», não porque se destinam a profanar as missas «brancas», (aquelas praticadas pelos padres), mas antes porque fazem uso de um processo de invocação espiritual oposto ao que é usado pelos padres. Os padres usam processos meramente espirituais para invocar o espírito de Deus, ou seja: velas brancas, incensos, uma certa liturgia e o poder da oração. Trata-se por isso de um culto fundamentado na oração, na meditação, na abstinência, na palavra.
O culto inverso é um culto baseado não na palavra, mas no ato; não na abstinência, mas na carnalidade; não na mera oração, mas na pratica; não na mera contemplação, mas no êxtase. Trata-se de um tipo de celebração que se baseia no exercício de um método espiritual oposto ao praticado nas missas brancas, (que não pretende ofender em nada a missa branca, apenas propõem uma forma oposta de invocar espíritos), e que se propõem fazer o chamamento de poderosas entidades espirituais por um caminho igualmente mais forte e poderoso, tão forte e poderoso que foi banido da religiosa pratica comum.
Magia branca e magia negra nos Evangelhos.
Magia branca sucede quando se invoca e contato com espíritos celestes a fim de realizar um certo fim neste mundo, ao passo que magia negra sucede quando se invocam e dialoga com espíritos terrenais, (ou das trevas), a fim de conseguir alcançar um determinado objetivo.
Magia branca não tem que ver com o fim da magia ser bom, nem a magia negra tem que ver com o seu objetivo ser mau.
Como abaixo veremos, Jesus usou de processos que são típicos da magia negra para fazer o bem, ao passo que podemos encontrar diversos exemplos no Antigo Testamento de como a Magia Branca foi usada para fins altamente destrutivos.
Quanto ao Antigo testamento e a Magia Branca, podemos, por exemplo, verificar no Livro de Crônicas, que o Rei Ezequias, (32; 20-21), invocou a intervenção de Deus e os seus anjos numa situação difícil, e que os anjos de Deus atuaram neste mundo causando mais de 100.000 mortos e feridos.
Ora, eis um caso em que um processo de magia branca, (de contacto com os espíritos celestes), resultou num ato de violenta e terrível destruição, com milhares de homens mortos.
O mesmo podemos observar no II Livro de Reis, (19; 35), assim como no Livro de Gênesis, em que uma cidade inteira, (com mulheres e crianças inocentes incluídas), foram mortos ás mãos de seres celestes.
A magia branca pode por isso ser realizada com fins altamente destrutivos.
Por isso, reitera-se:
A magia não é negra se usada para realizar o mal, nem branca se usada para realizar o bem.
A magia negra pode ser usada para causar o bem, assim como a magia branca poder ser celebrada para causar a destruição e o mal de alguém.
Ao contrário, magia é branca, se usada para contatar com espíritos celestes, (independentemente da finalidade da mesma), e é negra se usada para comunicar com entidades terrenais ou das trevas, (independentemente dos objetivos da mesma).
Dois exemplos de magia branca e magia negra estão claramente inscritos nos Evangelhos:
Jesus praticou magia branca, quando invocou e contatou com os espíritos de Elias e Moisés, (Mc 9; 2-4), espíritos que tinha sido elevados á condição celeste por Deus.
Jesus também praticou magia branca, de cada vez que usou a palavra mágica de Deus, (Mc 5,41; 7, 31-37), para invocar a força do «Espírito Santo» e realizar milagres de cura nos sofredores.
Nestes casos, Jesus, entrou em contacto com forças espirituais de luz e de Deus, (ate mesmo com o «Espírito Santo» - Mt 3, 16-17 -, e o próprio Deus «HYYV»), para realizar atos de cura na vida daqueles que sofriam. Ora, ao contacto com entidades de luz para realizar obras neste mundo, chama-se:
«Magia Branca».
Jesus exerceu uma atividade não só de mestre espiritual, como de exorcista itinerante (Mc 1,39).
Ora, quando entrou em contacto direto com demônios e dialogou com eles, (Mc 1, 24-27; 5, 8-13), sendo para lhes ordenar que abandonassem uma pessoa, sendo para lhes exigir silencio sobre a sua própria identidade, (Mc 3,12: Lc 4, 41), sendo para lhes autorizar que incorporassem em animais ao invés de em humanos, (Mc 5, 12-13) etc, em todos estes casos, Jesus estava usando de dialogo e autoridade junto espíritos das trevas para realizar curas na vida das pessoas.
A verdade é que, realizar curas e ato favoráveis ás pessoas com recurso a demônios, é um ato de «magia negra», pois á pratica espiritual que faz uso da autoridade sobre os demônios para realizar fins neste mundo, chama-se:
«Magia negra.»
Por Jesus a praticar, é que Ele foi acusado de expulsar demônios pelo poder dos próprios demônios (Mt 12, 27-29), o que no fundo é uma acusação de pratica de «magia negra».
A própria mãe de Jesus, (bem como seus irmãos), entenderam o que ele estava fazendo, e disseram mesmo que Jesus estava «fora de si», (Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas atividades exorcistas.
No Evangelho apócrifo de Nicodemo, (igualmente conhecido por «Atos de Pilatos»), afirma-se sobre Jesus:
«É um mago», (I, 1), «um feiticeiro» (I, 12).
As acusações não surgem por mera maldade, mas sim porque percebiam aqueles que eram conhecedores de teosofia, que as praticas espirituais empregues por Jesus eram controversas, pois Jesus tanto recorria á força espiritual de Deus para causar o bem, (“magia branca»), como por vezes fazia recurso a processos que são tipicamente de «magia negra», ou seja: usava os demônios para fazer curas, através de um contacto direto e autoridade com esses espíritos impuros, para os fazer obedecer e assim, para realizar o bem.
E fazer o bem usando as entidades do mal, era, (e é), considerado como:
«magia negra».
Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas, revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b).
Curiosidade. Já foi postado aqui no RV um dicionário de demônios, se não me falha a memória, na hospedagem antiga. Se quiserem, eu posso colocar de novo.
BIBLIA X MAGIA NEGRA! - Dois lados da mesma moeda?
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Re.: BIBLIA X MAGIA NEGRA! - Dois lados da mesma moeda?
Putz, não vai aparecer um religioso para dar a sua opinião?
Magoei.

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