Real foi moeda que menos se desvalorizou após a crise
Enviado: 21 Jan 2008, 13:12
Apesar da extrema volatilidade do mercado financeiro, o real tem reagido bem às bruscas movimentações dos investidores. Segundo dados da Tendências Consultoria Integrada, a moeda foi uma das que menos se desvalorizou no mês, desde que a crise americana estourou. Até sexta-feira, a desvalorização da moeda em relação ao dólar era de 0,56%. Já a moeda da África do Sul caiu 2,99%; a libra esterlina, 1,55%; o won da Coréia do Sul, 1,04; o dólar canadense, 3,55%; e o dólar neozelandês, 1,02%.
Em meados do ano passado, quando a crise das hipotecas de segunda linha (subprime) começou, o real reagiu negativamente. Chegou a bater R$ 2,09 por dólar, mas acabou se recuperando com o arrefecimento da crise. Desta vez, a desvalorização tem ocorrido de forma lenta. Nesta semana, no auge da crise, a moeda chegou ao máximo de R$ 1,787 e fechou a sexta-feira em R$ 1,785. Para especialistas, esse é um sinal de confiança do investidor estrangeiro no País. Isso porque os fundamentos econômicos estão muito mais fortes agora do que no passado. Hoje o Brasil conta com um expressivo saldo da balança comercial, da ordem de US$ 40 bilhões.
Além disso, têm índices de inflação bem menores que no passado e um mercado de capital muito mais desenvolvido. Sem contar nas reservas estrangeiras que atingiram US$ 167 bilhões. Tudo isso causa uma boa impressão ao investidor internacional, garantem os economistas.
Não por acaso o País está na fila para conquistar o tão sonhado investment grade (grau de investimento). A expectativa é que a nota atribuída pelas agências internacionais de classificação de risco viesse em meados deste ano. Mas, com a piora do cenário internacional, o País corre o risco de ter de esperar mais um pouco para entrar no seleto grupo dos países com investment grade.
Renée Pereira
Folha de Londrina, 21 de janeiro de 2008
Em meados do ano passado, quando a crise das hipotecas de segunda linha (subprime) começou, o real reagiu negativamente. Chegou a bater R$ 2,09 por dólar, mas acabou se recuperando com o arrefecimento da crise. Desta vez, a desvalorização tem ocorrido de forma lenta. Nesta semana, no auge da crise, a moeda chegou ao máximo de R$ 1,787 e fechou a sexta-feira em R$ 1,785. Para especialistas, esse é um sinal de confiança do investidor estrangeiro no País. Isso porque os fundamentos econômicos estão muito mais fortes agora do que no passado. Hoje o Brasil conta com um expressivo saldo da balança comercial, da ordem de US$ 40 bilhões.
Além disso, têm índices de inflação bem menores que no passado e um mercado de capital muito mais desenvolvido. Sem contar nas reservas estrangeiras que atingiram US$ 167 bilhões. Tudo isso causa uma boa impressão ao investidor internacional, garantem os economistas.
Não por acaso o País está na fila para conquistar o tão sonhado investment grade (grau de investimento). A expectativa é que a nota atribuída pelas agências internacionais de classificação de risco viesse em meados deste ano. Mas, com a piora do cenário internacional, o País corre o risco de ter de esperar mais um pouco para entrar no seleto grupo dos países com investment grade.
Renée Pereira
Folha de Londrina, 21 de janeiro de 2008