O petróleo vai acabar e voltaremos à Idade Média

[Apo]

Troquem a matriz energética já.

[Johnny]

Como já citei no antigo RV, a Unicamp tem dois projetos de motor a combustão a hidrogênio, com células (uma mistura na água ou algo assim) cujo nome me esqueci.

E de onde vem o hidrogênio?

Destas células. Cara, não me lembro de tudo. Era tipo uma água com elementos químicos que faziam o hidrogênio desprender em amior quantidade da água com menos energia elétrica (corrente). A dissolução era por eletrólise e usava um banco de 4 baterias de caminhão.
Se eu tiver saco e ainda encontrar alguém daquela época (pouco provável poie nem lembro o sobrenome), vou tentar mais detalhes.

[Amenemés]

Acho falsa esta premissa de que sem petróleo voltamos a idade média. Primeiro que podemos sim produzir energia elétrica. No caso do Brasil, a maioria de nossa energia vem de hidroelétricas e pouco de termelétricas. Dependemos das chuvas, claro, mas por enquanto tem funcionado relativamente bem. E também me parece claro que quando as reservas petrolíferas estiverem baixas, o petróleo não continuará sendo vendido até a última gota acabar.

Em breve não fabricaremos mais combustível com petróleo para veículos e assim a demanda se reduzirá drasticamente. Para todo o mais o petróleo ainda poderá ser usado. Tem a alternativa de usinas nucleares também que podem garantir a eletricidade em países sem recursos hidroelétricos.

Não vai acabar a comida e nem a era industrial como apocalipticamente está escrito no texto. Pra mim o texto é extremamente radical e pessimista.

Sem petróleo, usinas hidroelétricas e nucleares não podem ser operadas e mantidas e sua energia não pode ser distribuída.

Sem petróleo, a quantidade de comida que é produzida hoje não será possível. Mesmo que, supostamente, a quantidade não caísse, a distribuição se tornaria impossível, o que daria no mesmo.

Como eu disse, duvido que explorem as reservas até elas acabarem totalmente. Quando cortarem a produção de combustível para veículos a demanda irá cair drasticamente e o que restar das reservas durará séculos ainda.

[Fernando Silva]

Como já citei no antigo RV, a Unicamp tem dois projetos de motor a combustão a hidrogênio, com células (uma mistura na água ou algo assim) cujo nome me esqueci.

E de onde vem o hidrogênio?

Destas células. Cara, não me lembro de tudo. Era tipo uma água com elementos químicos que faziam o hidrogênio desprender em amior quantidade da água com menos energia elétrica (corrente). A dissolução era por eletrólise e usava um banco de 4 baterias de caminhão.
Se eu tiver saco e ainda encontrar alguém daquela época (pouco provável poie nem lembro o sobrenome), vou tentar mais detalhes.

As células de combustível não geram hidrogênio, consomem hidrogênio para produzir eletricidade.
O hidrogênio tem que vir de algum lugar.

[Fernando Silva]

Como eu disse, duvido que explorem as reservas até elas acabarem totalmente. Quando cortarem a produção de combustível para veículos a demanda irá cair drasticamente e o que restar das reservas durará séculos ainda.

Quando não houver mais combustível para os veículos, aviões e caminhões será o início do fim da nossa civilização.
Mesmo que ainda seja possível se produzir as coisas, não haverá como transportá-las até os consumidores.
E não haverá transporte para os que fabricam as coisas irem até as fábricas, para que as matérias primas sejam entregues etc. etc.
Nossa civilização se organizou em função do transporte rápido. Sem ele, voltaremos ao passado.

[Amenemés]

Como eu disse, duvido que explorem as reservas até elas acabarem totalmente. Quando cortarem a produção de combustível para veículos a demanda irá cair drasticamente e o que restar das reservas durará séculos ainda.

Quando não houver mais combustível para os veículos, aviões e caminhões será o início do fim da nossa civilização.
Mesmo que ainda seja possível se produzir as coisas, não haverá como transportá-las até os consumidores.
E não haverá transporte para os que fabricam as coisas irem até as fábricas, para que as matérias primas sejam entregues etc. etc.
Nossa civilização se organizou em função do transporte rápido. Sem ele, voltaremos ao passado.

Como não? Um caminhão pode ser movido a etanol ou outros combustíveis, assim como qualquer outro veículo. Podemos usar trens também, hidrovias etc etc.

Outra coisa, a tendência também é a população diminuir, isso além de desejável será necessário. Precisaremos de menos cidades. Ao invés de comunidades e cidades pequenas ultra isoladas serão necessárias cidades de médio-porte que acomodem as pessoas e acabar com pequenas cidades que são dependentes de tudo.

Será encessário também reduzir gigantescas megalópoles que depredam tudo ao ser redor.

[Apáte]

a tendência também é a população diminuir

Como vai aí na Itália?

[Johnny]

Antes do petroleo existiu a "revolução industrial a vapor". Se não me engano, um dos maiores canais que separam dois oceanos foi construído com estas máquinas (escavadeiras, carregadeiras, etc...)
Submarinos nucleares são uma realidade faz tempo. Por que não navios?

[Fernando Silva]

Como não? Um caminhão pode ser movido a etanol ou outros combustíveis, assim como qualquer outro veículo. Podemos usar trens também, hidrovias etc etc.

No momento, tudo isto depende do petróleo para existir. O álcool, por exemplo, no mínimo vai precisar de petróleo para os caminhões que o levam até os consumidores.

Outra coisa, a tendência também é a população diminuir, isso além de desejável será necessário. Precisaremos de menos cidades.

E isto tudo vai acontecer a tempo? Pacificamente?

[Fernando Silva]

Antes do petroleo existiu a "revolução industrial a vapor". Se não me engano, um dos maiores canais que separam dois oceanos foi construído com estas máquinas (escavadeiras, carregadeiras, etc...)

Antigamente se usava carvão, que também é um combustível fóssil e não renovável, além de ineficiente e muito poluente.
Sim, podemos voltar a usar carvão, como faz a China, embora as minas já não produzam mais como antes.
E temos que nos sujeitar às limitações que isto vai trazer: transportes mais lentos, indústrias ineficientes, baixa produção de alimentos etc. etc.

O problema continua: há um monte de soluções, mas nenhuma dela vai permitir, no momento, que a civilização continue no nível que temos. Teremos que reduzir a população, antes de mais nada, e dispensar um monte de confortos.

Submarinos nucleares são uma realidade faz tempo. Por que não navios?

Submarinos, navios etc. não surgem prontos. A fabricação requer petróleo. O urânio tem que ser minerado e refinado e transportado até eles. Mais petróleo.

Como substituir o petróleo da noite para o dia se ele participa de tudo o que fazemos?
E no longo prazo? Temos tempo?

[Johnny]

Mas quem está falando em substituir o petróleo de uma hora para outra? E qual o problema de adaptar motores a combustão para alcool? As siderurgicas que fabricam o aço dependem muito mais da água e energia elétrica do que petroleo. E de onde você tirou que pafa fabricar etanol é preciso de petróleo? Se o problema for o transporte, já citei logo acima.

Ainda podemos usar gordura animal como as de baleia, focas, leões marinhos e outros bichos inútei...

[user f.k.a. Cabeção]

Alarmismo.

Primeiro porque o assunto nao e novo. Desde que o petroleo despontou como fonte de energia da civilizacao contemporanea temos previsoes e debates a respeito do que sera de nos quando o ultimo poco secar.

Ninguem estara sendo pego com as calcas na mao.

E importante entender que somos dependentes do petroleo porque ele e eficaz, barato e razoavelmente limpo (se comparado, por exemplo, com o carvao).

Nenhuma outra fonte atual o supera em termos economicos, mas isso nao significa que elas nao existam, e que uma civilizacao baseada em escasso raro ou inexistente seja impossivel. Simplesmente nao e adequada dada a abundancia atual.

Como ja disseram, tanto os pocos sao subdimensionados nos paises exportadores, por questoes de pressao por precos, como os proprios players da area tem muito knowhow para saber a capacidade atual de suas fontes de exploracao e que nenhuma era de escassez extrema se aproxima.

E no momento em que estes players virem o fim da linha se aproximando, a pressao sobre precos de petroleo movera os incentivos para a busca de solucoes alternativas, uma vez que a vantagem comparativa do petroleo para de existir.

Isso nao acontecera de uma hora para outra, ja existem pesquisas muito antigas motivadas sempre pelo aumento do preco do barril, e nao ha motivos acreditar que elas tenham sido infrutiferas. Empresas fazem a transicao e individuos passam a ponderar o uso de alcool e gas natural, outras fontes de energia eletrica sao implantadas.

E claro que existe sempre o custo da substituicao tecnologica, mas dizer que o impacto desse custo seria catastrofico e apenas um exercicio futil de achismo futurologico.

O fato de nenhum outro combustivel ter superado o petroleo nas vantagens comparativas vem exatamente do fato que o petroleo nao esta acabando, por ora.

[Apo]

Que fim levaram os estudos com a mamona? Não eram de interesse do governo?

[zumbi filosófico]

(Desculpem o post duplo, o mesmo texto em dois tópicos, mas é de fato algo que tem relevância para ambos)

Alarmismo.

[...]

A palestra de Al Bartlett deixa pouco espaço para o otimismo de "tudo vai dar certo quando as coisas começarem realmente a apertar":





Arithmetic, Population and Energy - a talk by Al Bartlett

Professor Bartlett has given his celebrated one-hour lecture, "Arithmetic, Population and Energy: Sustainability 101" over 1,600 times to audiences with an average attendance of 80 in the United States and world-wide. His audiences have ranged from junior high school and college students to corporate executives and scientists, and to congressional staffs. He first gave the talk in September, 1969, and subsequently has presented it an average of once every 8.5 days for 36 years. His talk is based on his paper, "Forgotten Fundamentals of the Energy Crisis," originally published in the American Journal of Physics, and revised in the Journal of Geological Education.

Professor Al Bartlett begins his one-hour talk with the statement, "The greatest shortcoming of the human race is our inability to understand the exponential function."

He then gives a basic introduction to the arithmetic of steady growth, including an explanation of the concept of doubling time. He explains the impact of unending steady growth on the population of Boulder, of Colorado, and of the world. He then examines the consequences steady growth in a finite environment and observes this growth as applied to fossil fuel consumption, the lifetimes of which are much shorter than the optimistic figures most often quoted.

He proceeds to examine oddly reassuring statements from "experts", the media and political leaders - statements that are dramatically inconsistent with the facts. He discusses the widespread worship of economic growth and population growth in western society. Professor Bartlett explains "sustainability" in the context of the First Law of Sustainability:

"You cannot sustain population growth and / or growth in the rates of consumption of resources.

The talk brings the listener to understand and appreciate the implications of unending growth on a finite planet, and closes noting the crucial need for education topic.

http://www.albartlett.org/presentations ... ideo1.html

[Fernando Silva]

A população continua crescendo, talvez não tanto quanto no passado, e talvez um dia se estabilize, mas o problema é que o petróleo não está crescendo junto e vai acabar um dia, mesmo que a população até diminua.

[zumbi filosófico]

Aparentemente o mesmo conteúdo da apresentação em vídeo, mas em forma melhor para ver em texto do que as transcrições puras, contendo gráficos e melhor organização:

http://hawaii.gov/dbedt/ert/symposium/b ... tlett.html