O retorno do zumbi
Enviado: 10 Jan 2006, 20:04
Gostaria que algum esquerdinha refutasse essa...
por Jeffrey Nyquist em 10 de janeiro de 2006
Resumo: Um bloco comunista revisto e ampliado vai surgindo – ligado a Pequim e Moscou. Mas por que se alarmar? Afinal de contas, todo mundo sabe que “o comunismo acabou”.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Robert Kaplan, no Wall Street Journal de 20 de dezembro, disse que o Nepal “poderá ser o primeiro país desde a queda do Muro de Berlim onde os comunistas triunfarão”. Ao dizer isso, Kaplan passa por cima dos detalhes mais finos da política sul-africana, venezuelana e brasileira. Ele se esquece da vitoriosa revolução comunista no Congo e do elefante vermelho “escondido” nos bastidores da política alemã. Como não nos é permitido dizer que o comunismo está vivo e passa bem, cada vitória comunista é encarada como sendo de pouca importância. Não devemos interpretar os atos de subversão e levante, embora flagrantes, como coordenados ou inspirados pela velha máquina do comunismo internacional. Simplesmente não devemos!
Movimento pacifista e anti-americano, levante trabalhista, radicalismo universitário, terorrismo internacional: todas as formas de protesto revolucionário foram, invariavelmente, estimuladas por fontes comunistas (como o Communist Party USA). Mas agora parece que ninguém está ligando para os comunistas. Ninguém acha que eles sejam capazes de causar problemas. De fato, não estamos mais interessados em acusar os que se inspiram em Karl Marx ou um de seus seguidores contemporâneos de “comunistas”. Não fica bem lembrar que os comunistas sempre se apresentaram como reformadores agrários, populistas, democratas e social-democratas. E é assim que aceitamos os rótulos fajutos de homens como Fidel Castro, Lula da Silva e Evo Morales. Enquanto isso, um bloco comunista revisto e ampliado vai surgindo – ligado a Pequim e Moscou. Mas por que se alarmar? Afinal de contas, todo mundo sabe que “o comunismo acabou”. Além do mais, países como o Nepal não são realmente importantes. Quem se importa com o Nepal? De acordo com Kaplan, a administração Bush “imiscui-se em abstrações populares sobre como melhor implementar a democracia enquanto esquece as questões práticas”. E assim os comunistas vão vencendo.
Do começo da Guerra Fria até seu suposto fim, o bloco comunista foi mestre na arte da espionagem, da subversão e da guerra psicológica. Com uma tradição de recuo fingido e reformas, a Rússia Soviética engajou-se numa grande ofensiva pacifista no fim dos anos 1980. Essa ofensiva foi casada com reformas domésticas de longo alcance. Sob a liderança de Mikhail Gorbachev, Moscou trocou sua fachada empoeirada neo-stalinista por uma democracia autocraticamente governada. A mudança foi uma fraude.
Em 6 de março de 2005, Bill Gertz, colunista do Washington Times, fez uma reportagem sobre uma reunião de alta cúpula da inteligência americana no Texas. De acordo com Gertz, o diretor da CIA, Barry Royden, revelou que “os serviços secretos russos estão abordando tropas americanas no Oriente Médio para recrutá-los como agentes, bem como procurando recrutas entre americanos na Rússia”. Royden disse que os dirigentes da inteligência russa estavam sendo “muito agressivos”, fazendo uso de armadilhas e chantagens a fim de recrutar cidadãos e soldados americanos. Quanto aos comunistas chineses, um dirigente da contra-inteligência do FBI disse a Gertz que “atividades chinesas representam grande ameaça – especialmente quanto ao alvo secreto de Pequim: a tecnologia militar americana”.
Mas por que russos e chineses – nossos amiguinhos – se engajariam em tais atividades?
Alguns meses atrás, um espião da Guerra Fria aposentado enviou-me uma nota. Ele caracterizou a situação no Leste Europeu da seguinte forma: “As forças comunistas reorganizavam-se com ‘novas etiquetas’ mas seu objetivo era o mesmo: dominar o mundo e destruir os inimigos de sua perversa ideologia. Não sou ingênuo”. Ele disse ainda: “Não creio em declarações e slogans políticos. Tento apenas acompanhar os fatos da vida. E esses fatos estão cada vez mais alarmantes. A política externa de G.W. Bush é irresponsável... Os Estados Unidos não conseguem nem ao menos controlar o Iraque, quanto mais o mundo. [Os] russos e chineses estão tranqüilamente construindo um enorme poderio para um primeiro ataque destrutivo, enganando os EUA e a Europa. O esquema está ficando cada vez mais claro. A OTAN está se tornando cada vez mais fraca e diminuída, graças aos seus próprios membros”.
Outro espião da Guerra Fria e desertor da KGB, Anatoliy Golitsyn, previu que isso aconteceria num livro de 1984 chamado New Lies for Old. Golitsyn era analista-sênior do Departamento de Informações da KGB. Ele desertou em dezembro de 1961 e acabou trabalhando para a CIA nos anos 1960, tornando-se um colaborador íntimo do chefe da contra-inteligência da CIA, James Angleton. Em meados da década de 1970, as visões de Angleton e Golitsyn sobre a estratégia soviética foram absolutamente rejeitadas pela CIA e ambos foram aposentados. Em 1975, os líderes da inteligência americana dispensaram as análises de Golitsyn, alegando serem “reflexões doentes”. Doentes ou não, Golitsyn previu com precisão o colapso do comunismo mais de cinco anos antes que começasse. O livro de Golitsyn descreveu detalhadamente as mudanças que ocorreriam no Leste Europeu; ele deixou bem claro que as mudanças começariam “de cima” e que constituiriam um engodo. O trecho exato onde Golitsyn prevê as mudanças é este: “A dialética da ofensiva consiste numa mudança calculada da velha e desacreditada prática soviética para um modelo novo, “liberalizado”, com um fachada social-democrata que torne real o plano dos estrategistas comunistas de estabelecer uma Europa Unida. No começo, introduziriam uma variante da ‘democratização’ da Tchecoslováquia de 1968. Numa fase posterior, passariam a uma variante da tomada de poder tcheca de 1948”.
Uma pergunta muito simples se segue: de tudo o que sabemos hoje, será o parágrafo acima uma descrição do que está acontecendo agora na Europa? Ele descreve o progresso do comunismo na América Latina – na Venezuela, Bolívia e Brasil? Não hesitaríamos em incluir o Nepal neste amplo contexto.
Além disso, é inegável o fato de que a panelinha da KGB, liderada pelo presidente Vladimir Putin, governa a Rússia. Pelo menos uma agência de inteligência ocidental concluiu que Putin tem “assessores” secretos que não podem ser identificados. Quem são eles e por que são secretos? Ao mesmo tempo, comunistas de carteirinha ainda governam as antigas repúblicas e satélites soviéticos. Ativistas tchecos como Hana Catalanova alertam que a República Tcheca está dominada por estruturas comunistas ocultas. Na Polônia, jornalistas como Tomasz Pompowski e Dariusz Rohnka (autor de The Fatal Fiction) explicaram que os comunistas estão manipulando o governo e a economia da Polônia. E há o caso da Romênia. Não temos ninguém com mais autoridade do que Andrei Codrescu, autor de The Hole in the Flag. Seu relato é uma explicação decisiva do que realmente aconteceu com o comunismo no Leste Europeu, em 1989. Do capítulo 11, chamado The Mysteries of Sibiu, lemos: “Noite passada… estava morto de sede. Antes de me deitar, consumi boas doses de Stolichnaya com um jornalista soviético que esteve em Sibiu durante uma semana. Ele esteve também em Timiþoara e disse-me várias coisas interessantes, entre elas o fato de que em 10 de dezembro – cinco dias antes do protesto em frente à casa do Rev. Toke – havia aproximadamente um dúzia de correspondentes da TASS por lá. Quando perguntei a ele o porquê disso, meu amigo fingiu que não ouviu. ‘O que uma dúzia de correspondentes da TASS estava fazendo numa remota cidade da Transilvânia, dias antes de qualquer coisa acontecer?’, insisti. Novamente, ele fingiu que não ouviu”.
Mas quando as previsões de Golitsyn sobre a vindoura democratização tornaram-se reais, os conservadores, um após outro, declararam vitória e atribuíram o crédito a Ronald Reagan. Entre os historiadores, apenas Mark Riebling notou que “das 148 previsões de Golitsyn, 139 foram cumpridos até o fim de 1993 – uma taxa de precisão de 94%”. A reação de William F. Buckley a essa elevada taxa de precisão foi denunciar Golitsyn como um paranóico nas páginas da National Review.
Com a força de um furacão tropical, a opinião pós-Guerra Fria dos americanos transformou-se em puro otimismo. No lugar das Sete Cidades de Ouro e da Fonte da Juventude, os novos conquistadores encontraram os “dividendos da paz” e elegeram “falcões baratos” como Newt Gingrich para liderar o Congresso dos EUA. Desses imaginários “dividendos da paz”, a exuberância econômica fluiu como leite e mel. Os gastos com defesa foram cortados. Segredos tecnológicos foram passados, sem o menor pudor, para mãos russas e chinesas. Os serviços de inteligência mandaram vários estrategistas políticos pastarem. Era hora de fazer dinheiro e esquecer os horrores da Destruição Mútua Assegurada(*). A grande e influente Escola da Insinceridade finalmente agarrou a cultura política e intelectual do Ocidente pela garganta. Para descrever essa “escola”, cito as palavras do historiador britânico William Lecky: “Seu fim não era a verdade, mas a plausibilidade”.
(*) Destruição Mútua Assegurada: ameaça constante entre os EUA e a URSS que ajudou a prevenir um confronto nuclear, pois cada um desses países tinha a capacidade de destruir o outro totalmente. (N.T.)
© 2005 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com
Tradução: MSM.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4470
por Jeffrey Nyquist em 10 de janeiro de 2006
Resumo: Um bloco comunista revisto e ampliado vai surgindo – ligado a Pequim e Moscou. Mas por que se alarmar? Afinal de contas, todo mundo sabe que “o comunismo acabou”.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Robert Kaplan, no Wall Street Journal de 20 de dezembro, disse que o Nepal “poderá ser o primeiro país desde a queda do Muro de Berlim onde os comunistas triunfarão”. Ao dizer isso, Kaplan passa por cima dos detalhes mais finos da política sul-africana, venezuelana e brasileira. Ele se esquece da vitoriosa revolução comunista no Congo e do elefante vermelho “escondido” nos bastidores da política alemã. Como não nos é permitido dizer que o comunismo está vivo e passa bem, cada vitória comunista é encarada como sendo de pouca importância. Não devemos interpretar os atos de subversão e levante, embora flagrantes, como coordenados ou inspirados pela velha máquina do comunismo internacional. Simplesmente não devemos!
Movimento pacifista e anti-americano, levante trabalhista, radicalismo universitário, terorrismo internacional: todas as formas de protesto revolucionário foram, invariavelmente, estimuladas por fontes comunistas (como o Communist Party USA). Mas agora parece que ninguém está ligando para os comunistas. Ninguém acha que eles sejam capazes de causar problemas. De fato, não estamos mais interessados em acusar os que se inspiram em Karl Marx ou um de seus seguidores contemporâneos de “comunistas”. Não fica bem lembrar que os comunistas sempre se apresentaram como reformadores agrários, populistas, democratas e social-democratas. E é assim que aceitamos os rótulos fajutos de homens como Fidel Castro, Lula da Silva e Evo Morales. Enquanto isso, um bloco comunista revisto e ampliado vai surgindo – ligado a Pequim e Moscou. Mas por que se alarmar? Afinal de contas, todo mundo sabe que “o comunismo acabou”. Além do mais, países como o Nepal não são realmente importantes. Quem se importa com o Nepal? De acordo com Kaplan, a administração Bush “imiscui-se em abstrações populares sobre como melhor implementar a democracia enquanto esquece as questões práticas”. E assim os comunistas vão vencendo.
Do começo da Guerra Fria até seu suposto fim, o bloco comunista foi mestre na arte da espionagem, da subversão e da guerra psicológica. Com uma tradição de recuo fingido e reformas, a Rússia Soviética engajou-se numa grande ofensiva pacifista no fim dos anos 1980. Essa ofensiva foi casada com reformas domésticas de longo alcance. Sob a liderança de Mikhail Gorbachev, Moscou trocou sua fachada empoeirada neo-stalinista por uma democracia autocraticamente governada. A mudança foi uma fraude.
Em 6 de março de 2005, Bill Gertz, colunista do Washington Times, fez uma reportagem sobre uma reunião de alta cúpula da inteligência americana no Texas. De acordo com Gertz, o diretor da CIA, Barry Royden, revelou que “os serviços secretos russos estão abordando tropas americanas no Oriente Médio para recrutá-los como agentes, bem como procurando recrutas entre americanos na Rússia”. Royden disse que os dirigentes da inteligência russa estavam sendo “muito agressivos”, fazendo uso de armadilhas e chantagens a fim de recrutar cidadãos e soldados americanos. Quanto aos comunistas chineses, um dirigente da contra-inteligência do FBI disse a Gertz que “atividades chinesas representam grande ameaça – especialmente quanto ao alvo secreto de Pequim: a tecnologia militar americana”.
Mas por que russos e chineses – nossos amiguinhos – se engajariam em tais atividades?
Alguns meses atrás, um espião da Guerra Fria aposentado enviou-me uma nota. Ele caracterizou a situação no Leste Europeu da seguinte forma: “As forças comunistas reorganizavam-se com ‘novas etiquetas’ mas seu objetivo era o mesmo: dominar o mundo e destruir os inimigos de sua perversa ideologia. Não sou ingênuo”. Ele disse ainda: “Não creio em declarações e slogans políticos. Tento apenas acompanhar os fatos da vida. E esses fatos estão cada vez mais alarmantes. A política externa de G.W. Bush é irresponsável... Os Estados Unidos não conseguem nem ao menos controlar o Iraque, quanto mais o mundo. [Os] russos e chineses estão tranqüilamente construindo um enorme poderio para um primeiro ataque destrutivo, enganando os EUA e a Europa. O esquema está ficando cada vez mais claro. A OTAN está se tornando cada vez mais fraca e diminuída, graças aos seus próprios membros”.
Outro espião da Guerra Fria e desertor da KGB, Anatoliy Golitsyn, previu que isso aconteceria num livro de 1984 chamado New Lies for Old. Golitsyn era analista-sênior do Departamento de Informações da KGB. Ele desertou em dezembro de 1961 e acabou trabalhando para a CIA nos anos 1960, tornando-se um colaborador íntimo do chefe da contra-inteligência da CIA, James Angleton. Em meados da década de 1970, as visões de Angleton e Golitsyn sobre a estratégia soviética foram absolutamente rejeitadas pela CIA e ambos foram aposentados. Em 1975, os líderes da inteligência americana dispensaram as análises de Golitsyn, alegando serem “reflexões doentes”. Doentes ou não, Golitsyn previu com precisão o colapso do comunismo mais de cinco anos antes que começasse. O livro de Golitsyn descreveu detalhadamente as mudanças que ocorreriam no Leste Europeu; ele deixou bem claro que as mudanças começariam “de cima” e que constituiriam um engodo. O trecho exato onde Golitsyn prevê as mudanças é este: “A dialética da ofensiva consiste numa mudança calculada da velha e desacreditada prática soviética para um modelo novo, “liberalizado”, com um fachada social-democrata que torne real o plano dos estrategistas comunistas de estabelecer uma Europa Unida. No começo, introduziriam uma variante da ‘democratização’ da Tchecoslováquia de 1968. Numa fase posterior, passariam a uma variante da tomada de poder tcheca de 1948”.
Uma pergunta muito simples se segue: de tudo o que sabemos hoje, será o parágrafo acima uma descrição do que está acontecendo agora na Europa? Ele descreve o progresso do comunismo na América Latina – na Venezuela, Bolívia e Brasil? Não hesitaríamos em incluir o Nepal neste amplo contexto.
Além disso, é inegável o fato de que a panelinha da KGB, liderada pelo presidente Vladimir Putin, governa a Rússia. Pelo menos uma agência de inteligência ocidental concluiu que Putin tem “assessores” secretos que não podem ser identificados. Quem são eles e por que são secretos? Ao mesmo tempo, comunistas de carteirinha ainda governam as antigas repúblicas e satélites soviéticos. Ativistas tchecos como Hana Catalanova alertam que a República Tcheca está dominada por estruturas comunistas ocultas. Na Polônia, jornalistas como Tomasz Pompowski e Dariusz Rohnka (autor de The Fatal Fiction) explicaram que os comunistas estão manipulando o governo e a economia da Polônia. E há o caso da Romênia. Não temos ninguém com mais autoridade do que Andrei Codrescu, autor de The Hole in the Flag. Seu relato é uma explicação decisiva do que realmente aconteceu com o comunismo no Leste Europeu, em 1989. Do capítulo 11, chamado The Mysteries of Sibiu, lemos: “Noite passada… estava morto de sede. Antes de me deitar, consumi boas doses de Stolichnaya com um jornalista soviético que esteve em Sibiu durante uma semana. Ele esteve também em Timiþoara e disse-me várias coisas interessantes, entre elas o fato de que em 10 de dezembro – cinco dias antes do protesto em frente à casa do Rev. Toke – havia aproximadamente um dúzia de correspondentes da TASS por lá. Quando perguntei a ele o porquê disso, meu amigo fingiu que não ouviu. ‘O que uma dúzia de correspondentes da TASS estava fazendo numa remota cidade da Transilvânia, dias antes de qualquer coisa acontecer?’, insisti. Novamente, ele fingiu que não ouviu”.
Mas quando as previsões de Golitsyn sobre a vindoura democratização tornaram-se reais, os conservadores, um após outro, declararam vitória e atribuíram o crédito a Ronald Reagan. Entre os historiadores, apenas Mark Riebling notou que “das 148 previsões de Golitsyn, 139 foram cumpridos até o fim de 1993 – uma taxa de precisão de 94%”. A reação de William F. Buckley a essa elevada taxa de precisão foi denunciar Golitsyn como um paranóico nas páginas da National Review.
Com a força de um furacão tropical, a opinião pós-Guerra Fria dos americanos transformou-se em puro otimismo. No lugar das Sete Cidades de Ouro e da Fonte da Juventude, os novos conquistadores encontraram os “dividendos da paz” e elegeram “falcões baratos” como Newt Gingrich para liderar o Congresso dos EUA. Desses imaginários “dividendos da paz”, a exuberância econômica fluiu como leite e mel. Os gastos com defesa foram cortados. Segredos tecnológicos foram passados, sem o menor pudor, para mãos russas e chinesas. Os serviços de inteligência mandaram vários estrategistas políticos pastarem. Era hora de fazer dinheiro e esquecer os horrores da Destruição Mútua Assegurada(*). A grande e influente Escola da Insinceridade finalmente agarrou a cultura política e intelectual do Ocidente pela garganta. Para descrever essa “escola”, cito as palavras do historiador britânico William Lecky: “Seu fim não era a verdade, mas a plausibilidade”.
(*) Destruição Mútua Assegurada: ameaça constante entre os EUA e a URSS que ajudou a prevenir um confronto nuclear, pois cada um desses países tinha a capacidade de destruir o outro totalmente. (N.T.)
© 2005 Jeffrey R. Nyquist
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Tradução: MSM.
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