Quem disse que o racismo parou em Kardec?

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Res Cogitans
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Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Res Cogitans »

APODman escreveu:O racismo e sectarismo nas obras de Kardec não se resumiram a Kardec e um Armond esotérico ( espírtas quando confrontados com os absurdos de Exilados de Capela sempre tentam se safr dizendo que sua obra não é espírita )

O "espírito" de Emmanuel tb contribuiu com sua parcela para perpetuar a discriminação racista e sectaria dentro da DE.

Armond não elaborou seu infame livro "do nada", ele teve como base o livro "A Caminho da Luz" "de" Emmanuel.


Neste livro "Emmanuel" explica que os espíritos exilados de um planeta da estrela Capela ( durante a "transição planetária" naquele mundo ) foram expurgados a Terra. Apesar de não possuirem os mesmos atributos morais e intelectuais "superiores" dos habitantes "pós-transição" do planeta de Capela eles eram superiores aos espíritos encarnados na Terra naquela época.

Estes espíritos primitivos "nativos" da Terra constituiam as raças negra e amarelas.

A raça branca surgiu APENAS com a chegada destes espíritos capelinos.

Apesar de que alguns reencarnaram entre individuos de outras raças "nativas e inferiores" para auxilia-los em seu progresso a grande maioria veio a constituir a raça branca o que justificaria sua "superioridade" comparativamente a outras raças.



Ele começa falando sobre o surgimento da "raça humana" de antropóides primitivos (observem que ele faz uma sutil referência ao "o que é elegante e belo é evoluido"):




A GRANDE TRANSIÇÃO

Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas.

Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos
de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.

Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.

Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.

Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos
antepassados das raças humanas.

Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico.

Muito naturalmente.

Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos
pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.



fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p.31


Em seguida ele deixa claro que os chineses e negros são os descendentes diretos destes primatas melhorados, mas a raça branca surgiu ( como ele não especifica e eu tenho medo de pensar no que ele falria se resolvesse especificar ) DEPOIS sendo constituida majoritariamente de espíritos capelinos superiores aos que aqui existiam:



ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS

Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram,proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.

Um grande acontecimento se verificara no planeta. É que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde travessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.

Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.

Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas
exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.

QUATRO GRANDES POVOS

As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.

As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas
passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indoeuropéia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.

É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada qual.



Fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p. 36, 37 e 38.


Assim a raça branca, adâmica, ariana, é o "top" da evolução criada exclusivamente para abrigar os espíritos superiores expurgados de Capela.


http://clubecetico.org/forum/index.php/ ... 591.0.html
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Botanico
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Re: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Botanico »

Sem querer ser chato, seu resto de cogitação, mas...

Um bando de degredados, bandidos, narizes em pé, que foram chutados de um mundo melhor que o nosso ter reencarnado em uma suposta raça caucásica, cuja maioria teria pele clara, é motivo de orgulho? É prova de superioridade?

Tá, digamos que esses espíritos aprenderam umas tantas coisas a mais do que os "nativos" já existentes (as tais raças negróide e mongolóide), mas de que adianta mais conhecimento se não se sabe o que fazer com ele? Podiam ser ligeiramente mais sábios, mas de que adiantava isso se moralmente estavam mais por baixo que cu de cachorro sentado?

Ah! Quer saber como surgem as raças? Bem, lá no LE mesmo está dito que elas surgiram por conta da vida (talvez estivesse se referindo à genética...), do clima e dos hábitos. Se você trouxer todo um grupo de escandinavos para a África Central e deixá-los lá, isolados, caso não morram de câncer de pele antes, em 10.000 anos, seus descendentes serão indistinguíveis dos africanos atuais. Da mesma forma, se levar um grupo de africanos para a Escandinávia e largá-los lá, desde que suas primeiras gerações usem óleo de fígado de bacalhau para combater o raquitismo, em 10.000 anos seus descendentes serão indistinguíveis dos escandinavos de hoje.

Além do mais, a OPINIÃO ou CONCEITOS do Emannuel são PESSOAIS. Acredite se quiser. Isso vale tanto para você, como para os espíritas. Só não concordo com a afirmativa que isso teria produzido políticas racistas DENTRO DO ESPIRITISMO. Isso eu nunca vi e vocês céticos nunca as demonstraram. Vi sim exemplos contrários. Aqui em S. Carlos, lá pelos idos de 1906, a espírita Anália Franco quase foi expulsa daqui por cometer uma tremenda indecência e imoralidade aos olhos da catolicíssima comunidade sãocarlense: ela criou uma escolinha onde crianças NEGRAS estudavam ao lado de crianças BRANCAS. Pode uma indecência dessas? Respondam-me os católicos, crentes e céticos-ateus...

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Acauan
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Re: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Acauan »

Botanico escreveu:Além do mais, a OPINIÃO ou CONCEITOS do Emannuel são PESSOAIS. Acredite se quiser.


Botanico,

Explique então porque o tal do Emmanuel, que teria sido um romano antigo, que sabe-se-lá por que cargas d'água adotou um nome hebraico depois de morto, apresenta opiniões sobre o tema raça que são característicos da Europa pós-revolução industrial?

Na Roma antiga a distinção entre os povos era cultural e militar, daí os romanos se considerarem superiores ao que chamavam bárbaros, aos quais se viam no direito de escravizar independente da cor da pele.

O conceito moderno de raça não existia então. Para um romano, um escravo germânico louro de olhos azuis não era nem um pouco melhor que um númida negro como carvão.

O tal do Emmanuel aprendeu esta coisas feias onde, no Além?
Ué, mas no Além não deveria só se evoluir? Como o cara adquiriu idéias racistas ainda piores que aquelas que teria dois mil anos antes de vir dar pitaco depois de morto?

E se qualquer coisa errada na Doutrina Espírita pode ser considerada opinião pessoal, quem diz o que é errado ou certo?
Outras opiniões?

Melhor ficar com a minha então.

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Fernando Silva
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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Fernando Silva »

Se tudo o que não lhe agrada no espiritismo pode ser atribuído a opiniões pessoais ou a espíritos mal informados ou até mesmo zombeteiros, o que seria considerado o cânon, inatacável?
Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?

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Deise Garcia
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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Deise Garcia »

A título complementar deste tópico, e ainda para que os contendores do espiritismo rebolem nas cuecas, num dos livros da Coleção Mestres da Doutrina há a informação de que AK foi um dos exilados de Capela. hehehe

Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.

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chagas
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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por chagas »

Estes espiritos dizem cada uma!
É que dizem ser eles pessoas,que um dia foram vivas. E pessoas realmente, dizem cada uma.
Talvez separar as coisas seja o mais prudente.

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Anansi
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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Anansi »

O que significa rebolar nas cuecas?

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Acauan
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.
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Deise Garcia
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Deise Garcia »

Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


Absolutamente! Não esqueça que a DE é também ciência, portanto, temos fatos comprovados.

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Acauan
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Acauan »

Deise Garcia escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


Absolutamente! Não esqueça que a DE é também ciência, portanto, temos fatos comprovados.


Acauan, em 13/04/2007 às 11:04, no tópico Ateísmo, uma religião?, escreveu:
Acauan, no fórum da STR, há muito tempo..., escreveu:Olá Artur,

Gostaria de poder dizer-lhe que a priori não há porque presumir que eu não concordaria com o texto, mas após lê-lo devo dar-lhe razão. De fato não posso concordar com ele, pelos motivos que seguem.


Valente escreveu:
O Espiritismo é definido por Kardec como “a ciência que estuda a origem, a natureza e a destinação dos Espíritos, bem como sua relação com o mundo corpóreo. É ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma filosofia de conseqüências morais”.


Este parágrafo inicial já contém duas contradições.

A primeira é que ciência só estuda origem, natureza e destinação de entes e eventos cuja existência não está em discussão. Pode-se discutir até se a Lei da Gravitação é correta, mas não há dúvida quanto ao fato de que os corpos caem.
Antes de o Espiritismo autodenominar-se uma ciência que estuda os Espíritos, teria que provar cientificamente que existem Espíritos, coisa que até hoje não fez.
Mesmo que todos os seus alegados fenômenos fossem comprovados experimentalmente (o que não ocorreu), teríamos a prova de que determinadas pessoas, sob determinadas condições podem demonstrar determinadas habilidades – como revelar particularidades de uma pessoa falecida - e não a prova de que Espíritos existem e se comunicam conosco.
Poderia-se argumentar que a ciência estuda origem, natureza e destinação dos elétrons sem saber se eles realmente existem ou não, já que a teoria sequer pode afirmar com certeza se o elétron é uma partícula, uma onda ou uma mescla dos dois.
Só que a ciência não estuda os elétrons. Estuda os fenômenos que seriam explicados pela existência dos elétrons. Mesmo que amanhã se descubra que Rutheford e Bohr estavam errados, a física continuará estudando a estrutura da matéria e buscando novas explicações para os fenômenos que lhe são associados.

Por outro lado, uma prova definitiva de que Espíritos não existem seria o fim do Espiritismo. Esta é a diferença essencial entre Espiritismo e ciência, entre doutrina e ciência, entre doutrina e filosofia. Verdadeira ciência e verdadeira filosofia não desmoronam como um castelo de cartas quando um de seus princípios fundamentais é contestado.

A física cruzou a fronteira do universo Newtoniano para o universo Einsteiniano sem nenhum trauma. Tal passagem incólume seria impossível para a Doutrina Espírita.

A segunda contradição diz respeito à definição do Espiritismo como uma filosofia de conseqüências morais.

Uma regra básica é que toda filosofia pede um filósofo.
Quem é o filósofo moral do Espiritismo?
Kardec? Os alegados Espíritos Superiores que teriam ditado O Livro dos Espíritos? Deus?

A resposta mais óbvia é ninguém.

Não há um filósofo moral do Espiritismo porque o que seria a filosofia moral do Espiritismo é apenas o ajustamento da moral cristã a um esquema cósmico.
Com o agravante que nem este ajuste foi criado pelos Espíritas e sim adaptado de preceitos já existentes de religiões orientais, particularmente a Lei do Karma.

A proposta do Espiritismo é resolver à dúvida sobre por que um Deus justo e bom criou ou permite que pessoas vivam e morram sob a injustiça sem recorrer à alegoria infantil das fábulas religiosas sobre Paraíso e Inferno.

A reencarnação orientada pela Lei do Karma responderia a esta questão de um modo até satisfatório desde que se esteja disposto a depositar Fé nesta proposta, porque apenas a Fé justifica a crença nesta hipótese, mesmo que ela seja melhor elaborada que outras às quais pretende substituir.

Isto é muito pouco para caracterizar uma filosofia, quanto mais uma filosofia moral, tema que já foi tratado com muito maior profundidade por mestres como Espinoza e Aristóteles, sem que nenhum deles tenham aventado qualquer inspiração por parte de Espíritos Superiores.

Se a Doutrina Espírita fosse o que pretende ser, deveria ter produzido postulados melhores do que os filósofos anteriores produziram, o que não é a opinião reinante, exceto é claro entre os Espíritas.


Valente escreveu:
Por outro lado, uma boa definição de ciência é “um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio” .Assim dois elementos são essenciais para ter-se uma ciência: o objeto e o método de estudo deste objeto, que de acordo a definição acima, precisa ser adequado ao objeto.

Classicamente falando, a ciência se baseia no método indutivo, que parte do particular para o todo, sendo portanto reducionista, empirista e cartesiana. Um dos critérios citados como de máxima importância seria a da reprodutibilidade dos experimentos, em qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa, desde que as condições fossem mantidas as mesmas. Mas se formos rígidos no método clássico, deixaríamos de considerar como ciências a História, a Sociologia, a Psicologia, etc., o que nos parece completamente absurdo, desde que não se produzam fatos históricos em laboratório, e tão pouco se reproduzem comportamentos em pessoas submetidas às mesmas condições. O que difere as Ciências Humanas das Ciências Exatas ou Naturais são justamente o objeto e o método, embora em alguns casos o objeto pode ser mesmo: o homem.


Qualquer pessoa que já teve o mais mínimo contato com os currículos das escolas de psicologia já ouviu falar dos labirintos de ratos, um exemplo básico de o quanto esta ciência pode basear-se em experimentos reprodutíveis.

Mais ainda, dentro da classificação de ciência está a História moderna, que armada dos recursos tanto dos métodos da filologia quanto da tecnologia instrumental adquiriu capacidades de análise tão aprofundadas que pode gerar conclusões próximas àquelas dos experimentos físicos, com margens de erro estreitas e determinadas.

Assim, esta divisão do conhecimento humano entre exatas e humanas esbarra no fato de que as ciências exatas também são humanas, pois são os humanos que as criam, assim como as ciências humanas podem ser exatas, pois podem se valer de métodos semelhantes àqueles utilizados pela física.


Valente escreveu:
Assim é que o Espiritismo, por possuir um objeto de estudo completamente alheio à “Ciência Oficial”, ou seja, o espírito ou princípio inteligente, requer um método próprio, adequado. Kardec define este método em relação à fenomenologia espírita quando usa o termo “ciência de observação”, a qual consiste na observação criteriosa dos fatos, buscando entender suas origens, suas causas. Também a História é uma ciência de observação, e assim como não se reproduzem fatos históricos, não se pode exigir a reprodução inequívoca de fenômenos espíritas, desde que o objeto de estudo é inteligente, emocional e volitivo – o Espírito.


A comparação entre História e Espiritismo visando classifica-los ambos como ciência é plenamente descabido.
A ciência histórica não obedece a qualquer requisito doutrinário. Os historiadores que estudaram a Pedra de Roseta ou Os Manuscritos do Mar Morto podem ser das mais diversas origens e crenças pessoais e mesmo assim chegar a conclusões idênticas sobre a autenticidade e significado dos registros em estudo.

Já os ditos fenômenos espíritas se esvaziam fora do ambiente em que esta doutrina é reconhecida, pois a simples classificação de determinados eventos como “fenômenos espíritas” já implica no pré-requisito de um compromisso prévio com a Doutrina de Kardec.

E mais uma vez comete-se o erro de confundir o evento estudado com o objeto de estudo. A História pode estudar a Batalha das Termópilas, mas o objeto de estudo não é a batalha em si, que não pode ser reproduzida como alude Artur Mascarenhas , autor do texto que comento.
O objeto de estudo são os registros arqueológicos e documentos históricos relacionados à Batalha das Termópilas. Estes podem ser submetidos a experimentos reprodutíveis metódicos para atestar sua autenticidade e significado.

O que pode ser submetido a experimentos reprodutíveis e metódicos para provar sua autenticidade e significado nos chamados fenômenos espíritas?


Valente escreveu:
Para o Espiritismo, a existência do Espírito e de sua comunicabilidade é um fato, decorrente do axioma de que “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente”.


O axioma “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente” esbarra na questão do quem ou o que define um efeito como inteligente?
Tudo que é efeito da inteligência humana ou similar pode ser classificado como efeito inteligente, mas como identificar e classificar o efeito de formas de inteligência que nos são absolutamente desconhecidos?

O universo é um efeito inteligente?

Não há resposta científica para isto. Alguns acreditam que sim, outros que não. Até prova em contrário tem-se um impasse.


Valente escreveu:
O que importa é o controle sobre a legitimidade da comunicação que se obtém através dos fenômenos mediúnicos, quer de efeitos físicos ou de efeitos inteligentes, e para tanto Kardec definiu um método doutrinário próprio, sumarizado por Herculano Pires em quatro pontos principais:

“i) Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;

“ii) Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser justificado;

“iii) Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem;

“iv) Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto”.


Se Kardec definiu um método doutrinário, então não temos o que discutir.
A Igreja Católica Romana tem um método doutrinário para conferir aos seus sacerdotes o poder de executar a transubstanciação durante o ritual da Eucaristia. A natureza, mecanismos e resultados destes métodos não pertencem ao escopo da Ciência.

Mas se além de doutrinário, o método kardecista reivindica autoridade científica, temos obstáculos intransponíveis em todos os requisitos apresentados:

i) Como aferir se alguém é “insuspeito, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual”? Não existem meios instrumentais ou técnicas confiáveis para se avaliar tais atributos. O melhor que podemos ter é um avaliador com excepcional competência para julgamentos do tipo. Mas quem avalia o avaliador?

ii) Uma “análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas” deveria se iniciar pelo apontamento das falhas lógicas e dos erros científicos dos chamados Livros da Codificação da Doutrina Espírita. Se tal análise crítica não foi feita sequer nos fundamentos do método, é extremamente improvável que seja aplicada de modo isento quando de sua utilização.

iii) “Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem” implica que em toda sessão espírita deve haver pelo menos um lingüista e um historiador para o caso os espíritos de Caius Julius César ou Gengis Khan se manifestem em suas linguagens nativas ou revelem detalhes biográficos sutis.
Se por algum fenômeno desconhecido, entendemos que é possível aos espíritos se comunicarem na linguagem nativa dos médiuns, isentos de suas particularidades de origem, para que serve então este requisito?

iv) “Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes” implica obviamente na inexistência da imparcialidade.
Falar-se em consenso universal e em seguida especificar que ele deve ser dado por “médiuns diferentes” é como propor que as doutrinas do chamado Criacionismo Bíblico Científico devam ser aceitas como verdadeiras porque vários criacionistas bíblicos ao redor do mundo a confirmaram.

Sem isenção, sem credibilidade. É simples assim.


Valente escreveu:
Muito dos chamados pesquisadores espíritas envidam esforços para a comprovação da existência dos Espíritos e da imortalidade da alma, mas freqüentemente empregando os métodos da Química, da Física, da Biologia, etc., que são adequados à matéria, mas não ao Espírito. O máximo que poderão conseguir é um melhor entendimento dos fenômenos de efeito físico e do perispírito, que é a parte material do Espírito, o seu corpo de manifestação, mas jamais do princípio inteligente, que é imaterial e foge a todas as técnicas de investigação da matéria. Enquanto isso, a Ciência Espírita, baseada no método kardecista, foi praticamente abandonada pelos espíritas...


Temos um caso compatível com o que o Carl Sagan chama de “Dragão na Garagem”.
Este dragão seria invisível e não produziria qualquer efeito perceptível no ambiente.
Como então afirmar que ele existe.

Se os Espíritos existem, deveria haver alguma forma de manifestação física detectável, se não há, temos quando muito eventos de causa desconhecida, pois não existe base confiável para classifica-los como eventos espirituais.


Valente escreveu:
Voltando ao confronto Ciência e Espírito, embora à primeira vista há conceitos espíritas que parecem ser desmentidos ou postos em dúvida pela Ciência, o desenvolvimento da ciência no século passado muitas vezes apontou na direção da confirmação dos princípios espíritas. A desintegração da matéria em partículas cada vez mais elementares e a interconversão matéria/energia, como estabelecido pelas Mecânicas Quântica e Relativística, respectivamente, apontam a possibilidade de existência uma “matéria elementar”– o que é coerente com o princípio espírita da existência de um fluido universal (ou cósmico), proposto pelos Espíritos Codificadores.

A medicina psicossomática, a escrita automática, o corpo bioplásmico, a terapia de vidas passadas (TVP), a psicologia transpessoal, cada uma em sua própria área de atuação, gradativamente vêm fazendo avanços que confirmam a teoria espírita, mas não provam por “a mais b” a existência do Espírito e sua sobrevivência ao corpo, permanecendo muitas vezes injustamente marginalizadas do ponto de vista acadêmico.[linha]


Já vi estas mesmas ciências e pseudo-ciências serem citadas pelos mais variados tipos de esotéricos.
O estranho é a afirmação final. Se os próprios defensores destas doutrinas reconhecem que não tem como provar por “a” + “b” o que dizem, por que os acadêmicos deveriam lhe dar crédito?


Valente escreveu:
Entretanto, consideramos precipitado substituir a terminologia espírita pela terminologia científica, pois poderemos incorrer em graves erros, que podem levar à descaracterização da Doutrina Espírita. Alguns confrades espíritas, afoitos em respeitar a natureza evolutiva do Espiritismo, como estabelecido por Kardec em “A Gênese” 1, substituíram em seus escritos a palavra fluido por energia, chamam o perispírito de corpo eletromagnético do Espírito e alguns chegaram a afirmar que o princípio vital nada mais seria que o DNA...


Se forem substituir tudo que é cientificamente incorreto em A Gênese, terão que reescrever o livro todo.

Valente escreveu:
Lembremos o ensinamento do codificador: “Melhor é recusar nove verdades, a aceitar uma única mentira”.


Mais um desencontro entre ciência e doutrina.
Ciência desconhece o que é verdade e o que é mentira.
Ciência reconhece apenas conclusões coerentes ou incoerentes com os resultados das experimentações.


Valente escreveu:
O Espiritismo é uma ciência sim! Mas é preciso respeitar-lhe objeto e método. Lúcido foi Kardec, ao enunciar que “o Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a ciência, ficaria sem apoio e exame”


O Espiritismo "é uma ciência sim" na opinião de quem e com base no que?
O enunciado de Kardec é lúcido na opinião de quem e com base em que?

Nunca fiquei sabendo de um único cientista não-espírita (quase a totalidade dos cientistas do mundo) que concordasse com o parágrafo acima.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Wallace
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Wallace »

Deise Garcia escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


Absolutamente! Não esqueça que a DE é também ciência, portanto, temos fatos comprovados.


E é! E é!!!!

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chagas
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por chagas »

Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.

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Wallace
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Wallace »

chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Chagas, meu velho!!!!

Cançou das frases coletadas??? :emoticon12:

Mas desculpe-me me meter no papo, mas o fato é que esse assunto já está mais que esgotado de tanto que se debateu aqui... Experimenta usar o modulo de pesquisa que certamente sua perguta já deve ter resposta, senão pelo Acauan, mas também por outros foristas...

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Deise Garcia
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Deise Garcia »

Wallace escreveu:
Deise Garcia escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


Absolutamente! Não esqueça que a DE é também ciência, portanto, temos fatos comprovados.


E é! E é!!!!

Ciência do século retrasado! :emoticon12:


Quem foi o sabichão que andou falando essas coisas pra esse cara, heim?


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Deise Garcia
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Deise Garcia »

Wallace escreveu:
chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Chagas, meu velho!!!!

Cançou das frases coletadas??? :emoticon12:

Mas desculpe-me me meter no papo, mas o fato é que esse assunto já está mais que esgotado de tanto que se debateu aqui... Experimenta usar o modulo de pesquisa que certamente sua perguta já deve ter resposta, senão pelo Acauan, mas também por outros foristas...


Tá vendo? Como eu disse num certo tópico sobre o programa Super Pop, alguns ateus se apropriam do intelecto de outros para se auto afirmarem ateus. Para agravar a situação eles pedem para ler os posts dos outros. hahahahaha Eu tinha que viver pra ler.
Ah, tem aqueles ainda que pedem para os ateus lhes dar boas argumentações para responder aos cristãos. hahahahahahaha

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Acauan
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Acauan »

chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Vide Alguns Problemas de Observação, Caracterização e Descrição nos Fenômenos Espíritas
Nós, Índios.

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Wallace
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Wallace »

Deise Garcia escreveu:
Wallace escreveu:
chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Chagas, meu velho!!!!

Cançou das frases coletadas??? :emoticon12:

Mas desculpe-me me meter no papo, mas o fato é que esse assunto já está mais que esgotado de tanto que se debateu aqui... Experimenta usar o modulo de pesquisa que certamente sua perguta já deve ter resposta, senão pelo Acauan, mas também por outros foristas...


Tá vendo? Como eu disse num certo tópico sobre o programa Super Pop, alguns ateus se apropriam do intelecto de outros para se auto afirmarem ateus. Para agravar a situação eles pedem para ler os posts dos outros. hahahahaha Eu tinha que viver pra ler.
Ah, tem aqueles ainda que pedem para os ateus lhes dar boas argumentações para responder aos cristãos. hahahahahahaha


Não daise, o que você está vendo é uma tentativa de econômia de energia!!!!

Mas pra ser mais objetivo, nós ateus (como vc rotula), não temos o hábito de ficar repetindo uma coisa mil vezes afim de que ela se transforme em verdade... Lindinha.... :emoticon12:

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chagas
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por chagas »

Acauan escreveu:
chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Vide Alguns Problemas de Observação, Caracterização e Descrição nos Fenômenos Espíritas


Acauan me permita suprimir parte de teu texto:

Tomemos as redações de obras literárias que reproduziriam o estilo de determinado autor falecido que são frequentemente caracterizadas e descritas como fenômenos espíritas de psicografia.
Como a imitação de estilo é uma habilidade comumente demonstrada por tradutores, escritores, redatores, revisores literários ou mesmo autodidatas leigos, temos que a conclusão "os estilos são iguais, logo a obra foi ditada pelo espírito do falecido autor" não é cientificamente válida, pois uma coisa não prova a outra e há explicações muito mais simples e passíveis de verificação objetiva.

Uma pergunta, a grafologia não estuda com profundidade, estas questões, e não dão solução pra elas?

Grato por sua atenção.

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Deise Garcia
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Deise Garcia »

Acauan escreveu:
chagas escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Lembrando que a única evidência de que seriam mesmo espíritos é a opinião dos próprios a respeito, que pode estar errada também.


E pra você, como classificaria estes fenômenos mediunicos espiritas? Se não são espiritos, são o que?
Seria interessante que você tambem postasse, as razões que te levam a pensar, na hipoteze mais provavel pra você.


Vide Alguns Problemas de Observação, Caracterização e Descrição nos Fenômenos Espíritas


É fácil colocar a coisa dessa forma, desprezando os estudos de Alexandre Aksakof, Conan Doyle, Leon Denis, Gabriel Delanne, Teodoro Flournoy, Ernesto Bozzano, Cesar Lombroso, Johathan Swift, etc, etc, etc, talvez porque também seja mais fácil se deter nessas leituras. Não se iluda, vários colegas do fórum precisam de pessoas como você. Quanto tempo você acha que eles vão gastar lendo o tópico indicado? Agora adivinha quanto eles terão disponível para ler as obras daqueles que citei?


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Botanico
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Re: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Botanico »

Acauan escreveu:
Botanico escreveu:Além do mais, a OPINIÃO ou CONCEITOS do Emannuel são PESSOAIS. Acredite se quiser.


Botanico,

Explique então porque o tal do Emmanuel, que teria sido um romano antigo, que sabe-se-lá por que cargas d'água adotou um nome hebraico depois de morto, apresenta opiniões sobre o tema raça que são característicos da Europa pós-revolução industrial?

Na Roma antiga a distinção entre os povos era cultural e militar, daí os romanos se considerarem superiores ao que chamavam bárbaros, aos quais se viam no direito de escravizar independente da cor da pele.

O conceito moderno de raça não existia então. Para um romano, um escravo germânico louro de olhos azuis não era nem um pouco melhor que um númida negro como carvão.

O tal do Emmanuel aprendeu esta coisas feias onde, no Além?
Ué, mas no Além não deveria só se evoluir? Como o cara adquiriu idéias racistas ainda piores que aquelas que teria dois mil anos antes de vir dar pitaco depois de morto?

E se qualquer coisa errada na Doutrina Espírita pode ser considerada opinião pessoal, quem diz o que é errado ou certo?
Outras opiniões?

Melhor ficar com a minha então.



Bem, Acauan, é o seguinte:
O mundo espiritual é um mundo PARALELO ao nosso, cujos integrantes próximos a nós nada mais são do que os humanos SEM O CORPO FÍSICO, mas trazendo consigo as suas características morais e intelectuais. A tal EVOLUÇÃO por ali, aliada também com a reencarnação, é um TRABALHO PESSOAL de cada espírito e não um processo "osmótico" que ocorreria forçosamente pelo simples fato de se estar num mundo espiritual.

Parece-me, pela sua colocação, que você imagina que o fato de haver espíritos no mundo espiritual, isso por si só lhes conferiria condições de saber TODA a verdade e portanto os espíritos não deveriam dizer nada de errado ou censurável moralmente, contraditando tudo o que vem sendo ensinado pela DE desde o princípio.

Afinal qual foi mesmo a coisa feia que o Emmanuel falou? De que um bando de espíritos degredados encarnou em corpos humanos que constituíram a raça caucásica? Por que isso seria uma coisa feia?

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Apo
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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Apo »

Há espíritos nazistas, fascistas, fascínoras de todo tipo. Normal.
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Botanico
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Botanico »

Fernando Silva escreveu:Se tudo o que não lhe agrada no espiritismo pode ser atribuído a opiniões pessoais ou a espíritos mal informados ou até mesmo zombeteiros, o que seria considerado o cânon, inatacável?
Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?


Quando executava a codificação do Espiritismo, Kardec usou um princípio que chamava de GENERALIDADE E CONCORDÂNCIA, para dizer que tal postulado é uma doutrina DOS ESPÍRITOS. Já se um espírito dizia assim e outro dizia assado, Kardec ia pela lógica e pelo que já se conhecia dos fatos. Ele poderia registrar a opinião da maioria, mas também considerar opiniões contrárias, dadas por outros espíritos.

É mais ou menos como acontece aqui mesmo entre nós, inclusive na sagrada Ciência, onde também há dogmatismo, onde pessoas expressam suas opiniões e conceitos que podem ser concordantes ou discordantes entre si.

Portanto sim, a DE é uma coletânea de opiniões dos espíritos, na qual Kardec procurou a generalidade e a concordância para se dizer que se tratava de uma doutrina de espíritos. Agora quanto a canon inatacável, bem... na opinião espírita, só Deus é o dono da verdade absoluta e nós só podemos lidar com as verdades que nos revelam os parcos recursos que temos e com o pouco espaço que há na nossa cabeça...

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Botanico
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Re: Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Botanico »

chagas escreveu:Estes espiritos dizem cada uma!
É que dizem ser eles pessoas,que um dia foram vivas. E pessoas realmente, dizem cada uma.
Talvez separar as coisas seja o mais prudente.


É...
Quando nos davam provas de que realmente eram quem diziam ser, assunto liquidado. Agora quanto a terem idéias espatafúrdias... Se até os nobéis da vida, como James Watson as têm, então o pecado, apesar de muito grave, não é só deles.

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Jack Torrance
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Re: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Jack Torrance »

Botanico escreveu:O mundo espiritual é um mundo PARALELO ao nosso, cujos integrantes próximos a nós nada mais são do que os humanos SEM O CORPO FÍSICO, mas trazendo consigo as suas características morais e intelectuais. A tal EVOLUÇÃO por ali, aliada também com a reencarnação, é um TRABALHO PESSOAL de cada espírito e não um processo "osmótico" que ocorreria forçosamente pelo simples fato de se estar num mundo espiritual.


Então o papo de que a cada reencarnação ocorreria uma evolução para o espírito não quer dizer nada? Já que isso é pessoal e não "osmótico" forçoso por estar no mundo espiritual. Acho isso coerente, pois o mundo está do jeito que sempre esteve.

Quer dizer que um espírito simplesmente pode continuar a ser um porcaria até quando quiser? Em vida como é que eu sei que eu fui um espírito que escolheu querer evoluir antes de me encarnar novamente?

Botanico escreveu:Parece-me, pela sua colocação, que você imagina que o fato de haver espíritos no mundo espiritual, isso por si só lhes conferiria condições de saber TODA a verdade e portanto os espíritos não deveriam dizer nada de errado ou censurável moralmente, contraditando tudo o que vem sendo ensinado pela DE desde o princípio.


Qual a diferança de estar no mundo espiritual e no mundo material então? Lá se aprende alguma coisa que não temos aqui? POsso ficar lá para sempre, pois não quero reencarnar de novo e sofrer tudo isso?

Botanico escreveu:Afinal qual foi mesmo a coisa feia que o Emmanuel falou? De que um bando de espíritos degredados encarnou em corpos humanos que constituíram a raça caucásica? Por que isso seria uma coisa feia?


Deduzo (mesmo não tendo lido nada) que os tais espíritos degregados não eram dignos de encarnarem em homens caucasianos, pois esses eram para os espíritos evoluídos. Daí o racismo de que negros são encarnações de tranqueiras e os brancos de bonzinhos evoluídos. Acho que é isso.
Editado pela última vez por Jack Torrance em 10 Fev 2008, 23:11, em um total de 1 vez.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Re.: Quem disse que o racismo parou em Kardec?

Mensagem por Apo »

Daí o racismo de que negro é encarnação de tranqueiras e os brancos de bonzinhos evoluídos. Acho que é isso.



É...e isto não é feio...
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Trancado