E daí, conspiracionistas e anti-Bush: Mata ou não mata?

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E daí, conspiracionistas e anti-Bush: Mata ou não mata?

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EUA defendem pena de morte para 'mentor' do 11/9

- Mohammed é apresentado pelos EUA como mentor dos ataques

O Pentágono anunciou nesta segunda-feira que vai defender a pena de morte para seis acusados pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, incluindo o suposto mentor do plano, Khalid Sheikh Mohammed.
A promotoria militar quer que todos os réus (Khalid, Ramzi Binalshibh, Walid Bin Attash, Ali Abd al-Aziz Ali, Mustafa Ahmad al-Hawsawi e Mohammed al-Qahtani) sejam julgados juntos.

O brigadeiro-general Thomas Hartmann, conselheiro jurídico do Pentágono, disse em entrevista coletiva que os reús são acusados de, entre outros crimes, conspiração, assassinato em violação das leis de guerra, ataque a civis, destruição de propriedade e terrorismo.

Ao todo, as acusações incluem "169 atos cometidos pelos réus para promover os eventos de 11 de setembro" de 2001.

Segundo Hartmann, as acusações refletem a tese de um "plano antigo, altamente sofisticada da Al-Qaeda para atacar os Estados Unidos".

Tribunal militar

Os réus deverão ser julgados em um polêmico tribunal militar sob os termos do Ato das Comissões Militares, criado para julgar suspeitos de terrorismo que não sejam cidadãos americanos e aprovado pelo Congresso americano em 2006.

Hartmann defendeu o procedimento. Segundo o conselheiro do Pentágono, não haverá "julgamentos secretos" e os procedimentos serão "tão completamente abertos quanto possível", com "relativamente poucas" provas tratadas como confidenciais.

"O acusado terá a oportunidade de ter o seu dia no tribunal", acrescentou o militar. "É nossa obrigação levar o processo adiante, para dar a essas pessoas os seus direitos."

Ao detalhar as acusações, Hartmann alegou que Khalid Sheikh Mohammed propôs os ataques a Osama Bin Laden em 1996, levantou financiamento e supervisionou a operação e o treinamento dos seqüestradores no Afeganistão e no Paquistão.

Acredita-se que Mohammed, um kuwaitiano de origem paquistanesa, era o terceiro na linha de comando da Al-Qaeda quando foi capturado no Paquistão em março de 2003.

Ele já foi descrito pelos Estados Unidos como "um dos terroristas mais infames da história". Segundo os americanos, além de ter planejado os ataques de 11 de setembro, ele planejou outras 30 ações terroristas e admitiu ser o responsável pela decapitação do jornalista Daniel Pearl, em 2002.

Interrogatório

Mohammed admitiu ter planejado cada detalhe dos ataques de 11 de setembro, mas a promotoria poderá ter dificuldades em usar a confissão no tribunal porque a CIA admitiu ter usado uma polêmica técnica de interrogatório que simula a sensação de afogamento (waterboarding).

"Esses julgamentos usarão provas obtidas com tortura como uma forma de condenar e executar pessoas", disse o diretor-executivo da organização Centre for Constitutional Rights, Vincent Warren.

"E é absolutamente contrário ao que nós acreditamos aqui nos Estados Unidos", acrescentou Warren.

Em 11 de setembro de 2001, 19 homens seqüestraram quatro aviões, três dos quais se chocaram contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington. O quarto avião caiu na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram.

Guantánamo

Mohammed e os outros cinco réus formam o primeiro grupo de prisoneiros dos Estados Unidos na base de Guantánamo, em Cuba, a ser formalmente acusado pelos ataques.

Os Estados Unidos começaram a enviar prisioneiros militares para a baía de Guantánamo em janeiro de 2002, logo após o início da sua ofensiva no Afeganistão.

Desde então, em meio a críticas de que Washington os deixava em um limbo judicial, centenas de prisioneiros foram libertados, mas 275 permanecem lá e os Estados Unidos dizem querer julgar 80 deles.

A lei que prevê julgamentos militares é contestada por dois prisioneiros de Guantánamo, que reivindicam um julgamento civil.

As acusações serão agora enviadas para a encarregada de comissões militares, Susan Crawford, que deverá determinar se elas deverão ser julgadas em tribunal.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... 9_cg.shtml
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