Milho transgênico agora é legal
Enviado: 13 Fev 2008, 06:48
Milho transgênico agora é legal
Biotecnologia - Sementes modificadas devem estar no mercado ainda este anoCom a aprovação do plantio comercial das primeiras variedades transgênicas de sementes de milho no Brasil, a expectativa é de aumento da competitividade do grão brasileiro no mercado.
A oferta das variedades deve gerar redução de custos e aumento da produtividade, melhorando o poder de fogo em relação a concorrentes no mercado internacional, como Argentina e Estados Unidos, avançados no acesso à biotecnologia.
O Conselho Nacional de Biossegurança, que reúne 11 ministros, autorizou sementes produzidas pelas multinacionais Monsanto e Bayer, que já tinham parecer favorável da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). As sementes podem estar disponíveis no mercado a partir do fim do ano para algumas regiões. A decisão legaliza plantios existentes no país desde 2005, inclusive no Estado.
- Será uma ferramenta importante para que o Brasil aumente a produção comercial - analisa Leonardo Sologuren, da Céleres Consultoria.
Conforme Sologuren, desde a introdução dos transgênicos, na safra 1996/1997, os argentinos elevaram a produtividade média do milho de 4,5 toneladas por hectare para 8 toneladas por hectare na safra 2006/2007. A expectativa é de que o Rio Grande do Sul tenha uma produtividade média de 3,9 toneladas por hectare, enfatiza o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho, Odacir Klein:
- A decisão fortalece a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, que já havia aprovado as variedades.
A autorização da variedade MON 810, da Monsanto, resistente a insetos, e da Liberty Link, da Bayer, a herbicida, gerou protestos de ambientalistas em frente ao Palácio do Planalto e duras críticas dos que ainda não estão convencidos sobre a segurança do consumo do milho transgênico. A consultora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Andréa Salazar classificou de "irresponsável" a deliberação do governo, considerando a precariedade das avaliações de risco à saúde apresentadas.
O Idec alerta que as pessoas devem evitar consumir produtos com transgênicos e exigir fiscalização no cumprimento da lei de rotulagem. A atual legislação determina identificação de produtos que contenham mais de 1% de transgênicos em sua formulação.
Apesar da derrota, organizações não-governamentais voltaram a questionar a falta de planos de monitoramento detalhados das empresas e de regras de convivência entre variedades convencionais e transgênicas. A advogada Maria Rita Reis, da Organização Direitos da Terra, lembra que há recursos a serem votados pela Justiça contestando a liberação comercial.
Para pesquisadores, a decisão favorece não somente produtores rurais, mas as indústrias de sementes, porque a resolução evitará que a pirataria se alastre como aconteceu no caso da soja, lembra Alda Lerayer, diretora do Conselho de Informações sobre Biotecnologia.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora ... fault2.jsp?
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dwt&edition=9290§ion=63
Biotecnologia - Sementes modificadas devem estar no mercado ainda este anoCom a aprovação do plantio comercial das primeiras variedades transgênicas de sementes de milho no Brasil, a expectativa é de aumento da competitividade do grão brasileiro no mercado.
A oferta das variedades deve gerar redução de custos e aumento da produtividade, melhorando o poder de fogo em relação a concorrentes no mercado internacional, como Argentina e Estados Unidos, avançados no acesso à biotecnologia.
O Conselho Nacional de Biossegurança, que reúne 11 ministros, autorizou sementes produzidas pelas multinacionais Monsanto e Bayer, que já tinham parecer favorável da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). As sementes podem estar disponíveis no mercado a partir do fim do ano para algumas regiões. A decisão legaliza plantios existentes no país desde 2005, inclusive no Estado.
- Será uma ferramenta importante para que o Brasil aumente a produção comercial - analisa Leonardo Sologuren, da Céleres Consultoria.
Conforme Sologuren, desde a introdução dos transgênicos, na safra 1996/1997, os argentinos elevaram a produtividade média do milho de 4,5 toneladas por hectare para 8 toneladas por hectare na safra 2006/2007. A expectativa é de que o Rio Grande do Sul tenha uma produtividade média de 3,9 toneladas por hectare, enfatiza o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho, Odacir Klein:
- A decisão fortalece a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, que já havia aprovado as variedades.
A autorização da variedade MON 810, da Monsanto, resistente a insetos, e da Liberty Link, da Bayer, a herbicida, gerou protestos de ambientalistas em frente ao Palácio do Planalto e duras críticas dos que ainda não estão convencidos sobre a segurança do consumo do milho transgênico. A consultora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Andréa Salazar classificou de "irresponsável" a deliberação do governo, considerando a precariedade das avaliações de risco à saúde apresentadas.
O Idec alerta que as pessoas devem evitar consumir produtos com transgênicos e exigir fiscalização no cumprimento da lei de rotulagem. A atual legislação determina identificação de produtos que contenham mais de 1% de transgênicos em sua formulação.
Apesar da derrota, organizações não-governamentais voltaram a questionar a falta de planos de monitoramento detalhados das empresas e de regras de convivência entre variedades convencionais e transgênicas. A advogada Maria Rita Reis, da Organização Direitos da Terra, lembra que há recursos a serem votados pela Justiça contestando a liberação comercial.
Para pesquisadores, a decisão favorece não somente produtores rurais, mas as indústrias de sementes, porque a resolução evitará que a pirataria se alastre como aconteceu no caso da soja, lembra Alda Lerayer, diretora do Conselho de Informações sobre Biotecnologia.
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