Estudo reprograma células-tronco sem gerar tumor

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First Knight
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Estudo reprograma células-tronco sem gerar tumor

Mensagem por First Knight »

Quinta, 14 de fevereiro de 2008, 14h57 Atualizada às 17h26
Estudo reprograma células-tronco sem gerar tumor

Pesquisadores japoneses anunciaram ter encontrado uma forma de reprogramar células-tronco sem que elas provoquem tumores, algo que representa um avanço na utilização sem riscos das células-tronco para fins terapêuticos.

As células-tronco representam a esperança no tratamento de uma série de doenças, graças à sua capacidade de se transformar em qualquer célula do corpo humano, permitindo a substituição de tecidos ou órgãos danificados ou doentes. Mas a pesquisa sobre as células-tronco é polêmica, uma vez que os embriões devem ser destruídos em um processo de extração de células.

Dois grupos de cientistas conseguiram recentemente contornar este obstáculo ao transformar células da pele humana em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) que apresentavam exatamente as mesmas propriedades que as células-tronco embrionárias.

Esta descoberta trouxe a esperança de se chegar a tratamentos "sob medida" em função do código genético dos pacientes, e ainda evitando ter de submetê-los a fortes tratamentos anti-rejeição. Mas o método utilizado pelos pesquisadores para transformar as células de pele em células-tronco pluripotente podiam provocar tumores e alterações genéticas, o que lhes tornavam impróprios para uso clínico.

Uma destas equipes, no entanto, conseguiu reprogramar estas células sem provocar tumores e sem risco de mudanças genéticas. Eles utilizaram um retrovírus para injetar quatro genes nas células fígado e da parede do estômago de ratos adultos. Estes ratos não desenvolveram tumores nos primeiros seis meses, segundo os resultados do estudo publicado na Sciente Express, a versão on-line da revista Science.

Os cientistas conseguiram mostrar que o retrovírus não precisou se alojar no genoma da célula adulta em locais específicos, o que ajudou os pesquisadores a evitarem que ele se alojasse em locais suscetíveis de provocar tumores. Mesmo que os resultados sejam promissores, ainda há muito a fazer, afirmou por e-mail o professor Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, principal autor da descoberta.

"Ainda serão necessários anos de pesquisa antes de que nós não sejamos capazes de utilizar as células iPS para tratar os pacientes", advertiu o pesquisador.

AFP

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