http://www.criticanarede.com/filos_conhecimentoper.html
Vale lembrar, a propósito, um curioso relato do biólogo Richard Dawkins, hoje professor da cátedra de Compreensão Pública da Ciência em Oxford, cuja obra deve, necessariamente, figurar numa bibliografia de jornalismo científico. Conta ele que, certa vez, respondendo a uma provocação de um colega antropólogo, colocou-lhe a seguinte questão: "Suponha que existe uma tribo que acredita que a Lua é uma cabaça velha lançada aos céus, pendurada fora de alcance um pouco acima do topo das árvores. Você afirma realmente que nossa verdade científica – que afirma que a Lua está a 382 mil quilômetros afastada e tem um quarto do diâmetro da Terra – não é mais verdadeira do que a cabaça da tribo?" A resposta do antropólogo foi direta: "Sim. Nós apenas fomos criados em uma cultura que vê o mundo de um modo científico. Eles foram criados para ver o mundo de outro modo. Nenhum desses modos é mais verdadeiro do que o outro". Conclui Dawkins: "aponte-me um relativista cultural a 10 quilômetros de distância e lhe mostrarei um hipócrita. Aviões construídos de acordo com princípios científicos funcionam. Eles mantêm-se no ar e o levam ao seu destino escolhido. Aviões construídos de acordo com especificações tribais ou mitológicas, tais como os aviões de imitação dos cultos de carregamento nas clareiras das selvas (...), não funcionam. Se você estiver voando para um congresso internacional de antropólogos ou de críticos literários, a razão pela qual você provavelmente chegará lá (...) é que uma multidão de engenheiros ocidentais cientificamente treinados realizou os cálculos corretamente.
A ciência ocidental, com base na evidência confiável de que a Lua orbita em torno da Terra a uma distância de 382 mil quilômetros, conseguiu colocar pessoas em sua superfície. A ciência tribal, acreditando que a Lua estava um pouco acima do topo das árvores, nunca chegará a tocá-la, exceto em sonhos" (Dawkins: 1996, p. 39-40).
http://www.physics.nyu.edu/faculty/sokal/dawkins.html
The feminist 'philosopher' Luce Irigaray is another who gets whole-chapter treatment from Sokal and Bricmont. In a passage reminiscent of a notorious feminist description of Newton's Principia (a "rape manual"), Irigaray argues that E=mc2 is a "sexed equation". Why? Because "it privileges the speed of light over other speeds that are vitally necessary to us" (my emphasis of what I am rapidly coming to learn is an 'in' word). Just as typical of this school of thought is Irigaray's thesis on fluid mechanics. Fluids, you see, have been unfairly neglected. "Masculine physics" privileges rigid, solid things. Her American expositor Katherine Hayles made the mistake of re-expressing Irigaray's thoughts in (comparatively) clear language. For once, we get a reasonably unobstructed look at the emperor and, yes, he has no clothes:
The privileging of solid over fluid mechanics, and indeed the inability of science to deal with turbulent flow at all, she attributes to the association of fluidity with femininity. Whereas men have sex organs that protrude and become rigid, women have openings that leak menstrual blood and vaginal fluids... From this perspective it is no wonder that science has not been able to arrive at a successful model for turbulence. The problem of turbulent flow cannot be solved because the conceptions of fluids (and of women) have been formulated so as necessarily to leave unarticulated remainders.
You do not have to be a physicist to smell out the daffy absurdity of this kind of argument (the tone of it has become all too familiar), but it helps to have Sokal and Bricmont on hand to tell us the real reason why turbulent flow is a hard problem: the Navier-Stokes equations are difficult to solve.
Isto não é corrente de pensamento. É Doença mental!