Cultura humana também pode sofrer seleção natural, afirma pe

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waldon
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Cultura humana também pode sofrer seleção natural, afirma pe

Mensagem por waldon »

Cultura humana também pode sofrer seleção natural, afirma pesquisa


Análise de canoas da Polinésia mostra mudança lenta em detalhes funcionais dos barcos.
Já traços simbólicos das embarcações passaram por transformações mais rápidas.

Antropólogos e sociólogos gostam de traçar uma divisão clara entre a evolução biológica e a evolução cultural. Uma dupla de pesquisadores americanos, no entanto, diz que essa separação é, ao menos em parte, imaginária. Em um novo estudo, eles levantaram indícios de que transformações culturais podem ser influenciadas pela seleção natural, o mesmo processo que é o principal responsável pela evolução da vida.

Se Deborah Rogers e Paul Ehrlich, da Universidade Stanford, estiverem corretos, a regra é simples: características culturais que têm um impacto direto na sobrevivência do homem vão acabar passando pelo crivo da seleção natural. Já as supostamente "decorativas" -- estilos de roupa, decorações em vasos e por aí -- teriam mais liberdade de se diversificar seguindo o mero capricho de seus criadores. Os dados vêm de uma análise das canoas de dez ilhas da Polinésia, no oceano Pacífico.


Canoas com estabilizadores em praia de Honolulu, no Havaí, em 1922 (Foto: Biblioteca do Congresso dos EUA/Reprodução)

Os polinésios nunca construíram caravelas, como os exploradores europeus, mas colonizaram sozinhos vastas extensões do Pacífico, usando apenas pequenas canoas para navegar. Aparentemente, todos eles descendem de uma única população ancestral que deixou o Sudeste Asiático há poucos milhares de anos. Por isso, suas canoas são um alvo ideal para estudar a seleção natural-cultural: ao atravessar o oceano, canoas boas e seus ocupantes sobreviviam e deixavam descendentes (no caso das canoas, mais canoas cujo modelo era baseado nelas); e canoas feitas porcamente levavam seus donos e elas mesmas para o fundo do mar.

Rogers e Ehrlich compararam as canoas produzidas em cada uma das ilhas da Polinésia, tentando calibrar o quanto elas mudavam em função da distância de uma ilha para outra. Ao mesmo tempo, dividiram as características das embarcações em duas categorias: funcionais e não funcionais. A primeira classe englobava coisas essenciais para a navegabilidade e a estabilidade das canoas (casco duplo, tipo de remo etc.), enquanto a segunda se referia a pinturas, esculturas, ornamentos e outros detalhes decorativos.

O que eles viram é que as características essenciais mudavam bem menos de uma ilha para outra do que os traços decorativos, que mudavam mais. É como se a "sobrevivência" das canoas estáveis restringisse o tipo de barco que podia ser feito: para funcionar, uma "canoa-filha" tinha de seguir o modelo bem-sucedido "materno". A pesquisa está na revista científica americana "PNAS".
http://www.pnas.org/
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