Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Artigo - O Globo
4/3/2008
Lançado para "matar a fome" de 54 milhões de brasileiros, o Bolsa Família vem sendo agora apresentado pelo governo como responsável pela compra de eletrodomésticos, o que não é foco do programa.
Todos são testemunhas de que, quando o Bolsa Família foi lançado, o objetivo era matar a fome de 54 milhões de brasileiros. Meus leitores são também testemunhas de que, desde o início, venho dizendo que não existem 54 milhões de famintos. Pois bem, uma visita à página do Ministério do Desenvolvimento Social (http://www.mds.gov.br/noticias/consumo- ... sa-familia) vai surpreender. Ali, o governo anuncia que vários estudos comprovam que o Bolsa Família tem ajudado os beneficiários a comprar eletrodomésticos. Isso mesmo, nada de arroz, feijão e carne, isso tudo que há muito já está na mesa dos pobres brasileiros, como provou a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE; o que tem sido comprado é geladeira, microondas, máquina de lavar, fogão, liquidificador, forno elétrico, televisão e DVD.
Rosa Maria Marques, da PUC-SP, é citada dizendo que, no passado, todo dinheiro extra era usado pelos pobres na compra de alimentos, mas que isso mudou, graças ao efeito multiplicador do Bolsa Família: "Com o passar do tempo, as famílias ganharam segurança de que vão receber o benefício e, assim, puderam destinar parte de sua renda para a compra a prazo de eletrodomésticos." Rosa cita outros fatores para explicar o crescimento do consumo daqueles bens, como a elevação constante do salário mínimo, a estabilidade monetária , o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada e a ampliação do crédito consignado, mas a ênfase do press-release do ministério é a injeção de recursos do Bolsa Família, R$10,9 bi previstos para este ano.
O release cita também Felícia Madeira, do Seade (São Paulo), para quem oscilações no orçamento sempre impediram que famílias pobres fizessem gastos que necessitassem de um horizonte longo, fato remediado agora pelo Bolsa Família: "Como existe a garantia de que o dinheiro virá, a pessoa se planeja e pode abrir um crediário para comprar um eletrodoméstico ou um equipamento para trabalhar."
O ministério dá exemplos. A catadora de lixo Rosineide dos Santos, 47 anos, de Maceió, com três filhos, recebe R$76 do Bolsa Família, mas declara uma renda total de R$200. Com isso, pegou um empréstimo de R$500 no Banco do Cidadão, uma instituição que opera com microcrédito para empreendimentos populares. O release diz que ela já tem fogão, liquidificador, cafeteira e forno elétrico, mas que, assim que saldar a dívida, pretende comprar uma televisão. Ou seja, não usa o Bolsa Família para se alimentar nem o Banco do Cidadão para um pequeno empreendimento: usa para aumentar a conta de luz. Patrícia Belmira Henrique, de 43, manicure mineira, recebe R$112 do Bolsa Família. O dinheiro, diz o release, ajuda a pagar a máquina de lavar roupa. "Estou feliz, porque é a minha primeira máquina de lavar. Antes, tinha que lavar a roupa na mão. Dava um trabalho enorme."
O release cita ainda o economista Cícero Péricles de Carvalho, da Universidade Federal de Alagoas, para quem o Nordeste está se transformando num cenário de muitos investimentos produtivos. O release prossegue: "A explicação para esse crescimento, além da diminuição das desigualdades regionais, vem sempre da mesma origem: as transferências de renda federal crescentes e os investimentos sociais que impactam sobre a maioria da população nordestina." O texto conclui, orgulhoso, citando o caso de Alagoas, que há 45 meses bate recordes de consumo popular, sem, porém, "ter um crescimento econômico que justifique tamanha elevação de compras". A razão, diz o texto, é clara: os R$2 bi que a Previdência dá aos aposentados de lá (o dobro do que dava em 2002) e os R$300 milhões do Bolsa Família distribuídos por ano a mais da metade da população do estado.
Aposentadoria e Bolsa Família. Há futuro nisso?
O discurso oficial agora é que o dinheiro do Bolsa Família aumentaria a demanda por bens duráveis, o que levaria à ampliação de fábricas e ao aumento de empregos. Balela. Mesmo se fosse verdade, o consumo cresceria nas áreas carentes e a produção, nas áreas já afluentes, perpetuando as desigualdades. Na realidade, o programa transfere, mas não gera renda: o consumo só aumentaria se a propensão de consumir dos beneficiários do Bolsa Família fosse maior do que a propensão dos que pagam o imposto que torna o programa possível, o que é improvável. O contribuinte, sem o imposto, gastaria o dinheiro em alguma coisa. Assim, trata-se de uma soma de resultado zero, não havendo aumento de produção. O programa distribui renda? Sim, mas de uma maneira não sustentável: o efeito cessará assim que o programa tiver um fim. Distribuição sustentada de renda só se obtém educando o povo, para que se possa abastecer de gente qualificada uma economia crescente.
Ninguém pode ficar contrariado sabendo que pessoas pobres, na ausência de fome, estão comprando eletrodomésticos. É bom olhar a Pnad, como faz o release, e constatar que entre 2002 e 2006, nas faixas de renda mais baixas, cresceu muito o número de lares que tem esses bens. Mas é angustiante olhar os dados das provas nacionais e internacionais que medem o conhecimento de nossas crianças e constatar que tudo vai de mal a pior. Se não há fome, por que gastar R$10,9 bi com o Bolsa Família em vez de aplicar a maior parte disso em educação? Para aumentar artificialmente a venda de eletrodomésticos em áreas carentes?
Essa política condenará as crianças de hoje a continuar, como os seus pais, a depender do Bolsa Família para ter um microondas, enquanto um investimento maciço em educação faria delas seres independentes, produtivos, indispensáveis para chegarmos ao bom futuro.
ALI KAMEL é jornalista. E-mail: ali.kamel@oglobo.com.br.
4/3/2008
Lançado para "matar a fome" de 54 milhões de brasileiros, o Bolsa Família vem sendo agora apresentado pelo governo como responsável pela compra de eletrodomésticos, o que não é foco do programa.
Todos são testemunhas de que, quando o Bolsa Família foi lançado, o objetivo era matar a fome de 54 milhões de brasileiros. Meus leitores são também testemunhas de que, desde o início, venho dizendo que não existem 54 milhões de famintos. Pois bem, uma visita à página do Ministério do Desenvolvimento Social (http://www.mds.gov.br/noticias/consumo- ... sa-familia) vai surpreender. Ali, o governo anuncia que vários estudos comprovam que o Bolsa Família tem ajudado os beneficiários a comprar eletrodomésticos. Isso mesmo, nada de arroz, feijão e carne, isso tudo que há muito já está na mesa dos pobres brasileiros, como provou a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE; o que tem sido comprado é geladeira, microondas, máquina de lavar, fogão, liquidificador, forno elétrico, televisão e DVD.
Rosa Maria Marques, da PUC-SP, é citada dizendo que, no passado, todo dinheiro extra era usado pelos pobres na compra de alimentos, mas que isso mudou, graças ao efeito multiplicador do Bolsa Família: "Com o passar do tempo, as famílias ganharam segurança de que vão receber o benefício e, assim, puderam destinar parte de sua renda para a compra a prazo de eletrodomésticos." Rosa cita outros fatores para explicar o crescimento do consumo daqueles bens, como a elevação constante do salário mínimo, a estabilidade monetária , o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada e a ampliação do crédito consignado, mas a ênfase do press-release do ministério é a injeção de recursos do Bolsa Família, R$10,9 bi previstos para este ano.
O release cita também Felícia Madeira, do Seade (São Paulo), para quem oscilações no orçamento sempre impediram que famílias pobres fizessem gastos que necessitassem de um horizonte longo, fato remediado agora pelo Bolsa Família: "Como existe a garantia de que o dinheiro virá, a pessoa se planeja e pode abrir um crediário para comprar um eletrodoméstico ou um equipamento para trabalhar."
O ministério dá exemplos. A catadora de lixo Rosineide dos Santos, 47 anos, de Maceió, com três filhos, recebe R$76 do Bolsa Família, mas declara uma renda total de R$200. Com isso, pegou um empréstimo de R$500 no Banco do Cidadão, uma instituição que opera com microcrédito para empreendimentos populares. O release diz que ela já tem fogão, liquidificador, cafeteira e forno elétrico, mas que, assim que saldar a dívida, pretende comprar uma televisão. Ou seja, não usa o Bolsa Família para se alimentar nem o Banco do Cidadão para um pequeno empreendimento: usa para aumentar a conta de luz. Patrícia Belmira Henrique, de 43, manicure mineira, recebe R$112 do Bolsa Família. O dinheiro, diz o release, ajuda a pagar a máquina de lavar roupa. "Estou feliz, porque é a minha primeira máquina de lavar. Antes, tinha que lavar a roupa na mão. Dava um trabalho enorme."
O release cita ainda o economista Cícero Péricles de Carvalho, da Universidade Federal de Alagoas, para quem o Nordeste está se transformando num cenário de muitos investimentos produtivos. O release prossegue: "A explicação para esse crescimento, além da diminuição das desigualdades regionais, vem sempre da mesma origem: as transferências de renda federal crescentes e os investimentos sociais que impactam sobre a maioria da população nordestina." O texto conclui, orgulhoso, citando o caso de Alagoas, que há 45 meses bate recordes de consumo popular, sem, porém, "ter um crescimento econômico que justifique tamanha elevação de compras". A razão, diz o texto, é clara: os R$2 bi que a Previdência dá aos aposentados de lá (o dobro do que dava em 2002) e os R$300 milhões do Bolsa Família distribuídos por ano a mais da metade da população do estado.
Aposentadoria e Bolsa Família. Há futuro nisso?
O discurso oficial agora é que o dinheiro do Bolsa Família aumentaria a demanda por bens duráveis, o que levaria à ampliação de fábricas e ao aumento de empregos. Balela. Mesmo se fosse verdade, o consumo cresceria nas áreas carentes e a produção, nas áreas já afluentes, perpetuando as desigualdades. Na realidade, o programa transfere, mas não gera renda: o consumo só aumentaria se a propensão de consumir dos beneficiários do Bolsa Família fosse maior do que a propensão dos que pagam o imposto que torna o programa possível, o que é improvável. O contribuinte, sem o imposto, gastaria o dinheiro em alguma coisa. Assim, trata-se de uma soma de resultado zero, não havendo aumento de produção. O programa distribui renda? Sim, mas de uma maneira não sustentável: o efeito cessará assim que o programa tiver um fim. Distribuição sustentada de renda só se obtém educando o povo, para que se possa abastecer de gente qualificada uma economia crescente.
Ninguém pode ficar contrariado sabendo que pessoas pobres, na ausência de fome, estão comprando eletrodomésticos. É bom olhar a Pnad, como faz o release, e constatar que entre 2002 e 2006, nas faixas de renda mais baixas, cresceu muito o número de lares que tem esses bens. Mas é angustiante olhar os dados das provas nacionais e internacionais que medem o conhecimento de nossas crianças e constatar que tudo vai de mal a pior. Se não há fome, por que gastar R$10,9 bi com o Bolsa Família em vez de aplicar a maior parte disso em educação? Para aumentar artificialmente a venda de eletrodomésticos em áreas carentes?
Essa política condenará as crianças de hoje a continuar, como os seus pais, a depender do Bolsa Família para ter um microondas, enquanto um investimento maciço em educação faria delas seres independentes, produtivos, indispensáveis para chegarmos ao bom futuro.
ALI KAMEL é jornalista. E-mail: ali.kamel@oglobo.com.br.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
por Luis Nassif
Que “O Globo” publique o artigo em que Ali Kamel tenta demonstrar que a compra de eletrodomésticos é a prova do fracasso do Bolsa-Família, se entende: Kamel é dirigente das Organizações Globo e tem direito a escrever a tolice que quiser. Nem vale a pena estender sobre o primarismo dos argumentos, sobre a incapacidade de Kamel de entender o papel inclusivo do consumo, ou considerar que a compra de eletrodomésticos é um item menor nos gastos das famílias. Seria exigir muita sofisticação analítica dele.
Que alguns áulicos considerem que o artigo tem algum valor analítico, se admite, porque a bajulação se tornou um componente intrínseco nesses tempos de “neojornalismo”.
Que José Aníbal repercuta a nota, vá lá, é líder da oposição e, no vale-tudo atual, pode se conceder liberdades poéticas de achar algum valor nas mesmices de Kamel.
Mas que “O Globo” repercuta o artigo é ego demais, jornalismo de menos.
O padrão de autopromoção desse pessoal não tem limites.
Que “O Globo” publique o artigo em que Ali Kamel tenta demonstrar que a compra de eletrodomésticos é a prova do fracasso do Bolsa-Família, se entende: Kamel é dirigente das Organizações Globo e tem direito a escrever a tolice que quiser. Nem vale a pena estender sobre o primarismo dos argumentos, sobre a incapacidade de Kamel de entender o papel inclusivo do consumo, ou considerar que a compra de eletrodomésticos é um item menor nos gastos das famílias. Seria exigir muita sofisticação analítica dele.
Que alguns áulicos considerem que o artigo tem algum valor analítico, se admite, porque a bajulação se tornou um componente intrínseco nesses tempos de “neojornalismo”.
Que José Aníbal repercuta a nota, vá lá, é líder da oposição e, no vale-tudo atual, pode se conceder liberdades poéticas de achar algum valor nas mesmices de Kamel.
Mas que “O Globo” repercuta o artigo é ego demais, jornalismo de menos.
O padrão de autopromoção desse pessoal não tem limites.
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- Fernando Silva
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
O Lula se elegeu com o tal do Fome Zero, só que não havia tantos esfomeados no Brasil quanto ele achava.
O IBGE divulgou isto e o Lula tentou impedir que o IBGE continuasse divulgando seus números sem passar pela censura prévia do PT.
Mostrar que o povo não está morrendo de fome detona suas críticas à ineficiência do Plano Real e dos governos anteriores.
Quanto à pergunta do artigo, continua válida: será que não seria melhor direcionar este dinheiro para a educação das crianças em vez de subsidiar a compra de eletrodomésticos, já que, afinal de contas, elas não estão morrendo de fome como o Lula afirmava durante sua campanha?
O IBGE divulgou isto e o Lula tentou impedir que o IBGE continuasse divulgando seus números sem passar pela censura prévia do PT.
Mostrar que o povo não está morrendo de fome detona suas críticas à ineficiência do Plano Real e dos governos anteriores.
Quanto à pergunta do artigo, continua válida: será que não seria melhor direcionar este dinheiro para a educação das crianças em vez de subsidiar a compra de eletrodomésticos, já que, afinal de contas, elas não estão morrendo de fome como o Lula afirmava durante sua campanha?
Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Fernando Silva escreveu:O Lula se elegeu com o tal do Fome Zero
Eu nam votei nele, mas quem conheço que votou foi porque estava cansado de tanta estagnação...mas vamos lá...
Fernando Silva escreveu:só que não havia tantos esfomeados no Brasil quanto ele achava.
Então, como ganhou as eleições com o fome zero?
Fernando Silva escreveu:O IBGE divulgou isto e o Lula tentou impedir que o IBGE continuasse divulgando seus números sem passar pela censura prévia do PT.
Provas e fontes. Se o governo pode manipular o IBGe, por que não proibiria e censuraria antes?
Fernando Silva escreveu:Mostrar que o povo não está morrendo de fome detona suas críticas à ineficiência do Plano Real e dos governos anteriores.
se fosse verdade...
Fernando Silva escreveu:Quanto à pergunta do artigo, continua válida: será que não seria melhor direcionar este dinheiro para a educação das crianças em vez de subsidiar a compra de eletrodomésticos, já que, afinal de contas, elas não estão morrendo de fome como o Lula afirmava durante sua campanha?
O indivíduo que escreveu o artigo ou é um extremo imbecil-quadrúpede-anencéfalo ou é uma-maria-vai-com-as-outras-pau-mandado que nem sabe o que escreve. Ele sabe o que é o programa Fome Zero? Vamos lá...
1. O que é o Programa Fome Zero
O Programa Fome Zero é um conjunto de ações que estão sendo implantadas gradativamente pelo Governo Federal. O objetivo é promover ações para garantir segurança alimentar e nutricional aos brasileiros. As iniciativas envolvem todos os ministérios, as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e a sociedade.
Garantir segurança alimentar e nutricional à população de um país significa proporcionar a todos os cidadãos e cidadãs o acesso a uma alimentação digna com regularidade, qualidade e quantidade suficientes. O Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA), ligado diretamente à Presidência da República, foi criado para articular e implementar as várias ações previstas no Programa.
2. Ações para combater a fome no Brasil
O Fome Zero vai combater a fome e garantir a segurança alimentar e nutricional atacando as causas estruturais da pobreza. Isso requer um outro modelo de desenvolvimento, que crie condições para a superação da pobreza e não apenas compense suas mazelas. Para alcançar esse objetivo, o Fome Zero conta com três eixos:
2.1. Implantação de políticas públicas
Para combater a fome e a pobreza é necessária uma combinação de políticas estruturais, específicas e locais.
1. Ações Estruturais
Entendem-se como políticas estruturais a implantação de ações que ataquem as causas da fome e da pobreza. Programas de geração de emprego e renda, aumento do salário mínimo, incentivo para o primeiro emprego, recuperação da política habitacional, incentivo à agricultura familiar e intensificação da reforma agrária são algumas ações previstas para serem implementadas.
o Elaboração do Plano Nacional de Reforma Agrária;
o Plano emergencial de assentamento de famílias acampadas;
o Recuperação de assentamentos em situação precária.
oFortalecimento da agricultura familiar
o Ampliação do atendimento do crédito rural para agricultores familiares;
o Financiamento para agricultura familiar na safrinha;
o Compra antecipada da produção.
o Projeto emergencial de convivência com o semi-árido
o Implantação do Seguro Safra;
o Abastecimento emergencial de água;
o Construção de pequenas obras hídricas: cisternas e barragens subterrâneas.
o Ampliação do acesso e qualidade da educação
o Alfabetização de jovens adultos;
o Programa Bolsa-escola
o Programa de geração de emprego
o Financiamento para habitação e saneamento para famílias de baixa renda;
o Programas de expansão do microcrédito;
o Primeiro emprego;
o Incentivo ao turismo rural.
o Programa de Atenção Básica à Saúde
b) Ações Específicas...
...continua...http://www.braseuropa.be/ResumoPFZ.htm
Quanto à sua colocação à educação. Até hoje estou para ver alguém que tenha investido PESADO nesta área. MAs tenho certeza que está muito melhor do que com o governo passado e pelo que tenho pesquisado tem melhorado e muito, principalmente aqui no nordeste.
O resto é balela...o BRasil está melhorando e eu torço para que ele continue melhorando, INDEPENDENTEMENTE de quem esteja no poder, PT ou PSDB.
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Tá melhorando a safadeza!!!! VIVA!!!!
Os pobres vão poder ter mais geladeiras, DVDs, microondas, som estéreo, mix Walita!!!
Daqui a pouco vai surgir um projeto de Lei para que o Bolsa Família faça um convênio com o Shoptime!
Computadores, câmeras, MP3, TV de plasma, Playstation para a garotada da periferia!!!!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!
PQP
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EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
noooosa!!! pensei que eles compravam apenas feijão e farinha de mandioca!!!!!!
que catástrofe.
que catástrofe.

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:O IBGE divulgou isto e o Lula tentou impedir que o IBGE continuasse divulgando seus números sem passar pela censura prévia do PT.
Provas e fontes. Se o governo pode manipular o IBGe, por que não proibiria e censuraria antes?
Um site, ao acaso:
http://www.andes.org.br/Clipping/Andes/ ... p?key=3236
E um trecho:
Quando um ministro e o presidente do IBGE dirigem-se à patuléia para explicar que pretenderam "normatizar e regularizar o fluxo de informações estruturais", verifica-se que perderam a capacidade de expressar suas intenções. O que vem a ser "regularizar o fluxo" das notícias que saem do IBGE e vão ao Planejamento? Quando elas ficam desnormatizadas, o que é que acontece?
Tá bom, não era censura. Queriam apenas "normatizar o fluxo de informações".
Johnny escreveu:Quanto à sua colocação à educação. Até hoje estou para ver alguém que tenha investido PESADO nesta área. MAs tenho certeza que está muito melhor do que com o governo passado e pelo que tenho pesquisado tem melhorado e muito, principalmente aqui no nordeste.
Está melhor porque só agora se fez alguma coisa ou porque agora o esforço de muitos anos está finalmente dando resultado?
Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Apo escreveu:Tá melhorando a safadeza!!!! VIVA!!!!
Os pobres vão poder ter mais geladeiras, DVDs, microondas, som estéreo, mix Walita!!!
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Ou seja, você é absolutamente contra pobres terem uma qualidade de vida melhor, seja por qual motivo seja.
Joía!

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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Fernando Silva escreveu:http://www.andes.org.br/Clipping/Andes/contatoview.asp?key=3236
Opinião de um jornalista...apenas isso. Vale tanto quanto o que eu coloque aqui de jornalistas que discordem da opinião deste...
Fernando Silva escreveu:E um trecho:...Quando um ministro e o presidente do IBGE dirigem-se à patuléia para explicar que pretenderam ...
Idem...Fernando Silva escreveu:Está melhor porque só agora se fez alguma coisa ou porque agora o esforço de muitos anos está finalmente dando resultado?
Se você se refere aos anos em que era governado pelos militares, claro que concordo. Foi a melhor época para todos...
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:
Se você se refere aos anos em que era governado pelos militares, claro que concordo. Foi a melhor época para todos...
- Ele se refere aos 8 anos da era FHC, descobri que o Fernando é partidário do xará dele.
Abraços,
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:Ou seja, você é absolutamente contra pobres terem uma qualidade de vida melhor, seja por qual motivo seja.
Joía!
Se essa melhoria for conseguida pela distribuição de dinheiro pura e simples, sou contra. Só serve para torná-los parasitas do Estado (dos contribuintes como eu, na verdade).
Ajudar os pobres, na minha opinião, é ajudá-los por um tempo até que deixem de ser pobres e consigam seguir em frente sem ajuda. Sem educação, isto jamais será conseguido.
É o meu dinheiro suado que está sendo distribuído, portanto o Estado me deve satisfações. E eu tenho o direito de não gostar.
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:http://www.andes.org.br/Clipping/Andes/contatoview.asp?key=3236
Opinião de um jornalista...apenas isso. Vale tanto quanto o que eu coloque aqui de jornalistas que discordem da opinião deste...
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:E um trecho:...Quando um ministro e o presidente do IBGE dirigem-se à patuléia para explicar que pretenderam ...
Idem...
A menos que eles estejam mentindo, é a minha opinião também.
Não cabe ao governo filtrar as estatísticas antes que cheguem ao conhecimento do povo.
Continuo entendendo "normatizar o fluxo de informações" como censura prévia, a mesma que o Lula já tinha tentado impor antes à imprensa e à produção de áudio-visuais (cinema, televisão).
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Está melhor porque só agora se fez alguma coisa ou porque agora o esforço de muitos anos está finalmente dando resultado?
Se você se refere aos anos em que era governado pelos militares, claro que concordo. Foi a melhor época para todos...
Os militares fizeram coisas certas, como Itaipu, da qual dependemos hoje, e erradas, como a tortura.
Collor era um corrupto, mas fez coisas que estão nos beneficiando hoje. E assim por diante.
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Abmael escreveu:- Ele se refere aos 8 anos da era FHC, descobri que o Fernando é partidário do xará dele.
O Brasil não seria o que é hoje se Lula tivesse ganhado em vez de FHC.
Na época, era outro Brasil e outro Lula. O Brasil de hoje conseguiu (até agora) sobreviver ao Lula de agora.
Em 1994, não creio que teria dado certo. Provavelmente ainda teríamos inflação de 80% ao mês e uma dívida externa cada vez maior e que o Lula se recusaria a pagar.
Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Fernando Silva escreveu:Se essa melhoria for conseguida pela distribuição de dinheiro pura e simples, sou contra. Só serve para torná-los parasitas do Estado (dos contribuintes como eu, na verdade).
Melhor ver seu dinheiro indo ralo abaixo por meio de remédios, já que ninguém nunca fez nada anteriormente para soluciionar o problema...
Eu acho que sai bem mais caro...
Fernando Silva escreveu:Ajudar os pobres, na minha opinião, é ajudá-los por um tempo até que deixem de ser pobres e consigam seguir em frente sem ajuda. Sem educação, isto jamais será conseguido.
Entendo o que você diz Fernando pelo simples de conhecer pedintes e pedintes nunca serão nada na vida a não ser pedintes. Mas eu prefiro dar 100 reais a 100 pedintes do que 10 reais a um assaltante. Sinto muito mas a realidade é esta.
Fernando Silva escreveu:É o meu dinheiro suado que está sendo distribuído, portanto o Estado me deve satisfações. E eu tenho o direito de não gostar.
Bom, a não ser que você trabalhe fora de um birô, no campo, será suado...

Brincadeiras à parte, veja bem Fenrando, todos gostaríamos que tudo funcionasse bem, mas pelo que expus acima, há de convir comigo que, se não conseguem o ideal, que minimizem a desgraça. Já convidei pedinte para trabalhar e ele não aceita (não convidei todos, claro mas uma hora enche...). Mas quando passa alguém se oferecendo para limpar o jardim ou pedindo reciclável, tenho o maior prazer em ajudar. E tem muita gente assim em nossa pátria. Pena que tem muita gente estrábica...
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Fernando Silva escreveu:O Brasil não seria o que é hoje se Lula tivesse ganhado em vez de FHC.
Na época, era outro Brasil e outro Lula. O Brasil de hoje conseguiu (até agora) sobreviver ao Lula de agora.
Em 1994, não creio que teria dado certo. Provavelmente ainda teríamos inflação de 80% ao mês e uma dívida externa cada vez maior e que o Lula se recusaria a pagar.
Fernando Diná...
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:O Brasil não seria o que é hoje se Lula tivesse ganhado em vez de FHC.
Na época, era outro Brasil e outro Lula. O Brasil de hoje conseguiu (até agora) sobreviver ao Lula de agora.
Em 1994, não creio que teria dado certo. Provavelmente ainda teríamos inflação de 80% ao mês e uma dívida externa cada vez maior e que o Lula se recusaria a pagar.
Fernando Diná...
Caro Johnny,
- Essa capacidade premonitória retrô do Fernando me lembra as previsões que os PSDBistas catastrofistas fizeram assim que Lula foi eleito: "A Inflação vai disparar", "Nínguem mais vai investir no Brasil", "Vão dar Calote na Dívida Externa", "Vão Calar a Imprensa", "Vão instituir a Ditadura", "O país vai Quebrar", esses profetas do apocalipse se deram mais mal que os adventistas que previram o final do mundo em 1934...




Abraços,
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Johnny escreveu:Apo escreveu:Tá melhorando a safadeza!!!! VIVA!!!!
Os pobres vão poder ter mais geladeiras, DVDs, microondas, som estéreo, mix Walita!!!
Daqui a pouco vai surgir um projeto de Lei para que o Bolsa Família faça um convênio com o Shoptime!
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Ou seja, você é absolutamente contra pobres terem uma qualidade de vida melhor, seja por qual motivo seja.
Joía!
Ora bolas! Mas é EVIDENTE que através destes meios eu sou contra! Mande me internar quando me vir apoiando uma barbaridade destas! Além de todos os impostos escrochantes que me arrancam à força ( e que nunca volta para mim ), além de toda a malandragem e jeitinho deste povo "feliz" que bebe, dá festa ( mesmo sem ter dinheiro pro leite dos filhos ), além das cotas malditas, além da sacanagem destes programas que servem mais para desviar dinheiro sob a mesa podre da famigerada distribuição de "riquezas" e além do povo que vota na corja ( porque se aproveita do tipo de governo cúmplice e corrupto - brasileiros suportam muito bem uma boa dose de corrupção), ainda tenho que prover as casas dos queridos de eletroeletrônicos??? Para eles venderem, como costumam fazer ( e não me diga que estou mentindo, pobre adora vender, comprar, trocar, faturar ...inclusive terra doada para a reforma agrária ), quem sabe pagar "as dívida".
Mas neeeeem f****** que eu vou apoiar uma putaria destas. Se quiser comprar computador, MP3 e o raio, que pare de fumar, beber, dar churrascada, festa de 15 anos, dízimo na igreja e outros disparates mais, que eles ADORAM! Vão trabalhar e comprar o que podem, quando podem. E não querer que saia de cofre público. Daqui a pouco pobre vai querer cartão corporativo e vai querer viajar a turismo pro exterior. Isto tudo sem precisar trabalhar, como muitos que já declararam isto publicamente desde que começam a receber dinheiro de bolsa esmola.
Nunca me passou pela cabeça quando eu era classe média bem baixa, aceitar este tipo de coisa e muito menos cotas por ser pobre, ou índio, ou "deficiente" ou "negro auto-declarado". Tenho vergonha na cara.
Estou para ver aqui no RV e em outros círculos, o apoio veemente e banalizado de convidar famílias inteiras a invadir nossas casas e usufruir de nosso patrimônio como bem quiser, comer tudo que temos na geladeira, dormir nas nossas camas, usar nossas roupas, nossos utensílios, comprar com nosso talão de cheques e ainda chamar uma galera para "distribuir a renda" social-democraticamente. Ou seja, quem não fizer esta concessão será taxado de injusto social.

- RicardoVitor
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Brasileiro tem memória curta (ou seletiva) MESMO.
28/01/2005 - 18h13
Governo irá receber pesquisas do IBGE com 48 horas de antecedência
ANA PAULA RIBEIRO
JANAINA LAGE
da Folha Online, em Brasília e no Rio
As pesquisas estruturais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) devem passar a ser encaminhadas ao governo federal com uma antecedência de 48 horas antes da divulgação oficial do dados.
O prazo, regulamentado por uma portaria divulgada hoje pelo "Diário Oficial" da União, vale para as chamadas pesquisas estruturais. Entram nessa categoria a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Registro Civil e o Censo.
De acordo com a assessoria do Ministério do Planejamento, o governo já recebia com antecedência os dados de estatísticas conjunturais --IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto), pesquisas mensais da indústria, do comércio e de emprego--, e agora a exigência passa a valer também para as estruturais.
A portaria tem como finalidade "disciplinar os procedimentos a serem observados na divulgação dos resultados de indicadores estruturais produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE".
Além disso, os técnicos e servidores do IBGE que tenham acesso aos dados antes da divulgação do resultado devem manter "rigoroso sigilo".
A assessoria do IBGE informou que a antecedência para entrega das pesquisas estruturais ao governo pode ser justificada pelo aumento na repercussão que elas têm apresentado nos últimos anos.
Desde 2003, a portaria 167, editada pelo ex-ministro do Planejamento Guido Mantega, determina que o governo receba as pesquisas conjunturais com 24 horas de antecedência --o prazo anterior era de apenas duas horas.
Segundo o IBGE, as pesquisas estruturais requerem um volume de informação muito maior, o que justifica a antecedência de entrega ao Planejamento. Estudos como a PNAD consomem cerca de um ano na sua elaboração.
Além disso, a repercussão das pesquisas estruturais tem aumentado. Em dezembro, o instituto foi alvo de críticas do presidente depois de revelar que 40% dos brasileiros estão acima do peso e que o problema atinge um número maior de brasileiros do que a fome.
Censura
O PFL considera o prazo de 48 horas um ato de "censura" e "retrocesso inaceitável".
O partido irá estudar a portaria e não descarta entrar na Justiça "para impedir que a censura ao IBGE limite o direito de todos ao pleno conhecimento dos dados e informações produzidas pelo instituto ao custo do dinheiro de todos os contribuintes".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2978.shtml
Medida anunciada pelo governo LOGO após a divulgação de dados do IBGE que ameaçava a política da esquerda latino-americana (dados que foram depois retirados do site do IBGE):
16/12/2004 - 10h00
Excesso de peso atinge mais brasileiros do que a desnutrição, diz IBGE
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2002-2003, organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o excesso de peso na população brasileira já é um problema de maior magnitude do que a desnutrição.
O consumo excessivo de açúcares e gorduras popularizou um problema que até então era relacionado à abundância de recursos. Segundo o IBGE, o excesso de peso se mostrou oito vezes superior à desnutrição entre as mulheres e quinze vezes entre os homens.
Hoje, o percentual de pessoas acima do peso no país chega a 40% dos adultos ou 38,8 milhões. Deste total, 10,5 milhões podem ser consideradas obesas. O total de pessoas com déficit de peso é de 3,8 milhões ou 4% da população.
Percentuais até 5% de pessoas com déficit de peso são considerados aceitáveis no estudo das populações. Isto porque eles representam a parcela de pessoas constitucionalmente magras.
Já o excesso de peso não conta com um percentual "aceitável" na população. Isto porque, segundo o IBGE, "há evidências epidemiológicas de que a incidência de várias doenças crônicas, incluindo em particular doenças cardiovasculares e diabetes, aumenta significativamente com o IMC a partir de 25 quilos/ metro quadrado.
De acordo com o IBGE, o excesso de peso alcança grande expressão em todas as regiões do país, no meio urbano e no meio rural e em todas as classes de rendimentos.
Entre os homens a relação entre renda e excesso de peso é mais uniforme, mas entre as mulheres a maior incidência é verificada nas classes intermediárias de renda.
O excesso de peso tende a aumentar com a idade, de modo mais rápido para os homens: 48,3% entre 35 e 44 anos e 51,5% de 45 a 54 anos. Nas mulheres, o efeito é mais lento, porém mais prolongado: 41,4% entre 35 e 44 anos e 57,5% entre 55 e 64 anos.
Os homens com excesso de peso representam de 20% a 30% no Norte e no Nordeste, e de modo geral, a incidência é grande em famílias com rendimento mensal de até meio salário mínimo per capita.
O excesso de peso entre as mulheres tem aumentado principalmente na região Nordeste e entre as famílias com rendimento mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Nas demais regiões e classes de renda, a tendência é de estabilização ou até mesmo de declínio.
Os obesos representam hoje cerca de 20% do total de homens com excesso de peso e cerca de um terço do total de mulheres com excesso de peso.
Desnutrição
Já o quadro da desnutrição vem perdendo força no país. Segundo o IBGE, mulheres das áreas rurais do Nordeste e pertencentes a famílias com rendimentos mensais de até um quarto de salário mínimo por pessoa têm baixa exposição à desnutrição. Nos demais estratos da população feminina e para todos os da população masculina, as evidências indicam ausência de exposição relevante à desnutrição.
A pesquisa do IBGE considera o IMC (Índice de Massa Corporal) de cada indivíduo. Este indicador representa a relação entre o peso em quilos e a altura ao quadrado em metros. Pessoas com IMC abaixo de 18,5 quilos/ metro quadrado são consideradas como portadoras de déficit de peso. O excesso de peso é caracterizado pelo IMC igual ou superior a 25 quilos por metro quadrado e a obesidade por índice igual ou superior a 30 quilos por metro quadrado.
A análise nutricional adotada pela pesquisa do IBGE é inédita. Ela relaciona hábitos alimentares com dados antropométricos. O trabalho foi realizado em parceria com o Ministério da Saúde.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3082.shtml
"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado".
Esse povinho tem que se ferrar mesmo. Se essa porcaria se tornar de fato uma Cuba daqui a uns anos, vai ser bem merecido.
28/01/2005 - 18h13
Governo irá receber pesquisas do IBGE com 48 horas de antecedência
ANA PAULA RIBEIRO
JANAINA LAGE
da Folha Online, em Brasília e no Rio
As pesquisas estruturais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) devem passar a ser encaminhadas ao governo federal com uma antecedência de 48 horas antes da divulgação oficial do dados.
O prazo, regulamentado por uma portaria divulgada hoje pelo "Diário Oficial" da União, vale para as chamadas pesquisas estruturais. Entram nessa categoria a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Registro Civil e o Censo.
De acordo com a assessoria do Ministério do Planejamento, o governo já recebia com antecedência os dados de estatísticas conjunturais --IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto), pesquisas mensais da indústria, do comércio e de emprego--, e agora a exigência passa a valer também para as estruturais.
A portaria tem como finalidade "disciplinar os procedimentos a serem observados na divulgação dos resultados de indicadores estruturais produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE".
Além disso, os técnicos e servidores do IBGE que tenham acesso aos dados antes da divulgação do resultado devem manter "rigoroso sigilo".
A assessoria do IBGE informou que a antecedência para entrega das pesquisas estruturais ao governo pode ser justificada pelo aumento na repercussão que elas têm apresentado nos últimos anos.
Desde 2003, a portaria 167, editada pelo ex-ministro do Planejamento Guido Mantega, determina que o governo receba as pesquisas conjunturais com 24 horas de antecedência --o prazo anterior era de apenas duas horas.
Segundo o IBGE, as pesquisas estruturais requerem um volume de informação muito maior, o que justifica a antecedência de entrega ao Planejamento. Estudos como a PNAD consomem cerca de um ano na sua elaboração.
Além disso, a repercussão das pesquisas estruturais tem aumentado. Em dezembro, o instituto foi alvo de críticas do presidente depois de revelar que 40% dos brasileiros estão acima do peso e que o problema atinge um número maior de brasileiros do que a fome.
Censura
O PFL considera o prazo de 48 horas um ato de "censura" e "retrocesso inaceitável".
O partido irá estudar a portaria e não descarta entrar na Justiça "para impedir que a censura ao IBGE limite o direito de todos ao pleno conhecimento dos dados e informações produzidas pelo instituto ao custo do dinheiro de todos os contribuintes".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2978.shtml
Medida anunciada pelo governo LOGO após a divulgação de dados do IBGE que ameaçava a política da esquerda latino-americana (dados que foram depois retirados do site do IBGE):
16/12/2004 - 10h00
Excesso de peso atinge mais brasileiros do que a desnutrição, diz IBGE
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2002-2003, organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o excesso de peso na população brasileira já é um problema de maior magnitude do que a desnutrição.
O consumo excessivo de açúcares e gorduras popularizou um problema que até então era relacionado à abundância de recursos. Segundo o IBGE, o excesso de peso se mostrou oito vezes superior à desnutrição entre as mulheres e quinze vezes entre os homens.
Hoje, o percentual de pessoas acima do peso no país chega a 40% dos adultos ou 38,8 milhões. Deste total, 10,5 milhões podem ser consideradas obesas. O total de pessoas com déficit de peso é de 3,8 milhões ou 4% da população.
Percentuais até 5% de pessoas com déficit de peso são considerados aceitáveis no estudo das populações. Isto porque eles representam a parcela de pessoas constitucionalmente magras.
Já o excesso de peso não conta com um percentual "aceitável" na população. Isto porque, segundo o IBGE, "há evidências epidemiológicas de que a incidência de várias doenças crônicas, incluindo em particular doenças cardiovasculares e diabetes, aumenta significativamente com o IMC a partir de 25 quilos/ metro quadrado.
De acordo com o IBGE, o excesso de peso alcança grande expressão em todas as regiões do país, no meio urbano e no meio rural e em todas as classes de rendimentos.
Entre os homens a relação entre renda e excesso de peso é mais uniforme, mas entre as mulheres a maior incidência é verificada nas classes intermediárias de renda.
O excesso de peso tende a aumentar com a idade, de modo mais rápido para os homens: 48,3% entre 35 e 44 anos e 51,5% de 45 a 54 anos. Nas mulheres, o efeito é mais lento, porém mais prolongado: 41,4% entre 35 e 44 anos e 57,5% entre 55 e 64 anos.
Os homens com excesso de peso representam de 20% a 30% no Norte e no Nordeste, e de modo geral, a incidência é grande em famílias com rendimento mensal de até meio salário mínimo per capita.
O excesso de peso entre as mulheres tem aumentado principalmente na região Nordeste e entre as famílias com rendimento mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Nas demais regiões e classes de renda, a tendência é de estabilização ou até mesmo de declínio.
Os obesos representam hoje cerca de 20% do total de homens com excesso de peso e cerca de um terço do total de mulheres com excesso de peso.
Desnutrição
Já o quadro da desnutrição vem perdendo força no país. Segundo o IBGE, mulheres das áreas rurais do Nordeste e pertencentes a famílias com rendimentos mensais de até um quarto de salário mínimo por pessoa têm baixa exposição à desnutrição. Nos demais estratos da população feminina e para todos os da população masculina, as evidências indicam ausência de exposição relevante à desnutrição.
A pesquisa do IBGE considera o IMC (Índice de Massa Corporal) de cada indivíduo. Este indicador representa a relação entre o peso em quilos e a altura ao quadrado em metros. Pessoas com IMC abaixo de 18,5 quilos/ metro quadrado são consideradas como portadoras de déficit de peso. O excesso de peso é caracterizado pelo IMC igual ou superior a 25 quilos por metro quadrado e a obesidade por índice igual ou superior a 30 quilos por metro quadrado.
A análise nutricional adotada pela pesquisa do IBGE é inédita. Ela relaciona hábitos alimentares com dados antropométricos. O trabalho foi realizado em parceria com o Ministério da Saúde.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3082.shtml
"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado".
Esse povinho tem que se ferrar mesmo. Se essa porcaria se tornar de fato uma Cuba daqui a uns anos, vai ser bem merecido.
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- RicardoVitor
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Me desculpem o palavreado, mas eu fico FUDIDO com pessoas como o Johnny. O pior mesmo é que essa maioria "esquecida" é responsável pela direção do país. E o outro lá ainda fala em "maior participação popular nas decisões públicas"... Vai pro inferno.
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
spink escreveu:noooosa!!! pensei que eles compravam apenas feijão e farinha de mandioca!!!!!!
que catástrofe.
Eu aceito ajudar a pagar e manter a escola de quem não tem e de ajudar a pagar a comida para quem está na miséria. Mas não liquidificador e televisão.
O estado deveria prover as necessidades básicas para que essas pessoas alcancem sua independência. Mas o que faz é apenas gerar mais dependência.
- RicardoVitor
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
Sumiu a pesquisa do IBGE sobre aumento de peso da população, e agora sobram pesquisas sobre "queda no índice de subnutridos", "queda nas desigualdades"... E ninguém manipulou nada.
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
RicardoVitor escreveu:A portaria tem como finalidade "disciplinar os procedimentos a serem observados na divulgação dos resultados de indicadores estruturais produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE".
Leia "mostrar só o que interessa ao governo".
Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
spink escreveu:noooosa!!! pensei que eles compravam apenas feijão e farinha de mandioca!!!!!!
que catástrofe.
E eu que só compravam pinga.
- Apo
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
RicardoVitor escreveu:Me desculpem o palavreado, mas eu fico FUDIDO com pessoas como o Johnny. O pior mesmo é que essa maioria "esquecida" é responsável pela direção do país. E o outro lá ainda fala em "maior participação popular nas decisões públicas"... Vai pro inferno.
Eu tenho para mim que o Johnny faz isto só para implicar. Não acredito que um cara sensível e inteligente como ele, resuma estas "ações sociais" do governo de forma tão reducionista e positiva. Não é possível!

- Apo
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Re: Kamel: Bolsa Família agora compra eletrodomésticos
A portaria tem como finalidade "disciplinar os procedimentos a serem observados na divulgação dos resultados de indicadores estruturais produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE".
Além disso, os técnicos e servidores do IBGE que tenham acesso aos dados antes da divulgação do resultado devem manter "rigoroso sigilo".
Sei...
Como é que ainda tem gente que não enxerga estas coisas. Como é que ainda acreditam na "transparência" de números e estatísticas, notadamente advindos do Governo??? Eu devo certamente estar vivendo noutro país...
Brasileiro é coisa muito fácil de se enganar, gente!
