A Ética Espírita - Parte I

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Benetton
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Benetton »



Acauan escreveu:
Oi Benetton,

Sabe como é, ainda estou me recuperando da batalha campal dos debates sobre aborto. Na minha idade convém certo espaçamento entre os combates.

Perfeito. Não convém abusar.

Mesmo porque, Cacique tem mais é que botar índio pra trabalhar. :emoticon16:




Acauan escreveu:
Mas acho que os guerreiros daqui não estão se saindo mal.

O quêêê?

Acho melhor Você emprestar a sua Borduna para os seus guerreiros, pois o pau tá comendo em cima deles!

:emoticon12:






Editado pela última vez por Benetton em 14 Mar 2008, 12:26, em um total de 1 vez.

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NadaSei
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

Botanico escreveu:Seria bom que quando se vai citar o que certos "espíritas" dizem, é saber se eles são de fato espíritas e se for o caso, que aquilo que dizem está mesmo de acordo com a DE e não apenas como uma opinião pessoal. Aí complica. Há livros editados pela FEB, dos quais a maioria já está tendendo a ser retirada do mercado, que falam um monte de asneiras, pois os febeanos eram fascinados pelo Roustaing (um tremendo babaca). Quem é de fora, pode correr o risco de não fazer a devida distinção.

Sim, pode ser isso... principalmente por terem sido tópicos abertos por ateus e não por espíritas.
O problema é que tem muito curioso porai falando sobre espiritismo, quando não são só os curiosos, temos muitos charlatões também.
O que caiu aqui pode ter sido algo nessa linha.

Como já disse, não conheço muito de espiritismo, nunca li os livros da DE para saber o que dizem sobre o tema, só discuti os textos apresentados, de pessoas que se identificavam como sendo espíritas e foi a esses espíritas que me referi.
Falha minha na verdade, fui passional e me deixei levar pela sua critica generalizada a tudo o que não é DE... então eu diria que foi falha nossa. :emoticon16:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Fernando Silva »

Benetton escreveu:Não foi o Botânico que escreveu isso. Fui Eu. E você até colocou cor amarela nos quotes como se fosse o Botânico. Se Eu não visse com mais atenção, nem responderia pois pareceu uma pergunta não dirigida a mim.

Responder às pressas nos intervalos do trabalho dá nisso... :emoticon8:
Benetton escreveu:Livre arbítrio existe sim. E já foi debatido diversas vezes sim. Eu mesmo debati esse assunto com o Acauan. Admito que o Livre arbítrio é até limitado, mas não por supostas falhas de nascença, pois elas não existem, mas pelas circunstâncias que o impelem ao progresso. Mas isso já é uma outra história.

Eu também já debati o assunto várias vezes e continuo com a opinião de que a onisciência do criador é incompatível com o livre arbítrio das criaturas.
Veja este tópico com 8 páginas:
Quem aqui acredita no livre arbitrio
Não creio que você tenha algum argumento que não tenha sido apresentado nele.

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

Apo escreveu:Benetton

Posso estar enganada, pode ter sido o Botanico. mas que disse, disse...

Continuo afirmando que a DE enrola, enrola, enrola e inventa, inventa e inventa. Doutrina é doutrina. Quanto mais repetir, mais a coisa vira verdade. E quem conta um conto...aumenta um ponto.

Não acreditar por ser parte dos questionamentos espíritas, é tão ruim quanto acreditar apenas por ser dito pelo espiritismo.
Nos dois casos a pessoa poupa o trabalho de pensar e de avaliar a lógica do que está sendo dito.

Se descartes tivesse dito essas coisas, chamaria de filosofia, não de enrolação. :emoticon44:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Seria bom que quando se vai citar o que certos "espíritas" dizem, é saber se eles são de fato espíritas e se for o caso, que aquilo que dizem está mesmo de acordo com a DE e não apenas como uma opinião pessoal.

Vou citá-lo (guardei este trecho na minha Wiki particular sobre o espiritismo):
Botanico escreveu:
Fernando Silva escreveu:Se tudo o que não lhe agrada no espiritismo pode ser atribuído a opiniões pessoais ou a espíritos mal informados ou até mesmo zombeteiros, o que seria considerado o cânon, inatacável?
Ou seria a DE uma seleção pessoal do que os vários espíritos e encarnados disseram?

Quando executava a codificação do Espiritismo, Kardec usou um princípio que chamava de GENERALIDADE E CONCORDÂNCIA, para dizer que tal postulado é uma doutrina DOS ESPÍRITOS. Já se um espírito dizia assim e outro dizia assado, Kardec ia pela lógica e pelo que já se conhecia dos fatos. Ele poderia registrar a opinião da maioria, mas também considerar opiniões contrárias, dadas por outros espíritos.

É mais ou menos como acontece aqui mesmo entre nós, inclusive na sagrada Ciência, onde também há dogmatismo, onde pessoas expressam suas opiniões e conceitos que podem ser concordantes ou discordantes entre si.

Portanto sim, a DE é uma coletânea de opiniões dos espíritos, na qual Kardec procurou a generalidade e a concordância para se dizer que se tratava de uma doutrina de espíritos. Agora quanto a canon inatacável, bem... na opinião espírita, só Deus é o dono da verdade absoluta e nós só podemos lidar com as verdades que nos revelam os parcos recursos que temos e com o pouco espaço que há na nossa cabeça...


O espiritismo não é monolítico. Não há um papa. Acho que poderíamos dizer que o espiritismo é uma média das opiniões, não apenas dos espíritos, mas também dos espíritas.

Lembro que conheço pelo menos um cara que concorda com os textos racistas de Alan Kardec (embora ele não ache que é racismo...).

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

Benetton e Bôtanico.

Até onde vejo, a lógica que seguem me parece semelhante a de outras pessoas que já vi falando sobre isso, com base em outras religiões. (obviamente feitas as distinções pertinentes entre o que se diz de "espíritos" e o restante da doutrina, me refiro especificamente a lógica que seguem nessa questão).

Vamos aos pontos.
Somos ignorantes:
Pelo que entendi, ignoramos a melhor forma de agir, mas vamos aprendendo e, quanto mais aprendemos, mais nos é cobrado.
O Benetton também falou sobre ser "ensinado" mesmo quando ignorante.

Minha duvida é a seguinte, uma pessoa que não sabe que matar é errado, mas mata alguém, pode ir para a cadeia ou sofrer com a morte de alguém, para "aprender" que esse tipo de ato é errado?
Seria como uma retribuição carmica para alguém que não sabia que seu ato era errado, me refiro a "aprender" através do sofrimento.

Uma pessoa evoluída está livre de que essas coisas ocorram com ela? (Talvez fruto do acaso).
Por exemplo, Cristo era uma boa pessoa, mas foi crucificado mesmo assim.
Não estaríamos nós fatalmente presos ao erro dos outros? Quer dizer, estamos sujeitos não somente ao efeito de nossos próprios atos, mas também estamos sujeitos a sermos levados pela ação dos outros.
Isso não complica a idéia de justiça divina? Quer dizer, coisas injustas realmente acontecem e isso parece ser uma fatalidade a ser aceita, que contraria a idéia de justiça perfeita.

O livre-arbítrio é parcial e vai evoluindo?
Em teoria todos temos o livre-arbítrio pleno, mas não agimos de forma livre por ignorância e fraqueza, somos, por exemplo, escravos do "pecado"... ou seja, temos vícios e sentimentos que não controlamos, agimos em função deles e não do que realmente queremos como seres livres.

Recebemos uma mente confusa, podemos nos apaixonar e ter ciúmes, mas isso não é fruto de pura ignorância, são sentimentos que nos levam e nos parecem ensinar algo, sentimentos que a principio estão além do meu controle e que me fazem sofrer.
Eu diria que isso é uma infelicidade que faz parte da "lei", com o tempo ganhamos ciência e até podemos aprender a controlar essas coisas, ao invés de sermos controlados por elas, mas antes disso, é uma imposição. Certamente uma imposição necessária ao aprendizado, mas que contraria nosso livre-arbitrio.
Queria saber se a DE preve essa idéia de livre-arbítrio parcial que vai "evoluindo" e o que vocês pessoalmente pensam sobre a questão.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

Fedidovisk escreveu:Caimos no meu velhoooooo argumento... arbitrariedade.....
Não existe mal!
Ao estabelecermos um conceito de "bem" e "mal", aí sim, caimos em um erro lógico... ou seja, procuramos a origem do mal fora do conceito que deu luz à ele, em números, a origem do mal está em estabelecermos o que é mal segundo nosso ponto de vista e não propriamente em "Mal e Bem", isso "no exiceste". Até "como ponto de vista segundo Deus", torna-se a relativizar, Deus deixa de ser o absoluto, para tomar partido, coincidentemente o partido dos homens...
Afinal... quem não seguirá uma "seita" :P que prega com bem, o amor ao próximo e portanto a si mesmo... e etc...
Por isso se chama conceito e não, O Mal, O Bem... e etc...
Até parece que existe bem e mal... :|


Fedido, entendo que existe um confusão sobre o que seria o bem e o mal.
O próprio mito do "pecado original", nos remete a idéia de que o nosso principal problema é a forma como "julgamos" e decidimos que certas coisas são boas e outras ruins.

A questão aqui parece girar em termos de que existem comportamentos que não são o correto ou não são a melhor forma de se agir, por causarem problemas, sofrimento ao outro ou a si próprio.
Acho que é a isso que se referem quando falam sobre o "mal".

A eternidade é um grande problema, para que se possa criar consciências para viver eternamente, a de ser necessário que essas consciências aprendem a viver, do contrario, não conseguiriam viver eternamente, pois a vida seria infernal.
Então não se trata do conceito estreito de julgar as coisas como boas ou ruins, que de fato é um dos grandes erros humanos, mas de aprender sobre a melhor forma de viver, de encarar a vida e interagir no mundo e com as pessoas.
Não pense nisso em termo de "bem" e "mal" ou "certo" e "errado", pense em termos de "viável" e "não viável" ou "mais favorável" e "menos favorável".
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Benetton »



Fernando Silva escreveu:
Benetton escreveu: Livre arbítrio existe sim. E já foi debatido diversas vezes sim. Eu mesmo debati esse assunto com o Acauan. Admito que o Livre arbítrio é até limitado, mas não por supostas falhas de nascença, pois elas não existem, mas pelas circunstâncias que o impelem ao progresso. Mas isso já é uma outra história.

Eu também já debati o assunto várias vezes e continuo com a opinião de que a onisciência do criador é incompatível com o livre arbítrio das criaturas.
Veja este tópico com 8 páginas:
Quem aqui acredita no livre arbitrio
Não creio que você tenha algum argumento que não tenha sido apresentado nele.

Ah, é? Meu tópico tem 9, ganhei!
E Eu também continuo com a mesmíssima opinião. A onisciência do Criador pode até interferir parcialmente no livre-arbítrio, mas este continua a reger a maior parte das nossas vidas. Os argumentos nos 2 tópicos enfocam partes semelhantes e partes diversas. Ah, também duvido que você tenha algum argumento que já não tenha sido apresentado no tópico acima.

E dentre muitos, temos o Azathoth ( Quem diria ? ), Ateísta conhecido aqui, no RV, o qual reconhece que o livre-arbítrio, sob sua ótica ceticista.


As aventuras de Azathoth no centro budista
viewtopic.php?t=14161


"Determinismo não implica em fatalismo. Em nada o fato do futuro ser fixo em qualquer instante 't' impede processos de transformações sociais no planeta."



Aqui também o Azathoth se manifesta :

Livre Arbítrio e Determinismo
viewtopic.php?t=14166


"Está em andamento em outro tópico uma discussão sobre Livre Arbítrio nas circunstâncias da teologia espírita. Aqui eu gostaria de realizar uma defesa de que não só Livre Arbítrio pode existir em um Universo determinístico (Compatibilismo) como a alegação mais forte de que é em um Universo determinístico que podemos ter a maior liberdade."




Para não alongar muito, e para finalizar, reproduzo aqui parte do que já havia postado lá ... :

Cap. X - Da lei de Liberdade

Pág. 383 - Edição 76ª.


5. Livre-Arbítrio


843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?

“Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”




844. Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?

“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.”





851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?

“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.

Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.”





Ainda neste Livro, temos na questão 872, o livre-arbítrio resumido da seguinte forma :

- O homem não é fatalmente levado ao mal;
- seus atos não foram previamente determinados;
- Os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino.

Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir.

Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução e o temperamento pela higiene.





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Botanico
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Botanico »

Fernando Silva escreveu:Eu entendo seu raciocínio quando aplicado a uma relação pai/filho e os limites da justiça humana ao lidar com criminosos, só que aqui estamos falando de um deus todo-poderoso e suas criaturas.

Um pai pode se esforçar para criar bem o seu filho e influenciá-lo para que escolha o caminho do bem, mas não tem controle total nem sobre o potencial da criança nem do meio ambiente em que ela cresce.

Se o filho se tornar um criminoso, a justiça tentará lidar com ele da melhor maneira possível, mas dentro de seus limites humanos, o que, na maior parte dos casos, se restringe a afastá-lo da sociedade.

Deus, por outro lado, não tem esses limites e cria os espíritos do jeito que quer. Se ele cria espíritos que podem decidir errar, em um meio ambiente que pode corrompê-los (e, se eles são corruptíveis, de quem é a culpa?) a culpa é dele e não do espírito, que foi criado defeituoso.

Seu Fernando, o problema é que nós temos o nosso mundo do jeito que está e não do jeito que gostaríamos que fosse. Tudo o que podemos fazer é INTERPRETAR esse mundo de uma forma lógica dentro de algum processo de causa e origem. Se o mundo está cheio de gente má, boa e mais ou menos, e temos todo um processo histórico de evolução de conhecimento humano, então é preciso alguma filosofia que nos explique isso.

Então você acha que Deus haver criado espíritos zero moral e conhecimento é um processo defeituoso? Então me dê um melhor, que de modo perfeito e irrespondível, explique o mundo de forma lógica, racional e justa. Acha mais sensato a explicação cristã, que diz que Deus criou o casal humano PERFEITO e este se tornou imperfeito por uma burrada induzida por Satã? Ué? Deus criou o Satã para bagunçar o coreto?



“Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal.

Fernando Silva escreveu:A meu ver, "aptidão para o mal" é um defeito. É algo de podre que o espírito já traz de nascença.

Livre arbítrio não existe, como já foi debatido mil vezes e, mesmo que existisse, seria um livre arbítrio limitado pelas falhas de nascença - que nós não escolhemos ter.

Bem, meu caro, eu não conheço pessoa alguma neste mundo que tivesse aptidão só para o Bem. Mesmo pessoas boas pisam na bola. Acertou quando disse que o livre arbítrio É LIMITADO. Tem mais é que ser mesmo. Compare de novo com nossa vida: o bebê só pode sobreviver se alguém cuidar dele. A criança só sobrevive se alguém cuidar dela e ficar de olho para que não faça alguma besteira que lhe custe a vida. Em ambos os casos seu livre arbítrio deve ser bem limitado. Já o adolescente tem mais liberdade para decidir o que quer fazer, pois algumas escolhas já lhe são possíveis, mas ainda está sob certo grau de dependência. E finalmente o adulto teoricamente seria dono de si. Se fizer alguma besteira, o fez conscientemente do que fazia. Assim também é o espírito.

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Botanico »

Desculpe-me, mas não entendi lhufas. Eu sou culpado pelos MEUS ATOS e que tenho a ver com os outros? Então o papaizinho lá achou que tinha o direito de tirar a virgindade da filha de 5 anos e no processo acabou por matá-la. Que tenho eu a ver com isso? Se quer me imputar alguma responsabilidade social, então vá se queixar com o PT e Marilena Chauí & Cia Bela.


Fedidovisk escreveu:Nãos és filósofo! Não és filósofo!

Não sou mesmo: Astrologia, Ufologia, Teologia, Parapsicologia (em homenagem ao Quevedo), Filosofia (em homenagem a Marilena Chauí e a TODOS os filósofos esquerdistas) e principalmente a Sociologia (em homenagem ao Fernando Henrique o Garboso) são culturas absolutamente inúteis.

Fedidovisk escreveu:Oras... sabes muito bem o que estou a dizer... causa e efeito lembra-se ?!

Não.

Os próprios "donos" da Bíblia e dos Evangelhos também fazem a mesma coisa: tiram deles o que lhes convêm e quando não interessa, varrem para baixo do tapete ou fazem as interpretações mais malucas para justificar os absurdos bíblicos. A nós espíritas só interessa as leis morais, pois essas não são controversas. Já as elucubrações teológicas...


Fedidovisk escreveu:Então dá na mesma que tirar as "leis" morais de um conto infantil, conquanto tenha uma moral. Putz... isso sim é uma moral torta!

Não entendi lhufas. Seu Fedido, você é pouco comunicativo.

Oh! Não imagina como estou preocupado. Mas se for com a mesma clareza de raciocínio de seu primeiro parágrafo, acho que não vou responder por falta de compreensão do texto e seu conteúdo...


Fedidovisk escreveu:Bobão! Estava sendo irônico, mas parece que não entende isso não... ?!

Se não capricha nas ironias, como vou entender? Considerando a fala do Lulla, eu acharia que Marilena Chauí estivesse sendo irônica quando disse que quando ele fala, o Mundo o escuta, se esclarece e se ilumina... Mas todos sabem que ela falou MUITO A SÉRIO...

O negócio não é estudar muito e sim estudar bem.


Fedidovisk escreveu:E o que chama estudar bem ? Ser tocado pelo "espírito santo"... afinal, não há erro, é o que está escrito e ponto, mas pelas poucas visitas que fiz, percebi que o espiritismo não exige um pouquinho de fé, mas muitaaaa fé!

Cada um tem em sua cabeça o espaço que lhe permite alocar mais ou menos capacidade de compreensão...

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Botanico »

aknatom escreveu:Tá, vamos lá, sem enfiar o dedo Fedido.... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Alguém pode citar qual a justificativa para a existência do mal, segundo a DE?


Não há: ele apenas existe. Entendemos conforme nos foi ensinado pelos espíritos que é produto da escolha feita pelos espíritos. Mas se prefere achar que é produto de uma burrada de pecadores ancestrais...

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Botanico »

chagas escreveu:
Fedidovisk escreveu:Apenas 4 palavras,

Causa e efeito =/= livre-arbítrio.



“Se você for bom é a única possibilidade de ser feliz!”, esta afirmação não seria prova de que o livre-arbítrio é limitado? Pois não sendo bom, não se pode ser feliz.


É engraçado como os supostos pensadores que passam por aqui têm tanta dificuldade de sacar as limitações do livre-arbítrio... Em nossa condição humana ele É SEMPRE LIMITADO! E por ser limitado, concluem que então ele não existe! Se eu recebo uma verba do governo, só posso usar essa grana para aquelas alíneas a que foi destinada. Se for gasta em coisas que não foram autorizadas, é processo administrativo na certa. E decerto vai se concluir que a verba não existe...

Agora quanto à causa e efeito... Bem, o uso do livre-arbítrio GERA um determinismo futuro. Então tá: o cara tem o livre-arbítrio de gastar o seu salário com farras, mulheres, drogas e bebidas. Aí quando chega a hora de pagar as contas, cadê? Não tem. Corta-se a luz, a água e passa fome, pois não tem grana para comprar comida. E então virá você dizer que o cara não tem livre-arbítrio? Ora, ele tem sim, mas não fez bom uso dele e daí agora agüente as conseqüências. Simples assim.

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:É engraçado como os supostos pensadores que passam por aqui têm tanta dificuldade de sacar as limitações do livre-arbítrio... Em nossa condição humana ele É SEMPRE LIMITADO! E por ser limitado, concluem que então ele não existe!

Arbítrio limitado, culpabilidade limitada.

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Seu Fernando, o problema é que nós temos o nosso mundo do jeito que está e não do jeito que gostaríamos que fosse. Tudo o que podemos fazer é INTERPRETAR esse mundo de uma forma lógica dentro de algum processo de causa e origem. Se o mundo está cheio de gente má, boa e mais ou menos, e temos todo um processo histórico de evolução de conhecimento humano, então é preciso alguma filosofia que nos explique isso.

Mesmo que seja uma ficção?
Botanico escreveu:Então você acha que Deus haver criado espíritos zero moral e conhecimento é um processo defeituoso? Então me dê um melhor, que de modo perfeito e irrespondível, explique o mundo de forma lógica, racional e justa. Acha mais sensato a explicação cristã, que diz que Deus criou o casal humano PERFEITO e este se tornou imperfeito por uma burrada induzida por Satã? Ué? Deus criou o Satã para bagunçar o coreto?

São duas ficções. Escolher uma ou outra é uma questão de gosto ou de bom senso, mas continuam sendo ficções.
Botanico escreveu:Compare de novo com nossa vida: o bebê só pode sobreviver se alguém cuidar dele. A criança só sobrevive se alguém cuidar dela e ficar de olho para que não faça alguma besteira que lhe custe a vida. Em ambos os casos seu livre arbítrio deve ser bem limitado. Já o adolescente tem mais liberdade para decidir o que quer fazer, pois algumas escolhas já lhe são possíveis, mas ainda está sob certo grau de dependência. E finalmente o adulto teoricamente seria dono de si. Se fizer alguma besteira, o fez conscientemente do que fazia. Assim também é o espírito.

O ser humano não tem a opção de gerar crianças conscientes e maduras. Ele se vira do jeito que pode.
Deus tem. A opção é dele se os espíritos nascem burros e sujeitos a errar.

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por aknatom »

Botanico escreveu:
aknatom escreveu:Tá, vamos lá, sem enfiar o dedo Fedido.... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Alguém pode citar qual a justificativa para a existência do mal, segundo a DE?


Não há: ele apenas existe. Entendemos conforme nos foi ensinado pelos espíritos que é produto da escolha feita pelos espíritos. Mas se prefere achar que é produto de uma burrada de pecadores ancestrais...



Prefiro entender que bem e mal é uma dicotomia mal formulada pela humanidade. Não se pode simplesmente classificar um ato como "bom" ou como "mal" sem relativizar o "bom pra quem" e o "mau pra quem".
Seja uma burrada de pecadores ancestrais, seja aplicado a uma lei de causa e efeito idiota, continua sendo uma limitação filosófica de dar pena.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Johnny »

aknatom escreveu:
Botanico escreveu:
aknatom escreveu:Tá, vamos lá, sem enfiar o dedo Fedido.... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Alguém pode citar qual a justificativa para a existência do mal, segundo a DE?


Não há: ele apenas existe. Entendemos conforme nos foi ensinado pelos espíritos que é produto da escolha feita pelos espíritos. Mas se prefere achar que é produto de uma burrada de pecadores ancestrais...



Prefiro entender que bem e mal é uma dicotomia mal formulada pela humanidade. Não se pode simplesmente classificar um ato como "bom" ou como "mal" sem relativizar o "bom pra quem" e o "mau pra quem".
Seja uma burrada de pecadores ancestrais, seja aplicado a uma lei de causa e efeito idiota, continua sendo uma limitação filosófica de dar pena.


Mas se a maioria ou uma lei detrmina que determinadas ações é má, isso já se faz relativo e está implicito que faz mal a uma maioria que concorda com isso. Se intuitivamente em uma sociedade se acha má uma pessoa que acorda as 3 da manhã para invadir a casa do vizinho e dar uma com a esposa dele, matando o marido, então isso é e ficará como sendo um mal. Se a maioria concorda isso passa a ser coletivo e não filosófico. Se a maioria não acha correto que alguém entre em sua casa e lhe tire algum bem sem autorização, então isso não pode ser bom.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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SickBoy
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por SickBoy »

só agora li o texto. caralho, realmente muito bom :emoticon45:



o único problema desses tópicos é que enchem de espíritas :emoticon2:

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aknatom
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por aknatom »

Johnny escreveu:
aknatom escreveu:
Botanico escreveu:
aknatom escreveu:Tá, vamos lá, sem enfiar o dedo Fedido.... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Alguém pode citar qual a justificativa para a existência do mal, segundo a DE?


Não há: ele apenas existe. Entendemos conforme nos foi ensinado pelos espíritos que é produto da escolha feita pelos espíritos. Mas se prefere achar que é produto de uma burrada de pecadores ancestrais...



Prefiro entender que bem e mal é uma dicotomia mal formulada pela humanidade. Não se pode simplesmente classificar um ato como "bom" ou como "mal" sem relativizar o "bom pra quem" e o "mau pra quem".
Seja uma burrada de pecadores ancestrais, seja aplicado a uma lei de causa e efeito idiota, continua sendo uma limitação filosófica de dar pena.


Mas se a maioria ou uma lei detrmina que determinadas ações é má, isso já se faz relativo e está implicito que faz mal a uma maioria que concorda com isso. Se intuitivamente em uma sociedade se acha má uma pessoa que acorda as 3 da manhã para invadir a casa do vizinho e dar uma com a esposa dele, matando o marido, então isso é e ficará como sendo um mal. Se a maioria concorda isso passa a ser coletivo e não filosófico. Se a maioria não acha correto que alguém entre em sua casa e lhe tire algum bem sem autorização, então isso não pode ser bom.


A maioria ou uma lei determina que algumas ações específicas devem ser coibidas e aqueles que insistirem nelas devem ser punidos, como forma de educação, e em alguns casos devem ser afastados do convívio com outros. bem e mal neste caso é relativo a convivência harmoniosa desta sociedade.
Lançar a bomba atômica sobre Hiroshima foi bom para os americanos e terrível para os japoneses.
Metralhar paraquedistas ou implantar minas terrestres passou a ser mal depois de acordos internacionais.
A dicotomia bem mal é um mecanismo pobre para explicar o sentimento humano e para se analisar o carma... existem várias disposições de ação pelas quais o ser humano age e o efeito de se "escolher" agir por uma delas ao invés de por outra, o "carma" criado com isso, é que vc estará mais preso a esta disposição de ação do que as outras e a tendência de agir dentro desta disposição se torna mais forte.
A dicotomia bem/mal é conceitualmente pobre, a explicação de carma baseado nela é conceitualmente pobre, e ambas estão a milhares de anos luz de ser a melhor explicação para a realidade.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Ilovefoxes
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Ilovefoxes »

Carma é um sistema de compensação imaginário. Basicamente você não pode fazer o bem, sem ser realmente e abruptamente recompensado.

Da mesma forma que os evangélicos acreditam que quem desperdiça todos seus domingos ganhará um prêmio depois da morte.

Existem as crenças populares, como trevos de quatro folhas, e nestas é comum ouvirmos que todo mal que alguém fala retorna para ele de alguma forma. É bem semelhante.

Outros acreditam que a recompensa é a iluminação. (E isso vale para algum foristas, principalmente aqueles que não-sabem-de-nada)

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NadaSei
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

Ilovefoxes escreveu:Carma é um sistema de compensação imaginário. Basicamente você não pode fazer o bem, sem ser realmente e abruptamente recompensado.

Da mesma forma que os evangélicos acreditam que quem desperdiça todos seus domingos ganhará um prêmio depois da morte.

Existem as crenças populares, como trevos de quatro folhas, e nestas é comum ouvirmos que todo mal que alguém fala retorna para ele de alguma forma. É bem semelhante.

Outros acreditam que a recompensa é a iluminação. (E isso vale para algum foristas, principalmente aqueles que não-sabem-de-nada)


Quanto bla, bla, bla desinformado...
Karma trata principalmente de causa e efeito, não tem NADA haver com recompensa ou punição (não sei no espiritismo) e iluminação é algo que você nem ao menos sabe o que é pra querer falar qualquer coisa.

Mas os ateus crentes são assim mesmo... :emoticon44:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por NadaSei »

NadaSei escreveu:
Ilovefoxes escreveu:Carma é um sistema de compensação imaginário. Basicamente você não pode fazer o bem, sem ser realmente e abruptamente recompensado.

Da mesma forma que os evangélicos acreditam que quem desperdiça todos seus domingos ganhará um prêmio depois da morte.

Existem as crenças populares, como trevos de quatro folhas, e nestas é comum ouvirmos que todo mal que alguém fala retorna para ele de alguma forma. É bem semelhante.

Outros acreditam que a recompensa é a iluminação. (E isso vale para algum foristas, principalmente aqueles que não-sabem-de-nada)


Quanto bla, bla, bla desinformado...
Karma trata principalmente de causa e efeito, não tem NADA haver com recompensa ou punição (não sei no espiritismo) e iluminação é algo que você nem ao menos sabe o que é pra querer falar qualquer coisa.

Mas os ateus crentes são assim mesmo... viajam na maionese, não sabe o que falam e ainda assim se julgam os conhecedores da verdade .:emoticon44:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ilovefoxes
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Ilovefoxes »

Karma trata principalmente de causa e efeito, não tem NADA haver com recompensa ou punição (não sei no espiritismo)
Imagina, não é recompensa, é só causa-e-efeito...
não sabe o que falam
se julgam os conhecedores da verdade
Pô, Nadasei, mas pelo menos mantenha a coerência. Não fica bem dizer que quem discorda de você é porque não tem conhecimento, e dizer que os outros são donos da verdade.
Mas os ateus crentes são assim mesmo...

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Fedidovisk
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Fedidovisk »

Fedidovisk escreveu:Oras... sabes muito bem o que estou a dizer... causa e efeito lembra-se ?!

Não.

Se para tudo há uma causa, logo não há efeito sem causa, logo isso tira qualquer livre-arbítrio. E não digo uma liberdade dentro de limites, eu digo uma falta de liberdade total, onde o menor respirar ou expressão é suficiente para alguma influência.

Os próprios "donos" da Bíblia e dos Evangelhos também fazem a mesma coisa: tiram deles o que lhes convêm e quando não interessa, varrem para baixo do tapete ou fazem as interpretações mais malucas para justificar os absurdos bíblicos. A nós espíritas só interessa as leis morais, pois essas não são controversas. Já as elucubrações teológicas...


Fedidovisk escreveu:Então dá na mesma que tirar as "leis" morais de um conto infantil, conquanto tenha uma moral. Putz... isso sim é uma moral torta!

Não entendi lhufas. Seu Fedido, você é pouco comunicativo.

Ora... se o que interessa é moral, então vamos banalizar tudo de uma vez... pra que perder tempo com o evangelho que os espíritas moldam ao seu bem querer se existe tantos livros "morais" tão bem escritos..

E sim, eu sou sociopata!!!! :/


Se não capricha nas ironias, como vou entender? Considerando a fala do Lulla, eu acharia que Marilena Chauí estivesse sendo irônica quando disse que quando ele fala, o Mundo o escuta, se esclarece e se ilumina... Mas todos sabem que ela falou MUITO A SÉRIO...

Não era para ser uma ironia à la Oscar Wilde, era só uma "tirada", mas o Sr. Benneton tratou de responder amargamente, o que de certa forma não lhe tiro a razão, pois foi algo absolutamente sem graça.

O negócio não é estudar muito e sim estudar bem.


Fedidovisk escreveu:E o que chama estudar bem ? Ser tocado pelo "espírito santo"... afinal, não há erro, é o que está escrito e ponto, mas pelas poucas visitas que fiz, percebi que o espiritismo não exige um pouquinho de fé, mas muitaaaa fé!

Cada um tem em sua cabeça o espaço que lhe permite alocar mais ou menos capacidade de compreensão...


Então não venha dizer depois:


Você não sabe nada sobre espiritismo.

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Deise Garcia
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Deise Garcia »

Fedidovisk escreveu:Fora o evangelho e a bíblia... Os espíritas desconsideram o velho testamento, mas a todo momento usam-no como forma de sustentar a DE ( O caso de Elias por exemplo) e citações... quanto ao evangelho, ora bolas, é retirado só o que é conveniente dos evangelhos.


A Bíblia nunca foi utilizada para sustentar a DE. Fora o aspecto moral da mensagem do Cristo, a bíblia é vista como um livro épico que deve ser estudada apenas a título de conhecimento da cultura de uma época. Todo aquele que se diz cristão ou cético deveria no mínimo conhecer a bíblia, um para dar sustentação a sua crença e outro para poder argumentar sobre seu ceticismo.
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.

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Deise Garcia
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Re: A Ética Espírita - Parte I

Mensagem por Deise Garcia »

Fernando Silva escreveu:
Deise Garcia escreveu:Deus não permite o mal! O mal faz parte da imperfeição humana. Não é por outra razão que cada um expia seus atos na medida em que infringe Suas leis.

Deus criou tudo, portanto criou a imperfeição humana e o mal.

Deus criou o homem simples e ignorante (esta é velha) mas veja que não criou o mal. Na sua evolução o homem passa pela fase da imperfeição. Compare a uma criança que nasce, cresce, vai a escola, aprende as primeiras letras e começa a formar palavras, porteriormente chega ao curso superior e se forma. Assim é a evolução.

Deise Garcia escreveu:Efetivamente eles não podem julgar. Por essa razão a quitação do carma é proporcional ao seu estado evolutivo.

Não há carma a quitar num espírito recém-criado.

Sim, não há. O carma inicia a partir do despertar da consciência.


Deise Garcia escreveu:Os espíritos não disseram que Deus cria seres imperfeitos. Eles seguem a lei natural da evolução. No princípio da "carreira humana" são atrasados, muitos dos seus erros provém desse atraso. Se isso significa imperfeição congênita, a culpa é da natureza ... ou do Adão, e não da DE. Os adversários da DE nem sempre foram muito ponderados.

Se os espíritos erram devido a seu atraso e a terem sido criados imperfeitos, a culpa não é deles e não há carma a pagar.

Repetindo, os espíritos não foram criados imperfeitos, mas simples e ignorantes. Veja que a diferença entre um e outro é consideravelmente quilométrica.

Se a natureza é imperfeita, a culpa é de Deus que a criou.

Voltemos as crianças. A criança nasce mas é preciso que lhe ensinem as primeiras palavras, os primeiros passos, a sentir os objetos pelo toque etc. Até chegar a cursar o nível superior houve muitos tombos, notas baixas, mentiras, desculpas para encobrir as peraltices, mentiras, mentiras para encobrir a mentira etc. etc. Mas apesar de ter alcançado nível superior em escolaridade isto não infere que aquela criatura será uma pessoa do bem. A moralidade é sempre mais difícil. A consciência do bem e do mal já foi despertada. O resto é questão de opção do caminho que melhor lhe apraz.
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.

Trancado