Religião é Veneno

Ahhhh bom...

08/03/2008 - 16h48
Menino de 8 anos aprovado em vestibular desiste de curso


da Agência Folha

A família do menino João Victor Portellinha, 8, que foi aprovado no vestibular de direito da Unip, em Goiânia, desistiu de tentar matriculá-lo na faculdade. O garoto e os pais foram a São Paulo para discutir o caso com a direção nacional da universidade, mas não foram recebidos até este sábado.

ÁUDIO: OAB pede ao MEC que investigue Unip de Goiás
ÁUDIO: Mesmo superdotadas, crianças não devem pular etapas da infância
VÍDEO: Garoto de 8 anos aprovado em direito diz que prova foi fácil
A família criticou a falta de atenção da instituição e decidiu que irá procurar outra universidade, caso o menino continue com a intenção de cursar direito.

O pai, Willian Ribeiro, que já estudava direito na Unip, diz que vai sair da universidade. Ele diz que a postura da instituição sobre o caso "mostra que a faculdade não é séria".

Divulgação

O menino João Victor Portellinha, 8, que foi aprovado em direito
João Victor, que estuda na quinta série, prestou um vestibular agendado na semana retrasada e foi aprovado. O pai chegou a pagar o boleto de matrícula e a levar o garoto, na quinta-feira, para conhecer a faculdade, mas foi barrado. A Unip argumentou que não poderia formalizar a matrícula porque o menino não tem o ensino médio completo.

O pai falou que pretende inscrever o menino no vestibular de uma universidade federal.

A direção da Unip não foi encontrada para falar sobre o assunto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 9973.shtml

Leia mais

- Unip, que aprovou garoto, foi mal no Enade
- OAB defende intervenção em universidade que aprovou menino de 8 anos

Deve ser primo do cabeção

Mais um pouco, e iria aparecer uma manchete com nosso presidente e o garoto... é lógico, com uma história de pano de fundo mentirosa e vitimizada.

Tulio escreveu:Deve ser primo do cabeção

Deve ser um gêmeo tardio.

Fedidovisk escreveu:Mais um pouco, e iria aparecer uma manchete com nosso presidente e o garoto... é lógico, com uma história de pano de fundo mentirosa e vitimizada.

Ao contrário: uma história de orgulho e patriotismo genético. Deus é brasileiro, lembra? Há gênios em profusão no Brasil.

Apo escreveu:

Fedidovisk escreveu:Mais um pouco, e iria aparecer uma manchete com nosso presidente e o garoto... é lógico, com uma história de pano de fundo mentirosa e vitimizada.

Ao contrário: uma história de orgulho e patriotismo genético. Deus é brasileiro, lembra? Há gênios em profusão no Brasil.

Claro que existe! Inclusive um incompreendido codificador de uma teoria de tudo

A Unip é uma maravilha

Seria mais eficiente se eles vendessem diplomas ao invés de cursos.

RicardoVitor escreveu:A Unip é uma maravilha

Seria mais eficiente se eles vendessem diplomas ao invés de cursos.

Calma lá, também não é bem assim. Entrar qualquer um entra. Para se ter uma idéia, em 2000 haviam 3 salas de 50 alunos para Ciências da Computação. O último ano havia apenas 1 sala com 23 alunos. Esse é a gande jogada da Unip. Deixa qualquer um entrar para compensar a alta evasão no final. O correto seria não haver vestibular MAS, daí até quem não sabe aritmética elementar passaria e aí seria um estorvo mesmo.

Teve um tempo em que a São Judas Tadeu vendia diplomas, lembra Ricardo Vitor?

Quinta-feira, 7 de março de 2008

João Victor e as faculdades “caça-níqueis”

Ganhou grande notoriedade, como era de se esperar, o caso do menino de oito anos que foi aprovado em um vestibular de direito da Unip de Goiânia. Sou forçado a remar contra a maré e acreditar que não há nenhum problema nisso.

Em primeiro lugar, porque é preciso concluir o ensino médio para cursar o ensino superior. Milhares de “treineiros” fazem o vestibular todo ano, com o intuito de se preparar para o exame verdadeiro. Foi isso que o menino fez. Faz sentido fazer o teste com oito anos? Isso é para o menino e seus pais decidirem. Eu não gostaria que o meu filho dessa idade passasse por esse stress, mas temos que diferenciar opiniões pessoais de questões de Estado.

Mesmo que a faculdade fosse canalha o suficiente para ignorar esse requisito e deixasse o menino cursar a faculdade, ele ainda teria de ser aprovado pelo exame da OAB para poder exercer a advocacia.


Nem se ele cursasse a faculdade, portanto, causaria dano a alguém. Pelo contrário. Mesmo que fosse reprovado pelo exame da Ordem e acabasse sendo padeiro, toda a evidência empírica sugere que seria um padeiro melhor com o canudo do que sem ele. É claro que aos doze ou treze anos ele não poderia, legalmente, (e nem deveria) trabalhar – quer como advogado ou padeiro. Só estou querendo dizer que a aprovação do menino no vestibular não causa prejuízo social algum. Não deveria, portanto, ser assunto do MEC – mas o Ministério já declarou que vai investigar o caso, chegando ao requinte de pedir a prova e a redação do menino. Se as crianças de oito anos não conseguem, depois de dois anos no sistema escolar, ler e escrever – como ocorre com a maioria de nosso alunado – isso não causa consternação nenhuma. Se um menino da mesma idade, inteligente o suficiente para já estar na quinta série, é aprovado num concurso para pessoas de 17, aí sim precisa ser investigado e punido. Estamos, como país, com a cabeça no lugar errado.


Em tempo: se alguém quiser saber do desempenho do curso de Direito da Unip de Goiânia (ou de qualquer outro curso do país), basta perder dois minutos, ir à página do Inep na Internet, clicar no site do Enade, e colocar lá os dados do curso a ser pesquisado. O da Unip de Goiânia está lá. Existe relatório do ano de 2006. Nele transparece que a universidade não é exatamente uma Harvard, mas não está, em suas deficiências, longe da média nacional: o escore dos seus concluintes é de 42 pontos (de 100 possíveis), contra 44,7 da média nacional. O importante a notar é que a instituição ensina: os ingressantes têm nota 29,5, os concluintes 42 – uma melhoria de 42%, portanto. Superior à média nacional, de 27%. Superior, também, à média do mesmo curso de Direito, do mesmo ano, da Universidade Federal de Goiás, de 28%. Ficaria mais contente se o MEC devotasse suas energias a melhorar esse desempenho – até porque os níqueis que a UFGO consome vêm dos nossos bolsos.




http://veja.abril.com.br/gustavo_ioschp ... 0308.shtml

Se as crianças de oito anos não conseguem, depois de dois anos no sistema escolar, ler e escrever – como ocorre com a maioria de nosso alunado – isso não causa consternação nenhuma. Se um menino da mesma idade, inteligente o suficiente para já estar na quinta série, é aprovado num concurso para pessoas de 17, aí sim precisa ser investigado e punido. Estamos, como país, com a cabeça no lugar errado.

Não sei que diabos de falácia é esta...mas é. E das grandes.

Que relação obrigatória tem uma coisa com a outra?

Quem disse que não há consternação quanto à qualidade de ensino baixíssima do ensino público? Só não há para quem acha que o Brasil de Lula está cada vez melhor...

O absurdo do menino de 8 anos ( sendo superdotado ou não ) é de outro espectro e as críticas não se concentram na suposta capacidade dele ou não, mas na circunstâncias de aceitar uma criança de 8 anos sem condições emocionais ou experiência de vida para cursar o que quer que seja no meio universitário. E com que objetivos? Causar a sensação de que temos geniozinhos no Brasil? Fazê-lo pular etapas na frente de outras crianças ( quem sabe amiguinhos e priminhos), aumentar o Marketing da UNIP ( que anda mal de cotação junto à OAB? Se for isto, o tiro saiu pela culatra)...qual o objetivo?