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O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:08
por Johnny
Calma, não postei mais um tiTulio :emoticon12: para promover os cachimbos, charutos ou cigarros de palha. Apenas uma constatação. Sendo assim peço gentilemnte aos meus compatriotas de tabaco que mantenham a compostura.

É o seguinte. Me lembro que meu pai fumava, meu avo por parte de mãe fumava e tios fumavam. Até aqui tudo beleza. Não me lembro de me incomodar com o cheiro do cigarro de meu pai e nem quando o pessoal se amontoava para jogar as partidas de buraco nas madrugadas onde a cozinha de minha avó mais parecia uma sauna. Até aqui, beleza. Não me lembro também de gostar do cheiro dos cigarros acesos, já que não lembro de me incomodar... :emoticon19:

Mas lembro que sempre gostei do aroma do tabaco in natura, tanto os fumos de corda que tinha no sitio de meu bisavô quanto nas tabacarias e mercados. Sempre gostei também do aroma dos cachimbos acesos em shoppings, quando ainda eram permitidos. Agora, hoje sóparei para pensar: Será que a tolerência ao tabaco na familia me levou incoscientemente a gostar do mesmo?

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:15
por -=|†¡xä|=-
Eu também tenho familiares que fumam, e sempre tive muitos amigos que fumam (a grande maioria), e também adoro o cheiro de tabaco in natura (é um dos meus aromas favoritos).

Não tenho nada contra o tabaco, tolero qualquer um que fume, em qualquer sítio… mas isso não fez com que eu fume, ou com que goste de tabaco…

Não acho que o facto de estar em contacto com e tolerar o tabaco e fumadores leve alguém a gostar do mesmo. Deve haver outras razões para isso…

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:17
por Fedidovisk
Não!
Porque na minha família ninguém fuma, e eu amoooooo cheiro de cigarro, principalmente cigarrilha, e mais ainda se for uma "Café Creme". (Merchan)

hmmm...... deu até água na boca...

Talvez a causa disso seja pelo meu hábito de tomar café desde os 7 anos... uma média de uma garrafa por dia. :emoticon16:

Mas também não diz nada, existem famílias aos montes "cafólotras" que não vão para drogas mais fortes... :emoticon12:

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:29
por Johnny
Eu devo ter contado aqui que "quem me ensinou a fumar" foi um coleguinha de ginásio. Como morávamos próximos, nos encontráva-mos no caminho e, perto da escola tinha uma praça com duas árvores, aquelas com caules espeços e baixos em que se sobre facilmente. A gente sobia lá para revisar alguma matéria antes da prova e ele sempre acendia um cigarro. Um dia ele me ofereceu e eu disse que não sabia fumar. Daí ele explicou que tinha que engolir e no começo se tossia muito. Como tinha uma certa percepção do que ocorria, não achei intuitivo engolir a fumaça e sim levar vagarosamente a fumaça aos pulmões pela respiração, auxiliada pela língua. Foi batata, fumei um cigarro pela primeira vez sem dar uma tossida. A partir daí a gente só fumava junto, comprava cigarro junto e no fim de semana ou fora destes dias de aula eu não fumava. Só passei a comprar cigarro quando comecei a sair com meu primo à noite e começei a tomar umas na mesma época. E ainda assim, fumava muito pouco. Depois, quando entrei para a escola técnica (APOOOO...) onde até os professores fumavam no intervalo e era permitido o uso de fumo, é que passei a conviver com mais fumantes e passei a sair mais e fumar e beber mais.

Tem hora que não estou nem aí pro cigarro, como ontem por exemplo, cheguei em casa, tomei um banho e fui ler um pouco. Nem peguei no cigarro.

Interessante essa revisão que fiz. Acho que o cigarro tem mais como viciante o modismo e a chamada cultural/social do que o vicio ou propaganda em si.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:34
por Apo
Meu pai fumava. Mas não carteeeeiras. Como trabalhava o dia todo, para nós era quando estava em casa, à noite e aos fins de semana. Eu gostava do cheirinho do tabaco, de cheirar as carteiras quando ele abria, gostava do papelzinho transparente que vinha lacrando ( ele brincava jogando fumaça lá dentro e fechava para a fumaça ficar fazendo formas). Eu gostava até do cheiro do fósforo recém apagado, e do aroma da primeira baforada. Depois, ia ficando cada vez pior.
Nunca gostei do cheiro das bitucas de cigarro no cinzeiro e do cheiro de cigarro nas mãos dele.
Depois de 30 anos fumando, com dificuldade para respirar e desconfiado que estava sem paladar, o médico deu um sinal amarelo, e ele parou no mesmo dia.


O problema do tabaco, não é o tabaco, é o cigarro.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 10:54
por Apo
Johnny escreveu:Eu devo ter contado aqui que "quem me ensinou a fumar" foi um coleguinha de ginásio. Como morávamos próximos, nos encontráva-mos no caminho e, perto da escola tinha uma praça com duas árvores, aquelas com caules espeços e baixos em que se sobre facilmente. A gente sobia lá para revisar alguma matéria antes da prova e ele sempre acendia um cigarro. Um dia ele me ofereceu e eu disse que não sabia fumar. Daí ele explicou que tinha que engolir e no começo se tossia muito. Como tinha uma certa percepção do que ocorria, não achei intuitivo engolir a fumaça e sim levar vagarosamente a fumaça aos pulmões pela respiração, auxiliada pela língua. Foi batata, fumei um cigarro pela primeira vez sem dar uma tossida. A partir daí a gente só fumava junto, comprava cigarro junto e no fim de semana ou fora destes dias de aula eu não fumava. Só passei a comprar cigarro quando comecei a sair com meu primo à noite e começei a tomar umas na mesma época. E ainda assim, fumava muito pouco. Depois, quando entrei para a escola técnica (APOOOO...) onde até os professores fumavam no intervalo e era permitido o uso de fumo, é que passei a conviver com mais fumantes e passei a sair mais e fumar e beber mais.

Tem hora que não estou nem aí pro cigarro, como ontem por exemplo, cheguei em casa, tomei um banho e fui ler um pouco. Nem peguei no cigarro.

Interessante essa revisão que fiz. Acho que o cigarro tem mais como viciante o modismo e a chamada cultural/social do que o vicio ou propaganda em si.


A tolerância não apenas condescendente, como serve de exemplo benéfico ( pró) e referência. Referência masculina para o menino e para a menina. Quando o pai, ou tio, ou algum homem influente ou afetivo chama para perto de si e ensina para o filho "como se faz", este "ensinar" soa como aconchego e aceitação, virando cumplicidade entre as parte. Quem não gosta disto? A gente até se esforça para copiar, entender, aprender e por fim, incorporar. Esta é a regra. Meu pai ensinou a gente também, pois tínhamos curiosidade, era um dos poucos momentos em que ele estava tão "íntimo" de nós, na frente da tv, esperando o almoço de domingo, num parque...aquelas coisas que ficam na lembrança.

Amigos sempre são influência ( não que todo amigo influencia em tudo, todos temos capacidade para ver o amigo fazendo coisas que dizemos "não" de cara ). Mas para muitas coisas nos deixamos levar. Se a gente vai continuar, é escolha nossa.

Nem tudo é assimilado para sempre. Eu escolhi não continuar ( não assim com senso crítico, simplesmente não continuei ). Sei tragar porque já fumei em festas na adolescência. Mas não consegui dar prosseguimento, comprar cigarro, estabelecer o vínculo. Talvez a propensão à dependência de certas substâncias químicas seja genética.

Mas a fumaça e a inutilidade do cigarro em si sempre me incomodaram. Parentes chatos fumando que chegavam e exigiam cinzeiro também comecei a achar muita falta de educação. Acho que foi um processo.
Nunca namorei fumante, meus amigos não fumam, atualmente nenhum parente fuma, minha filha tem nojo, nenhuma amiga ou amigo dela fuma. Ninguém. A única ( e última ) pessoa fumante que veio na minha casa, foi minha melhor amiga, que morreu de câncer generalizado ano passado, logo depois de me visitar e deixar umas bitucas no meu vaso de plantas da cobertura ( estão lá até hoje ).
Portanto, para mim, cigarro é algo totalmente alienígena.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 14:39
por Fenrir
Fumei durante exatos dois meses, aos 16 anos porque queria tirar uma de fodão (a turma toda do colégio estava nesta fase e eu não queria ficar atrás - puta falta de personalidade).

Éramos tão manés (eu e o pessoal da turma) que achávamos que se fumássemos fazendo pose de fodão, com os dedos como quem puxa um baseado (mão espalmada nem pensar - coisa de fresco) e até o filtro (quanto mais mata-rato o cigarro melhor) as garotas ficariam impressionadas.

Mas nunca gostei, detestava fumar e acho que por isso não viciei, mesmo tendo fumado todos os dias durante este dois meses.
Desnecessário dizer que não peguei nenhuma garota por causa desta "estratégia", devo te-las espantado com a atitude mané e o bafo de onça.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 18:45
por Ilovefoxes
Apo escreveu:A única ( e última ) pessoa fumante que veio na minha casa, foi minha melhor amiga, que morreu de câncer generalizado ano passado, logo depois de me visitar e deixar umas bitucas no meu vaso de plantas da cobertura ( estão lá até hoje ).
Que história! Quem diria que a Apo vive uma tele-novela da Globo. :emoticon12:

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 19:55
por Apo
Ilovefoxes escreveu:
Apo escreveu:A única ( e última ) pessoa fumante que veio na minha casa, foi minha melhor amiga, que morreu de câncer generalizado ano passado, logo depois de me visitar e deixar umas bitucas no meu vaso de plantas da cobertura ( estão lá até hoje ).
Que história! Quem diria que a Apo vive uma tele-novela da Globo. :emoticon12:


Menino...uma história tão boba destas... coisas da vida...depois de um tempo, as estórias começam a virar histórias. :emoticon16:

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 20:18
por King In Crimson
Não gosto do cheiro de cigarro ou similares de tabaco
Gosto apenas do cheiro do charuto. Já provei e gostei, mas não vale a pena.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 22:23
por Apáte
Maçãs no McDonald e tabaco in natura. A viadagem já passou de todos os limites.

Cheiro de cachimbo e charuto geralmente são piores que bosta podre. Alguns simpatizantes do fumo gay querem distinguir área para eles (os baitolas) e os apreciadores do bom charutão.

Re: O TABACO

Enviado: 13 Mar 2008, 22:26
por King In Crimson
"Às vezes um charuto é apenas um charuto." hehehehe

Detesto Freud, mas tive que citar.