Questão sobre o racismo.

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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Apo »

Ilovefoxes escreveu:Isso parece aquelas histórias do Orkut. As comunidades do gênero "Prefiro loiras" são acusadas de racismo mas "Eu gosto de negros" não...


Sim, é conversinha mole.

Fica imaginando eu sendo processada e presa por me rebelar contra a minha pele branca que me faz ter câncer de pele.

:emoticon12:

Vou à TV e vou dizer que tenho ódio da minha pele branca e sem melanina dos brancos, porque é mais cancerígena que a das raças mais "escuras" todas.

Prendam-me! :emoticon12:
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zumbi filosófico
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por zumbi filosófico »

Ilovefoxes escreveu:Isso parece aquelas histórias do Orkut. As comunidades do gênero "Prefiro loiras" são acusadas de racismo mas "Eu gosto de negros" não...


Por acaso, eu só vi o contrário: numa(s) comunidade(s) de neonazis ou simpatizantes, estavam criticando uma(s) comunidade(s) do estilo "prefiro negros/as", dizendo que os outros tem o direito de fazer esse tipo de declaração mas que "hipocritamente" é mau visto que eles se declarem uma raça superior, além de comentários sobre os "males da miscigenação". E também já vi várias do tipo "prefiro loiras/loiros/morenos/morenas" e coisas do gênero com números de associados e associadas grandes demais para estarem sendo largamente enxergadas como racismo. Acho que é mais coisa de ativistas/politizados fanáticos daqueles que virtualmente vêem racismo em qualquer situação possível.
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zumbi filosófico
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por zumbi filosófico »

Essa coisa de ativismo radical..... é meio triste. Acho que praticamente todas "causas" tem pontos válidos: feministas, anti-racistas/negros, gays, ecologistas e etc... mas por algum motivo algumas coisas tendem a virar um tipo de religião e gerar caricaturas, paródias exageradas de si próprias, que tornam praticamente desnecessário que se invente espantalhos para contra argumentar... e no processo acabam prejudicando os pontos das "causas" que seriam mais razoáveis.
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NadaSei
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por NadaSei »

Joe escreveu:
NadaSei escreveu:Se sentir estranha ao grupo a qual pertence é sinal de racismo.


Nadasei,

Essa colocação ficou vaga, exemplifique.

Eu sou um individuo e não pertenço a grupo nenhum.


Está no grupo dos que não pertence a grupo nenhum.

Existem "grupos" e "grupos".
Sou branco (grupo dos brancos) pobre (grupo dos pobres) bissexual (grupo GLS), etc...

Você pode pegar alguma característica e coloca-la em um "grupo", o que é diferente da pessoa pertencer a um grupo que levanta uma bandeira e se coloca como diferente de outros grupos com outras bandeiras.
As pessoas aqui são ateista, mas não representam um "grupo" e se um ateu fizer merda, é uma pessoa que fez merda e que nada diz sobre o "grupo" dos ateus.

Se brancos são racistas, sinto muito, não tenho que ter vergonha do "meu" grupo e me sentir estranho ao "meu grupo".
Meu grupo o kct, não sou do grupo dos "racistas", sou apenas branco, se tem branco racista problema deles, não são meu grupo.

Falar sobre grupos no sentido "agrupar" certas característica é uma coisa, dizer que uma pessoa pertence a esse grupo é outra.
Resumindo, tenho características que podem ser agrupadas, sou homem, bissexual, branco, teísta, celibatário, etc... Mas não "pertenço" a grupo algum, mesmo porque, restaria saber se fico no grupo dos brancos, ou no dos bissexuais.
Alguém pode sugerir que fico no grupo dos "brancos bissexuais teistas celibatarios", mas se pertenço a um grupo que inclui todas essas caracteristas... é um grupo de um, pois igual só tem eu.

Sentir-se "estranho" ao próprio "grupo" é levantar uma bandeira racista, sexista, etc, onde você se coloca como "diferente" de um outro "todo", um "todo" que de fato não existe.
O que existem são característica culturais que seguem um padrão e, ao falar sobre esse padrão, generalizamos sem maldade, sem implicar com isso que todo santo branco é racista, que todo homem é machista ou que todo preto quer se fazer de coitadinho para conseguir cotas nas universidades.
Joe escreveu:
Existe uma diferença entre falar de forma genérica e entre realmente generalizar de forma preconceituosa.


Características culturais podem implicar racismo, mas quem se destaca fora desse padrão rompe as caracteríticas cultuarais ''impostas''.

São os indivíduos que formam uma cultura e não o contrario, em cada cultura sempre existiram outros padrões menores e diversidades de comportamentos que não respeitam esse padrão maior.
Brasileiro são fofoqueiros?
Em geral sim, mas existe uma tonelada de brasileiros que não o são... e existem dúzias de toneladas de não-brasileiros fofoqueiros.

Posso falar de forma genérica, não afirmar que, fulano é brasileiro, então é fofoqueiro.
E quem não é fofoqueiro também não esta simplesmente "fugindo" a um padrão cultural brasileiro imposto, isso tudo varia.
Em São Paulo é de uma forma, em Uberaba é de outra, na periferia também é diferente, na minha casa é diferente da sua, e, por fim, eu sou diferente do meu irmão.

O que chamamos de "cultura" é toda uma variedade de características de diferentes grupos e indivíduos em uma região.
Brasil é a terra do samba?
Em piracicaba a maioria escuta musica sertaneja.
É o pais do carnaval?
No tupi o que manda mesmo é a festa junina.

Não gosto de samba, carnaval ou futebol, aqui em casa só meu pai gostava de carnaval e meu irmão de futebol.
A maioria, minha mãe, minha irmã e eu, não gostamos de nada disso, sendo que de samba ninguém aqui nunca foi fã.
Devo me sentir "estranho" a meu "grupo" ou estou "fugindo" de uma padrão imposto?
Novidade... a maioria dos que conheço e convivo gostam MUITO mais de rock, MPB e musica clássica. Carnaval é época pra ir viajar, preferencialmente para lugares como Ilha bela, ilha do Cardoso, ilha do mel, etc... Não conheço um que fique louco para pular carnaval em algum clube ou ir ver o espetáculo na Sapucaí.
Carnaval é sinônimo de feriado prolongado, só isso.
Esse é um comportamento MUITO comum no Brasil, o país do samba e do carnaval.
Só o futebol que é um pouco mais forte em meu meio, mesmo assim, é gente que assiste pela TV apenas jogos importantes ou gosta de jogar com os amigos... são os típicos fanáticos de copa do mundo, brasileiros de 4 em 4 anos...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Apo »

Como pode alguém dizer que não pertence a grupo algum? :emoticon26:
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francioalmeida
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por francioalmeida »

Essa besteira de se sentir ofendido por ser chamado de negão, macaco, betume etc. É tão mediocre como se ofender por ser chamado de bobo.
Palavras são somente palavras, seu significado é valorizado pelo ouvinte, e claro, uma vez surtindo efeito, qualquer locutor mal intencionado não hesita em usá-lo.
Com toda a sinceridade que eu possa expressar escrevendo pela net: "Eu jamais sentí sequer a mínima ofensa"
Talvez eu seja como o Jô Soares que brinca com seu excesso de gordurinhas o tempo todo, bem diferente de algumas pessoas que querem agredir o médico por ouvirem um diagnóstico de excesso de peso.
Algum ateu se ofenderia se eu o chamasse de herege? Já um fervoroso...

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Apo
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Apo »

francioalmeida escreveu:Essa besteira de se sentir ofendido por ser chamado de negão, macaco, betume etc. É tão mediocre como se ofender por ser chamado de bobo.
Palavras são somente palavras, seu significado é valorizado pelo ouvinte, e claro, uma vez surtindo efeito, qualquer locutor mal intencionado não hesita em usá-lo.
Com toda a sinceridade que eu possa expressar escrevendo pela net: "Eu jamais sentí sequer a mínima ofensa"
Talvez eu seja como o Jô Soares que brinca com seu excesso de gordurinhas o tempo todo, bem diferente de algumas pessoas que querem agredir o médico por ouvirem um diagnóstico de excesso de peso.
Algum ateu se ofenderia se eu o chamasse de herege? Já um fervoroso...



As pessoas fazem um dramalhão. E o pior de tudo é a hipocrisia.
Conheço gente pobre que acha um horror que algum rico diga que não liga para a piscina que tem em casa. Só porque é do grupo de rótulo "rico" precisa ser obrigado a gostar e usar a piscina de casa e dar festas de arromba? Ridículo. As pessoas têm o direito de gostar mais ou menos de algumas características pessoais, culturais ou até de aparência, de seu grupo ( raça ou outra coisa qualquer ) ou de grupos quaisquer. Qual o problema com isto? Há sempre uma fantasia de traição. Por isto penso que a valoração está na cabeça de cada um, e chamar de preconceito é algo que nos foi imposto.
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NadaSei
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por NadaSei »

francioalmeida escreveu:Essa besteira de se sentir ofendido por ser chamado de negão, macaco, betume etc. É tão mediocre como se ofender por ser chamado de bobo.
Palavras são somente palavras, seu significado é valorizado pelo ouvinte, e claro, uma vez surtindo efeito, qualquer locutor mal intencionado não hesita em usá-lo.
Com toda a sinceridade que eu possa expressar escrevendo pela net: "Eu jamais sentí sequer a mínima ofensa"
Talvez eu seja como o Jô Soares que brinca com seu excesso de gordurinhas o tempo todo, bem diferente de algumas pessoas que querem agredir o médico por ouvirem um diagnóstico de excesso de peso.
Algum ateu se ofenderia se eu o chamasse de herege? Já um fervoroso...

Concordo apenas em parte.

Só é ofendido aquele que é cúmplice do ofensor, pois para que seja realmente ofendido, ele tem que se permitir sentir-se ofendido.
Ok, pessoas fortes e "desencanadas" não deveriam se sentir ofendidas.

Só que o buraco é mais embaixo.
Realmente somos fracos, mas tudo bem... falha nossa a ser corrigida.
Só que o racismo é um problema cultural, se você permitir que qualquer um use dessas palavras, principalmente contra grupos que já são discriminados, o negocio vira bullying pesado.

Sinceramente, seria a volta a escola, onde temos crianças se xingando de "girafa", "macaco", "elefante", "viados", "ET", etc...
Se você permite isso contra um grupo, ainda mais na vida adulta, você da força ao racismo e ao preconceito.
Um cara vai trabalhar, o chefe fica bravo e grita: "Seu macaco burro, é por isso que não da pra ficar contratando crioulo fedido, é tudo tapado!".
Não dá né?

Na argentina fazem piadas via TV.
Dois caras estavam jogando um torneio internacional de xadrez importante (lá é televisionado), o negro estava jogando de brancas e o branco estava jogando de pretas.
Em dado momento o jogador branco fica melhor na posição e o comentarista diz: "E finalmente as pretas ficam melhor, me refiro as peças pretas... heheheheheh".
Isso incentiva o preconceito, algo que realmente não precisamos.

Se fosse só questão de xingar, como xingamos os outros de filhos da p*** e coisa do tipo, tudo bem... mas infelizmente o preconceito é forte demais em nossa sociedade e para evita-lo, esse tipo de regulamentação se faz necessária sim.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por NadaSei »

Apo escreveu:Como pode alguém dizer que não pertence a grupo algum? :emoticon26:

Isso já foi muito bem explicado.

Sou do grupo: "Homem, brasileiro, uberabense, bissexual, celibatario, teísta, sem religião, de olhos verdes, cabelos castanhos, e muitas outras coisas."
É um "grupo" tão especifico que só tem um membro... eu.

Não existem "grupos" em relação a coisas especificas, não um que se possa levantar "bandeiras" e dizer: Eu sou desse grupo e me sinto estranha a ele.
Você é do grupo dos "sem religião" e eu também... na verdade, no grupo dos sem religião a maioria dos "membros" são teístas. Acaso você pode dizer que se sente estranha a esse "seu" "grupo"?

As pessoas pegam características e as agrupam, o que é diferente de dizer que alguém "pertence" a tal grupo.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Orbe
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Orbe »

A mesma pessoa que queria discutir "boa música" e depois foi elogiar Iron Maiden agora quer discutir beleza. Dificil levar a sério. Provavelmente se criarem um tópico sobre a Derci Gonçalves ela vai lá dizer que a velha é linda... :emoticon19:

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Joe
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Joe »

NadaSei escreveu:
Joe escreveu:
NadaSei escreveu:Se sentir estranha ao grupo a qual pertence é sinal de racismo.


Nadasei,

Essa colocação ficou vaga, exemplifique.

Eu sou um individuo e não pertenço a grupo nenhum.


Está no grupo dos que não pertence a grupo nenhum.

Existem "grupos" e "grupos".
Sou branco (grupo dos brancos) pobre (grupo dos pobres) bissexual (grupo GLS), etc...

Você pode pegar alguma característica e coloca-la em um "grupo", o que é diferente da pessoa pertencer a um grupo que levanta uma bandeira e se coloca como diferente de outros grupos com outras bandeiras.
As pessoas aqui são ateista, mas não representam um "grupo" e se um ateu fizer merda, é uma pessoa que fez merda e que nada diz sobre o "grupo" dos ateus.

Se brancos são racistas, sinto muito, não tenho que ter vergonha do "meu" grupo e me sentir estranho ao "meu grupo".
Meu grupo o kct, não sou do grupo dos "racistas", sou apenas branco, se tem branco racista problema deles, não são meu grupo.

Falar sobre grupos no sentido "agrupar" certas característica é uma coisa, dizer que uma pessoa pertence a esse grupo é outra.
Resumindo, tenho características que podem ser agrupadas, sou homem, bissexual, branco, teísta, celibatário, etc... Mas não "pertenço" a grupo algum, mesmo porque, restaria saber se fico no grupo dos brancos, ou no dos bissexuais.
Alguém pode sugerir que fico no grupo dos "brancos bissexuais teistas celibatarios", mas se pertenço a um grupo que inclui todas essas caracteristas... é um grupo de um, pois igual só tem eu.

Sentir-se "estranho" ao próprio "grupo" é levantar uma bandeira racista, sexista, etc, onde você se coloca como "diferente" de um outro "todo", um "todo" que de fato não existe.
O que existem são característica culturais que seguem um padrão e, ao falar sobre esse padrão, generalizamos sem maldade, sem implicar com isso que todo santo branco é racista, que todo homem é machista ou que todo preto quer se fazer de coitadinho para conseguir cotas nas universidades.
Joe escreveu:
Existe uma diferença entre falar de forma genérica e entre realmente generalizar de forma preconceituosa.


Características culturais podem implicar racismo, mas quem se destaca fora desse padrão rompe as caracteríticas cultuarais ''impostas''.

São os indivíduos que formam uma cultura e não o contrario, em cada cultura sempre existiram outros padrões menores e diversidades de comportamentos que não respeitam esse padrão maior.
Brasileiro são fofoqueiros?
Em geral sim, mas existe uma tonelada de brasileiros que não o são... e existem dúzias de toneladas de não-brasileiros fofoqueiros.

Posso falar de forma genérica, não afirmar que, fulano é brasileiro, então é fofoqueiro.
E quem não é fofoqueiro também não esta simplesmente "fugindo" a um padrão cultural brasileiro imposto, isso tudo varia.
Em São Paulo é de uma forma, em Uberaba é de outra, na periferia também é diferente, na minha casa é diferente da sua, e, por fim, eu sou diferente do meu irmão.

O que chamamos de "cultura" é toda uma variedade de características de diferentes grupos e indivíduos em uma região.
Brasil é a terra do samba?
Em piracicaba a maioria escuta musica sertaneja.
É o pais do carnaval?
No tupi o que manda mesmo é a festa junina.

Não gosto de samba, carnaval ou futebol, aqui em casa só meu pai gostava de carnaval e meu irmão de futebol.
A maioria, minha mãe, minha irmã e eu, não gostamos de nada disso, sendo que de samba ninguém aqui nunca foi fã.
Devo me sentir "estranho" a meu "grupo" ou estou "fugindo" de uma padrão imposto?
Novidade... a maioria dos que conheço e convivo gostam MUITO mais de rock, MPB e musica clássica. Carnaval é época pra ir viajar, preferencialmente para lugares como Ilha bela, ilha do Cardoso, ilha do mel, etc... Não conheço um que fique louco para pular carnaval em algum clube ou ir ver o espetáculo na Sapucaí.
Carnaval é sinônimo de feriado prolongado, só isso.
Esse é um comportamento MUITO comum no Brasil, o país do samba e do carnaval.
Só o futebol que é um pouco mais forte em meu meio, mesmo assim, é gente que assiste pela TV apenas jogos importantes ou gosta de jogar com os amigos... são os típicos fanáticos de copa do mundo, brasileiros de 4 em 4 anos...


Essa foi uma opinião de uma pessoa do grupo que não tem grupo.

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Samael
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Re: Questão sobre o racismo.

Mensagem por Samael »

zumbi filosófico escreveu:
Samael escreveu:E eu vejo a questão dos padrões estéticos como mera "dominação de um padrão estético" que é, por uma série de fatores, estritamente branco.


E nem tão estritamente branco assim. Se vê de vez em quando loiras ou brancas morenas de trancinhas tipicamente usadas por negras, e caras brancos querendo ter cabelo do tipo daqules do Bob Marley. Além disso, cabelo crespo nem é apenas uma característica exclusivamente branca, e nem cabelo liso é também um tipo de hallmark dos brancos, é algo na verdade, nos extremos que são apreciados hoje em dia, mais asiático e indígena do que realmente branco, que vai desde o crespo, passando por tipos "ondulados" e etc e mais raramente os lisos "mesmo", que não precisam de "chapinha" e etc.

Também tenho a impressão de ter havido um sutil desvio nos padrões faciais para traços um tanto mais medianos entre todas as raças, em vez de traços mais estritamente europeus, como queixo comprido, nariz e lábios finos e pontudos. Traços mais arredondados, desde o médio catherine-heiglesco até extremos, como lábios angelina-jolienescos me parece estarem mais na moda do que num passado mais ou menos recente. Por exemplo, os únicos bocões que se aproximavam de picos joliescos do passado que me lembro foram nos anos 80 a Kelly LeBrock e entre 80-90 a Kim Basinger, e antes disso o mais próximo talvez tenha sido a Ava Gardner.


Sim, mas mesmo as negras consideradas belas possuem aqueles traços básicos predominantemente brancos, como um cabelo minimamente maleável, a boca em geral mais fina, os olhos mais puxados, etc.

Trancado