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Falsa moralidade na religiões

Enviado: 21 Mar 2008, 23:34
por Joe
Moralidade é o termo certo que um deísta usa para designar a busca de criação ou formulação do seu próprio conceito de existência divina? Não, nunca foi.

A moralidade passa a partir dos conceitos de responsabilidade pessoal atribuidos a certos atos, moralidade vêm a partir de boas ações e éticas. A Religião é moralmente ética? Christopher Hitchens fala sobre a mesma em dois videos (aqui e aqui).

É ético acreditar que seus ''pecados'' serão salvos apenas pela punição de um outro ser? É moralmente ético não pensar criticamente? Todas essas questões são abordadas por Hitchens.

Um Deísta por si exclui certas possibilidades e cria a sua própria levando assim a criação de um Deus sobre seu conceito Auto-Centrista, egoísta e que apenas ele entende o seu conceito divino e só ele pode passar essas informações para seus amigos etc.

Certas idéias Deístas se baseiam em moralidade, algumas dessas com a existência de um ser superior (dentro do conceito de moralidade) que eles preservam das relações humanas e incluem em sua explicação, e só existirá sentido para vida se disso prover dessa existência divina e que é moralmente ético aceitá-la.

Levando em conta essa premissa, é de fato demonstrar que quando se há sentido para a vida carregado aos conceitos de um ser criador, você já nasce com características e objetivos definidos, sem você por sua responsabilidade pessoal ser o criador de seu futuro e de seu próprio sentido a vida.

Mesmo com conceitos de ''livre-arbítrio'' e conceito de liberdade, tudo entra em cotradição com os dogmas e os postulatos religiosos (o livre-arbítrio é um dos) e essa característica de liberdade, ou seja lá como queira falar provem de sua responsabilidade pessoal construir assumindo riscos e problemas cotidianos que o mesmo religioso assume, mas sem assumir o risco, pondo a figura de sua imagem e semelhança um centro de descarrego de seus problemas.

Ele que se considera um pecador e descarrega naquela pessoa que ''existiu'' e ''morreu'' e ''seu pai'' que ''criou'' o universo todas preocupações e pecados. O seu centro de descarrego de seus problemas sabendo que no final poderá ser perdoado pelo castigo desse ser. Aonde se encontra recíproca amorosa?

Por si só se torna um conforto para a pessoa fazer tais atos. Dando um sentido de vida que nunca merecerá ser considerado um sentido com finalidade, valor e objetivos e isso eu me refiro a idéias e contradições religiosas, mas não as pessoas que tentam ajudar, por mais que elas acreditem em existência divina, nada disto se baseia em transcedentalidade e sim em responsabilidade pessoal em ajuda ao próximo.

Um deísta postulando conceitos da existência divina apartir deste que criou o universo através das leis físicas e químicas modernas entra em contradição apartir do ponto de omissão de estudo, logo das leis químicas e físicas cortar hipóteses sobre a existência divina apartir deste ser superior-criador resumir em uma hipótese, nada mais.

A religião e o sentido da existência são falhos em tudo por existir contradições que não podem ser contraditas.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 07:58
por Ilovefoxes
Não existe moral na religião. Assim como pais não podem ensinar moral para os filhos.

Moral são conceitos do que é certo ou errado criados pelo próprio indivíduo. O que é absorvido externamente é moralismo.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 11:39
por Joe
Ilovefoxes,

Eu sei que a religião não é moral e é falsamente abordada. E os conceitos de moralidade são individuais, eu abordei isso em função do Deísta que ainda assemelha a função de a moralidade existir a partir da criação divina, o que não é certo.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 12:53
por NadaSei
Joe, um deísta é tão livre para se pautar na ética quanto um ateu.
O deísta a priori nega a idéia de que qualquer religião, livro ou guru, possuam respostas certas nas quais devemos ter a mais absoluta convicção (crença cega).
Dessa forma, suas idéias não entram necessariamente em contradição com "os dogmas e os postulados religiosos", pois o deísta não os segue, não confia cegamente neles como sendo verdades reveladas.
A idéia de uma moral existindo em função divina, não difere da idéia da moral existindo em função de como o nosso meio a impôs ao acaso.

O que o deísta pode fazer, é criar contradições próprias e herdar moralismos do meio, nada diferente do que pode ocorrer com um ateu.
O deísta é livre para pensar por si próprio e pode fazer, ou não, uso de qualquer religião.

Nem precisa ser deísta pra isso, o cara pode ser um teísta ou mesmo um teísta cristão. O problema é que existe uma confusão sobre a religião.
Religião é igreja?
O cristianismo é uma religião, entretanto, existem diversas igrejas cristãs diferentes.
Mesmo o cristão é obrigado a questionar, a estudar e a pensar por si próprio (mesmo que muitos não o façam).
Cada denominação cristã tem uma interpretação diferente sobre o que está na bíblia, uma denominação refuta e contra argumenta as idéias das outras...
Qual delas está certa?
Alguma delas está certa?
Todas tem erros e acertos?
Pra saber, só estudando e questionando.

A religião em si, nem ao menos depende de igrejas, toda religião normalmente tem sua tradição mística e qualquer um pode ler esses textos religiosos e encara-los como encaram textos de filosofia.

O engraçado sobre essa estória toda, é que Cristo da esse exemplo, ele parece um ateu militante nos evangelhos, pregando contra os padres e pastores da época, pregando contra os evangélicos e católicos da época. (E contradizendo a moral e leis da época).
Diz que as pessoas estão distorcendo o significado da religião judaica e pregando doutrinas humanas, como se fossem de Deus. Ele adverte as pessoas para tomarem cuidado com essas doutrinas.
Hoje, dois mil anos depois, as pessoas pegam as palavras dele e fazem o mesmo, distorcem e pregam doutrinas humanas como se fossem de Deus.

Hoje Cristo virou o "redentor de nossos pecados" e basta "aceita-lo" no coração para conseguir a salvação eterna após a morte... Só que ele foi um cara que sempre pregou que sim, cometemos erros, mas podemos parar de comete-los, que podemos nos salvar em vida e atingir o "reino dos céus" em vida, mas que isso é MUITO difícil, para isso, temos que "carregar nossa cruz", "vigiar" e estarmos "atentos" o tempo todo, além de amarmos ao próximo sem julga-los, ensinou que antes temos que remover a "trave" de nossos próprios olhos, para então enxergar com clareza e, só assim poderemos ver o cisco no olho do irmão.

O problema está muito mais na forma como as pessoas encaram a religião e fazem uso dela, que na religião em si. O problema está muito mais na forma como lidam com os textos, que nos textos em si.
A religião pode e deve ser questionada e seus textos, são sim de grande ajuda na construção de uma ética, assim como os textos dos grandes filósofos também o são. Basta saber lidar com essas coisas.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 14:37
por Fernando Silva
É idiota achar que alguém pode se oferecer para morrer em lugar de alguém que cometeu um crime e que, com isto, o criminoso deve ser perdoado.

O inocente é castigado e o criminoso continua criminoso.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 18:09
por Joe
NadaSei escreveu:Joe, um deísta é tão livre para se pautar na ética quanto um ateu.
O deísta a priori nega a idéia de que qualquer religião, livro ou guru, possuam respostas certas nas quais devemos ter a mais absoluta convicção (crença cega).
Dessa forma, suas idéias não entram necessariamente em contradição com "os dogmas e os postulados religiosos", pois o deísta não os segue, não confia cegamente neles como sendo verdades reveladas.
A idéia de uma moral existindo em função divina, não difere da idéia da moral existindo em função de como o nosso meio a impôs ao acaso.



NadaSei,

A forma como deístas observam os conceitos para formular a própria visão são muito semelhantes aos postulatos religiosos, como livre-arbítrio e eles substituem por liberdade, e moralidade se baseia e muito na questão pessoal de própria responsabilidade, mas a existência e a formulação da visão dele de moralidade se assemelha a criação da prórpia visão dele de Deus, indiretamente põe o Deus como inquisitor ou criador de certas leis.

Caso não seja dessa maneira, a contradição vai ser sem fim e vai cair em mera retórica como sempre foi.

O resto do seu discusso não foi necessário.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 22 Mar 2008, 18:11
por Joe
Fernando Silva escreveu:É idiota achar que alguém pode se oferecer para morrer em lugar de alguém que cometeu um crime e que, com isto, o criminoso deve ser perdoado.

O inocente é castigado e o criminoso continua criminoso.


Correto, foi isso que Hitchens falou, lógica irrefutável.

Re: Falsa moralidade na religiões

Enviado: 23 Mar 2008, 21:52
por NadaSei
Joe escreveu:NadaSei,

A forma como deístas observam os conceitos para formular a própria visão são muito semelhantes aos postulatos religiosos, como livre-arbítrio e eles substituem por liberdade, e moralidade se baseia e muito na questão pessoal de própria responsabilidade, mas a existência e a formulação da visão dele de moralidade se assemelha a criação da prórpia visão dele de Deus, indiretamente põe o Deus como inquisitor ou criador de certas leis.

Caso não seja dessa maneira, a contradição vai ser sem fim e vai cair em mera retórica como sempre foi.

O resto do seu discusso não foi necessário.

Existem deístas e deístas, falar sobre eles no geral, seria como falar sobre ateus no geral.
Alguns ateus acreditam no livre-arbítrio e o defendem, assim como deístas podem não acreditar nisso.

Um deísta por si só é alguém que acredita em Deus e se posiciona filosoficamente contra a idéia de religiões reveladas.
De resto, o cara pode estudar ética e chegar as mesmas conclusões de um ateu qualquer.

Colocar Deus ou não como o criador de certas leis, não muda nada.
Por exemplo, o certo e o errado poderiam ser definidos pela forma como a realidade se apresenta.
Isso é algo que tanto deístas quanto ateus podem concordar.
Se o cara é deísta, vai dizer que Deus criou a existência como ela é, sendo assim foi ele quem definiu as "leis".
Se o cara é ateu, vai dizer que a existência é como é devido ao acaso e as leis naturais, sendo assim, ninguém criou essas "leis".

Fora essa discordância, eles podem estar 100% de acordo em todas as questões éticas.