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Crítica de um Esquerdista (ou nem tanto assim...) ao MST

Enviado: 18 Abr 2008, 16:37
por DIG
Crítica de um Esquerdista ao MST
Na qualidade de esquerdista, vejo como inevitável que haja, no seio da sociedade, um conflito latente entre interesses divergentes -- e que esse conflito resulte em situações de atrito ou de choque.

Na qualidade de esquerdista acredito que há circunstâncias em que o atrito ou o choque são instrumentos legítimos de pressão, política ou social, para pôr em movimento processos de mudança no interesse da coletividade.

Apesar disso, há pelo menos uns dez anos que eu perdi a paciência com o MST e a cada dia perco minha paciência com os que ainda toleram esse "Movimento".

Perdi a paciência porque o atrito e o choque podem ser instrumentos, mas não precisam sê-lo quando há maneiras menos traumáticas de resolver a situação. Gritamos para ser ouvidos, mas quando somos chamados a falar devemos falar civilizadamente.

O MST continua gritando mesmo depois que o PT, seu aliado quase incondicional, chegou ao governo. Em vez de usar esse canal privilegiado para negociar seus objetivos, o "Movimento" prefere continuar encenando conflitos que desgastam o governo seu aliado, prejudicam negócios legítimos de nossa economia e não produzem nenhum efeito no avanço de suas metas.

O MST se intitula um "movimento" social de bases, mas a cada dia parece mais um lobby da esquerda radical sem voto que manipula as esperanças de pessoas miseráveis (ou, em alguns casos, de pessoas inescrupulosas) para "fazer barulho" e sobreviver politicamente.

O MST, como movimento agrário, está bem servido de agitadores e discurseiros, mas parece carecer de agrônomos, agricultores, ou mesmo de pessoas esclarecidas sobre as características da economia mundial moderna. Defende um modelo econômico não-sustentável (a pequena propriedade familiar de subsistência) e improdutivo e combatem a agroindústria com invasões e depredações de fazendas experimentais. Defende o garimpeiro despreparado que esburaca o chão e usa mercúrio para separar o ouro, mas combate a Vale.

A questão não é só política (se fosse não caberia nesta comunidade) -- é também científica. O MST é mal assessorado não apenas em estratégia, adotando um radicalismo tão desnecessário quanto incômodo, mas também em concepção técnico-científica.

Além dos problemas acima referidos, o MST também desfila uma série de teses pseudo-científicas e uma total falta de noção de biotecnologia. Quando foi feito o ataque à fazenda experimental no RS uma das "líderes" ligou o feito ao protesto contra os transgênicos, mas ali se desenvolviam novos cultivares de plantas com base em seleção genética e enxertia -- nada a ver com transgênicos.

Para piorar, o MST ainda defende bandeiras curiosas em lugares ainda mais curiosos. Não diz uma palavra contra as madeireiras predadoras no Sul do Pará, por exemplo, além de em outro momento ter protagonizado o vexaminoso episódia da invasão da fazenda do presidente Fernando Henrique Cardoso -- como se o Presidente da República não tivesse o direito de possuir uma propriedade privada.

Abundam denúncias de que alguns dos "Trabalhadores Rurais" do "Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra" são, na verdade, desempregados urbanos em busca de um título de propriedade. Outras dão conta de que membros do MST já são proprietários em outros lugares. De que verbas repassadas pelo governo para investimento em alfabetização de adultos foram desviadas.

E nesse monte de questiúnculas e pequenas incompetências, o MST -- que surgiu como um movimento legítimo da sociedade brasileira, se apequena e se torna obsoleto. Talvez a virulência dos "abris vermelhos" reflita apenas a percepção ou o temor de que a solução para a agricultura brasileira passa ao largo do "Movimento", que se esvazia e perde representatividade à medida em que se radicaliza.

Para finalizar, cabe a pergunta: até que ponto existe um planejamento para o futuro do agronegócio no Brasil? Vocês estão vendo isso? Ou estamos ainda falando em reforma agrária e assentamento de agricultura familiar?(...)



Fonte: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm= ... 15&start=1

Re: Crítica de um Esquerdista (ou nem tanto assim...) ao MST

Enviado: 18 Abr 2008, 18:02
por SickBoy
onde é que eu assino?

Re: Crítica de um Esquerdista (ou nem tanto assim...) ao MST

Enviado: 18 Abr 2008, 18:56
por SickBoy
Sem-terra são réus em crime de segurança nacional

Oito líderes do MST da região da Coqueiros são processadosOito líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acampados em áreas próximo à Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, serão processados por crimes contra a Segurança Nacional.

A denúncia do Ministério Público Federal foi aceita pela Justiça Federal de Carazinho esta semana.

Durante os últimos quatro anos, a Fazenda Coqueiros foi alvo de manifestações e invasões pelo MST, que pedia ao governo federal a desapropriação da área de 7 mil hectares para a criação de assentamentos. As invasões e ações do movimento teriam gerado uma série de crimes, reunidos em inquéritos policiais investigados pela Polícia Civil. Foram registrados homicídios, furtos, danos ao patrimônio, invasões e até o uso de dinamite supostamente para danificar máquinas agrícolas e sabotar a colheita na fazenda de propriedade da família Guerra. No entanto, algumas denúncias elevaram a atuação do MST ao status de crimes federais, fazendo com que o Ministério Público Federal de Carazinho denunciasse os líderes do movimento por crimes contra a segurança nacional.

A denúncia foi entregue ainda no final de março pela procuradora federal Patrícia Muxfeldt, mas pelo acúmulo de processos na Vara foi distribuída apenas nesta semana. No dia 15, o juiz federal substituto da Vara Federal de Carazinho, Felipe Veit wLeal, analisou a denúncia e decidiu aceitá-la, dando início ao processo que transforma em réus oito líderes do MST que teriam atuado nos acampamentos mantidos em torno da Fazenda Coqueiros.

Ao acatar a denúncia, o juiz determinou que o processo corra em segredo de justiça e, por isso, os detalhes da denúncia não foram divulgados.

A notícia surpreendeu até mesmo a família Guerra, proprietária da fazenda alvo das invasões, já que denúncias baseadas na lei de crimes contra a segurança nacional eram mais freqüentes no período dos governos militares (1964-1985) . O produtor rural Félix Tubino Guerra, um dos proprietários e que também foi ouvido durante as investigações, considerou procedentes as acusações.

- Para o bom funcionamento do regime democrático, quem comete crime tem que ser processado e condenado - salientou.

No acampamento do MST próximo à fazenda, onde ainda ontem houve invasão (veja no quadro ao lado), os coordenadores disseram não conhecer a denúncia. Conforme um dos integrantes do acampamento, que se apresentou por telefone à reportagem como sendo Palmeira Brizola, nenhum acampado teria sido citado da ação até o momento.

MARIELISE FERREIRA
ZERO HORA-RS

As ações do mst para lembrar massacre

O MST promoveu ontem no país uma onda de manifestações em homenagem aos mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Os manifestantes tomaram rodovias, paralisaram pedágios e obstruíram estrada de ferro. As ações atingiram ainda praças de pedágio e hidrelétricas. Confira:
Contra Fazendeiros

O MST invadiu uma área da Fazenda Coqueiros, no município de Coqueiros do Sul, norte do Estado, na manhã de ontem. O grupo, proveniente do Acampamento do Jandir (área vizinha à fazenda, onde o MST mantém famílias acampadas desde 2004), pulou a cerca da propriedade, montou duas barracas e espalhou algumas cruzes de madeira pelo local.

Uma hora depois, foram retirados pela Brigada Militar. Segundo a Brigada Militar, outras 30 pessoas, saídas do Acampamento da Serraria, também montado ao lado da fazenda, em 2006, e que abriga famílias do movimento, entraram em outra área da propriedade rural. No início da tarde, as famílias foram retiradas. Esta é a 12ª vez que a Coqueiros é invadida pelo MST.

Contra a Vale

Sem-terra invadiram a sede da Vale em Belém (PA) por cerca de 15 minutos, ontem à tarde. O grupo arrombou o portão da frente do prédio. Cerca de 30 funcionários foram mantidos reféns por aproximadamente 15 minutos, segundo informações da assessoria de imprensa da companhia. O protesto aconteceu após os manifestantes desocuparem a Estrada de Ferro de Carajás, também da Vale, invadida pela manhã. Durante a manifestação, 22 pessoas ficaram feridas quando um trem da companhia atingiu uma barreira de troncos colocada na estrada de ferro.

Em nota, a Vale informou que a invasão da ferrovia resulta em uma perda diária de US$ 22 milhões para a balança comercial brasileira. A Estrada de Ferro Carajás é a principal via de escoamento do minério de ferro da companhia. O MST acusa a Vale de ´´criminalizar os movimentos populares ao criar um clima de terror, incentivando a violência contra famílias sem terra´´.


Contra Pedágios

O MST optou, mais uma vez, por invadir praças de pedágio nas rodovias paranaenses, como uma forma de participar da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária e lembrar os 12 anos do massacre Eldorado do Carajás. O MST também reclamou, em um panfleto distribuído aos motoristas, que haveria milícias armadas agindo contra os sem-terra. As invasões ocorreram durante a manhã e atingiram 11 das 27 praças existentes no Estado. No entanto, três foram desocupadas voluntariamente logo depois. Os funcionários foram orientados a deixar as praças para evitar confronto. Os sem-terra levantaram as cancelas, e os carros passaram sem pagamento da tarifa. Em uma nota, o movimento acentuou que ´´os pedágios são um dos principais entraves da agricultura camponesa e familiar´´. Os sem-terra começaram a deixar os locais de forma espontânea a partir das 16h.


Contra Hidrelétricas

Integrantes do MST invadiram ontem parte das instalações da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Canindé do São Francisco, a 213 quilômetros de Aracaju (SE). Os sem-terra reivindicam o reinício das obras no assentamento Jacaré-Curituba, localizado no município, cuja verba de R$ 51 milhões, segundo o MST, já foi liberada pelo governo federal. As PMs de Sergipe e Alagoas foram até o local, mas não interferiram. O diretor de operações da Chesf, Mozart Bandeira, assegurou que a invasão não prejudicará o fornecimento de energia.


Outras manifestações

Ceará - Pelo menos duas rodovias federais tiveram o trânsito interrompido

Minas Gerais - Uma fazenda foi invadida na cidade de Jequitaí, no norte de Minas.

Paraíba - O MST promoveu invasões de terra e bloqueio da rodovia.

Pernambuco - Sem-terra protestaram nas principais ruas do centro de Recife.

Porto Alegre - Agricultores tomaram dois prédios públicos - o pátio do Ministério da Fazenda, onde fica a Receita Federal, e da Secretaria Estadual da Agricultura - na quarta-feira. A Secretaria havia sido liberada no mesmo dia, mas a área do Ministério só foi desocupada ontem.

Santana do Livramento - Integrantes do MST e da Via Campesina voltaram a fazer bloqueios no km 230 da BR-158, em Livramento. Diferentemente do que estava programado inicialmente, os manifestantes fizeram dois bloqueios pela manhã e outros cinco à tarde. Filas de cerca de 300 metros nos dois sentidos da rodovia se formavam a cada paralisação.

São Gabriel - O MST tem até as 10h de hoje para desocupar a Fazenda Southall conforme determinação da Justiça. Às 21h, líderes do grupo estavam reunidos com representantes da ouvidoria agrária para tratar de suas reivindicações.

O que diz a Lei 7.170

- A lei, de 14/12/1983, define os crimes que colocam em risco a integridade e soberania do território nacional, o regime democrático e os chefes dos poderes da União. Entre eles, estão as iniciativas de provocar guerra, invasão do território, importar ou utilizar armamento militar, atos de espionagem, sabotar instalações militares, vias de transporte, usinas e aeroportos, danificar meios de defesa ou segurança do país.

- Ainda é considerado crime a prática de atos de depredação e explosão por inconformismo político ou para obter fundos destinados à manutenção de organizações políticas subversivas, além de fazer propaganda de discriminação, luta entre as classes sociais e incitar a subversão da ordem política ou social.

- Constituir organização ilegal com finalidade combativa e ofender a integridade moral ou física do presidente da República, do Senado, da Câmara ou do Supremo Tribunal Federal são considerados crimes contra a segurança nacional.

- As penas previstas vão de um e 30 anos de prisão.

Re: Crítica de um Esquerdista (ou nem tanto assim...) ao MST

Enviado: 20 Abr 2008, 18:38
por waldon
Esquerdista do PSDB parece.

Re: Crítica de um Esquerdista (ou nem tanto assim...) ao MST

Enviado: 20 Abr 2008, 18:52
por Apo
DIG escreveu:NA QUALIDADE DE ESQUERDISTA, vejo como inevitável que haja, no seio da sociedade, um conflito latente entre interesses divergentes -- e que esse conflito resulte em situações de atrito ou de choque.


Só de esquerdistas? Não entendi...Pensei que todo ser humano visse isto como inevitável.

DIG escreveu:NA QUALIDADE DE ESQUERDISTA, acredito que há circunstâncias em que o atrito ou o choque são instrumentos legítimos de pressão, política ou social, para pôr em movimento processos de mudança no interesse da coletividade.


Mesmo? Pensei que esta era a forma como os esquerdistas viam e rotulavam os regimes de direita.

Que coisa, ando meio confusa...ou equivocada. Perdão aos esquerdistas.

MST = Máfia criminosa protegida e custeada pelo PT e seus cumpanhero com o dinheiro público.