As faltas da ICAR e o relativismo
Enviado: 30 Abr 2008, 10:18
É sabido por todos que a ICAR condena o relativismo. O próprio
papa Bento XVI escreveu a respeito do tema condenando-o, afinal
relativismo e dogma não podem coexistir!
Tambem é sabido por aqueles que conhecem história que a ICAR
queimou inúmeras pessoas (maioria absoluta de mulheres) por
acusações de bruxaria, muitas vezes usando como "evidência"
uma mancha ou marca qualquer de nascença.
Mas já ouvi de alguns católicos que recorrem a um contexto
histórico para tentar justificar ou minimizar tais atos, que
por sinal teriam sido condenáveis quer tivessem sido cometidos
na idade média, quer na antiguidade greco-romana, quer na china,
quer na pérsia.
Fazendo isso, tentam recorrer ao relativismo que tanto abominam,
pois o que seria o relativismo moral e cultural se não a alegação
que estes e aqueles atos são justificáveis no contexto de uma
dada cultura, sociedade e em uma dada época?
Pois nem nos dissoi logoi, e nem nos discursos do sofista Hípias
( que alegava ser o incesto algo legítimo, dado que algumas
culturas o praticavam ), se encontra defesa de algo semelhante
a queimar pessoas vivas por alegadas associações com uma entidade
maligna, baseadas em evidências ridículas (e seguidas do confisco
dos bens dos infelizes pela organização que os mandou as chamas).
Na verdade, ao invocarem um "contexto histórico" para minimizar
tais atos, os católicos recorrem a um relativismo mais parecido
com aquele dos sofistas Trasímaco e Cálicles (do Górgias platônico),
que defendiam que o mais forte poderia e deveria fazer o que bem
entendesse, posto que isto era o que a sua natureza demandava.
papa Bento XVI escreveu a respeito do tema condenando-o, afinal
relativismo e dogma não podem coexistir!
Tambem é sabido por aqueles que conhecem história que a ICAR
queimou inúmeras pessoas (maioria absoluta de mulheres) por
acusações de bruxaria, muitas vezes usando como "evidência"
uma mancha ou marca qualquer de nascença.
Mas já ouvi de alguns católicos que recorrem a um contexto
histórico para tentar justificar ou minimizar tais atos, que
por sinal teriam sido condenáveis quer tivessem sido cometidos
na idade média, quer na antiguidade greco-romana, quer na china,
quer na pérsia.
Fazendo isso, tentam recorrer ao relativismo que tanto abominam,
pois o que seria o relativismo moral e cultural se não a alegação
que estes e aqueles atos são justificáveis no contexto de uma
dada cultura, sociedade e em uma dada época?
Pois nem nos dissoi logoi, e nem nos discursos do sofista Hípias
( que alegava ser o incesto algo legítimo, dado que algumas
culturas o praticavam ), se encontra defesa de algo semelhante
a queimar pessoas vivas por alegadas associações com uma entidade
maligna, baseadas em evidências ridículas (e seguidas do confisco
dos bens dos infelizes pela organização que os mandou as chamas).
Na verdade, ao invocarem um "contexto histórico" para minimizar
tais atos, os católicos recorrem a um relativismo mais parecido
com aquele dos sofistas Trasímaco e Cálicles (do Górgias platônico),
que defendiam que o mais forte poderia e deveria fazer o que bem
entendesse, posto que isto era o que a sua natureza demandava.