Como você participa da educação de seu filho?

[Res Cogitans]

A proposta deste tópico é saber como você pretende atuar ou como você atua no processo de aprendizado dos seus filhos. Você estimula a leitura? É rigoroso com relação a notas? Verifica de perto a atuação dele(a) na escola? Incentiva que ele procure bibliografia complementar? Deixa tudo por conta da escola?Tenta ensiná-lo a estudar de maneira mais eficaz? Faz os deveres dele (q feio ein!)...
Sei..lá. a questão é: como você lida ou pretende lidar com isso?

[Res Cogitans]

Quanto a incentivo a leitura posso afirmar categoricamente que meu filho terá, pricipalmente com pai e mãe bibliófilos.

Quanto a acompanhar os estudos do meu filho...bem, o ideal seria acompanhar todas as matérias mas provavelmente não terei tempo pra isso. Então, acompanharia de perto, no mínimo, duas coisas: redação e matemática. Porque acho que são competências mais dífíceis de serem desenvolvidas e fazem muita falta para quem não as possui.

Ultimamente tenho estudado algumas técnicas de estudo, com certeza meu filho irá usufruir delas.
Caso ache que a escola está nivelando por baixo alguma matéria, tentaria eu mesmo aplicar avaliações complementares pra ele...

Bem... isso são algumas coisas que eu queria fazer... mas na prática tudo muda.

[carlo]

Tive dificuldades terríveis com esta questão de educação.A mania dos adolescentes de hoje não lerem é um fato que me intrigava quando meu filho era mais novo.Notei a certa altura que ele não estava lendo nada de nada, hoje é um problema superado, só consegui faze-lo se interessar por ler ao 16 anos.Fui chamado na escola dele e a psicóloga me disse que os jovens hoje eram considerados adolescentes até aos 25 anos e que a maioria dos adolescentes hoje não lêm mesmo.Depois de muita "negociação" eu o persuadi a ler mais e dei sorte, ele se interessou pela coisa.Eu entendo que os jovens só partem mesmo para o conhecimento, quando se interessam pela leitura, e não se iludam, ela faz falta em todas as épocas da sua vida, em todas as áreas,conheço bons profissionais em diversas áreas por exemplo que não conseguem levar um assunto àdiante, se o mesmo não for da sua área.

[user f.k.a. Cabeção]

Sobre essas técnicas de estudo.

Elas são eficazes, ou é mais daquele papo-furado que todo mundo sabe?

Eu não estou indo mal nas notas não, vou passar direto em todos os cursos, mas eu simplesmente não consigo estudar, pelo menos quando vou para casa. Tem sempre alguém ou alguma coisa para me distrair. Nem as épocas das provas mais difíceis eu acabo estudando o que deveria.

Isso faz parte de um comportamento de longa data meu, de não estudar, mesmo sabendo que deveria. Queria tentar corrigir isso. Não só para aumentar meu rendimento atual, mas também para estar preparada quando me deparar com situações realmente complicadas e que exijam tal esforço.

Uma coisa que eu estou fazendo é ficar na faculdade até mais tarde, porque eu entro numa daquelas salas vazias do CCMN, desligo o celular e consigo me concentrar. O problema é que sair tarde do fundão também é a maior roubada.

[Vito Álvaro]

Como eu estudo a escola. Não preciso ouvir atenção. Apenas eu leios os livros até e-books.

Minha turma e colegas, também eu vejo os alunos outras escolas são preguiçosos.

Não lerem nada e também não fazem tarefa a aula e em casa. O bom que fez pode ganhar 0,5 a nota.

As meninas fazem que os meninos fazem poucas tarefas.

Não estou indo muito bem, eu erro a prova que estou fazendo. Dever tarefa e fazer trabalho faço mais ou menos a nota e problema é fazer a prova. Cada etapa ou unidade a prova vale 3 pontos e então tem 2 provas fica 6 pontos e mais que fez tarefa tudo vale 3 pontos e mais 1 ponto adicional.
Rapaz, fico nota média é 4 á 6 pontos. Eu passo bem as matérias são: Inglês, Geografia e Ciência. Como eu estudo 8ª Série. Acho vou perder de ano.

[Najma]

Bem...

Tenho dois exemplos humanos em casa, dois filhos diferentes um do outro no que se refere a dedicação aos estudos e uma coisa que tenho a dizer: não adianta forçar. Tem que dar o exemplo.

O Leo tem 15 anos. Atualmente está lendo Criação do Gore Vidal em prestações módicas, mas está lendo, assim como sempre pede mais algum livro que eu tenho em casa só pra "treinar". Vai muito bem no curso técnico que está fazendo, sempre teve um interesse científico pelas coisas da vida. Aos 3 anos recitava feliz o que era fotossíntese, como as lâmpadas de halogênio eram diferentes das lâmpadas de filamento, um trecho da "morte da Terra e do Sol" do livro Cosmos, além de saber como as estrelas são distribuídas pela "cor" e tamanho naquele gráfico de Hertzsprung-Russel sem eu ter tido que fazer força alguma. Ele só escutava atentamente quando eu falava a respeito, via as figuras em algum livro que eu tinha, pedia pra repetir e já saia falando feito um papagaio. Na escola foi questão dele se acostumar com as obrigações como tarefa, leitura dos livros indicados nas avaliações e os professores ficavam encantados com as aulas que ele dava sobre assuntos diversos, quando estava simplesmente conversando... hoje em dia eu nem sei quando tem prova, só sei que as notas estão muito boas. Ele já incorporou o estudo, a pesquisa à própria rotina. E, detalhe: sem esforçar.

Já o Giordano tem 8 anos. Embora eu tenha feito tudo praticamente igual com ele, tenha lido livros como Pálido Ponto Azul pra ele dormir, tenha mostrado as mesmas coisas a ele, com o mesmo interesse de minha parte, ele sempre deu de ombros e pediu papel e lápis para desenhar... Ganhou sua primeira caixa de giz pastel ainda ontem... Não tem adiantado estimular o interesse pelos estudos. Eu nunca soube o que era ir muito mal na escola, ele vai... Mas canta que é uma beleza, desenha que é uma beleza, tem respostas criativas pra tudo, enfim, é um artista nato. A preocupação dele é com os colegas, tem outro tipo de inteligência, visão de mundo e vou procurando estimulá-lo da forma que ele exige.

O que eu quero dizer é que não adianta querer transformar os filhos em CDF se eles não têm aptidão para a coisa. Vai de prestar atenção no interesse deles e sempre ter o que oferecer. Brigar por boas notas eu nunca briguei, só sempre disse que quem sabe faz, quem não sabe chora porque não tem jeito de mandar outro fazer na escola. Eu mesma... NUNCA meus pais tiveram que me forçar a estudar. É uma aptidão minha, aprendi a ler muito cedo e pegava livros na estante que ficavam acessíveis. Via minha mãe lendo e queria fazer igual. É isso, exemplo... não existe método de estudos que dá certo, só aquele que a pessoa desenvolve para si mesmo e sua própria visão de mundo que deve ser respeitada e se possível sempre aperfeiçoada com a assistência dos pais. Isso tem sido o que a experiência tem me mostrado. Posso estar redondamente enganada mas as pessoas só se dedicam com afinco àquilo que lhes desperte interesse e amor.

Beijos

[Res Cogitans]

Elas são eficazes, ou é mais daquele papo-furado que todo mundo sabe?

Depende, o livro Como Estudar de Cliford Morgan é baseado em estudos aplicados em universidades. Eu estou com pouquíssimo tempo pra estudar e compensei com as técnicas do livro. Pra última prova de física só estudei 2 dias e não me dei mal.

[Res Cogitans]

tem algumas coisas que estou lendo agora sobre técnicas de estudo, que são os mapas conceituais, mapas semânticos, mapas mentais. Mas acho que eles servem mais pra humanas.

[Res Cogitans]

A propósito Cabeção você pegar o livro na Faculdade de Letras, vá direto para o capítulo 3 "A estratégia do estudo"

[Acauan]

De minha experiência, antes de estimular a leitura, convém estimular o amor pelo conhecimento. O gosto pela leitura será uma conseqüência natural.
Crianças são naturalmente curiosas, gostam de descobrir coisas novas.
Basta os pais ficarem atentos aos interesses dos filhos e criar um ambiente em que possam desenvolvê-los que os próprios encontrarão seu caminho.

Levo meus filhos a museus desde bem pequenos.
Crianças gostam de desenhos e pinturas coloridas, por isto visitamos o MASP onde me demorava explicando as Madonas, quadros de cores fortes e tema maternal, dois elementos com os quais as crianças se identificam facilmente.
Descrevi uma destas visitas em Madonas do MASP – Vênus Cristãs, que republiquei neste fórum. Também gostamos muito da Pinacoteca do Estado. Meu filho de dez anos sabe identificar com facilidade uma pintura barroca e citar as principais características desta escola.

O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, sempre associado ao nome de nosso ilustre cientista e músico, prof. Dr. Paulo Vanzolini, é um excelente lugar para apresentar as crianças à ciência.

Como acho a cultura física tão importante quanto a intelectual para as crianças, ou até mais, sempre estimulamos a prática de esportes, principalmente os coletivos que desenvolvam um senso de competição dentro de regras, cooperação e sociabilidade.

Mas nada é mais importante na formação dos filhos que a escolha correta da escola.
Visitei várias, corri longe léguas daquelas que adotavam modismos pedagógicos modernentos, que eram explicados por professorinhas que pareciam versões juvenis da Xuxa.
Escolhemos uma de pedagogia tradicional e conservadora, com disciplina rígida e professores maduros, cujo proprietário fundador era professor de carreira. E 100% laica, obviamente.
Mesmo assim ou por causa disto, a escola tem um excelente auto-astral. Meu filho a adora, sente prazer em freqüentá-la e seus resultados escolares refletem isto. A menina segue para a mesma escola ano que vem.

Não adianta ter uma escola que valorize a disciplina se ela não existe em casa. Aqui há um acompanhamento diário das atividades escolares, lições de casa e calendário de provas.

Neste ambiente os livros são introduzidos naturalmente na vida das crianças. O primeiro de conhecimento específico que dei ao meu filho foi "O Sistema Solar" de Alberto Delerue, já que manifestou interesse por astronomia.
Lemos alguns capítulos juntos, mas ele apresentou alguma dificuldade com o vocabulário técnico, daí nos concentramos mais nas fartas ilustrações e nos pontos principais do texto.

E brincadeiras, vídeo-games e desenhos animados devem ocupar o tempo devido da infância. Afastar sistematicamente as crianças do que as diverte para enfiar suas caras nos livros apenas as fará criarem aversão pelo estudo.

Como em tudo, deve-se buscar o equilíbrio.

Por fim existem nossas tradições e valores ancestrais, que só podem ser passadas oralmente e definem nossa identidade e origens.

Educar filhos para a vida e para o BEM é a missão mais nobre que alguém pode assumir.

[salgueiro]

Quanto a incentivo a leitura posso afirmar categoricamente que meu filho terá, pricipalmente com pai e mãe bibliófilos.

Quanto a acompanhar os estudos do meu filho...bem, o ideal seria acompanhar todas as matérias mas provavelmente não terei tempo pra isso. Então, acompanharia de perto, no mínimo, duas coisas: redação e matemática. Porque acho que são competências mais dífíceis de serem desenvolvidas e fazem muita falta para quem não as possui.

Ultimamente tenho estudado algumas técnicas de estudo, com certeza meu filho irá usufruir delas.
Caso ache que a escola está nivelando por baixo alguma matéria, tentaria eu mesmo aplicar avaliações complementares pra ele...

Bem... isso são algumas coisas que eu queria fazer... mas na prática tudo muda.

Ah ! Se fosse fácil assim

Dos dois lados da família, 98% são leitores vorazes e os dois por cento restantes, leitores ocasionais. Meus dois filhos detestam ler e nunca consegui que lessem um único livro

Bjs

[Deise Garcia]

Quanto a incentivo a leitura posso afirmar categoricamente que meu filho terá, pricipalmente com pai e mãe bibliófilos.

Quanto a acompanhar os estudos do meu filho...bem, o ideal seria acompanhar todas as matérias mas provavelmente não terei tempo pra isso. Então, acompanharia de perto, no mínimo, duas coisas: redação e matemática. Porque acho que são competências mais dífíceis de serem desenvolvidas e fazem muita falta para quem não as possui.

Ultimamente tenho estudado algumas técnicas de estudo, com certeza meu filho irá usufruir delas.
Caso ache que a escola está nivelando por baixo alguma matéria, tentaria eu mesmo aplicar avaliações complementares pra ele...

Bem... isso são algumas coisas que eu queria fazer... mas na prática tudo muda.

Experimente também contratar um professor especificamente para educa-lo a interagir com todos se reportando sempre com respeito, porque, não sei quanto a mãe, mas você não tem a menor competência para isto!

[Res Cogitans]

Experimente também contratar um professor especificamente para educa-lo a interagir com todos se reportando sempre com respeito, porque, não sei quanto a mãe, mas você não tem a menor competência para isto!

Devo ensiná-lo a tratar idiotas como idiotas. Por isso, deixe seus filhos longe dos meus.

[Deise Garcia]

Experimente também contratar um professor especificamente para educa-lo a interagir com todos se reportando sempre com respeito, porque, não sei quanto a mãe, mas você não tem a menor competência para isto!

Devo ensiná-lo a tratar idiotas como idiotas. Por isso, deixe seus filhos longe dos meus.

A distância já está assinalada pela diferença do Estado em que moramos. No mais, o destino não será tão cruel!

[Res Cogitans]

A distância já está assinalada pela diferença do Estado em que moramos. No mais, o destino não será tão cruel!

Sabe como é..seus filhos podem ter sido piratas em outras encarnações...ou suicidas em outras encarnações como a mãe.

[Lúcifer]

Bem, eu não tenho filhos (pelo menos ninguém veio me cobrar a pensão ainda ) mas eu tenho uma sobrinha. Ao passado, fui eu que ajudei a ela a ler, com a ajuda do computador e de um dicionário. Uma hora por dia, eu fazia ela ler, pelo menos umas dez palavras, a cada três letras (ex:10 de A, 10 de B, etc) Agora eu estou incentivando a leitura dela. Graças a isso, a professora dela é só elogio para ela. Agora vamos começar com cáuculos de divisão. O mais irônico é que eu era um fracasso em matemática.

[Cris]

Bem, eu sou da área de educação, sou professora de 1ª a 4ª série ,mas não exerço mais a profissão, voltei a ser Secretária. Mas uma vez professora, sempre professora...rs. E sem medo de ser feliz quero dizer que Mayara foi como costumo dizer uma dádiva! Sou uma mãe que sempre buscou e continua buscando ter equíbrio em todas as coisas. Minha relação com a May é maravilhosa, ela acaba de fazer 12 anos e estamos vivendo aí momentos muito interessantes de descobertas. Sou muito presente na vida dela, mesmo trabalhando o dia inteiro. Mas como sempre digo, não é quantidade de tempo que conta, e sim a qualidade do tempo que exerço na vida dela. Sempre comprei bons livros para May e mesmo sem terminar Pedagogia (faltando apenas um ano), sempre gostei de ludoterapia. Sempre gostei de brinquedos pedagógicos, aliás sou conhecida na família e pelos amigos como a tia que "adora-dar-brinquedos-inteligentes".

Criei a May literalmente sozinha, pois me separei do pai dela quando ela tinha apenas 1 ano e 5 meses. Sempre incentivei Mayara a ler, e ela aos dois anos e meio já conseguia fazer as primeiras contas e as ler palavras como banana, cama, coisas básicas. Quando a May fez 4 anos e foi para o jardim de infância a Psicóloga de lá, queria que ela pulasse para o terceiro Jardim, eu achei melhor não pular, para não queimar etapas. Mayara não é fã de ler, mas aprende tudo com muita facilidade. Incentivo ela a ler livros que despertem a curiosidade pelo conhecimento, ela gosta muito de assistir History Channel, e em contrapartida, apesar dela não ser fã de ler, (por pura preguiça). Ela é dessas alunas que não estuda para prova (eu pelo menos não vejo) e as notas são sempre excelentes, principalmente em matématica. Mayara tem um raciocínio lógico que antigamente me assustava, hoje nem tanto. Ela participou recetemente das Olímpiadas de Matemática, salvo me engano, estão participando as Escolas Públicas do Brasil todo. Pois bem, ela não estudou, e passou na primeira fase em 10º lugar na escola dela e fez a segunda, está concorrendo à uma bolsa científica Júnior.

Mayara, sempre foi à frente do tempo dela, não preciso mandar ela estudar, ela é reponsável com as coisas dela e é muito inteligente. Nem tão cedo vou precisar matricular ela em algum curso de computador, porque tenho até vergonha de dizer, ela tem mais conhecimentos em informática do que eu, ela é do tipo que desmonta o brinquedo para ver como funciona dentro. E tem uma característica que certamente ela herdou de mim, a determinação.

Mayara gosta de desafios e vejo isso pelos jogos que ela escolhe: Imagem e ação,detetive, master, war. Eu por sempre estar muito presente na vida dela, levo ela à museus, shows, teatro, mostro boas músicas, quando viajamos de férias, é geralmente aí que aproveito para dar aula de geografia História ao vivo e a cores.

Eu e a May somos muito ligadas ,e conversamos abertamente sobre tudo, não escondo nada dela e se ela me faz perguntas "capiciosas" respondo no ato, inclusive sobre sexo. May é extremamente antenada em tudo e é muito esclarecida e trato-a como a adolescente que ela é, em muitas situações ela tem uma postura muito acima da idade que ela tem e eu vou soltando a medida que eu acho e percebo que ela dá conta do recado. E não a trato como tanto mais como filha, a trato como ser humano. Claro que tudo tem limite, e existem regras aqui em casa, não é anarquia: tem hora pra navegar na net, tem hora de chegar da balada, tem hora de fazer dever de casa e durante a semana tem hora sim, para dormir, com sono ou sem sono é as 22:00 Hs. E a liberdade que eu concedo para May curtir esta nova fase, é mediante às respostas que ela me dá como aluna, como filha, e como ser humano.

Acho que ela vai pender para as exatas, mas explico que é muito importante ler bons livros, estar prestando atenção às novidades, e a buscar conhecimento sempre e eu procuro despertar curiosidade na medida certa sob uma gama de coisas que podemos decifrar através da leitura e ela até que tem respondido bem ao meu incentivo.

[Schultz]

Nunca tive filhos, mas vou deixar aqui a minha opinião.

Em primeiro lugar você deve conhecê-lo, ver quais são suas predisposições e onde ele tem chences de obter sucesso. Usar e abusar de sua curiosidade, sempre respondendo as suas dúvidase abrindo caminho para mais dúvidas de seu filho.

Quanto ao estímulo da leitura, eu não leria Sagan com o meu filho de 8 anos como a Ligia fez. Crianças nessa idade devem se interessar mais pelo mundo da fantasia do que a dura realidade científica. Deveríamos estimular mais a imaginação, passando bastante desenhos animados (de preferência educadores) e livros de fantasia, para não limitar a cabeça d criança. Isso não quer dizer que ela não possa ler algo mais científico, mas precisa conter sensacionalismo e coisas que crianças gostam. Um livro de dinossauros, por xemplo, estes deveriam ser personificados e a leitura deveria conter pontos para que a criança goste da história, o mesmo com programas de TV, devem ser didáticos, mas também à altura de seus filhos.

O estímulo à leitura deve ter uma base no exemplo dos pais, mantenham livros próximos deles, leiam na frente deles, mostre coisas do livro/revista do qual eles se interessam, etc.

Outra coisa que considero importante é desenvolver o senso-crítico, ao assistir um Jornal, é importante fazer comentários críticos aos acontecimentos mundiais. Porém, isso pode fazer com que seu filho se torne um papagaio. Logo, é bom ensiná-lo a pensar sozinho, desenvolver seu intelecto.

[videomaker]

A proposta deste tópico é saber como você pretende atuar ou como você atua no processo de aprendizado dos seus filhos. Você estimula a leitura? É rigoroso com relação a notas? Verifica de perto a atuação dele(a) na escola? Incentiva que ele procure bibliografia complementar? Deixa tudo por conta da escola?Tenta ensiná-lo a estudar de maneira mais eficaz? Faz os deveres dele (q feio ein!)...
Sei..lá. a questão é: como você lida ou pretende lidar com isso?

E pra vc quando é a hora de dizer: DEUS NÃO EXISTE !

[Schultz]

Outra coisa importante é desenvolver logo cedo o raciocínio lógico das crianças. Brinquedos e jogos didáticos podem ajudar bastante nisso. Joguinhos de memorizar, de mímicas, de lógica, etc.

Acostumar seu filho com desafios também é uma boa. Ensiná-lo o valor da recompensa, ao invés de mimá-lo. Como prometer aquele brinquedo caso ele estude, por exemplo.

[user f.k.a. Cabeção]

Por falar em brinquedos lógicos, uma vez quando eu tinha uns oito anos me sacanearam com um brinquedo, que consistia numa quadrado com 16 posições, sendo que uma ficava vazia, e no qual você devia reorganizar a sequencia dita original.

O problema é que o negócio era um truque, porque a posição dita inicial não podia ser recobrada, pois o brinquedo tinha uma entropia permutativa ímpar, enquanto a posição original teria a entropia zero (par). Era sacanagem.

Até eu descobrir isso eu perdi várias horas e muita dor de cabeça.

Hoje eu queria achar um brinquedo desses para sacanear os outros...

[Ferreira]

A ARTE DE ENLOUQUECER

Tião Martins, jornalista

Depois de criar quatro filhos, praticamente sozinho, deveria Ter algo importante para contar às leitoras e aos leitores. Sinto, mas não tenho.

Quando o assunto é educação de filhos, cada um inventa suas próprias regras, apesar de todo o esforço dos psicólogos para criarem um padrão. Entretanto, aprendi algumas verdades, nas quais você não precisa acreditar.

A primeira delas é simples: quem transforma uma criança em rei ou rainha será súdito para sempre. Mais que súdito, escravo.

A fórmula é impecável em seus resultados, que você irá constatar facilmente nas tardes de Domingo, em que diabinhos birrentos dão piti em churrascarias, cercados de mães compreensivas e pais omissos. Quando os dois dão moleza, o filhote de Belzebu leva a família inteira à loucura.

Nenhuma criança é malcriada e diabólica por defeito de fabricação, mas todas sabem identificar rapidamente os pontos fracos da família.

Basta que você lhes dê espaço para que elas aprendam a usar o choro e o grito como ferramenta de manipulação. E como são competentes!

A coisa começa no berço: se a mãe corre para o quarto, desesperada, ao primeiro sinal de aborrecimento do jovem príncipe, ele logo aprenderá a mágica que faz a família pular miudinho.

Depois de algum tempo, usará pai, mãe e até irmãos como se fossem marionetes, que sempre dançam no ritmo que ele quiser.

Todos os desejos dele têm que ser atendidos sem demora, sua vontade se impõe e ele consegue tudo o que quer apenas abrindo a boca. Quem vai querer vida melhor que essa?

Esse pequeno manipulador é seu filho, eu sei, mas é também uma criatura espertíssima, pode crer. Filhos sempre foram assim, mas atualmente estão piores. Como pais e mães passam a maior parte do dia fora de casa, bate aquele incômodo sentimento de culpa:
- Ah, Deus, estou abandonando meu filho.

E, em seguida, vem o grande engano:
- O que vale não é o tempo que dedico a ele, mas a qualidade dessa dedicação.

Teoricamente, sim. Na prática, pode-se perceber que o sentimento de culpa, somado a essa famosa qualidade da dedicação, transforma principalmente as mães em dóceis escravas.

Os pais, em sua maioria, escapam para a poltrona e a TV ou vão tomar cerveja e jogar futebol com os vizinhos. E alguns estão sempre com dor de cabeça, irritados e impacientes.
- Você sabe, não é, querida? Eu não tenho jeito para cuidar de crianças.

Por se julgar tão espertinho quanto o filho, ele larga a bomba nas mãos da mulher. E lá está ela, agora, com o demônio no colo e muito fel no coração.

Em momentos assim, não é raro que elas perguntem a si mesmas por que caíram nessa armadilha. Uma pergunta explosiva, você sabe.

Mas não se desespere antes da hora, porque ainda existe uma saída, que se chama educação. Trabalho duro, é certo, e sem soluções mágicas ou milagrosas, mas dá para se fazer até nas piores famílias.

O baixinho terá que aprender tudo de novo. Terá que se convencer de que não é mais o princípio e o fim de todas as coisas. E não é fácil renunciar à ilusão de que o mundo inteiro gira em torno de nós.

Se até para os adultos é um aprendizado doloroso, imagine o quanto sofrerá o pequeno príncipe, em seu berço de ouro. É doloroso para os pais, também, pois frustrar criaturinha tão linda parece coisa de torturador da Idade Média.

E o bichinho sabido vai espernear e berrar muito, no início, como se fosse a mais trágica vítima da Inquisição. Depois, aos poucos, perceberá que o choro mágico não funciona mais. Será atendido em suas necessidades reais – fome, frio, sede, etc. – mas a chantagem esperta cairá no vazio.

Pense numa coisa absurda: se até cachorrinhos novos aprendem depressa que o mundo não lhes pertence e que há limites a serem respeitados, por que o seu filho não pode aprender?

E esse aprendizado, que preserva a sanidade mental dos pais, é também a condição essencial para que as crianças tenham uma chance de se tornarem adultos equilibrados e maduros.

Se você alimentar o ilimitado ego do seu príncipe, o mundo e todas as pessoas que nele vivem serão, para ele, uma eterna fonte de desgosto e frustação. E o seu queridinho, a quem você dedicou tudo, será apenas mais um adulto infeliz.

(Artigo publicado na revista Encontro, de nov/2005)