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Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 11 Mai 2008, 18:28
por RicardoVitor

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 11 Mai 2008, 19:14
por Fedidovisk
Voila... então o Olavo não estava delirando sobre o tal cofre!

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 11 Mai 2008, 21:00
por Claudio Loredo
Resposta da Ministra Dilma Rousseff ao coronel Agripino Maia
http://www.youtube.com/watch?v=bm4r_ISScUw

O video da Ministra também está disponível em
http://www.senado.gov.br/tv/noticias/qu ... CO070508_7 - Brilhante!!!

Onde estava cada um na ditadura?

Fonte: Agência Carta Maior

Quando Dilma Rousseff disse ao senador José Agripino que os dois viviam em lugares diferentes a ditadura – e tudo o que ela representou: ruptura e destruição da democracia, prisões arbitrárias, torturas, fuzilamentos, intervenção na Justiça e no Legislativo, arrocho salarial, decretos secretos, atos institucionais, etc.etc. -, tocava em um ponto fundamental. A anistia, decretada pela ditadura, tratou de estender-se a todos –agentes e vítimas da ditadura – e assim livrar-se dos julgamentos para responsabilizar a todos os que haviam pregado a ditadura, apoiado o regime militar, sido seus agentes diretos e enriquecido com ela.

Tanto quanto foi indispensável escrever o Tortura nunca mais e apurar – e seguir apurando, abrindo os arquivos da ditadura – tudo o que sucedeu nos porões da ditadura, é indispensável pesquisar e revelar publicamente o que fazia cada um no movimento que pregou o golpe militar, no golpe e durante todo o tempo da ditadura militar. Onde estavam e o que fizeram José Agripino, Jarbas Passarinho, Jorge Bornhausen, Octavio Frias, Victor Civita, Roberto Marinho, Julio Mesquita, Delfim Neto, Alexandre Garcia, Antonio Ermirio de Morais, etc., etc?

Fará bem à história brasileira. Colaboremos contando cada um o que sabe de cada um deles e de tantos outros que apoiaram e se aproveitaram da ditadura militar, pesquisando e ajudando a memória dos brasileiros, contra a qual atua a imprensa mercantil. Apenas para esclarecer, não para tomar represálias, mas para fazer justiça a quem foi vítima da repressão – como Dilma e tantos outros – e a quem foi agente, ativo ou passivo, da ditadura.


Postado por Emir Sader às 17:26

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 11 Mai 2008, 21:09
por Claudio Loredo
DILMA ARRASA A OPOSIÇÃO

Escrito por Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 1118

. A oposição deu um tiro no pé ao convocar Dilma Rousseff para se afogar nos cartões corporativos.

. O senador Agripino Maia, do PFL-RN, voltou aos bons tempos de provocador e deu a entender que tudo o que Rousseff dissesse ali poderia ser uma mentira.

. O senador lembrou que, numa entrevista recente, Rousseff confessou que mentiu quando esteve presa no regime militar.

. Uma mentira que Rousseff contou quando tinha 19 anos.

. Ela foi torturada e ficou três anos presa.

. Diante da provocação do senador pefelista, Rousseff subiu.

. Rousseff atingiu o ponto certo da resposta, com firmeza e serenidade, e colocou o senador na posição histórica que ocupam os que acionavam a maquininha do choque elétrico.

. Rousseff falou:

. Não há dialogo com o pescoço na forca.

. Não há verdade na ditadura.

. O que se trava aqui no Senado, agora, é o dialogo democrático, entre iguais, entre cidadãos em igualdades de condição.

. Eu me orgulho de ter mentido para salvar companheiros da tortura e da morte.

. No pau de arara e com choque elétrico não há possibilidade de dialogo civilizado.

. Tenho imenso orgulho do que fiz: mentir aos torturadores.

. Em resumo, a oposição errou: deu a possibilidade de se conhecer essa Rousseff, que parecia adormecida sob o sucesso do PAC.

. A oposição foi tosquiar e saiu tosquiada.
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Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 00:31
por Aranha
- Constantino disse que a oposição ficou calada porque ela também é formada de esquerdistas.

- Em primeiro lugar isto é um pensamento tosco, existem vários graduações na esquerda e uma boa parte delas não apóia totalitarismos.

- Em segundo lugar muitos se calaram para não ser confrontados de que lado estavam à época, é difícil bancar o democrata confirmando que foi ministro ou fazia parte de partido que apoiava a ditadura.

- Outra coisa é julgar atitudes num regime de exceção, de ilegalidade, ele é imparcial, é compreensivo com os militares e intransigente com os guerrilheiros, não considera que guerrilheiros são um subproduto natural de ditaduras, logo, um é cria do outro.

Abraços,

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 03:49
por spink

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 03:56
por spink
Governo dos EUA encomendou 'dossiê' sobre Dilma

‘Joana d'Arc dos subversivos torna-se chefe da Casa Civil’

‘Entrou para grupos clandestinos, organizou três assaltos’

‘Planejou assalto lendário –o roubo do cofre de Adhemar’

Enfrentou ‘22 dias de uma brutal tortura de eletrochoque’

‘1º marido seqüestrou avião para Cuba e permaneceu lá’

‘No Congresso, reclamam que ela não entende de política’

‘Ela tem uma reputação de negociadora dura, persistente’



Sérgio Lima/Folha




O documento tem quatro folhas. Traz o carimbo de “sensível”. Tem cara de dossiê. Um dossiê sobre Dilma Rousseff.



Produzido pelo Consulado dos EUA em São Paulo, foi ao banco de dados do Departamento de Estado norte-americano, em Washington. A migração ocorreu em 21 de junho de 2005.



Na véspera, Dilma assumira a chefia da Casa Civil de Lula. “Ela ocupou o lugar de José Dirceu, que caiu fora, semana passada, por causa de um escândalo de corrupção”, anota o texto remetido a Washington.



O documento foi obtido graças à lei de liberdade de informação dos EUA. Encontra-se publicado nas páginas do diário gaúcho "Zero Hora", edição deste domingo (11), junto com outros papéis. Coisa fina. O texto sobre Dilma tem oito tópicos. Lendo-os, descobre-se que a ministra foi virada do avesso pela equipe de informação do consulado paulistano dos EUA.



Varreram a biografia de Dilma do nascimento, em 14 de dezembro de 1947, no Estado de Minas Gerais, à chegada ao Planalto. No geral, é apresentada como um cacto. Abundam no texto os adjetivos híspidos: “durona”, “exigente”, “workaholic”.



Não escaparam, porém, os detalhes mais lúdicos e prosaicos: “Ela gosta de cinema e música clássica. Recentemente, ela perdeu peso, depois de [...] adotar a dieta do presidente [Lula]”.



Nos trechos dedicados à mocidade da ministra, o documento esboça o retrato de uma mocinha dona de agressivas certezas dogmáticas. Foi ao cárcere da ditadura precedida de inquietante legenda.



Diz o documento, a certa altura: “Ela foi capturada pelo Regime e aprisionada por três anos (o oficial se referiu a ela como Joana D'arc dos subversivos)”. Padeceu “22 dias de brutal tortura de eletrochoque”.



Vão abaixo algumas das informações guardadas nos arquivos de Washington:



Joana d'Arc dos subversivos torna-se chefe da Casa Civil: É esse o subtítulo do item dois do “dossiê Dilma”. Anota: “No dia 21 de Julho [de 2005], o presidente Lula nomeou Dilma Rousseff, 57, como sua nova ministra-chefe da Casa Civil. Ela ocupou o lugar de José Dirceu, que caiu fora, semana passada, por causa de um escândalo de corrupção. Dirceu estava envolvido profundamente nas estratégias políticas da administração, mas Rousseff anunciou na sua cerimônia de posse que tem a intenção de se focar mais em colocar em andamento a agenda política administrativa [...]”;



Gestora durona: “Rousseff entrou para o PT em 2001 e trabalhou no processo de transição de governo em 2002. Ela é uma gestora durona e exigente, que vai perseguir a qualificação da implementação de políticas administrativas. Ela está menos para o político de holofote, como [José] Dirceu, de ringue político, por ser mais focada em atacar a "burocracia".



Assaltos a banco e guerrilha: “Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, o Estado de Minas Gerais. Seu pai era um promotor búlgaro, que se naturalizou e tinha cidadania brasileira. Ela se tornou ativamente envolvida com a oposição ao regime da dtadura mlitar em 1967, aos 19 anos, enquanto cursava Economia em Minas Gerais. Entrou para vários grupos clandestinos, organizou três assaltos a banco e então foi co-fundadora do grupo de guerrilha chamado Vanguarda Revolucionária Armada de Palmares”;



"Theft of Adhemar’s Safe": "Em 1969, ela planejou um assalto lendário conhecido como ‘o roubo do cofre de Adhemar’. A operação arrombou o apartamento carioca da amante do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, recolhendo US$ 2,5 milhões que Ademar guardava no local";



Marido seqüestrador e eletrocoques: “Rousseff se separou do primeiro marido, Cláudio Linhares, que, em janeiro de 1970, seqüestrou um avião para Cuba e permaneceu lá. Naquele mesmo mês, ela foi capturada pelo Regime e aprisionada por três anos (o oficial se referiu a ela como Joana D'arc dos subversivos), incluindo 22 dias de brutal tortura de eletrochoque”;



Formação acadêmica e gostos pessoais: “Rousseff tem grau de mestre em Teoria Econômica pela Universidade de Campinas e um doutorado não concluído em Economia. Em 1992, ela participou como visitante de um programa internacional nos EUA. Ela está atualmente separada do seu segundo marido (que também era um militante da oposição). Ela tem uma filha, Paula, em Porto Alegre, onde ela passa os finais de semana. Ela gosta de cinema e música clássica. Recentemente ela perdeu peso, depois de, alega-se, adotar a dieta do presidente”;



Da desconfiança aos elogios: “Com seu background técnico e um estilo no-nonsense, Rousseff recebeu respeito relutante do setor da Energia. Enquanto as Cias. norte-americanas estavam inicialmente desconfiadas quando ela foi designada para o cargo de [ministra das Minas e] Energia, agora admitem que ela fez um trabalho competente. Em particular eles a saúdam por sua disposição em ouvir e responder posições e idéias, mesmo quando está inclinada a uma conclusão diferente. Ela tem a uma reputação de negociadora dura, ser persistente e de prestar muita atenção aos detalhes. Adjetivos usados aqui por aqueles que trabalham com ela incluem exigente e workaholic”;



Inapetência política: “Diferentemente de José Dirceu, Rousseff nunca foi eleita para cargo público e seus contatos com o Congresso são limitados, o que sugere que a coordenação política da administração será tarefa de outros. A imprensa diz que Lula espera que ela produza um "choque de gestão" na administração, a qual, por causa da ineficiência administrativa, entraves burocráticos e, mais recentemente, pelos muitos escândalos de corrupção, encontra-se estagnada.



Queixas de aliados: “Alguns no Congresso reclamam que Rousseff não entende de política partidária. Em abril [de 2005], o Senado rejeitou [uma] nomeação para a Agência Nacional de Combustíveis em retaliação pela oposição dela à nomeação de um aliado do partido PMDB para uma subsidiária da Eletrobrás, Companhia Estatal de Eletricidade (Rousseff optou por dar a posição para Adhemar Palocci, irmão do [então] ministro Antônio Palocci)”.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com ... 10045644-0

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 04:03
por Orbe
Abmael escreveu:- Em primeiro lugar isto é um pensamento tosco, existem vários graduações na esquerda e uma boa parte delas não apóia totalitarismos.


Não sei como você ainda tem paciência para explicar isso... As pessoas, principalmente nesse fórum, só se lembram que há tons de cinza entre o preto e o branco quando lhes é conveniente.

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 06:12
por rapha...
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Qual preconceito?

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 07:42
por Fernando Silva
Se pessoas como a Dilma tivessem vencido nos anos 60, seríamos hoje como Cuba.
A revolução foi necessária, a ditadura foi desnecessária, a tortura foi inaceitável.
Entretanto, mesmo com um governo legitimamente constituído, terroristas têm que ser presos.
E guerrilheiros têm que ser capturados ou mortos (guerra é guerra e quem sai na chuva é para se molhar).

O MST e similares são o que essa gente foi nos anos 60.

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 17:40
por Fedidovisk
o maniqueísmo-esquerdista é que mata... doi nós bagos de ler...

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 17:41
por Fedidovisk
bahhh... fui arrumar um erro ortográfico, por acidente apertei citar.

ps: o que aconteceu com a função excluir post? :emoticon2:

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 12 Mai 2008, 17:44
por Fedidovisk
rapha... escreveu:Imagem

Qual preconceito?


Isso é de doeeeeeerrrrrrrrrrrrr.... !!!!!!!!

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 13 Mai 2008, 02:15
por Wallace
Abmael escreveu:- Constantino disse que a oposição ficou calada porque ela também é formada de esquerdistas.

- Em primeiro lugar isto é um pensamento tosco, existem vários graduações na esquerda e uma boa parte delas não apóia totalitarismos.

- Em segundo lugar muitos se calaram para não ser confrontados de que lado estavam à época, é difícil bancar o democrata confirmando que foi ministro ou fazia parte de partido que apoiava a ditadura.

- Outra coisa é julgar atitudes num regime de exceção, de ilegalidade, ele é imparcial, é compreensivo com os militares e intransigente com os guerrilheiros, não considera que guerrilheiros são um subproduto natural de ditaduras, logo, um é cria do outro.

Abraços,


Caramba,

O Abamael ultimamente só tem falado merda, parece até que esta com mal de alzheimer... PQP...

:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

Mas insisto, todo esses problemas que vivemos hoje é reflexo da incompetência militar!!!

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 13 Mai 2008, 10:44
por Fedidovisk
Continuar assim, vou começar a dar razão ao "golpe"... : /

Re: Dilma Rousseff ou Companheira Estella?

Enviado: 13 Mai 2008, 13:01
por Fernando Silva
Abmael escreveu:- Outra coisa é julgar atitudes num regime de exceção, de ilegalidade, ele é imparcial, é compreensivo com os militares e intransigente com os guerrilheiros, não considera que guerrilheiros são um subproduto natural de ditaduras, logo, um é cria do outro.

As sementes da guerrilha, de uma forma ou de outra, já existiam antes da ditadura. E já havia um antepassado do MST, as "Ligas Camponesas".
A revolução de 1964 foi uma reação a algo que já existia.

http://www.efpa.com.br/Telas/produto.asp?Id_Produto=234
A luta armada contra a ditadura militar
A esquerda brasileira e a influência da revolução cubana
SALES, Jean Rodrigues

A obra de Jean Rodrigues Sales, didática mas sem ser simplista, pretende contribuir para que essa história de idealismo, coragem e abnegação atinja um público mais amplo, com o cuidado específico de atualizar dados e informações, assim como esclarecer interpretações equivocadas sobre o período.

Tendo como base parte de sua tese de doutorado defendida na Unicamp, Sales revela como surgiram os diversos – e muitas vezes antagônicos – grupos revolucionários de esquerda e quais as características políticas e ideológicas de sua atuação, desde o início dos anos 1960 até os anos sombrios da ditadura, quando entraram em conflito armado contra as forças militares e policiais.

A influência da revolução de Fidel e Che Guevara tem papel relevante na maneira como Sales expõe o percurso das organizações guerrilheiras dos anos 1960 e 1970, sem, no entanto, desconsiderar os influxos nacionais nessa trajetória. Sales mostra como a discussão em torno do significado da revolução cubana aparece como elemento fundamental na formação dos agrupamentos armados no Brasil, seja como apoio e filiação, como crítica ou como tentativa de adequar o modelo cubano ao nosso país, mas nunca como cópia mecânica.