Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Seria possivel existir o tempo sem que existisse movimento?
Entende-se aqui por movimento nao apenas mudancas de posicao
como tambem toda e qualquer mudanca de estado.
Neste sentido, um pensamento tambem seria movimento.
Entao me veio a pergunta: o que aconteceria se todo o movimento
(entendido como explicado acima) cessasse?
O tempo tambem cessaria? Deixaria de existir?
Uma coisa que nao possua dimensao alguma (como um ponto, matematicamente
falando) e que nao ocupe lugar ou posicao alguma no espaco, que nao esteja
no espaco (por nao se aplicar a ele a categoria de "espacialidade")
pode se mover, mudar de estado?
O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem
coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no
espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja
adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar
uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
Se nao tem dimensao alguma nao me parece poder mudar de estado e
se nao esta no espaco nao pode mudar de posicao. Assim nao se move
e esta absolutamente estatico (como o ser parmenideano), logo atemporal
(claro, se assumirmos como necessaria a conexao entre movimento e tempo
e entre movimento e espacialidade).
Se nao esta no espaco, eh adimensional e eh atemporal, nao existe movimento
Se nao ha movimento, nao ha como agir ou sofrer o resultado de uma acao.
Entao, supondo que existam, como Deus ou uma alma imaterial interagiriam
em objetos no espaco e no tempo???
E se existissem nao atuando nao seria o mesmo que dizer, praticamente falando,
que nao existiriam?
Entende-se aqui por movimento nao apenas mudancas de posicao
como tambem toda e qualquer mudanca de estado.
Neste sentido, um pensamento tambem seria movimento.
Entao me veio a pergunta: o que aconteceria se todo o movimento
(entendido como explicado acima) cessasse?
O tempo tambem cessaria? Deixaria de existir?
Uma coisa que nao possua dimensao alguma (como um ponto, matematicamente
falando) e que nao ocupe lugar ou posicao alguma no espaco, que nao esteja
no espaco (por nao se aplicar a ele a categoria de "espacialidade")
pode se mover, mudar de estado?
O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem
coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no
espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja
adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar
uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
Se nao tem dimensao alguma nao me parece poder mudar de estado e
se nao esta no espaco nao pode mudar de posicao. Assim nao se move
e esta absolutamente estatico (como o ser parmenideano), logo atemporal
(claro, se assumirmos como necessaria a conexao entre movimento e tempo
e entre movimento e espacialidade).
Se nao esta no espaco, eh adimensional e eh atemporal, nao existe movimento
Se nao ha movimento, nao ha como agir ou sofrer o resultado de uma acao.
Entao, supondo que existam, como Deus ou uma alma imaterial interagiriam
em objetos no espaco e no tempo???
E se existissem nao atuando nao seria o mesmo que dizer, praticamente falando,
que nao existiriam?
"Man is the measure of all gods"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"The things are what they are and are not what they are not"
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"As mentes mentem"
(Fenrir, o mentiroso)
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
DEUZ E JESÜIZ E O EXPRITUSANTÖ NAUM ÇE EXPRICA DEÇSE GEITO. O POBREMA É MUINTIO MAIS PROFUNDÜ E ÇÓ OS EXCOLIDUS QUE PODE SABÊREM.

Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Apo escreveu:DEUZ E JESÜIZ E O EXPRITUSANTÖ NAUM ÇE EXPRICA DEÇSE GEITO. O POBREMA É MUINTIO MAIS PROFUNDÜ E ÇÓ OS EXCOLIDUS QUE PODE SABÊREM.
INTAUM EXPLICA ISSU PRA GENTI, SUA CRENTI EMU-GNORANTI.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Cara a sua primeira questão é exatamente, milimetricamente idêntica à que pouco tempo atrás coloquei para mim mesmo...
Sei lá, acho que essa não é uma resposta que possa ser respondida "fisicamente", já que a resposta é através apenas da realidade como ela é, e não a partir de uma interpretação dela, como fazem os físicos, químicos e etc... Eu entendo que não existe "o tempo", até porque não há nada que denuncie sua mudança, em um estado imóvel, aliás sou totalmente alheio à idéia de tempo, tudo se reduz ao físico e suas mudanças, mudanças essas que ocorrem cada uma à "seu modo" dano-nos a noção de tempo e até permintindo uma precisão nos seus intervalos...
Quanto ao passado e futuro, também não existem, só existe enquanto lembranças , ou forem possíveis de serem resgatados... como pegadas, ou seus efeitos, efeitos esses passíveis de serem resgatados em suas causas, do contrário nunca houve passado, apenas um eterno presente, físico.
Sei lá, acho que essa não é uma resposta que possa ser respondida "fisicamente", já que a resposta é através apenas da realidade como ela é, e não a partir de uma interpretação dela, como fazem os físicos, químicos e etc... Eu entendo que não existe "o tempo", até porque não há nada que denuncie sua mudança, em um estado imóvel, aliás sou totalmente alheio à idéia de tempo, tudo se reduz ao físico e suas mudanças, mudanças essas que ocorrem cada uma à "seu modo" dano-nos a noção de tempo e até permintindo uma precisão nos seus intervalos...
Quanto ao passado e futuro, também não existem, só existe enquanto lembranças , ou forem possíveis de serem resgatados... como pegadas, ou seus efeitos, efeitos esses passíveis de serem resgatados em suas causas, do contrário nunca houve passado, apenas um eterno presente, físico.
Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fedidovisk escreveu:Cara a sua primeira questão é exatamente, milimetricamente idêntica à que pouco tempo atrás coloquei para mim mesmo...
Sei lá, acho que essa não é uma resposta que possa ser respondida "fisicamente", já que a resposta é através apenas da realidade como ela é, e não a partir de uma interpretação dela, como fazem os físicos, químicos e etc... Eu entendo que não existe "o tempo", até porque não há nada que denuncie sua mudança, aliás sou totalmente alheio à idéia de tempo, tudo se reduz ao físico e suas mudanças, mudanças essas que ocorrem cada uma à "seu modo" dano-nos a noção de tempo e até permintindo uma precisão nos seus intervalos...
Quanto a passado e futuro, também não existem, só existe enquanto lembranças , ou forem possíveis de serem resgatados... como pegadas, ou seus efeitos, efeitos esses passíveis de serem resgatados em suas causas, do contrário nunca houve passado, apenas um eterno presente, físico.
Seria entao o tempo apenas a percepcao do movimento (de novo, no significado mais abrangente do termo)?
Ao menos psicologicamente sim, pois quando nao fazemos nada e esperamos algo impacientemente, 10 minutos parecem 1 hora...
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu:Apo escreveu:DEUZ E JESÜIZ E O EXPRITUSANTÖ NAUM ÇE EXPRICA DEÇSE GEITO. O POBREMA É MUINTIO MAIS PROFUNDÜ E ÇÓ OS EXCOLIDUS QUE PODE SABÊREM.
INTAUM EXPLICA ISSU PRA GENTI, SUA CRENTI EMU-GNORANTI.



É ANSSIM: DEUZ E JESÜIZ É MAIOR QUE TUDO, E O EXPRITUSAN¨TÖ É A TRINIDADE CUM ELES. E ISO É PRA SEMPRI DESDE OS TEMPO DE ADAUM E EVA E ANTES DO DILÚVO.
EÇAS COISZA DE TEMPO E ESPASSO É DEUS QUE É DONO DE TUDO E NAUM TEM NADA A HAVER A JENTE ACHÁ QUE SABE TUDO MAIS QUE ELE. ENTAUM ELE MESMU É A PROVA VIVA QUE ELE EZISTE EM JEZUIS!INTENDEU????? EMO EU NAUM SEI O QUE É...DEVE SSSÊ COIZA DAKELE COISO RUIN.


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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Para todos os efeitos eu fico com a inércia do presente se formos fazer alguma ligação necessária entre espaço-tempo e a existência de um deus ( ou deuses) ex-machina.

Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu: O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
Se nao tem dimensao alguma nao me parece poder mudar de estado e se nao esta no espaco nao pode mudar de posicao. Assim nao se move e esta absolutamente estatico (como o ser parmenideano), logo atemporal (claro, se assumirmos como necessaria a conexao entre movimento e tempo e entre movimento e espacialidade).
A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Acauan escreveu:Fenrir escreveu: O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
Se nao tem dimensao alguma nao me parece poder mudar de estado e se nao esta no espaco nao pode mudar de posicao. Assim nao se move e esta absolutamente estatico (como o ser parmenideano), logo atemporal (claro, se assumirmos como necessaria a conexao entre movimento e tempo e entre movimento e espacialidade).
A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Ondas eletromagnéticas não ocupam espaço?
Se elas não ocupassem (ainda que muito rapidamente) o espaço, não haveria o movimento, me parece uma contradição.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
nossa...!
Esse tópico está parecendo com uma cena do filme "Monty Python e o Sentido da Vida", o casal no restaurante de discussões, no caso, filosofia... "Porque estamos aqui?" "É uma boa pedida do dia".

Esse tópico está parecendo com uma cena do filme "Monty Python e o Sentido da Vida", o casal no restaurante de discussões, no caso, filosofia... "Porque estamos aqui?" "É uma boa pedida do dia".

Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Márcio escreveu:Acauan escreveu:Fenrir escreveu: O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
Se nao tem dimensao alguma nao me parece poder mudar de estado e se nao esta no espaco nao pode mudar de posicao. Assim nao se move e esta absolutamente estatico (como o ser parmenideano), logo atemporal (claro, se assumirmos como necessaria a conexao entre movimento e tempo e entre movimento e espacialidade).
A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Ondas eletromagnéticas não ocupam espaço?
Se elas não ocupassem (ainda que muito rapidamente) o espaço, não haveria o movimento, me parece uma contradição.
É exatamente este o ponto, a diferença entre ocupar lugar no espaço e demarcar uma posição no espaço.
A demarcação de lugar no espaço que a luz define pode ser comparada ao ponto geométrico ou à reta, proposto no problema inicial, mas tanto estes quanto a luz não ocupam lugar no espaço no sentido em que é específico da massa, que por definição dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, enquanto infinitos pontos ou infinitos fótons podem.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Acauan escreveu:Márcio escreveu:Acauan escreveu:Fenrir escreveu: O exemplo do ponto matematico obedece a segunda condicao porque tem coordenadas, portanto podemos atribuir a ele uma posicao qualquer no espaco em um dado momento. Mas aqui refiro-me a algo que seja adimensional como um ponto E que nao possa de maneira alguma ocupar uma posicao no espaco (Deus? alma? espirito?).
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A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Ondas eletromagnéticas não ocupam espaço?
Se elas não ocupassem (ainda que muito rapidamente) o espaço, não haveria o movimento, me parece uma contradição.
É exatamente este o ponto, a diferença entre ocupar lugar no espaço e demarcar uma posição no espaço.
A demarcação de lugar no espaço que a luz define pode ser comparada ao ponto geométrico ou à reta, proposto no problema inicial, mas tanto estes quanto a luz não ocupam lugar no espaço no sentido em que é específico da massa, que por definição dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, enquanto infinitos pontos ou infinitos fótons podem.
Mas como e possivel que as ondas eletromagneticas se propaguem no espaco? Se propagam, esta errado pensar nelas como ocupando um lugar no espaco, em um dado momento?
Isto vale para a luz, certo?
O foton se comporta ora como onda, ora como particula. Ao menos como particula pode-se atribuir a ele coordenadas x,y,z no espaco mesmo que o foton seja adimensional e possamos ter tantos quanto quisermos em uma mesma posicao.
Ja como onda temos um vetor com sentido, direcao e magnitude,
ou nao temos?
Faria sentido pensar em direcao, sentido ou magnitude de um vetor
se prescindirmos da nocao do que eh espaco, se pensassemos em algo
completamente fora do espaco (se eh que isto seja possivel fora da imaginacao de alguem)?
O proprio alternar onda-particula ja nao seria uma especie de movimento
num significado mais abrangente do termo e como tal associado ao tempo (por ser movimento) e ao espaco (por nao ser possivel fora dele)?
Perdoem-me se falei alguma bobagem, mas meu curso de fisica parou no primeiro ano, ainda na mecanica classica...
"Man is the measure of all gods"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"The things are what they are and are not what they are not"
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fedidovisk escreveu:nossa...!
Esse tópico está parecendo com uma cena do filme "Monty Python e o Sentido da Vida", o casal no restaurante de discussões, no caso, filosofia... "Porque estamos aqui?" "É uma boa pedida do dia".
A reposta para "Porque estamos aqui?", o universo, a vida e tudo o mais é 42

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- Fernando Silva
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu:A reposta para "Porque estamos aqui?", o universo, a vida e tudo o mais é 42![]()
Esta é a resposta, mas, para que faça sentido, temos que encontrar a pergunta certa.
Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fernando Silva escreveu:Fenrir escreveu:A reposta para "Porque estamos aqui?", o universo, a vida e tudo o mais é 42![]()
Esta é a resposta, mas, para que faça sentido, temos que encontrar a pergunta certa.
E depois de encontrada, temos que encontrar a resposta certa para a pergunta certa e assim em diante como em um circulo sem inicio nem fim.
Mas, assim como o resultado da soma de infinitos fatores pode ser finita, ( 1 + 1/2 + 1/4 + ... = 2 entao, 42 eh a soma dos raios dos infinitos circulos envolvidos na questao
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu:Seria possivel existir o tempo sem que existisse movimento?
Entende-se aqui por movimento nao apenas mudancas de posicao
como tambem toda e qualquer mudanca de estado.
Pensando sob o pragmatismo científico, se não houvesse qualquer forma de evolução temporal, seria impossível dizer se existe ou não o tempo.
Hm... Melhor explicar com um exemplo. Deixando de lado as estranhezas de algumas teorias físicas modernas, nosso espaço tem 3 dimensões espaciais. No nosso universo podemos subir/descer, avançar/recua ou ir para esquerda/direita, por isso precisamos de exatamente 3 coordenadas pra definir a posição de qualquer objeto no espaço.
Podemos nos perguntar: existe uma quarta dimensão espacial? A única resposta honesta seria: não podemos saber, pois no nosso universo não conhecemos nada que se mova em uma quarta direção ou esteja em alguma posição que exija 4 coordenadas espaciais.
Evolução temporal é equivalente ao movimento na direção da dimensão do tempo, logo, se não houvesse evolução, seria impossível dizer se o tempo existe ou não.
Como a ciência é um corpo de conhecimento enxuto, a conclusão que chegaríamos é, não existe o tempo até que algum fenômeno o exija.
Acauan escreveu:A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Na prática, nada ocupa lugar no espaço, então não podemos usar volume como critério para definir se algo é material ou não. Eu e Fenrir temos debatido isso em outro tópico, então não vou contaminer este com conteúdo externo!
Acauan escreveu:É exatamente este o ponto, a diferença entre ocupar lugar no espaço e demarcar uma posição no espaço.
A demarcação de lugar no espaço que a luz define pode ser comparada ao ponto geométrico ou à reta, proposto no problema inicial, mas tanto estes quanto a luz não ocupam lugar no espaço no sentido em que é específico da massa, que por definição dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, enquanto infinitos pontos ou infinitos fótons podem.
Aqui tem alguns erros importantes.
Primeiro, a frase "ocupar lugar no espaço" não faz muito sentido em escala microscópica. Partículas subatômicas não possuem volume definido e a indeterminação quântica impede que sejam definidas posições.
Além disso, o enunciado "dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo" é a forma coloquial (e extremamente imprecisa) do princípio de exclusão de Pauli "um estado quântico só pode ser ocupado por um único férmion".
Férmions são partículas que obedecem à estatística de Fermi. Elas são caracterizadas por possuírem spin semi-inteiro e o exemplo mais conhecido é o elétron. Bósons são partícular que obedecem à estatística de Bose e são caracterizadas por possuirem spin inteiro. Como exemplo estão os fótons e todas as outras partículas mediadoras. Alguns bósons possuem massa, então não é essa característica que garante o princípio de exclusão.
E se não existissem perguntas hipotéticas?
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
melhor do que achar a pergunta certa, é inventar um fundamento transcendental inscessível para a resposta que existiu desde sempre.
A DE fez isso e vai muito bem obrigada e L. Ron Hubbard parece ser um kra muito rico...
Esse negócio de achar a pergunta certa são dos ociosos da filosofia.... e filósofo é tudo pobretão...
A DE fez isso e vai muito bem obrigada e L. Ron Hubbard parece ser um kra muito rico...
Esse negócio de achar a pergunta certa são dos ociosos da filosofia.... e filósofo é tudo pobretão...

Editado pela última vez por Fedidovisk em 20 Mai 2008, 14:41, em um total de 1 vez.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Ondas difrentes não se sobrepõem no espaço?

Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Koga escreveu:Acauan escreveu:A única coisa que ocupa lugar no espaço é a matéria, logo, se este raciocínio fosse válido, somente corpos materiais se moveriam.
Só que a forma absoluta de movimento, a luz, não é material e não ocupa lugar no espaço.
Um ponto de luz não apenas se move sem ocupar lugar no espaço, como define o absoluto do tempo e do espaço.
Na prática, nada ocupa lugar no espaço, então não podemos usar volume como critério para definir se algo é material ou não. Eu e Fenrir temos debatido isso em outro tópico, então não vou contaminer este com conteúdo externo!Acauan escreveu:É exatamente este o ponto, a diferença entre ocupar lugar no espaço e demarcar uma posição no espaço.
A demarcação de lugar no espaço que a luz define pode ser comparada ao ponto geométrico ou à reta, proposto no problema inicial, mas tanto estes quanto a luz não ocupam lugar no espaço no sentido em que é específico da massa, que por definição dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, enquanto infinitos pontos ou infinitos fótons podem.
Aqui tem alguns erros importantes.
Primeiro, a frase "ocupar lugar no espaço" não faz muito sentido em escala microscópica. Partículas subatômicas não possuem volume definido e a indeterminação quântica impede que sejam definidas posições.
Além disso, o enunciado "dois corpos materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo" é a forma coloquial (e extremamente imprecisa) do princípio de exclusão de Pauli "um estado quântico só pode ser ocupado por um único férmion".
Férmions são partículas que obedecem à estatística de Fermi. Elas são caracterizadas por possuírem spin semi-inteiro e o exemplo mais conhecido é o elétron. Bósons são partícular que obedecem à estatística de Bose e são caracterizadas por possuirem spin inteiro. Como exemplo estão os fótons e todas as outras partículas mediadoras. Alguns bósons possuem massa, então não é essa característica que garante o princípio de exclusão.
Eu devia ter ficado quieto.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Minhas especulações sobre o tempo.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
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- Márcio
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Apo escreveu:Ondas difrentes não se sobrepõem no espaço?
Acho que sim, dependendo da fase elas podem anular ou somar amplitudes.
Ondas fora de fase se anulam, ondas fasadas se somam.
Há ainda fenomenos de batimento de frequência onde duas ondas interagindo produzem uma terceira que é resultado da soma dessas e uma quarta que é resultado da diferença.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Márcio escreveu:Minhas especulações sobre o tempo.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
Por isto mesmo é que pensei que se todo movimento cessasse não haveria sentido em falar em tempo...
E pensei movimento de uma forma a não incluir somente mudanca de posicao mas tambem qualquer mudança, como pensar ou escrever estas linhas, por exemplo.
Mas agora, e se não houvesse nenhuma percepção de movimento e o movimento continuasse como estava desde sempre? Deixaria de haver o tempo por não haver percepcao do movimento?
Usando o palavreado dos gregos antigos, geração e corrupção e movimento ficariam inalterados, so não haveria "quem" (vida? inteligência?) os percebesse e que da percepção daquilo desse o nome de tempo.
"Man is the measure of all gods"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"The things are what they are and are not what they are not"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"As mentes mentem"
(Fenrir, o mentiroso)
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu:Márcio escreveu:Minhas especulações sobre o tempo.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
Por isto mesmo é que pensei que se todo movimento cessasse não haveria sentido em falar em tempo...
E pensei movimento de uma forma a não incluir somente mudanca de posicao mas tambem qualquer mudança, como pensar ou escrever estas linhas, por exemplo.
Mas agora, e se não houvesse nenhuma percepção de movimento e o movimento continuasse como estava desde sempre? Deixaria de haver o tempo por não haver percepcao do movimento?
Usando o palavreado dos gregos antigos, geração e corrupção e movimento ficariam inalterados, so não haveria "quem" (vida? inteligência?) os percebesse e que da percepção daquilo desse o nome de tempo.
E foi por isto que falei na inércia temporal e no deus exmachina. Imagine movimento zero, tempo zero e de repente, por um único e imensurável lapso, este deus pudesse existir ou ser "acessado". E no instante seguinte, o nada. Se tudo o que existe é uma questão sensorial quanto à movimento, deus não existe de fato, ou ele seria "picado" em imensuráveis partículas apenas porque percebemos a realidade pela qual passamos. É como o amor e todas as nossas percepções. Sem a mente, nada existe.

Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Apo escreveu:Fenrir escreveu:Márcio escreveu:Minhas especulações sobre o tempo.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
Por isto mesmo é que pensei que se todo movimento cessasse não haveria sentido em falar em tempo...
E pensei movimento de uma forma a não incluir somente mudanca de posicao mas tambem qualquer mudança, como pensar ou escrever estas linhas, por exemplo.
Mas agora, e se não houvesse nenhuma percepção de movimento e o movimento continuasse como estava desde sempre? Deixaria de haver o tempo por não haver percepcao do movimento?
Usando o palavreado dos gregos antigos, geração e corrupção e movimento ficariam inalterados, so não haveria "quem" (vida? inteligência?) os percebesse e que da percepção daquilo desse o nome de tempo.
E foi por isto que falei na inércia temporal e no deus exmachina. Imagine movimento zero, tempo zero e de repente, por um único e imensurável lapso, este deus pudesse existir ou ser "acessado". E no instante seguinte, o nada. Se tudo o que existe é uma questão sensorial quanto à movimento, deus não existe de fato, ou ele seria "picado" em imensuráveis partículas apenas porque percebemos a realidade pela qual passamos. É como o amor e todas as nossas percepções. Sem a mente, nada existe.
Isto me lembra Berkely, um filósofo contemporâneo de Newton, que disse que "Ser é ser percebido" e para quem se toda consciencia (menos a de Deus) fosse aniquilada de repente, uma árvore continuaria a existir, pois Deus estaria lá para percebe-la...
Podemos ate mesmo usar da liberdade que temos de imaginar coisas e supor por um momento que fosse possivel qualquer percepcao que nao a sensorial (dos sentidos)... a qual tenho duvidas no entanto.
Nao foi um filosofo quem disse que não há nada na mente que não tenha estado antes nos sentidos? Locke?
Voltando a percepção... Alguem de indole religiosa diria que mesmo que nao houvesse vida (como nos materialistas concebemos) ou inteligencia humana (ou de novo, como a concebemos), ainda haveria um ser divino para perceber a mudanca como tempo, tal como fez Berkeley.
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Re: Algumas especulacoes ateistas sobre o tempo e o espaco
Fenrir escreveu:Apo escreveu:Fenrir escreveu:Márcio escreveu:Minhas especulações sobre o tempo.
Penso que o tempo é outro modo de percebermos o movimento, talvez só haja o movimento de fato. Quando medimos o tempo estamos na verdade comparando movimentos dentro de um espaço. Isso é, relacionamos um movimento padrão convencionado, executado por algum mecanismo de relógio, com aquele movimento executado por um corpo que observamos e queremos estabelecer um valor. Medir é comparar.
Logo, só há o movimento. Mesmo um corpo relativamente ''parado'', possui um movimento interno dos elementos que o formam. Suponho que se todo esse movimento interno das partículas cessasse, deduzo que o corpo perderia sua configuração tal como era, ainda que todas as suas partículas constituintes permanecessem existindo.
Parece que não podemos de fato definir as dimensões exatas de qualquer objeto.
Por isso devemos entender que toda e qualquer medição/observação no mundo macro é sempre uma aproximação sem valores exatos. Pois quanto mais refinamos a medição, mais nos aproximamos do mundo micro e o princípio da incerteza fica mais aparente.
Por isto mesmo é que pensei que se todo movimento cessasse não haveria sentido em falar em tempo...
E pensei movimento de uma forma a não incluir somente mudanca de posicao mas tambem qualquer mudança, como pensar ou escrever estas linhas, por exemplo.
Mas agora, e se não houvesse nenhuma percepção de movimento e o movimento continuasse como estava desde sempre? Deixaria de haver o tempo por não haver percepcao do movimento?
Usando o palavreado dos gregos antigos, geração e corrupção e movimento ficariam inalterados, so não haveria "quem" (vida? inteligência?) os percebesse e que da percepção daquilo desse o nome de tempo.
E foi por isto que falei na inércia temporal e no deus exmachina. Imagine movimento zero, tempo zero e de repente, por um único e imensurável lapso, este deus pudesse existir ou ser "acessado". E no instante seguinte, o nada. Se tudo o que existe é uma questão sensorial quanto à movimento, deus não existe de fato, ou ele seria "picado" em imensuráveis partículas apenas porque percebemos a realidade pela qual passamos. É como o amor e todas as nossas percepções. Sem a mente, nada existe.
[color=#00FF00]Isto me lembra Berkely, um filósofo contemporâneo de Newton, que disse que "Ser é ser percebido" e para quem se toda consciencia (menos a de Deus) fosse aniquilada de repente, uma árvore continuaria a existir, pois Deus estaria lá para percebe-la...
Isto mantém a questão presa nela mesma: esta afirmação partindo de um ser humano, continua sendo uma criação de um deus humano e um deus preexistente.
Podemos ate mesmo usar da liberdade que temos de imaginar coisas e supor por um momento que fosse possivel qualquer percepcao que nao a sensorial (dos sentidos)... a qual tenho duvidas no entanto.
Mesmo imaginando qualquer possibilidade, a imaginação continua retida da sensorialidade humana, pois não podemos fugir dela.
Nao foi um filosofo quem disse que não há nada na mente que não tenha estado antes nos sentidos? Locke?
Acho que não foi Locke...
Voltando a percepção... Alguem de indole religiosa diria que mesmo que nao houvesse vida (como nos materialistas concebemos) ou inteligencia humana (ou de novo, como a concebemos), ainda haveria um ser divino para perceber a mudanca como tempo, tal como fez Berkeley.
Pois continua sendo uma concepção humana e não prova em nada a existência de deus, nem como observador.
