O espiritismo nos tribunais

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Vá estudar!
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O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Vá estudar! »

O espiritismo nos tribunais

Sob a justificativa de tornar a Justiça “mais sensível às questões humanitárias” e discutir questões morais como aborto, eutanásia, pena de morte e pesquisas de células-tronco, um grupo de delegados de polícia, advogados, promotores, procuradores e juízes acaba de criar a Associação Jurídico-Espírita de São Paulo (AJE), com cerca de 200 filiados. Entidades semelhantes já existem no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo e a maior delas é a Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (Abrame), que reúne 700 juízes, desembargadores e até mesmo ministros de tribunais superiores.

Para essas entidades, aplicar o direito é “missão de vida” e nada impediria os juízes de embasar suas decisões em princípios religiosos. “O Estado é laico, mas as pessoas não. Não tem como dissociar e dizer: vou usar a minha fé só dentro do centro espírita”, diz o promotor Tiago Essado, um dos fundadores da AJE. “Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém”, afirma Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça. “Não acredito em acaso, mas numa ordem que rege o universo, acredito em leis universais”, endossa o juiz Jaime Marins Filho. É preciso “questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar”, conclui o juiz federal Zalmino Zimmermann, presidente da Abrame.

Entre as propostas defendidas por essas entidades está a utilização de declarações e cartas psicografadas por médiuns espíritas nos tribunais como prova material ou documental inclusive em casos de homicídio. O problema é que, além de essas medidas não terem qualquer comprovação científica, elas comprometem a certeza jurídica e a própria objetividade das decisões judiciais. Acima de tudo, essas medidas colidem com o princípio do Estado laico, que enfatiza a separação entre o poder público e a religião e o prevalecimento do rigor lógico-formal do ordenamento jurídico e o caráter científico do direito positivo sobre crenças de natureza moral e pessoal, critérios sobrenaturais, valores religiosos e as chamadas “verdades reveladas”.

Juízes não podem
aceitar que cartas
psicografadas
configurem provas

A discussão não é nova. Além das entidades de juízes espíritas, há muito tempo existem associações de juristas católicos que foram criadas com o objetivo de “contribuir para a presença da ética católica na ciência jurídica”. Um dos integrantes dessas associações, o ministro Carlos Alberto Direito, do Supremo Tribunal Federal (STF), envolveu-se recentemente numa acirrada polêmica com colegas de Corte e com entidades médicas, ao pedir vista da Ação Direta de Inconstitucionalidade que contesta as pesquisas com células-tronco embrionárias. Com isso, apesar da tendência da Corte de rejeitar o recurso, ele sustou o julgamento no dia 4 de março, o que levou a ministra Ellen Gracie a criticá-lo publicamente. Embora o regimento do STF fixe em 30 dias o prazo para vista, até hoje Direito não devolveu os autos ao plenário.

Em vários Estados, advogados vêm apresentando aos Tribunais do Júri declarações psicografadas como estratégia de defesa. Nesse tipo de julgamento, como é sabido, os jurados não precisam fundamentar seus votos. Os juristas espíritas alegam que a psicografia pode ser levada em consideração desde que esteja em “harmonia” com as demais provas. Como não há garantia nem de autenticidade nem de cientificidade de documentos psicografados, muitos promotores pedem a sua impugnação sumária. “Escorar uma decisão com base numa prova psicografada não tem ressonância no mundo jurídico”, diz Walter da Silva, presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe).

Com o objetivo de fechar brechas legais que desvirtuam julgamentos e abrem caminho para as mais absurdas decisões judiciais, a Câmara dos Deputados está discutindo um projeto que altera o Código de Processo Penal, proibindo expressamente o uso de cartas psicografadas por prova criminal. O projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, não poderia ter sido apresentado em melhor hora. Além de preservar a segurança jurídica, ele é uma resposta objetiva àqueles que, sob a justificativa de “espiritualizar” o Judiciário, confundem razão jurídica com crença religiosa.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO/Notas & Informações, Domingo, 25/05/2008, Página A3.

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Vá estudar!
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Vá estudar! »

Luiz Roberto Turatti escreveu:O espiritismo nos tribunais

Sob a justificativa de tornar a Justiça “mais sensível às questões humanitárias” e discutir questões morais como aborto, eutanásia, pena de morte e pesquisas de células-tronco, um grupo de delegados de polícia, advogados, promotores, procuradores e juízes acaba de criar a Associação Jurídico-Espírita de São Paulo (AJE), com cerca de 200 filiados. Entidades semelhantes já existem no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo e a maior delas é a Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (Abrame), que reúne 700 juízes, desembargadores e até mesmo ministros de tribunais superiores.

Para essas entidades, aplicar o direito é “missão de vida” e nada impediria os juízes de embasar suas decisões em princípios religiosos. “O Estado é laico, mas as pessoas não. Não tem como dissociar e dizer: vou usar a minha fé só dentro do centro espírita”, diz o promotor Tiago Essado, um dos fundadores da AJE. “Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém”, afirma Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça. “Não acredito em acaso, mas numa ordem que rege o universo, acredito em leis universais”, endossa o juiz Jaime Marins Filho. É preciso “questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar”, conclui o juiz federal Zalmino Zimmermann, presidente da Abrame.

Entre as propostas defendidas por essas entidades está a utilização de declarações e cartas psicografadas por médiuns espíritas nos tribunais como prova material ou documental inclusive em casos de homicídio. O problema é que, além de essas medidas não terem qualquer comprovação científica, elas comprometem a certeza jurídica e a própria objetividade das decisões judiciais. Acima de tudo, essas medidas colidem com o princípio do Estado laico, que enfatiza a separação entre o poder público e a religião e o prevalecimento do rigor lógico-formal do ordenamento jurídico e o caráter científico do direito positivo sobre crenças de natureza moral e pessoal, critérios sobrenaturais, valores religiosos e as chamadas “verdades reveladas”.

Juízes não podem
aceitar que cartas
psicografadas
configurem provas

A discussão não é nova. Além das entidades de juízes espíritas, há muito tempo existem associações de juristas católicos que foram criadas com o objetivo de “contribuir para a presença da ética católica na ciência jurídica”. Um dos integrantes dessas associações, o ministro Carlos Alberto Direito, do Supremo Tribunal Federal (STF), envolveu-se recentemente numa acirrada polêmica com colegas de Corte e com entidades médicas, ao pedir vista da Ação Direta de Inconstitucionalidade que contesta as pesquisas com células-tronco embrionárias. Com isso, apesar da tendência da Corte de rejeitar o recurso, ele sustou o julgamento no dia 4 de março, o que levou a ministra Ellen Gracie a criticá-lo publicamente. Embora o regimento do STF fixe em 30 dias o prazo para vista, até hoje Direito não devolveu os autos ao plenário.

Em vários Estados, advogados vêm apresentando aos Tribunais do Júri declarações psicografadas como estratégia de defesa. Nesse tipo de julgamento, como é sabido, os jurados não precisam fundamentar seus votos. Os juristas espíritas alegam que a psicografia pode ser levada em consideração desde que esteja em “harmonia” com as demais provas. Como não há garantia nem de autenticidade nem de cientificidade de documentos psicografados, muitos promotores pedem a sua impugnação sumária. “Escorar uma decisão com base numa prova psicografada não tem ressonância no mundo jurídico”, diz Walter da Silva, presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe).

Com o objetivo de fechar brechas legais que desvirtuam julgamentos e abrem caminho para as mais absurdas decisões judiciais, a Câmara dos Deputados está discutindo um projeto que altera o Código de Processo Penal, proibindo expressamente o uso de cartas psicografadas por prova criminal. O projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, não poderia ter sido apresentado em melhor hora. Além de preservar a segurança jurídica, ele é uma resposta objetiva àqueles que, sob a justificativa de “espiritualizar” o Judiciário, confundem razão jurídica com crença religiosa.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO/Notas & Informações, Domingo, 25/05/2008, Página A3.


Bobotâncio, fale-nos sobre este Editorial do Estadão, que está aqui desde a data de sua publicação, 25/05/2008, e você (e seus pares), a quase 17 meses foge dele como o "diabo da cruz". Vamos lá?! Coragem, rapazes... :emoticon19: :emoticon9: :emoticon21: :emoticon30:

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Alcioneijr
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Alcioneijr »

O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?
Ateísmo como pura vaidade é mais um dogma de certeza que não existe.

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Johnny
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Johnny »

Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

Creio que uma assinatura possa ser falsificada. Já todo um texto, com uma análise caligráfica e comparativa à cartas anteriores, ficaria meio dificil ignorar, exceto pelo ceticos absolutos, claro. Lembre-se: Um fenômeno não explicado pode ser qualwuer coisa, MENOS ESPIRITA.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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salgueiro
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

Creio que uma assinatura possa ser falsificada. Já todo um texto, com uma análise caligráfica e comparativa à cartas anteriores, ficaria meio dificil ignorar, exceto pelo ceticos absolutos, claro. Lembre-se: Um fenômeno não explicado pode ser qualwuer coisa, MENOS ESPIRITA.


O meu materialismo fala mais alto :emoticon16: , só deveria ser levada em conta fatos que pudessem ser comprovados.
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Johnny
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Johnny »

salgueiro escreveu:
Johnny escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

Creio que uma assinatura possa ser falsificada. Já todo um texto, com uma análise caligráfica e comparativa à cartas anteriores, ficaria meio dificil ignorar, exceto pelo ceticos absolutos, claro. Lembre-se: Um fenômeno não explicado pode ser qualwuer coisa, MENOS ESPIRITA.


O meu materialismo fala mais alto :emoticon16: , só deveria ser levada em conta fatos que pudessem ser comprovados.

Segundo os ceticos, nanhum fato pode ser comprovado. O "farsante" poderia ter feito uma pesquisa com seus familiares, procurado textos no lixão, etc, etc.
Como havia dito, pode ser tudo MENOS ESPIRITOS.
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salgueiro
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:
Johnny escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

Creio que uma assinatura possa ser falsificada. Já todo um texto, com uma análise caligráfica e comparativa à cartas anteriores, ficaria meio dificil ignorar, exceto pelo ceticos absolutos, claro. Lembre-se: Um fenômeno não explicado pode ser qualwuer coisa, MENOS ESPIRITA.


O meu materialismo fala mais alto :emoticon16: , só deveria ser levada em conta fatos que pudessem ser comprovados.

Segundo os ceticos, nanhum fato pode ser comprovado. O "farsante" poderia ter feito uma pesquisa com seus familiares, procurado textos no lixão, etc, etc.
Como havia dito, pode ser tudo MENOS ESPIRITOS.


Ah não! Estou me referindo aos fatos do crime que pudessem ser comprovados.

Esses dias andei na matutação :emoticon10: e percebi que a maior revelação que poderia ser feita nesse planeta é a existência do espírito, verdadeiro Apocalipse :emoticon4:
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Fernando Silva
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Fernando Silva »

Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

É um documento contendo uma informação e deve ser investigado, mas nenhum valor lhe deve jamais ser atribuído por ter, supostamente, sido psicografado.

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Deise Garcia
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Fernando Silva escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

É um documento contendo uma informação e deve ser investigado, mas nenhum valor lhe deve jamais ser atribuído por ter, supostamente, sido psicografado.



Nandinho, sejamos coerentes! Porque perder tempo investigando um documento do qual nenhum valor deverá ser atribuído? Esta coisa tem um custo e perde-se um tempo desnecessário. Não achas? Pois, pois!
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.

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Fernando Silva
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Fernando Silva »

Deise Garcia escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

É um documento contendo uma informação e deve ser investigado, mas nenhum valor lhe deve jamais ser atribuído por ter, supostamente, sido psicografado.

Nandinho, sejamos coerentes! Porque perder tempo investigando um documento do qual nenhum valor deverá ser atribuído? Esta coisa tem um custo e perde-se um tempo desnecessário. Não achas? Pois, pois!

Ele é uma informação. Não pode ser simplesmente descartado enquanto não se verificar se tem valor. Por outro lado, o fato de ter sido trazido por um pai de santo ou médium não lhe acrescenta nenhum valor extra.

Leia de novo o que eu disse.

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Deise Garcia
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Fernando Silva escreveu:
Deise Garcia escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

É um documento contendo uma informação e deve ser investigado, mas nenhum valor lhe deve jamais ser atribuído por ter, supostamente, sido psicografado.

Nandinho, sejamos coerentes! Porque perder tempo investigando um documento do qual nenhum valor deverá ser atribuído? Esta coisa tem um custo e perde-se um tempo desnecessário. Não achas? Pois, pois!

Ele é uma informação. Não pode ser simplesmente descartado enquanto não se verificar se tem valor. Por outro lado, o fato de ter sido trazido por um pai de santo ou médium não lhe acrescenta nenhum valor extra.

Leia de novo o que eu disse.



Bem, desconheço a psicografia através de um pai de santo que normalmente pertence a umbanda. Eu posso ler o seu texto a exaustão, mas vou continuar sem entender se você não explicar. Você quer dizer então que se ficar comprovado que foi o defunto que escreveu então poderá ser colocado como prova. É isto?
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salgueiro
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por salgueiro »

Não Deise, o que o Fernando está dizendo é que uma psicografia não deve ter valor extra por ser psicografia.
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Fernando Silva »

salgueiro escreveu:Não Deise, o que o Fernando está dizendo é que uma psicografia não deve ter valor extra por ser psicografia.

Ou, mais exatamente, por alguém dizer é psicografia.

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Deise Garcia
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Fernando Silva escreveu:
salgueiro escreveu:Não Deise, o que o Fernando está dizendo é que uma psicografia não deve ter valor extra por ser psicografia.

Ou, mais exatamente, por alguém dizer é psicografia.


Então ela tem valor como prova, não é?
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Deise Garcia escreveu:
Fernando Silva escreveu:
salgueiro escreveu:Não Deise, o que o Fernando está dizendo é que uma psicografia não deve ter valor extra por ser psicografia.

Ou, mais exatamente, por alguém dizer é psicografia.


Então, em sendo comprovado, ela tem valor como prova, não é?
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Zato-one »

Como um executor do Direito, abomino isso, e meus professores de penal até o momento não tocaram no assunto. Vou puxar o assunto em sala.
Mas tratamos de um caso seguinte:
Um pai-de-santo foi acusado de estuprar uma garota de 16 anos, com a alegação de tirar as forças negativas dela, em Esperantina-PI. Na sua defesa, alegou que "estava possuído por uma entidade".
Mas a sentença do juiz foi cética: "vai você, e o espírito, pro xadrez."

O advogado da Suzanne Von Richthofen, no tribunal do júri, alegou a presença do "espírito do negão", para atrapalhar o prosseguimento do julgamento, o que irritou mesmo os procuradores (um deles era negro). Mas não teve jeito, pena de mais de 20 anos.
"As religiões proliferam com o sofrimento de nosso povo."

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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Zato-one escreveu:Como um executor do Direito, abomino isso, e meus professores de penal até o momento não tocaram no assunto. Vou puxar o assunto em sala.
Mas tratamos de um caso seguinte:
Um pai-de-santo foi acusado de estuprar uma garota de 16 anos, com a alegação de tirar as forças negativas dela, em Esperantina-PI. Na sua defesa, alegou que "estava possuído por uma entidade".
Mas a sentença do juiz foi cética: "vai você, e o espírito, pro xadrez."

O advogado da Suzanne Von Richthofen, no tribunal do júri, alegou a presença do "espírito do negão", para atrapalhar o prosseguimento do julgamento, o que irritou mesmo os procuradores (um deles era negro). Mas não teve jeito, pena de mais de 20 anos.


O que as carça tem a ver com as cueca.

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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Zato-one »

Deise Garcia escreveu:
O que as carça tem a ver com as cueca.



Simples minha cara: a utilização de miticismo em julgamentos está sendo feito para ocultar ou justificar os crimes, buscando assim a IMPUNIDADE!
Assim como um certo povo antigo justificou os seus atos bárbaries no passado como atos divinos em um certo livro apelidade de "briba"...
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Zato-one »

Que tal coisa pior que um tribunal aceitar uma acusação de bruxaria?
Já vimos o quanto mulheres são acusadas disso pq caras brocham literalmente e acusam mulheres na rua de ser a causa da impotência...
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Botanico »

Luiz Roberto Turatti escreveu:Bobotâncio, fale-nos sobre este Editorial do Estadão, que está aqui desde a data de sua publicação, 25/05/2008, e você (e seus pares), a quase 17 meses foge dele como o "diabo da cruz". Vamos lá?! Coragem, rapazes... :emoticon19: :emoticon9: :emoticon21: :emoticon30:

Turrato
Não sei por que está se dirigindo a mim em particular, como se eu tivesse alguma obrigação de comentar esse editorial ou que você me houvesse pedido minha opinião antes (se for o caso, teria sido algum descuido meu ou falta de interesse mesmo).

Mas quanto ao editorial, não tenho reparos. Nós já pastamos demais com esse pânico entre os Dereitos Omanos que exigem que os bandidos fiquem livres e que JAMAIS um inocente vá preso, como se esse último fosse comum ou corriqueiro... Há muita coisa que mudar na nossa Justiça e no nosso código penal e, é claro, os vagabundos dos nossos paralamentares não têm interesse nisso.
Realmente eu acho que psicografia ou psicofonia não têm base concreta para ser aceita como provas em processos judiciais. A justiça tem que ser decidida à base das provas existentes, de preferência MATERIAIS. Os fatos é o que interessa e não a suposta intenção ou interpretação. Quer coisa mais absurda que no caso do índio Galdino? O cara foi queimado vivo e depois morreu. Mas seus assassinos foram julgados por "lesão corporal dolosa... seguida de morte". Tem algum entendido de direito por aqui que podem me dar a diferença plástica entre isso e assassinato?

Tá respondido?
Ah! Os tribunais também devem ter O MAIS PROFUNDO DESPREZO PELOS IDEAIS CATÓLICOS na hora de julgar coisas como aborto, células-tronco, e coisas semelhantes. O estado é laico e por isso os princípios religiosos DEVEM SEMPRE SER DESPREZADOS.
Concorda?

Outra coisa: Já perguntou ao Quevedo se ele tem a lista, ou de preferências os próprios 50 livros de Amauri Pena? Tá esperando o que? Que ele vá para o Umbral e aí eu o chame numa sessão espírita? Você sabe muito bem que a única coisa que ele dirá é: _ Eu non ekizisto!
Editado pela última vez por Botanico em 12 Out 2009, 17:40, em um total de 1 vez.

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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por salgueiro »

Zato-one escreveu:
Deise Garcia escreveu:
O que as carça tem a ver com as cueca.



Simples minha cara: a utilização de miticismo em julgamentos está sendo feito para ocultar ou justificar os crimes, buscando assim a IMPUNIDADE!
Assim como um certo povo antigo justificou os seus atos bárbaries no passado como atos divinos em um certo livro apelidade de "briba"...


Bem, até onde posso ver o que nós espíritas estamos colocando é sobre as condições que uma psicografia pode ter valor.

E se tem um grupo religioso que se baseia em responsabilidade somos nós. Criticados sempre por isso.
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Johnny »

Botanico escreveu:Os tribunais também devem ter O MAIS PROFUNDO DESPREZO PELOS IDEAIS CATÓLICOS na hora de julgar coisas como aborto, células-tronco, e coisas semelhantes. O estado é laico e por isso os princípios religiosos DEVEM SEMPRE SER DESPREZADOS.
Concorda?


Lindo! Fiquei emocionado! :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

E ai Amon-Rá-TTi (O que assina o verdadeiro nome)?
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Deise Garcia »

Zato-one escreveu:
Deise Garcia escreveu:
O que as carça tem a ver com as cueca.



Simples minha cara: a utilização de miticismo em julgamentos está sendo feito para ocultar ou justificar os crimes, buscando assim a IMPUNIDADE!


Isto é questão moral e não religiosa.
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Johnny »

Deise Garcia escreveu:
Zato-one escreveu:
Deise Garcia escreveu:
O que as carça tem a ver com as cueca.



Simples minha cara: a utilização de miticismo em julgamentos está sendo feito para ocultar ou justificar os crimes, buscando assim a IMPUNIDADE!


Isto é questão moral e não religiosa.

Independente de opiniões, mudei meu julgamento e tenho que concordar como o Botânico. As provas devem ser baseadas em fatos. Mas tem um porém. E se no caso de um crime, uma testemunha que tenha presenciado o mesmo mas fugiu por medo e tenha se mudado, uma psicografia possa "acusar" o endereço de tal pessoa que, à um simples incentivo, possa vir a testemunhar?
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Re: O espiritismo nos tribunais

Mensagem por Anna »

salgueiro escreveu:
Johnny escreveu:
Alcioneijr escreveu:O artigo falou sobre autenticidade então permitam-me deixar o seguinte questionamento:

Se a piscografia apresentada como prova tiver a assinatura idêntica a do morto, mesmo assim ela deveria ser ignorada?

Creio que uma assinatura possa ser falsificada. Já todo um texto, com uma análise caligráfica e comparativa à cartas anteriores, ficaria meio dificil ignorar, exceto pelo ceticos absolutos, claro. Lembre-se: Um fenômeno não explicado pode ser qualwuer coisa, MENOS ESPIRITA.


O meu materialismo fala mais alto :emoticon16: , só deveria ser levada em conta fatos que pudessem ser comprovados.


Isso ai Sal! Por isso que te amuuuuuuu! :emoticon16:
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.

Trancado