Bondade e covardia.

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
NadaSei
Mensagens: 3573
Registrado em: 27 Dez 2006, 18:43
Gênero: Masculino

Bondade e covardia.

Mensagem por NadaSei »

Aproveitando meu pulo aqui, gostaria de saber a opinião dos foristas sobre essa questão.

Na natureza a lei de que o mais forte se impõe sobre os mais fracos é bastante certa.
A casos de sorte ou azar, bem como de cooperação, mas no geral, quando o mais forte quer se impor ele fatalmente leva o premio.

No mundo humano existe a questão do mais "esperto" e de quem tem o "poder".
A força no homem parece se mostrar em uma combinação de controle emocional, coisas como a superação do medo e capacidade de agir, conhecimento, e também poder adquirido por associação a outros indivíduos ou grupos (contatos) e por posse de bens valiosos, como terras, meios de produção, dinheiro, etc...

Apesar da "crença" em valores romantizados de justiça e conduta ética, no mundo humano a lei do mais forte prevalece.
O homem comum parece se iludir com esses valores e, por isso, aceita colocar-se em uma posição submissa perante indivíduos dominantes ou busca enfrenta-los por meios que julga "éticos" e que são contrários ao jogo da lei do mais forte, não faltam exemplos de indivíduos desse ultimo grupo que tenham sido mortos ao tentarem se colocar a cima desse tipo de recurso que julgam anti-ético.

Alguns animais se submetem a domesticação e são escravizados, o homem pertence a esse grupo de animais.
Certos valores parecem servir muito bem para apoiar essa submissão e ao mesmo tempo confortar o homem em seu papel. Não digo que esses valores exista PARA isso e POR isso, mas ajudam nessa submissão.

Não falo sobre matar inocentes para impor nossa vontade, mas parece que não temos um espírito guerreiro como o daqueles índios que agrediram o engenheiro recentemente.
Não estou discutindo o caso, certos ou não na questão, o fato é que eles se orgulham desse espírito guerreiro de não se submeter ao inimigo.

A lei do mais forte é inegável (aqui no Brasil então... viva a impunidade), não deveriam justamente as pessoas mais racionais, empenhadas em cultivar um comportamento ético e sensato, cultivar também esse espírito guerreiro e não aceitar o papel de submissão frente a pessoas que são irracionais, mas tem poder?
A idéia do "não reagir" não é tola?
Qual o problema de matar uma pessoa irracional em seu caminho, que esta tomando algo que é direito seu e que te matará caso reivindique o que te pertence?

Não é essa postura covarde da população, que aceita tudo e mais um pouco, que permite premiar os "fortes" que de fato, nem são os mais "fortes"?
O problema é que os mais fortes de verdade, parecem paralisados frente a valores romantizados que não condizem com nossa realidade.
Como diziam... para que o mal triunfe, basta que os homens de bem não façam nada.

Somos covardes por ideologia, ou usamos ideais que no brasil de hoje são furados, para encobrir nossa covardia?
Qual o mal em ser guerreiro?
Qual o problema em matar quem toma o que é seu direito nato?
Qual o problema em jogar pelas mesmas regras deles?
Por que diabos somos tão covardes?
Não confundimos bondade com covardia?
Não acham que, ou somos covardes ou somos burros?
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Trancado