Estado leigo não significa Estado ateu ou anti-religioso, di
Enviado: 25 Jun 2008, 20:01
Estado leigo não significa Estado ateu ou anti-religioso, diz cardeal
Por Alexandre Ribeiro
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).- Segundo o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eugênio de Araújo Sales, um «Estado leigo não significa Estado ateu ou anti-religioso».
Dom Eugênio afirma, em artigo difundido essa sexta-feira por sua arquidiocese, que o Estado deve ser separado da Igreja, mas não dos sentimentos religiosos do povo.
«Nos últimos tempos, penetraram profundamente, na cultura dos povos, conceitos que outorgam ao subjetivo a elaboração da verdade», afirma.
De acordo com o cardeal Araújo Sales, «cada um julga, segundo parâmetros por ele construídos, o que deve fazer ou omitir. No fundo, é a substituição de Deus pelo homem».
«O que era prerrogativa daquele, a elaboração dos mandamentos a ser seguidos e a revelação da doutrina a ser aceita, passou à esfera da criatura humana», escreve.
Segundo o arcebispo emérito, como produto desse subjetivismo, «nasce o relativismo pelo qual nada mais é irreformável ou seguro. Hoje, poderá ser proclamado certo o que ontem era errôneo».
Mas, diante desse contexto, Dom Eugênio reconhece que, «felizmente, há sinais de um retorno aos princípios que antes regiam a sociedade. Ao menos, alguns já reconhecem serem errados vários conceitos, frutos dessa pseudocultura moderna».
«Não se trata de volta a antigas posições, tomadas em bloco, pois nelas haveria certamente elementos ultrapassados. Sente-se, hoje, em muitos ambientes, a necessidade de uma retificação de rota.»
«Recordo que, em um seminário realizado no verão de 1991, em Moscou, com a participação da Pontifícia Comissão para a Cultura, afirmou-se publicamente que, em uma sociedade pluralista, o Estado deve ser separado da Igreja, mas não dos sentimentos religiosos do povo».
«A sociedade não subsiste sem os valores éticos e estes desaparecem sem a vivência que decorre da Fé. Além disso, várias conferências episcopais têm tido a oportunidade de lembrar que “Estado leigo” não significa “Estado ateu” ou anti-religioso», afirma o cardeal.
Fontehttp://www.cot.org.br/noticias/estado-leigo-nao-significa-estado-ateu-ou-anti-religioso-diz-cardeal/

Por Alexandre Ribeiro
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).- Segundo o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eugênio de Araújo Sales, um «Estado leigo não significa Estado ateu ou anti-religioso».
Dom Eugênio afirma, em artigo difundido essa sexta-feira por sua arquidiocese, que o Estado deve ser separado da Igreja, mas não dos sentimentos religiosos do povo.
«Nos últimos tempos, penetraram profundamente, na cultura dos povos, conceitos que outorgam ao subjetivo a elaboração da verdade», afirma.
De acordo com o cardeal Araújo Sales, «cada um julga, segundo parâmetros por ele construídos, o que deve fazer ou omitir. No fundo, é a substituição de Deus pelo homem».
«O que era prerrogativa daquele, a elaboração dos mandamentos a ser seguidos e a revelação da doutrina a ser aceita, passou à esfera da criatura humana», escreve.
Segundo o arcebispo emérito, como produto desse subjetivismo, «nasce o relativismo pelo qual nada mais é irreformável ou seguro. Hoje, poderá ser proclamado certo o que ontem era errôneo».
Mas, diante desse contexto, Dom Eugênio reconhece que, «felizmente, há sinais de um retorno aos princípios que antes regiam a sociedade. Ao menos, alguns já reconhecem serem errados vários conceitos, frutos dessa pseudocultura moderna».
«Não se trata de volta a antigas posições, tomadas em bloco, pois nelas haveria certamente elementos ultrapassados. Sente-se, hoje, em muitos ambientes, a necessidade de uma retificação de rota.»
«Recordo que, em um seminário realizado no verão de 1991, em Moscou, com a participação da Pontifícia Comissão para a Cultura, afirmou-se publicamente que, em uma sociedade pluralista, o Estado deve ser separado da Igreja, mas não dos sentimentos religiosos do povo».
«A sociedade não subsiste sem os valores éticos e estes desaparecem sem a vivência que decorre da Fé. Além disso, várias conferências episcopais têm tido a oportunidade de lembrar que “Estado leigo” não significa “Estado ateu” ou anti-religioso», afirma o cardeal.
Fontehttp://www.cot.org.br/noticias/estado-leigo-nao-significa-estado-ateu-ou-anti-religioso-diz-cardeal/
José Alves de Paula escreveu:Concordo que estado leigo não significa estado laicista. E mais: Pela Constituição, todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Portanto, todo poder - tanto o de governar, quanto o de legislar, quanto o de julgar - são poderes que emanam do povo. São poderes em última análise delegados. E os governantes, legisladores e juízes não podem ignorar que exercem um poder delegado. Em consequência, quando governarem, legislarem ou julgarem - não devem ater-se ao mero subjetivismo de suas convicções pessoais, mas considerar que são agentes públicos de um Estado cujo substrato cultural é cristão. Logo, não devem ater-se aos dados de nenhum gheto laicista, de uso pessoal e privado. São delegados de um povo e de uma cultura impregnada de valores cristãos. Logo, devem levar em consideração este fato. Não que o Estado não seja leigo e não deva ser leigo, no sentido de que não se imiscui no âmbito das religiões para adotar esta ou aquela, Para defender e fazer prevalecer esta ou aquela, porque a pluralidade deve ser respeitada. Mas - como diz dom Eugênio - O estado é separado, mas não hostil. É separado mas não alheio ou hostil ao sentimento e à cultura do povo desse estado.
Ainda mais que o direito não é uma abstração mas um dado de realidade concreta. Nasce do chão em que vive e sente a nacionalidade. Nasce de uma realidade plural, mas que em sua esmagadora maioria é espiritualista, crê e professa a crença num Deus pessoal. Portanto, aquelas rebuscadas elucubraçoes laicistas que avassalam às vezes o pensamento de certos jpolíticos e de certos magistrados, deveriam encontrar na cultura e no sentimento do povo um corretivo para seus desvairios


