Evangélicos causam tumulto no Congresso
Enviado: 26 Jun 2008, 07:46
Evangélicos causam tumulto no Congresso
Grupo é contrário a projeto que pune discriminação a homossexuais
Um grupo de evangélicos tentou invadir o Congresso ontem em protesto contra a aprovação do projeto que criminaliza a homofobia (discriminação contra homossexuais) no país.
Cerca de mil evangélicos fizeram uma manifestação em frente à sede do Legislativo para evitar a votação do projeto. Os manifestantes querem ter o direito de criticar a homossexualidade, sem punições estabelecidas na legislação.
O projeto está em discussão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, sem previsão de entrar na pauta de votações do plenário.
- Achamos que o problema da discriminação não atinge só os homossexuais, mas também os negros, as mulheres, até mesmo nós, evangélicos. Se um funcionário for dispensado de uma empresa, por exemplo, pode alegar homofobia, e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo, inafiançável. Queremos trazer um projeto para proteger todas as minorias - disse o deputado Rodovalho (DEM-DF), da Igreja Sara Nossa Terra.
Parte dos manifestantes pressionou seguranças do Senado para ingressar na Casa. Houve empurra-empurra e um princípio de tumulto em frente à entrada principal do Legislativo. O grupo fez orações contra a aprovação do projeto, conduzido pelo pastor Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus.
Alguns dos manifestantes conseguiram ingressar no Senado e foram recebidos na presidência pelo senador Magno Malta (PR-ES). Evangélico, Malta ocupa interinamente a presidência porque o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) não está em Brasília. O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, entregou um documento contra a aprovação da proposta.
Relatora do projeto no Senado, a parlamentar Fátima Cleide (PT-RO) criticou a mobilização dos evangélicos contrário à criminalização da homofobia.
- Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus - afirmou.
Brasília
Entenda a proposta
O projeto, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O texto foi aprovado pela Câmara no ano passado e tramita no Senado.
Grupo é contrário a projeto que pune discriminação a homossexuais
Um grupo de evangélicos tentou invadir o Congresso ontem em protesto contra a aprovação do projeto que criminaliza a homofobia (discriminação contra homossexuais) no país.
Cerca de mil evangélicos fizeram uma manifestação em frente à sede do Legislativo para evitar a votação do projeto. Os manifestantes querem ter o direito de criticar a homossexualidade, sem punições estabelecidas na legislação.
O projeto está em discussão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, sem previsão de entrar na pauta de votações do plenário.
- Achamos que o problema da discriminação não atinge só os homossexuais, mas também os negros, as mulheres, até mesmo nós, evangélicos. Se um funcionário for dispensado de uma empresa, por exemplo, pode alegar homofobia, e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo, inafiançável. Queremos trazer um projeto para proteger todas as minorias - disse o deputado Rodovalho (DEM-DF), da Igreja Sara Nossa Terra.
Parte dos manifestantes pressionou seguranças do Senado para ingressar na Casa. Houve empurra-empurra e um princípio de tumulto em frente à entrada principal do Legislativo. O grupo fez orações contra a aprovação do projeto, conduzido pelo pastor Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus.
Alguns dos manifestantes conseguiram ingressar no Senado e foram recebidos na presidência pelo senador Magno Malta (PR-ES). Evangélico, Malta ocupa interinamente a presidência porque o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) não está em Brasília. O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, entregou um documento contra a aprovação da proposta.
Relatora do projeto no Senado, a parlamentar Fátima Cleide (PT-RO) criticou a mobilização dos evangélicos contrário à criminalização da homofobia.
- Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus - afirmou.
Brasília
Entenda a proposta
O projeto, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O texto foi aprovado pela Câmara no ano passado e tramita no Senado.