Windows se tornou velho e obeso diz NYT
Enviado: 08 Jul 2008, 08:11
NYT: diferente de Mac OS X e Linux, Windows é ‘monolito obeso e antigo’
“Parece que o Windows se move um centímetro a cada vez que o Mac OS X ou o Linux dão uma volta sobre ele”.
“O Microsoft Windows ganhou um bocado de peso ao longo dos anos. Tendo iniciado como um magro complemento para software velho, tornou-se em um monolito obeso construído sobre uma estrutura antiga. Acrescentando recursos, fechando buracos na segurança, corrigindo defeitos, corrigindo correções que nunca funcionaram direito, tudo enquanto tenta manter compatibilidade com hardware e software velho — tem algo que o Windows não tente fazer?”, pergunta Randall Stross em artigo publicado no site do jornal The New York Times.
Stross acha “dolorosamente visíveis” as deficiências de projeto cuja fundação nunca teve a intenção de suportar o peso que se colocou sobre ela. “Parece que o Windows se move um centímetro a cada vez que o Mac OS X ou o Linux dão uma volta sobre ele”.
Segundo Stross, a melhor solução para resolver o dilema enfrentado pelo sistema operacional da Microsoft é simplesmente acabar com tudo e recomeçar do zero — tal como, aliás, fez a Apple há oito anos.
“O Vista é, no mínimo, o equivalente à versão 12 do Windows, precedida pelas versões 1.0, 2.0, 3.0, 3.1, NT, 95, NT 4.0, 98, 2000, ME e XP. Após seis anos de desenvolvimento — o maior intervalo entre versões nos 22 anos de história do Windows —, longos o bastante para permitir que a Apple apresentasse três novas versões do Mac OS X, o Vista foi lançado ao consumidor em janeiro de 2007. Quando profissionais de TI e consumidores dão uma boa olhada no Vista, todos vêm com a mesma pergunta: só isso?”, observa Stross.
Ele comenta também que o codinome do sucessor do Vista é Windows 7. Segundo ele, o “7″ não se refere a nada em particular, conforme dito por um representante da Microsoft, e está programado para chegar no início de 2010. “Será ele um código reescrito do início? Na semana passada, Bill Veghte, um vice-presidente sênior da Microsoft, enviou carta a clientes reafirmando que haveria mudanças mínimas no código-base do Windows. ‘Nossa abordagem com o Windows 7 é construir sobre a mesma arquitetura-base do Windows Vista, por isso os investimentos feitos por você e por nossos parceiros no Windows Vista continuarão a pagar-se no Windows 7′”, relata Stross.
Mas, para ele, ficar preso à mesma arquitetura-base é o problema, não a solução. “Em abril, Michael A. Silver e Neil MacDonald, analistas da firma de pesquisa de mercado Gartner, apresentaram uma palestra chamada ‘O Windows Está Entrando em Colapso’ [comentada neste artigo do AppleMania]. O argumento deles não é o de que o Windows vai parar de funcionar, mas que sua sempre crescente complexidade, oriunda da tentativa da Microsoft de dar suporte a um legado de 20 anos, impede avanços. ‘A situação é insustentável’, diz a apresentação deles. ‘O Windows precisa mudar radicalmente’”.
Stross relata que alguns engenheiros da Microsoft parecem esta de pleno acordo quando falam em público de um trabalho que começou em 2003 para projetar um sistema operacional novo do zero. “Eles crêem que problemas como vulnerabilidades de segurança e instabilidade do sistema podem ser corrigidos abandonando-se a ortodoxia do projeto do sistema, formada nas décadas de 1960 e 1970 e trazida para o Windows”.
Muito mais detalhes no extenso e altamente recomendável artigo completo de Stross.
“Parece que o Windows se move um centímetro a cada vez que o Mac OS X ou o Linux dão uma volta sobre ele”.
“O Microsoft Windows ganhou um bocado de peso ao longo dos anos. Tendo iniciado como um magro complemento para software velho, tornou-se em um monolito obeso construído sobre uma estrutura antiga. Acrescentando recursos, fechando buracos na segurança, corrigindo defeitos, corrigindo correções que nunca funcionaram direito, tudo enquanto tenta manter compatibilidade com hardware e software velho — tem algo que o Windows não tente fazer?”, pergunta Randall Stross em artigo publicado no site do jornal The New York Times.
Stross acha “dolorosamente visíveis” as deficiências de projeto cuja fundação nunca teve a intenção de suportar o peso que se colocou sobre ela. “Parece que o Windows se move um centímetro a cada vez que o Mac OS X ou o Linux dão uma volta sobre ele”.
Segundo Stross, a melhor solução para resolver o dilema enfrentado pelo sistema operacional da Microsoft é simplesmente acabar com tudo e recomeçar do zero — tal como, aliás, fez a Apple há oito anos.
“O Vista é, no mínimo, o equivalente à versão 12 do Windows, precedida pelas versões 1.0, 2.0, 3.0, 3.1, NT, 95, NT 4.0, 98, 2000, ME e XP. Após seis anos de desenvolvimento — o maior intervalo entre versões nos 22 anos de história do Windows —, longos o bastante para permitir que a Apple apresentasse três novas versões do Mac OS X, o Vista foi lançado ao consumidor em janeiro de 2007. Quando profissionais de TI e consumidores dão uma boa olhada no Vista, todos vêm com a mesma pergunta: só isso?”, observa Stross.
Ele comenta também que o codinome do sucessor do Vista é Windows 7. Segundo ele, o “7″ não se refere a nada em particular, conforme dito por um representante da Microsoft, e está programado para chegar no início de 2010. “Será ele um código reescrito do início? Na semana passada, Bill Veghte, um vice-presidente sênior da Microsoft, enviou carta a clientes reafirmando que haveria mudanças mínimas no código-base do Windows. ‘Nossa abordagem com o Windows 7 é construir sobre a mesma arquitetura-base do Windows Vista, por isso os investimentos feitos por você e por nossos parceiros no Windows Vista continuarão a pagar-se no Windows 7′”, relata Stross.
Mas, para ele, ficar preso à mesma arquitetura-base é o problema, não a solução. “Em abril, Michael A. Silver e Neil MacDonald, analistas da firma de pesquisa de mercado Gartner, apresentaram uma palestra chamada ‘O Windows Está Entrando em Colapso’ [comentada neste artigo do AppleMania]. O argumento deles não é o de que o Windows vai parar de funcionar, mas que sua sempre crescente complexidade, oriunda da tentativa da Microsoft de dar suporte a um legado de 20 anos, impede avanços. ‘A situação é insustentável’, diz a apresentação deles. ‘O Windows precisa mudar radicalmente’”.
Stross relata que alguns engenheiros da Microsoft parecem esta de pleno acordo quando falam em público de um trabalho que começou em 2003 para projetar um sistema operacional novo do zero. “Eles crêem que problemas como vulnerabilidades de segurança e instabilidade do sistema podem ser corrigidos abandonando-se a ortodoxia do projeto do sistema, formada nas décadas de 1960 e 1970 e trazida para o Windows”.
Muito mais detalhes no extenso e altamente recomendável artigo completo de Stross.