Dantas ressuscita ACM para atacar ministro do STJ
Os intestinos do Brasil.
Quinze de novembro de 2007. Aniversário da proclamação da República do Brasil.
Oito e cinqüenta da manhã. Em conversa de 11 minutos e 21 segundos, Daniel Dantas, a diretora jurídica Danielle Ninnio e Bernardo Rodemburg - filho de sua irmã Verônica com Carlos Rodenburg - discutem a estratégia para enfrentamentos jurídicos e societários do Grupo Opportunity no exterior.
Veja também:
» Opine aqui sobre o caso Daniel Dantas
É preciso, em função da querela jurídico-comercial, desmoralizar um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Para tanto, invocam um morto, Antônio Carlos Magalhães, para atacar um vivo, o ex-ministro Edson Vidigal e ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dois anos antes, em 15 de junho de 2005, Vidigal concedeu liminar que permitiu aos fundos de pensão e ao Citibank retomarem o controle da Brasil Telecom. Esta é a batalha a ser revista na manhã de 15 de novembro.
Em transcrição de escuta autorizada judicialmente - já em poder de advogados -, recheio da Operação Satiagraha, diz Daniel Dantas:
- (...) a decisão nossa foi de quebrar a caixa de ovos toda, tá? (...) ele perguntou o que é que o SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES disse de VIDIGAL? Disse que era ladrão... aí o cara não tá preparado pra ladrão, tá certo?
Ainda nesse rol de conversas, no mesmo dia 15.
Em diálogo anterior na mesma manhã, iniciado às 8h37 e com duração de 9 minutos e 12 segundos, Daniel e a irmã, Verônica, já haviam ressuscitado ACM para nele ir buscar a referência a Vidigal: "ladrão".
Daniel refere-se à "viadagem" - o estilo prolixo de um de seus advogados, Korologos, - e repete o que já dissera sobre Vidigal num depoimento:
- Verônica: E aí? Você deu nomes? Falou de VIDIGAL? Falou de tudo?
- Daniel: Eu não amarelo nada... Falei de tudo... que ANTONIO CARLOS... Ah! O que o Senador disse? Que era ladrão. Qual é o termo exato (em inglês)? Ladrão (em inglês). Não é o normal, e eu sustentei... ladrão, aí o cara... né?
- Verônica: O cara tomou um susto...
Leia aqui a íntegra do telefonema.
Os intestinos do Brasil.
Quinze de novembro de 2007. Aniversário da proclamação da República do Brasil.
Oito e cinqüenta da manhã. Em conversa de 11 minutos e 21 segundos, Daniel Dantas, a diretora jurídica Danielle Ninnio e Bernardo Rodemburg - filho de sua irmã Verônica com Carlos Rodenburg - discutem a estratégia para enfrentamentos jurídicos e societários do Grupo Opportunity no exterior.
Veja também:
» Opine aqui sobre o caso Daniel Dantas
É preciso, em função da querela jurídico-comercial, desmoralizar um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Para tanto, invocam um morto, Antônio Carlos Magalhães, para atacar um vivo, o ex-ministro Edson Vidigal e ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dois anos antes, em 15 de junho de 2005, Vidigal concedeu liminar que permitiu aos fundos de pensão e ao Citibank retomarem o controle da Brasil Telecom. Esta é a batalha a ser revista na manhã de 15 de novembro.
Em transcrição de escuta autorizada judicialmente - já em poder de advogados -, recheio da Operação Satiagraha, diz Daniel Dantas:
- (...) a decisão nossa foi de quebrar a caixa de ovos toda, tá? (...) ele perguntou o que é que o SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES disse de VIDIGAL? Disse que era ladrão... aí o cara não tá preparado pra ladrão, tá certo?
Ainda nesse rol de conversas, no mesmo dia 15.
Em diálogo anterior na mesma manhã, iniciado às 8h37 e com duração de 9 minutos e 12 segundos, Daniel e a irmã, Verônica, já haviam ressuscitado ACM para nele ir buscar a referência a Vidigal: "ladrão".
Daniel refere-se à "viadagem" - o estilo prolixo de um de seus advogados, Korologos, - e repete o que já dissera sobre Vidigal num depoimento:
- Verônica: E aí? Você deu nomes? Falou de VIDIGAL? Falou de tudo?
- Daniel: Eu não amarelo nada... Falei de tudo... que ANTONIO CARLOS... Ah! O que o Senador disse? Que era ladrão. Qual é o termo exato (em inglês)? Ladrão (em inglês). Não é o normal, e eu sustentei... ladrão, aí o cara... né?
- Verônica: O cara tomou um susto...
Diálogo entre Daniel Valente Dantas (DVD), DANIELLA SILBERGLEID NINIOS e BERNARDO DANTAS RODENBURGO, ocorrido em 15 de novembro de 2007, às 08:50:20hs, com 11 minutos e 21 segundos de duração:
...
DVD: Alô...
DANIELLE: Oi... eu falei com BERNARDO nesse meio do caminho aí, recrutar alguém lá, você fala (inaudível)
DVD: Não, não é não...
VERÔNICA: Tem três termos..(inaudível)
DVD: DRAFT... o termo normal é DRAFT... eu quero usar DRAFT e colocar que foi feito uma... não quero botar que foi feito uma aliança, mas, que quero botar que foi feito meio que um mutirão, tá?
DANIELLE: É, a palavra é mutirão...
DVD: Mas eu queria essa em inglês... um mutirão transitório pra lidar com isso, eu precisava dessa palavra porque essa palavra detona (inaudível), aí ele me veio com um documento, um documento lá que ROBERT WILSON não assinou que tinha DÓRIO como sócio do MENAGMENT COMPANY OFF SHORE FOUND...
DANIELLE: Mas você falou que não sabia que o DORIO é muito cuidadoso e estuda com "lowyers", não foi?
DVD: Não, não, não, isso foi na compra das ações e se avisou a CVM ou não, entendeu? O que eu disse a ele é que não sabia que, no meu "declaration", em algum momento antes eu disse que DÓRIO não era sócio do D.B., tá? Eu acho que não era, eu tinha um papel lá que pareceia que DÓRIO era, eu disse, oh... não sei, pode ser que em algum momento eles eram sócios, mas eu queria saber se eles eram sócios do D.B. ou não se não vai ter uma incoerência no que eu respondi...
DANIELLA: Eu acho que o DÓRIO era sócio da empresa (inaudível) que era sócia da (inaudível), mas diretamento não, DÓRIO era sócio da empresa que tinha 96% do (inaudível)
DVD: Então, é capaz de ter uma incoerência no primeiro depoimento... era bom olhar isso mas eu num tava... eu não lembrei e eu respondi que ele não era sócio do... eu tenho que olhar o meu primeiro depoimento que é possivel que eu tenha alguma incoerência, então eu preciso saber disso que aí eu conserto tá? Tento consertar, mais aí, pode ser que eu tenha...
DANIELLE: A gente não vai ter outro (inaudível) aqui hoje... vou olhar na (inaudível)
DVD: Não, não... se tá dizendo que ele é sócio da INK e que a INK é sócia da GP, chega...
DANIELLE: Da INK não, da INVEST 2...
DVD: Sei lá, esses nomes aí, então se for sócio do GP ele fica como "beneficial owner" alí do GP, tá?... e eu tinha dito no primeiro depoimento que ele não era sócio do (inaudível), então tem que ver... depoimento... é o único que tem... no "deposition" aí ele pergunta e eu digo que não era.
DANIELLE: Tá bom. A gente vai checar isso aqui e a gente se fala já, já. A gente te fala de qualquer maneira...
DVD: Tá, é só esse ponto aí, e eu adpto um pouquinho pra lá e um pouquinho pra cá, eu digo que ele não era sócio... acho que minha resposta não tá errada não, eu posso consertar, é bom eu ficar (inaudível) e na oportunidade que eu tiver eu conserto. Eu quero resolver esse assunto aí através desse mutirão que feito pra lidar com a, mas eu preciso de um termo mais eleborado, um termo que, vamos dizer, que reflita o espírito de uma aliança transitória que foi feita sem as formalidades do acordo. Porque se voce fizer um acordo internacional, eles assinaram o acordo, tá? (voz ambiente) e a gente tem que espantar esse cara que tá tentando atracar todo mundo e eu não sabia quanto tempo ia demorar, aí então houve uma união de esforços...
DANIELLE: É, o cenário tá ruim porque fala (inaudível)... a gente vai achar...
DVD: É, vou vou botar união de esforços...
ARTHUR: Quais são os itens que você falou que tá esperando ele vai trazer hoje?
DVD: Ele me disse que vai entrar em high lake(?) hoje... não tem problema nenhum ali...
DANIELLE: E umbrella?
ARTHUR: Você explicou aquele negócio da perda do borrd e ele ficou surpreso, é isso mesmo?
DVD: Só agora que ele entendeu ARTHUR, eu acho que talvez a gente não tenha sido feliz nisso, aí ele caiu a ficha, ele viu que caiu na ficha, ele continuou, porque o que ele não tava vendo, era o seguinte: com 51%, na prática, na mão da ZAIN(?), era impossível, aí em digo... era dois conselheiros, alguns conselheiros eram deles de qualquer jeito, aí ele ficava com o controle do board, sem ter o controle acionário, aí ele resolveu sair daí, entendeu? Aí ele resolveu pular fora dessa... resolveu pular disso daí... eu... quer dizer, o KOROLOGOS acha que ele tá... vamos dizer assim... que ele tá, o que ele fez? Fez o seguinte... ele tem 150 páginas de viadagem, como eu chamo, preparadas, tá? E o que acontece é o seguinte.. .ele não consegue me pegar na viadagem porque de fato eu não tava fora do documento, porque e-mails que ele entrou, eu sabia do e-mail, documentos que não feito por mim, eu não sabia do documento... você viu esse documento? Não, não vim, você mandou para MERRIL LINCH? Não, não mandei... Por que que você não mandou? Não mandei porque não mandei... não vi e tal... aí ele não consegue porque toda a arma tá em cima daquilo, tá? Ele não está, quer dizer, não me parece estar, muito preparado, tá? O que significa que esta tese de KOROLOGOS não foi ruim, tá?...
DANIELLE: Não foi?
DVD: ele não tá muito preparado e na verdade, se eu conseguir manter esta estratégia, que a gente decidiu aí, ele não como como nem dar porque...
DANIELLE: Num dá tempo, né?
DVD: Não é que não tem tempo, é que no "fora da pista" ele não tem acessso, gente... dentro da pista, ele não tem nem como, não. MERRIL LINCH não lembra, os outros não viram, e ele não sabe, como é que ele vai ficar? Como é que ele vai me pegar? Como é que ele vai saber o em volta? Aí eu meto dez personagens que ele não sabe ninguém quem é... fica demorando 15 minutos no hall do CEO... ele não consegue... o que que ele vai fazer?... eu digo, ah não... porque Mister SODRÉ... mister SODRÉ é não sei o quê, e tal...(inaudível)... que já fui naquela casa... que casa? Aquele casa que a gente aluga lá em Brasília... qual é o endereço? Não tenho a menor idéia... como é que você vai numa casa que não sabe o endereço? Eu pego um motorista que sempre faz e ele me leva lá... se eu tiver que dirigir eu vô... só que Brasílio é numerados... e eu não me lembro lá... super quadras, não sei o que... isso não lembro... eu sei que eu consigo chegar lá... aí ele fica... onde é que foi a reunião? A reunião foi num sei o que lá... quem tava na reunião? Fulano e fulano. O que é que fulano disse? É buufff...aí ele não consegue, não tem...
DANIELLE: Mas o KOROLOGOS me falou que ele ficou um pouco surpreendido, a impressão do KOROLOGOS é que ele ficou um pouco supreendido como foi detalhista no item corrupção... que ele não tava esperando isso... que essa informação foi muito boa, foi very (inaudível)...
DVD: Foi... na verdade, é que a decisão nossa foi de quebrar a caixa de ovos toda, tá? Então, na verdade eu não poupei informação, eu peguei e dei... ele perguntou o que é que o SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES disse de VIDIGAL? Disse que era ladrão... aí o cara não tá preparado pra ladrão, tá certo?... tá preparado prááá... não, é que ele disse que de repente, não sei o quê... mas direto, no meio do couro, num tá... aí ele pega... e o que ele faz? aí ele demora, e diz, que vai falar com o colega ali do lado, volta, e diz... como é que voce falou com o ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, antes da CCJ? Aí eu digo... é que eu cheguei um pouco antes, ele abordou e que queria saber o que que estava acontecendo... Ah, então você estava passando informações pra ele antes da seção? Estava... Por que que você estava passando? Porque ele pediu... tanto que ele pediu... aí porque que você não continuou passando? Aí ele achou que eu tava... fez uma carinha como seu eu tivesse reunido com ele debaixo da escada, em algum canto... ah, porque começaram a chegar os outros Senadores e a seção começou... ah... e aí, como é que você sabe? Que detalhes ele te deu? Aí eu disse a ele que preferia não ter detalhes, que ele conversasse com o meu advogado (inaudível)... que advogado? NILSON (inaudível)... how do i speel (como eu soletro?)... o que que ele falou para Mister NILSON?... não sei... Mister NILSON não lhe reportou nada?... reportou sim... reportou que ficou impressionado e com a memória dele... mas não contou o conteúdo? Não contou o conteúdo... eu fui orientado pelo meus advogados para de obter esse conteudo porque podia ter extraído de mim em algus procedimentos que são chamados com os objetivos específicos pra isso e eu parei de... mas que advogados conversou com as testemunhas na tentativa de obter essa informação... tá... tá... tá... tá... tá...? MISTER KOROLOGOS, fulano... aí não tem... se ele não conseguir o "griping" documento, tá difícil pra ele... entendeu?... eu acho que esta estratégia de fugir do documento é muito boa...
DANIELLE: Muito boa...
DVD: Ele pode, na verdade, mudar pra cima dos e-mails, mas nos e-mails eu sei... é claro que pode...
DANIELLE: Mas agora, em cima de depoimentos, como ele não tem (inaudível), ele não tem direito de fazer a curva, entendeu? (CAIU A LIGAÇÃO)
http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 78,00.html