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Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 11 Jul 2008, 23:04
por Apáte

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 11 Jul 2008, 23:12
por Apáte
Salvou só a página da revista Veja.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 11 Jul 2008, 23:13
por Apo
Do Blog do Reinaldo Azevedo

Processar? Sistema COC deveria é contratar mãe de aluna para rever suas apostilas

É preciso ler o post abaixo para estender este:

O sistema COC de ensino, até onde posso alcançar, existe porque existe o capitalismo — a menos que se candidatasse a Ministério da Doutrina no caso de um regime comunista no Brasil. Fosse eu o dono da EMPRESA, em vez de processar Mirian Macedo — e os sites que divulgaram seu texto —, eu a contrataria para revisar as apostilas.

Os trechos que ela selecionou do material didático são mesmo constrangedores, vexaminosos, vergonhosos. Os donos da empresa COC, empresários que são, sentem-se devidamente retratados nesta seqüência de verbos: “Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.” ???

Do conjunto, sem dúvida, duas coisas me deixaram particularmente encantado: descobrir que o capitalismo começou no neolítico (eu sempre disse que o modelo é antigo, mas não achei que fosse tanto...) e que o dilúvio foi uma punição para Sodoma e Gomorra. O Deus do Velho Testamento era mesmo padrasto! Imagino que quem afirmou a besteira nunca pôs os olhos numa Bíblia, mas escreve a respeito. Como de costume...

Por que o sistema COC está processando a mãe da aluna? Não lhe reconhece o direito de contestar as sandices que imprime? Defende, segundo entendi, o método crítico, “dialético”, sei lá o quê, desde que COC fique livre de qualquer escrutínio? Mírian inventou aquelas informações? Mais: não basta ao "sistema" o espaço para defender o seu ponto de vista?

Pobre Weber
Eu lamento um tanto pelo sistema COC. Classificar Max Weber de “idealista”, como fez José Henrique del Castillo Melo, não é opinião, mas ignorância. Pior, depreende-se da resposta dada que qualquer análise que releve a importância da cultura na história é, necessariamente, uma manifestação do "idealismo". Parece que o COC prefere processar a argumentar, mas, se Castllo Melo quiser me provar que Weber integra a corrente do “idealismo alemão”, é só mandar o texto pra cá, que eu o publicarei. Só espero que ele me garanta o direito de resposta...

Direito achado na rua
Escrevi anteontem um texto sobre o tal Direito Achado na Rua e inscrevi esta, vá lá, corrente de pensamento jurídico na perspectiva gramsciana de construção da hegemonia do pensamento de esquerda. Aliás, Roberto Lyra Filho, o idealizador da estrovenga, era um leitor de Gramsci. Espero que o sistema COC reconheça o meu direito de considerá-lo parte dessa mesma construção — ou, ao menos, contaminada por ela.

Leiam este trecho:
"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira?”

Gostaria que o professor Castillo tentasse me provar (pode ser no mesmo texto em que o convido a dissertar sobre Weber) que o que vai acima é história rigorosa — sem contar, é fato, o trato lamentável da língua portuguesa. Não há história ali. Ao contrário: há só juízo moral. Pior de tudo: induz-se o aluno a julgar o passado segundo critérios do presente. A história consiste, entre outras coisas, em tentar entender a mentalidade de um período para que as ocorrências e as decisões sejam compreendidas em seu próprio tempo. Sabem o que é mais triste? Nem o tarado furunculoso, Marx, endossaria aquela besteira. Ele escreveu bobagens brutais, gigantescas, mas não era estúpido.


http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo ... ratar.html

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 12 Jul 2008, 12:10
por user f.k.a. Cabeção

Primeiramente, trata-se de uma empresa privada de ensino, cujos pais devem (ou deveriam) estar conscientes dos conteudos abordados em sala. Sao esses pais que pagam as mensalidades e que recebem em troca esse tipo de ensino, nao eu. Dessa forma, desde que nao estejam ensinando criancas a roubar ou a praticarem atos terroristas, nao me interessa o que eles ensinam.

Ou pelo menos nao deveria me interessar. Afinal, a liberdade de expressao e pensamento me parece garantir que nenhum orgao estatal deva se encarregar de estabelecer uma verdade a respeito do que quer que seja e obrigar os outros a segui-la rigorosamente. E capitalistas vendendo anti-capitalismo nao e nenhuma novidade, os produtores de holywood, as bandas de rock e os escritores de "best-sellers" ja conhecem esse filao ha muito tempo. Nao me parece impressionante que as escolas particulares tambem entrem nessa danca.

O caldo engrossa quando esses sujeitos, que deleitam-se com sua propria liberdade de expressao e pensamento, acham-se no direito de processar quem quer seja por denunciar as inverdades e absurdos que dizem. Pensam que a sua liberdade de expressao implica necessariamente na obrigacao dos outros de concordar e aceitar o conteudo daquilo que dizem, e nao simplesmente o ato de dizerem o que querem dizer. E nesse momento eles atentam contra a liberdade de expressao alheia de manifestar repudio e de denunciar aquilo que consideram como incorreto, contra o mesmo direito que adoram reservar para si mesmos e consideram tao sagrado.

Nem o direito de processar eles admitem dividir. Quando sao alvo de processos legitimos de calunia, como Michael Moore, pensam ser martires da liberdade de expressao, o que vem mais a calhar para seus interesses.

Ou seja, pensam monopolizar o direito de expressao e de processo. Exatamente como uma nomenklatura. Usam da maquina estatal para oprimir seus desafetos.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 12 Jul 2008, 15:30
por Herf
Caralho, isso é inacreditável.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 12 Jul 2008, 17:11
por spink
isso é briga de cachorros grandes...
a lei de internet já foi considerada retroativa - agradeçam ao ilustre senador eduardo azeredo e ratificada (na teoria) pelo ilustre presidente do STF.
canja de galinha não faz mal a ninguém...

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 12 Jul 2008, 21:42
por Herf
"Calcule o ângulo em que o revolucionário cubano deve posicionar o seu fuzil de fabricação russa para acertar precisamente a cabeça do porco capitalista estadunidense invasor parado no alto da torre, conforme mostrado na fugura abaixo."

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 12 Jul 2008, 23:57
por Apo
Pelo que sei, escolas privadas de grupos famosos que pululam no sudeste do Brasil ( em outras regiões não sei, mas aqui no RS elas nunca entraram), como Anglo, Pitágoras, COC, Objetivo e outras que tais, são todas administradas com fins unicamente lucrativos e de acordo com ideologias específicas ( não sei se todas de esquerda ). Quando morei em SP sempre achei esquisitas as apostilas destes cursos. Não há aquela ênfase pedagógica, digamos assim...mais romântica e idealista. É apenas um negócio. Não vejo muito problema se isto for aplicado no Ensino Médio ( como fazem alguns cursinhos pré-universitários ), fase em que os alunos já estão mais conscientes e críticos ( imagino eu ). Mas colocar crianças neste tipo de escola e ainda se orgulhar da qualidade de ensino que os filhos estão tendo ( como cansei de ver pais fazendo em SP e interior ) é muita inocência ( ou cumplicidade ).

Em se tratando de ensino ainda sou uma romântica ( não conservadora, mas idealista ).

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 12:42
por Fenrir
Dificil de acreditar.

Isto tem mesmo base veridica ou e como aquela do mapa brasilaiero sem o amazonas adotado nos estados unidos?

A fixacao por Cuba & Fidel Castro nos exercicios, inclusive que nao tem nada a ver com historia, muito menos com o periodo historico a que pertencem cuba e fidel, é doentia (matematica).
Se isto nao for lavagem cerebral, eu sou o papai noel.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 13:54
por against
A questão 26 teve a tal 'inter-disciplinaridade' FORÇADA AO EXTREMO!!!


huahuauhahuauhauhuhaa

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 14:17
por Apáte
Fenrir escreveu:Dificil de acreditar.

Isto tem mesmo base veridica ou e como aquela do mapa brasilaiero sem o amazonas adotado nos estados unidos?

A fixacao por Cuba & Fidel Castro nos exercicios, inclusive que nao tem nada a ver com historia, muito menos com o periodo historico a que pertencem cuba e fidel, é doentia (matematica).
Se isto nao for lavagem cerebral, eu sou o papai noel.

As minha apostilas eram esquerdistas, mas nunca chegaram a este ponto. Já as questões das provas elaboradas pelos professores, a contragosto da franquia, passavam disso fácil fácil. A complementação ao ensino do material franquiado, também conhecida como besteiras que os professores hablam por conta própria, chegava a parecer piada de quando em vez.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 14:20
por Apáte
against escreveu:A questão 26 teve a tal 'inter-disciplinaridade' FORÇADA AO EXTREMO!!!


huahuauhahuauhauhuhaa

É a Matemática Revolucionária.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 19:21
por RicardoVitor
Isso não é nada perto dos livros de primeiro e segundo grau do ensino público estadual aqui de SP. É que não tenho mais nenhum aqui comigo, mas posso dizer que é disso aí para baixo...

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 14 Jul 2008, 19:49
por Apáte
RicardoVitor escreveu:Isso não é nada perto dos livros de primeiro e segundo grau do ensino público estadual aqui de SP. É que não tenho mais nenhum aqui comigo, mas posso dizer que é disso aí para baixo...

No ensino público é barra pesada. Lembro de uma vez que a professora de artes pulou de esculturas em argila para seu protesto contra a desvalorização da sua disciplina no currículo escolar e impressionantemente concluiu que as privatizações geram inflação. :emoticon28:

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 15 Jul 2008, 15:50
por Tulio
Só pode ser hoax… inacreditável tamanha bajulação àquela ilhota fodida do mar caribe :emoticon2:

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 15 Jul 2008, 16:58
por Johnny
Apo escreveu:Pelo que sei, escolas privadas de grupos famosos que pululam no sudeste do Brasil ( em outras regiões não sei, mas aqui no RS elas nunca entraram), como Anglo, Pitágoras, COC, Objetivo e outras que tais, são todas administradas com fins unicamente lucrativos e de acordo com ideologias específicas ( não sei se todas de esquerda )


E existe algum outro motivo para se montar uma escola privada? Ideologia? Patriotismo?

Agora, falando sério, o que tá roalndo com este negócio de COC? Minha filha está no COC aqui e pelo que pesquisei, aqui em Aracaju é uma das 3 primeiras melhores no nível estadual. A Salesiana, que em Campinas já foi uma das melhores juntamente com a Dom Bosco (de Sandi e Junior), aqui é perrenga, coisa bem pouca mesmo. Uma ótima escola daqui é uma tal de Amadeus mas prepara mais para os vestibulares daqui do nordeste/norte enquanto o COC o sistema é o mesmo de SP (por isso chama-se COC-São Paulo). Escolas públicas aqui não são ruins pelo que me informaram mas não queria me arriscar pois era novo aqui. Hoje, ainda prefiro a particular pois o conteúdo está muito bom. Quando que na minha época tinha apostilas para cada mês de todas as matérias, fora o CD de complementação. Já o Anglo, que eu me lembre, um amigo meu havia dito que o filho dele tinha que ler dois livros por mes, isso não sei se é vero. Mas sei que não conseguiu passar na Unicamp nem na USP, enquanto a filha de uma amiga minha que estudava em escola publica passou em quimica. Acho que vai de querer aprender e devorar conteúdos a mais do que oferecem.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 15 Jul 2008, 17:13
por Apáte
Escolas particulares obviamente foram criadas para gerar lucro. Quanto mais alunos, mais lucro. Oferecer uma boa mercadoria (educação) é garantia de angariar mais fregueses (alunos). Aprovação no vestibular é uma forma de avaliar a qualidade do serviço prestado nestas escolas. O vestibular é esquerdista. Daí...

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 15 Jul 2008, 20:16
por Apo
Luiz Carlos Querido escreveu:
Apo escreveu:Pelo que sei, escolas privadas de grupos famosos que pululam no sudeste do Brasil ( em outras regiões não sei, mas aqui no RS elas nunca entraram), como Anglo, Pitágoras, COC, Objetivo e outras que tais, são todas administradas com fins unicamente lucrativos e de acordo com ideologias específicas ( não sei se todas de esquerda )


E existe algum outro motivo para se montar uma escola privada? Ideologia? Patriotismo?


E precisa ser picareta ou tendenciosa? Não pode ser profissional? A dona da escola da minha fillha tem altas idéias revolucionárias, anti-escola- religiosa, pois ela estudou numa quando criança e odiava. Abriu a dela e está firme e forte, competindo com as melhores. Mas estas que citei são muito esquisitas. Confesso que quando morei em SP fiquei meio apavorada se tivesse que continuar lá, com a minha filha tendo que ir para alguma coisa assim em alguns anos. Principalmente quando morei em Rio Preto. Os 3 primos dela vivem lá e a mentalidade de babação em cima dos Anglo, Objetivo e Pitágoras parece ser epidemia. Um negócio esquisito, nem sei explicar. E nem quero, contanto que mantenha minha filha fora disto.

Agora, falando sério, o que tá roalndo com este negócio de COC? Minha filha está no COC aqui e pelo que pesquisei, aqui em Aracaju é uma das 3 primeiras melhores no nível estadual.


Quem define e quais os critérios? Lá em Rio Preto é uma questão política ,e por ser aquilo que há de melhor. Mas que é estranho, é.

A Salesiana, que em Campinas já foi uma das melhores juntamente com a Dom Bosco (de Sandi e Junior), aqui é perrenga, coisa bem pouca mesmo. Uma ótima escola daqui é uma tal de Amadeus mas prepara mais para os vestibulares daqui do nordeste/norte enquanto o COC o sistema é o mesmo de SP (por isso chama-se COC-São Paulo).


Esta coisa de escola pro vestibular é interessante. Aqui há escolas de segundo grau que preparam especialmente para determinados cursos. Qualquer um que se matricule pode cursar, mas o foco é nas disciplinas que têm mais peso. Por exemplo, tem a Afrânio que está direcionada para Medicina. É um mercado bacana. É impossível um aluno que quer fazer Medicina ficar se concentrando em matérias nada a ver. É um desperdício de energia e tempo.

Escolas públicas aqui não são ruins pelo que me informaram mas não queria me arriscar pois era novo aqui.

Antes ( há 3 décadas ) havia ótimas escolas públicas aqui ( mesmo não se comparando com as melhores particulares , mas eram boas de fato ). O Instituto de Educação tinha fila de anos, alunos das classes mais altas faziam testes lá, para serem aprovados desde pequenos. Mas aqui em Porto Alegre, a escola que mais aprova nos vestibulares é sempre o Colégio Militar. Depois vêm os colégios classe A. Mas a diferença é a disciplina. No Colégio Militar não tem frufuzinho, e ficou misto de uns 20 anos para cá.

Hoje, ainda prefiro a particular pois o conteúdo está muito bom. Quando que na minha época tinha apostilas para cada mês de todas as matérias, fora o CD de complementação.


Pois é...a estas coisas modernosas que eu me refiro. Quem disse que estas coisas são garantia de qualidade. São diferenciais de venda. Quem disse que apostilas são melhores do que alunos copiando do quadro e um bom professor explanando. Ou melhor, alunos pesquisando e debatendo o que encontraram...enfim...Já percebi que aqui não damos tanta importância para apostilas necessariamente e nunca demos. Há dezenas de formas de se passar conteúdo e eu acho que a apostila é coisa típica de supletivo. O aluno recebe toneladas de coisas prontas. E muitas vezes nem olha para elas. Cd de complemetação é outra falácia tecnológica. Na nossa época não tinha CD e as escolas que tinham o tal laboratório com fitas cassete eram mal vistas, como se fossem apenas marqueteiras. A tal fita ia parar em lugar incerto e não sabido. O velho caderno de guerra, folhas e mais folhas de exercícios e os livros é que faziam efeito.

Já o Anglo, que eu me lembre, um amigo meu havia dito que o filho dele tinha que ler dois livros por mes, isso não sei se é vero. Mas sei que não conseguiu passar na Unicamp nem na USP, enquanto a filha de uma amiga minha que estudava em escola publica passou em quimica. Acho que vai de querer aprender e devorar conteúdos a mais do que oferecem.


Este tal Anglo é um lixo. Tem apenas um franquia de pré vestibular aqui. Ninguém dá bola. Não tem a seriedade dos tradicionais cursos pré-vestibulares. E o Anglo que fui olhar para minha filha em SP é só fachada. Nem pensar. Se tem uma coisa que não me encanta é papo furado de escola que se vende como cara de supletivo moderninho.

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 15 Jul 2008, 20:18
por Apo
Apáte escreveu:Escolas particulares obviamente foram criadas para gerar lucro. Quanto mais alunos, mais lucro. Oferecer uma boa mercadoria (educação) é garantia de angariar mais fregueses (alunos). Aprovação no vestibular é uma forma de avaliar a qualidade do serviço prestado nestas escolas. O vestibular é esquerdista. Daí...


"O" vestibular? Qual?

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 16 Jul 2008, 00:48
por SickBoy
sinceramente, eu acho que é fale. é caricato demais isso tudo

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 26 Nov 2009, 05:55
por Johnny
Reload:

Escolas comercializam seus próprios métodos de ensino

A eficiência com que os cursos preparatórios, surgidos em sua grande maioria entre os anos 60 e 70, colocavam alunos nas principais universidades brasileiras fez com que suas marcas ganhassem a confiança de pais e estudantes. De lá pra cá, foi um passo para que expandissem seus métodos a outros níveis de ensino e alcançassem até mesmo colégios tradicionais.

Os sistemas de ensino estão presentes em milhares de escolas, não só no país mas também no exterior. Comercializam material didático (apostilas, cadernos de exercícios e CD-ROM, entre outros) e oferecem treinamento a professores e coordenadores pedagógicos, além de serviços como cursos e palestras.

Uma das mais recentes incursões nesse mercado é a da católica Rede Salesianas de Escolas, que tem mais de 120 anos no Brasil. Com cerca de 90 mil alunos espalhados por 110 escolas, a rede acabou de desenvolver material didático próprio: vai introduzi-lo em suas unidades e partir para a sua comercialização no ano que vem. "As escolas religiosas têm perdido por ano cerca de 2% dos alunos. Não costumamos ter muitas estratégias de marketing e acabamos ficando isolados. Chegou a hora de mudar isso", diz o padre Nivaldo Luiz Pessinatti, presidente da Conferência dos Salesianos do Brasil.

Para coordenadores e diretores de institutos produtores desses sistemas, o objetivo é disseminar um método de ensino de qualidade que dê certo em sala de aula, mas não deixe de lado questões mercadológicas. "Toda escola é uma empresa, e a concorrência está cada vez mais agressiva. É preciso trabalhar o aspecto financeiro ao lado do pedagógico. Caso contrário, uma escola pode correr o risco de fechar", diz Márcia Carvalinha, coordenadora pedagógica do Sistema Objetivo.

Como o Objetivo, que passou a oferecer às escolas parceiras assessoria em marketing e gestão empresarial, além de apoio pedagógico, outros grupos têm seguido esse caminho. O motivo, segundo o superintendente do Sistema COC, Nilson Curti, é que muitas escolas adotam uma administração familiar ou são formadas por educadores sem visão de mercado. "Sugerimos estratégias para que a escola se solidifique pedagógica e economicamente, consiga visibilidade e bons resultados; ela cresce, e o sistema também", diz Curti.

Esse crescimento foi sentido por Sonia de Carvalho Aleixo, do colégio Jesus Maria José, em Franca (400 km ao norte de São Paulo). Fundado há 85 anos, o colégio católico começou a sentir a pressão da concorrência. "Precisávamos nos modernizar, estávamos perdendo alunos", diz Sonia. Em 1996, o colégio optou pelo Sistema Etapa na quinta série do fundamental e no primeiro ano do ensino médio. Hoje, ele é utilizado do ensino infantil ao pré-vestibular.

Da crise que levou o colégio a ter pouco mais de 200 alunos, houve um salto: atualmente, tem mais de 800 estudantes. "A opção por um novo sistema de ensino, aliada à firmeza da direção e ao time de professores, resultou em sucesso", conta.

Esse resultado, para Sonia, pode ser medido também pelo ingresso dos alunos em universidades "prestigiadas": em 2003, 80% dos que prestaram vestibular foram aprovados, segundo a diretora. "O pai que coloca o filho no infantil já quer saber a aprovação que obtemos nos vestibulares. Isso conta muitos pontos", diz.

Não à toa, uma das formas de publicidade mais utilizadas é usar como exemplo alunos que conseguiram uma vaga na USP ou Unicamp. "Não há como negar que nossa eficiência em preparar os estudantes para os maiores vestibulares é um ponto muito forte", diz Leila Rensi, supervisora pedagógica do Sistema Anglo. Márcia, do Objetivo, completa: "Eles querem o respaldo da marca".

"Se a classe média só quer saber se o filho vai entrar na faculdade, por que as escolas têm de pensar diferente? A família compra um produto, e a escola oferece um. Ganhar dinheiro com educação não é pecado mortal", diz a educadora Guiomar Namo de Mello, diretora-executiva da Fundação Vitor Civita, que apoia e realiza projetos educacionais.

Por trás dessa relação de compra e venda estão questões delicadas, acredita a socióloga e educadora Eloísa Mattos Höfling, do Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Educação da Faculdade de Educação da Unicamp. "Acho que existe um risco muito grande nesse esquema, que funciona quase como um franchising", diz Eloísa, para quem o processo educacional envolve relações particulares e diferenciadas. "O material uniformizado pode levar a uma relação tecnicista com a educação", critica.

De outro lado, o economista Cláudio de Moura e Castro, ex-diretor da área de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento e consultor pedagógico no Sistema Pitágoras, é um defensor dessa expansão. Para ele, os sistemas privados de ensino estão fazendo o que as secretarias de Educação deveriam fazer, mas não fazem, ou seja, cuidar do planejamento minucioso da educação que vai ser oferecida - desde as aulas até o material didático.

"O sucesso dessas redes privadas deve-se ao fato de elas terem um projeto pedagógico eficiente, prestarem assessoria de qualidade e darem apoio para as escolas crescerem", sustenta o economista.

Algumas prefeituras já adotaram essa idéia: as cidades de Vinhedo e Brotas, no interior de São Paulo, passaram a utilizar sistemas privados em escolas da rede municipal. Desde que sigam parâmetros e diretrizes estabelecidos pelo MEC, têm autonomia para decidir o método de ensino (leia texto acima).

Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação (1995-2002) e atual diretor da consultoria educacional que leva seu nome, faz uma ponderação sobre os sistemas privados: "O risco existe com relação aos objetivos do ensino básico. Nessa fase, é preciso desenvolver a capacidade de pensar, de raciocinar - em oposição a um método que prioriza a memorização".

Foi essa a preocupação de Laís Vieira Medina. Com o que economizou em mais de 25 anos como professora e diretora de escolas públicas, decidiu, depois de se aposentar, abrir a primeira escola particular de Cravinhos (294 km ao norte de São Paulo).

Como seu objetivo era começar com os ensinos infantil e fundamental, ela diz não ter se preocupado com os índices de aprovação dos alunos nos vestibulares. "Queria um sistema que estivesse de acordo com a minha filosofia, com meu modo de pensar a educação", conta Laís, que em 1999 abriu o Sevime, em parceira com o Sistema Positivo. "O método me dá muito apoio, me fornece diretrizes, e eu encaixo meu modo de pensar dentro disso".

A fazendeira Márcia Regina Motta Minohara, 33, tem três filhos no Sevime. A mais nova, Ana Júlia, tem seis anos e entrou na escola com três. "A apostila propõe atividades que façam a criança adquirir autonomia e senso de responsabilidade", conta Márcia, para quem o fato de a escola manter um mesmo método do maternal ao ensino médio dá estabilidade. "Meus filhos terão ensino de qualidade durante todo o processo educacional, o que me dá segurança."

Manter a autonomia também foi o aspecto que pesou na hora de a escola Crescimento, de São Luiz (MA), adotar o Sistema Pueri Domus. "Não foi fácil achar um parceiro que estivesse aliado à nossa proposta pedagógica. Queríamos fazer parte de uma rede que nos proporcionasse atualização constante sem mudar nossas características essenciais", diz Adriane Bacelar de Castro, vice-diretora pedagógica do colégio. Tereza Vieira de Carvalho, do Centro Educacional Etip, de Santo André (na Grande São Paulo), escola que trabalha com o Dom Bosco, de Curitiba, concorda: "Concluímos que o sistema pode ser um impulso, mas o modo como o professor trabalha com ele é mais importante".

Como o professor se encaixa nesses sistemas é um ponto nevrálgico da questão. Nenhum dos docentes ouvidos pelo Sinapse que discordam dos sistemas de ensino com que trabalham quis se identificar. Mas, quase em uníssono, criticam a limitação do trabalho em sala de aula. "Foi um choque. O professor acaba trabalhando de maneira informativa, e não formativa, e não existe liberdade de planejamento. Tudo já vem pronto, o professor só executa", diz Francisco (nome fictício), professor de geografia em um colégio de São Paulo que, há três anos, adotou um sistema de ensino.

João Batista Araújo e Oliveira, diretor da consultoria em educação JM Associados, acredita que, quando toda a orientação metodológica é predefinida e rígida, a liberdade do professor pode ser restringida. "O sistema pode reduzir a capacidade de atuação do professor se impuser um cronograma a ser cumprido. Cabe ao docente encontrar brechas e ser criativo."

Pais de alunos também parecem concordar que é o professor que faz a diferença em sala de aula. No final de 2003, Regina Negreiros Negrini, 26, pesquisadora na área de literatura, mudou-se de São Paulo para o litoral do Estado com Pedro, 8, seu filho. O menino teve de deixar o tradicional colégio Dante Alighieri para cursar a segunda série do ensino fundamental em uma escola que adota o Sistema Positivo.

Após um semestre, a mãe analisa os prós e contras. "Eles propõem muitas atividades via internet, o que eu acho válido. Mas acredito nos livros como as grandes fontes de conhecimento." Regina também se incomoda um pouco com o fato de seu filho já ter um professor para cada disciplina: "Sinto falta da professora que é chamada de 'tia' e está mais próxima dos alunos". Mas ela acredita que "a eficácia do sistema depende muito do professor, que é tanto melhor quanto mais atividades e materiais diferenciados ele propõe, não ficando apenas na apostila".

(Folha de S. Paulo)Set 2004

Re: Prova 101% esquerdista do Sistema COC de ensino

Enviado: 26 Nov 2009, 12:02
por zumbi filosófico
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Nem o direito de processar eles admitem dividir. Quando sao alvo de processos legitimos de calunia, como Michael Moore, pensam ser martires da liberdade de expressao, o que vem mais a calhar para seus interesses.

Ou seja, pensam monopolizar o direito de expressao e de processo. Exatamente como uma nomenklatura. Usam da maquina estatal para oprimir seus desafetos.


Eles combinaram essa estratégia numa das primeiras reuniões do Foro de São Paulo.


Que processo de difamação foi esse?

É interessante notar que "difamação" não implica em estar falando qualquer mentira (calúnia), mas apenas algo que prejudica a imagem da pessoa.

A meu ver o Michael Moore sendo processado de modo geral deve estar mais para o COC tentando processar do que sua defesa ou mero protesto contra o processo.