Por onde andam os talentos no mercado interno?
Enviado: 15 Jul 2008, 07:15
Por onde andam os talentos no mercado interno?
15 de Julho de 2008 - Paranóia?
Não é o caso. Este assunto tem tirado o sono de muitas empresas e de seus executivos: a carência cada dia maior de profissionais capacitados e experientes.
15 de Julho de 2008 - Paranóia?
Não é o caso. Este assunto tem tirado o sono de muitas empresas e de seus executivos: a carência cada dia maior de profissionais capacitados e experientes. Vale ressaltar que capacitação não significa simplesmente formação, não é apenas ter um diploma e ter cursado uma boa faculdade. A carência reside em nível mais alto, é de profissionais que passaram por uma boa faculdade, daqueles que falam pelo menos três idiomas e que, idealmente, tenham tido experiência internacional, mesmo que tenha sido um intercâmbio estudantil.
Em um mundo tão globalizado as empresas necessitam deprofissionais que sejam flexíveis, que possam viajar ou mudar-se para outros países, e procuram por aqueles que já tenham tido experiências anteriores, que tenham comprovado sucesso.
O Brasil continua recebendo muitos investimentos de empresas já instaladas no país, assim como continua sendo um dos países selecionados para instalação de novas empresas. A América do Norte, Europa e alguns países da Ásia têm aportado investimentos importantes no Brasil, fazendo com que a demanda por executivos competentes tenha aumentado muito nos últimos anos.
Existem vários fatores que agravam a atual carência de talentos, desde o crescimento da economia, sendo a demanda maior do que a disponibilidade, até a exportação de muitos brasileiros para trabalhar no exterior. Nos últimos anos, grandes empresas nacionais têm feito o movimento contrário, ou seja, os empresários brasileiros têm procurado crescer e expandir seus negócios investindo em outros países. Exemplos como Cia.Vale do Rio Doce, Gerdau, Ambev e outras têm feito grandes aquisições e enviado para esses países escassos talentos brasileiros.
Outra razão para tantos talentos brasileiros já estarem trabalhando ou sendo convidados por importantes empresas do exterior, é o importante conceito que se tem dos brasileiros como capazes, bem preparados, flexíveis, inovadores, arriscam e entregam os resultados esperados.
A grande questão é: como a curto e médio prazos vamos suprir essa carência de talentos no Brasil? Algumas empresas continuam firmes com sua cultura e direcionamento de preparar e desenvolver seus profissionais internamente, fazendo com que as pessoas sintam-se comprometidas e estimuladas a permanecer, pelas oportunidades geradas. Desde o processo de seleção as pessoas são escolhidas quando demonstram que querem aprender diversas disciplinas e querem ter novas oportunidades a cada dois anos em média. Essas são as empresas que desenvolvem planos de carreira individual, oferecem ótimos benefícios, fornecem treinamento interno e externo, além de terem um clima de trabalho com muito mais autonomia e flexibilização dos horários de trabalho.
Essas empresas conseguem manter com mais tranqüilidade sua cultura e não passam por tanto estresse quando crescem ou são requeridas a fazer mudanças organizacionais. Sempre existem profissionais preparados para assumir os cargos importantes e críticos, quase todos os movimentos são previamente planejados. Como as empresas que mantêm essa prática são poucas, o que temos visto é uma crescente demanda por "headhunters", empresas especializadas em identificar esses raros recursos no mercado.
Os desafios para os empresários não param por aí; e o equilíbrio de vida?
Esse tem sido um dos principais temas de discussão das empresas, não basta apenas ter autonomia e uma boa compensação salarial, mas como também poder ter uma vida com a família, com os amigos e praticar seus "hobbies"? Um ponto de reflexão importante tem sido: para que um alto poder aquisitivo se não tenho tempo para educar meus filhos, para vê-los crescendo? Em que fase da minha vida vou realizar parte dos meus sonhos?
Nos países mais desenvolvidos já existem iniciativas por parte de muitas empresas, abordando esses temas e tentando mudar um pouco suas culturas, adaptando suas práticas internas para que os profissionais possam também ter mais tempo fora da empresa, fazendo com que o trabalho seja uma parte importante, mas não a única. Permitindo que mais profissionais tenham motivação para tornarem-se os executivos e os talentos que tanto são necessários.
Para que o mercado reúna talentos em quantidade adequada à demanda, é importante questionar quais são os elementos que motivam as pessoas a desenvolver-se profissionalmente, embora se saiba que um fator de grande importância para as novas gerações é o equilíbrio de vida.
kicker: A carência é agravada pelo recrutamento para trabalhar no exterior
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3) MARIA FERNANDA TEIXEIRA* - Presidente do Grupo Executivas de São Paulo. Próximo artigo da autora em 5 de agosto)
15 de Julho de 2008 - Paranóia?
Não é o caso. Este assunto tem tirado o sono de muitas empresas e de seus executivos: a carência cada dia maior de profissionais capacitados e experientes.
15 de Julho de 2008 - Paranóia?
Não é o caso. Este assunto tem tirado o sono de muitas empresas e de seus executivos: a carência cada dia maior de profissionais capacitados e experientes. Vale ressaltar que capacitação não significa simplesmente formação, não é apenas ter um diploma e ter cursado uma boa faculdade. A carência reside em nível mais alto, é de profissionais que passaram por uma boa faculdade, daqueles que falam pelo menos três idiomas e que, idealmente, tenham tido experiência internacional, mesmo que tenha sido um intercâmbio estudantil.
Em um mundo tão globalizado as empresas necessitam deprofissionais que sejam flexíveis, que possam viajar ou mudar-se para outros países, e procuram por aqueles que já tenham tido experiências anteriores, que tenham comprovado sucesso.
O Brasil continua recebendo muitos investimentos de empresas já instaladas no país, assim como continua sendo um dos países selecionados para instalação de novas empresas. A América do Norte, Europa e alguns países da Ásia têm aportado investimentos importantes no Brasil, fazendo com que a demanda por executivos competentes tenha aumentado muito nos últimos anos.
Existem vários fatores que agravam a atual carência de talentos, desde o crescimento da economia, sendo a demanda maior do que a disponibilidade, até a exportação de muitos brasileiros para trabalhar no exterior. Nos últimos anos, grandes empresas nacionais têm feito o movimento contrário, ou seja, os empresários brasileiros têm procurado crescer e expandir seus negócios investindo em outros países. Exemplos como Cia.Vale do Rio Doce, Gerdau, Ambev e outras têm feito grandes aquisições e enviado para esses países escassos talentos brasileiros.
Outra razão para tantos talentos brasileiros já estarem trabalhando ou sendo convidados por importantes empresas do exterior, é o importante conceito que se tem dos brasileiros como capazes, bem preparados, flexíveis, inovadores, arriscam e entregam os resultados esperados.
A grande questão é: como a curto e médio prazos vamos suprir essa carência de talentos no Brasil? Algumas empresas continuam firmes com sua cultura e direcionamento de preparar e desenvolver seus profissionais internamente, fazendo com que as pessoas sintam-se comprometidas e estimuladas a permanecer, pelas oportunidades geradas. Desde o processo de seleção as pessoas são escolhidas quando demonstram que querem aprender diversas disciplinas e querem ter novas oportunidades a cada dois anos em média. Essas são as empresas que desenvolvem planos de carreira individual, oferecem ótimos benefícios, fornecem treinamento interno e externo, além de terem um clima de trabalho com muito mais autonomia e flexibilização dos horários de trabalho.
Essas empresas conseguem manter com mais tranqüilidade sua cultura e não passam por tanto estresse quando crescem ou são requeridas a fazer mudanças organizacionais. Sempre existem profissionais preparados para assumir os cargos importantes e críticos, quase todos os movimentos são previamente planejados. Como as empresas que mantêm essa prática são poucas, o que temos visto é uma crescente demanda por "headhunters", empresas especializadas em identificar esses raros recursos no mercado.
Os desafios para os empresários não param por aí; e o equilíbrio de vida?
Esse tem sido um dos principais temas de discussão das empresas, não basta apenas ter autonomia e uma boa compensação salarial, mas como também poder ter uma vida com a família, com os amigos e praticar seus "hobbies"? Um ponto de reflexão importante tem sido: para que um alto poder aquisitivo se não tenho tempo para educar meus filhos, para vê-los crescendo? Em que fase da minha vida vou realizar parte dos meus sonhos?
Nos países mais desenvolvidos já existem iniciativas por parte de muitas empresas, abordando esses temas e tentando mudar um pouco suas culturas, adaptando suas práticas internas para que os profissionais possam também ter mais tempo fora da empresa, fazendo com que o trabalho seja uma parte importante, mas não a única. Permitindo que mais profissionais tenham motivação para tornarem-se os executivos e os talentos que tanto são necessários.
Para que o mercado reúna talentos em quantidade adequada à demanda, é importante questionar quais são os elementos que motivam as pessoas a desenvolver-se profissionalmente, embora se saiba que um fator de grande importância para as novas gerações é o equilíbrio de vida.
kicker: A carência é agravada pelo recrutamento para trabalhar no exterior
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3) MARIA FERNANDA TEIXEIRA* - Presidente do Grupo Executivas de São Paulo. Próximo artigo da autora em 5 de agosto)