Cacciola diz que confia na Justiça
Enviado: 17 Jul 2008, 13:35
O ex-banqueiro Salvatore Cacciola desembarcou no Rio de Janeiro às 4h31 desta quinta-feira, vindo da França em um vôo de carreira, após passar 10 meses preso no principado de Mônaco.
Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal no RJ, o ex-banqueiro disse que 'confia na Justiça' brasileira.
"É bom lembrar que as pessoas que foram condenadas comigo neste processo estão livres, só o Cacciola está preso. E eu não estava fazendo nada diferente deles, só que estava lá na Itália", disse aos jornalistas.
"Eu sempre estive e estou a disposição da Justiça. A única diferença é que eu estava na Itália", completou o ex-banqueiro, que foi condenado à revelia no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de crimes financeiros.
Cacciola foi categórico ao explicar sua saída do país. "Eu nunca fui um foragido. Eu saí do Brasil oficialmente, com o passaporte carimbado, graças a uma decisão do STF, do ministro Marco Aurélio Mello. Depois, só quando eu já estava lá, a decisão foi anulada, e então eu resolvi ficar", afirmou.
Extraditado, Cacciola chega ao Brasil
Após uma rápida passagem pela sede da PF, Cacciola foi transferido para o presídio Ary Franco, localizado no bairro da Água Santa, nas proximidades do pedágio da Linha Amarela, no Rio. O advogado Carlos Eli Eluf, que defende o ex-banqueiro, afirmou à agência Reuters que ele apenas passará por uma triagem e, depois, será encaminhado ao presídio de Bangu 8.
A chegada
Para despistar a imprensa que aguardava o ex-banqueiro no saguão do aeroporto internacional do Rio de Janeiro, Salvatore Cacciola desembarcou na madrugada desta quinta-feira no Brasil e seguiu direto para a sede da Polícia Federal num carro que o aguardava ainda na pista do aeroporto.
Entenda o caso Cacciola
A estudante Heloisa Helena de Almeida, que estava no mesmo vôo do ex-banqueiro, disse que Cacciola aparentava tranqüilidade. "Ele não estava algemado, estava acompanhado de alguns agentes e muito tranquilo, com cara de férias", disse a estudante.
Eluf disse que espera conseguir um habeas corpus para Cacciola dentro de 15 dias, e que seu cliente estava "feliz de voltar ao Brasil e confiante na Justiça brasileira".
"A prisão preventiva de 81 dias já expirou e há outras pessoas no caso que estão em liberdade", disse Eluf.
Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pela Justiça brasileira por crimes financeiros. Foragido desde 2000, ele foi preso em Mônaco em setembro do ano passado.
O escândalo envolvendo Cacciola ocorreu em 1999, durante o processo de desvalorização do real, quando o Banco Central socorreu os bancos Marka e FonteCidam, com 1,6 bilhão de reais.
O BC justificou na época a ajuda às duas instituições como uma medida para evitar um possível risco sistêmico para o mercado financeiro do país.
*Com informações da Reuters
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/20 ... 2u357.jhtm
Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal no RJ, o ex-banqueiro disse que 'confia na Justiça' brasileira.
"É bom lembrar que as pessoas que foram condenadas comigo neste processo estão livres, só o Cacciola está preso. E eu não estava fazendo nada diferente deles, só que estava lá na Itália", disse aos jornalistas.
"Eu sempre estive e estou a disposição da Justiça. A única diferença é que eu estava na Itália", completou o ex-banqueiro, que foi condenado à revelia no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de crimes financeiros.
Cacciola foi categórico ao explicar sua saída do país. "Eu nunca fui um foragido. Eu saí do Brasil oficialmente, com o passaporte carimbado, graças a uma decisão do STF, do ministro Marco Aurélio Mello. Depois, só quando eu já estava lá, a decisão foi anulada, e então eu resolvi ficar", afirmou.
Extraditado, Cacciola chega ao Brasil
Após uma rápida passagem pela sede da PF, Cacciola foi transferido para o presídio Ary Franco, localizado no bairro da Água Santa, nas proximidades do pedágio da Linha Amarela, no Rio. O advogado Carlos Eli Eluf, que defende o ex-banqueiro, afirmou à agência Reuters que ele apenas passará por uma triagem e, depois, será encaminhado ao presídio de Bangu 8.
A chegada
Para despistar a imprensa que aguardava o ex-banqueiro no saguão do aeroporto internacional do Rio de Janeiro, Salvatore Cacciola desembarcou na madrugada desta quinta-feira no Brasil e seguiu direto para a sede da Polícia Federal num carro que o aguardava ainda na pista do aeroporto.
Entenda o caso Cacciola
A estudante Heloisa Helena de Almeida, que estava no mesmo vôo do ex-banqueiro, disse que Cacciola aparentava tranqüilidade. "Ele não estava algemado, estava acompanhado de alguns agentes e muito tranquilo, com cara de férias", disse a estudante.
Eluf disse que espera conseguir um habeas corpus para Cacciola dentro de 15 dias, e que seu cliente estava "feliz de voltar ao Brasil e confiante na Justiça brasileira".
"A prisão preventiva de 81 dias já expirou e há outras pessoas no caso que estão em liberdade", disse Eluf.
Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pela Justiça brasileira por crimes financeiros. Foragido desde 2000, ele foi preso em Mônaco em setembro do ano passado.
O escândalo envolvendo Cacciola ocorreu em 1999, durante o processo de desvalorização do real, quando o Banco Central socorreu os bancos Marka e FonteCidam, com 1,6 bilhão de reais.
O BC justificou na época a ajuda às duas instituições como uma medida para evitar um possível risco sistêmico para o mercado financeiro do país.
*Com informações da Reuters
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/20 ... 2u357.jhtm