Por que acredito em Deus?
Por que acredito em Deus?
Advertência: este é um tópico totalmente subjetivo e sem provas empíricas. Não haveria como ser diferente.
1) Definição de Deus:
Da mesma maneira que eu sou uma consciência que possui personalidade independentemente do meu invólucro de carne, Deus assim também o é, mas num grau infinitamente superior. Sua consciência é onipresente e atua com suas próprias leis. Umas já conhecidas por nós, outras ainda não conhecidas. Organiza o Universo hierarquicamente. Para cada grupo de consciências existe um superior administrando. Pode-se entender como consciência o espírito ou alma.
2) Onipresença de Deus:
Da mesma maneira que inúmeras células constituem materialmente nosso corpo, as infinitas consciências, incluindo nós mesmos fazem parte de Deus, apesar de cada uma possuir sua individualidade e evoluir por si só.
3) Por que acredito em Deus?
a) Eu não posso compreender todo o sistema divino, mas por intuição e razoabilidade acredito nele. Se pudesse compreende-Lo seria um fato, não uma crença.
b) Percebo como Deus atua a todo instante em nossas vidas, através de suas leis físicas e de suas leis morais. Isto explica as desigualdades sociais no mundo. Não existem injustiças, o que existe é merecimento. Deus não é bonzinho. Deus é justo. Se Ele fosse bonzinho num passe de mágica acabaria com as desigualdades e sofrimento, mas isto seria contraditório com suas leis. Ele quer que aprendamos por nós mesmos. Aquele que tem tudo sem esforço não dá valor.
c) Estamos num processo contínuo de evolução. Isto ocorre com todo o Universo. Ele é constituído basicamente de matéria, energia e consciência. No caso dos minerais, esta consciência está em estado latente. Nos vegetais existe restrita mobilidade. Nos animais se mostra mais expressiva. Nos seres humanos se mostra com muito mais possibilidades. Nós estamos evoluindo, mas não só em espírito. Isto ocorre também com nossos átomos (matéria) e com nossa energia que se transforma a todo instante.
4) Como ser feliz em plenitude?
As leis divinas, também conhecidas como Dharma, são perfeitas e imutáveis. Aquele que se esforça para viver em função destas leis é o mais feliz, pois não encontra adversidades. Se eu tentar contrariar a lei da gravitação universal serei uma pessoa muito triste, porque não conseguiria. O mesmo ocorre para aqueles que tentam contraria leis morais.
5) Quais as leis morais de Deus?
Algumas leis físicas nos foram passadas com mais clareza a partir de Newton, apesar de serem relativas ao nosso mundo macro continuam sendo essências para nosso cotidiano.
As leis morais foram da mesma forma passadas durante a história, porém de maneiras diferentes. Não é como na física que possuímos padrões como o SI, por exemplo. As leis morais são as mesmas, mas foram codificadas diferentemente pelas consciências superiores que aqui passaram. Exemplos: Krishna, Moisés, Lao Tsé, Gautama Buda, Jesus Cristo, Maomé. Todas doutrinas ou religiões convergem para o mesmo ponto: Deus, mas por questões de interpretação e até limitação do homem parecem divergir.
Estas consciências superiores que nos tentaram a sua maneira exprimir o Dharma, na época foram incompreendidos por muitos.
6) Por que é tão difícil acreditar em Deus?
Uns acreditam em Deus achando que Ele seja um tirano. Infelizmente muitas religiões têm sucesso através desta falsa premissa. Outros tentam limitadamente compreende-lo.
Mas por vivermos num mundo material e estarmos limitados aos nossos cinco sentidos deixamos de perceber tudo que se procede no metafísico. Somos como formigas cumprindo sua missão, porém que desconhecem aquilo que sai de suas rotinas. Duvidar da existência de Deus não é uma blasfêmia. É um direito daquele que precisa compreender por completo para aceitar uma idéia. Assim se baseia a ciência. Fica complicado expor em linguagem limitada a cinco sentidos os conceitos da divindade que abrange talvez dezenas de sentidos ainda desconhecidos para nós.
Todos nossos sentidos são limitados e adaptados ao nosso habitat. É por isso que não podemos compreender o que está fora daqui. Isto apenas ocorre porque não há necessidade ainda de compreendermos mais. Que diferença faria para uma formiga saber que existem peixes a quilômetros de profundidade no oceano?
Estes são meus pontos de vista que me fazem acreditar num Deus que sinto por intuição e que estou longe de compreender com meus limitados sentidos!
Abraço!
1) Definição de Deus:
Da mesma maneira que eu sou uma consciência que possui personalidade independentemente do meu invólucro de carne, Deus assim também o é, mas num grau infinitamente superior. Sua consciência é onipresente e atua com suas próprias leis. Umas já conhecidas por nós, outras ainda não conhecidas. Organiza o Universo hierarquicamente. Para cada grupo de consciências existe um superior administrando. Pode-se entender como consciência o espírito ou alma.
2) Onipresença de Deus:
Da mesma maneira que inúmeras células constituem materialmente nosso corpo, as infinitas consciências, incluindo nós mesmos fazem parte de Deus, apesar de cada uma possuir sua individualidade e evoluir por si só.
3) Por que acredito em Deus?
a) Eu não posso compreender todo o sistema divino, mas por intuição e razoabilidade acredito nele. Se pudesse compreende-Lo seria um fato, não uma crença.
b) Percebo como Deus atua a todo instante em nossas vidas, através de suas leis físicas e de suas leis morais. Isto explica as desigualdades sociais no mundo. Não existem injustiças, o que existe é merecimento. Deus não é bonzinho. Deus é justo. Se Ele fosse bonzinho num passe de mágica acabaria com as desigualdades e sofrimento, mas isto seria contraditório com suas leis. Ele quer que aprendamos por nós mesmos. Aquele que tem tudo sem esforço não dá valor.
c) Estamos num processo contínuo de evolução. Isto ocorre com todo o Universo. Ele é constituído basicamente de matéria, energia e consciência. No caso dos minerais, esta consciência está em estado latente. Nos vegetais existe restrita mobilidade. Nos animais se mostra mais expressiva. Nos seres humanos se mostra com muito mais possibilidades. Nós estamos evoluindo, mas não só em espírito. Isto ocorre também com nossos átomos (matéria) e com nossa energia que se transforma a todo instante.
4) Como ser feliz em plenitude?
As leis divinas, também conhecidas como Dharma, são perfeitas e imutáveis. Aquele que se esforça para viver em função destas leis é o mais feliz, pois não encontra adversidades. Se eu tentar contrariar a lei da gravitação universal serei uma pessoa muito triste, porque não conseguiria. O mesmo ocorre para aqueles que tentam contraria leis morais.
5) Quais as leis morais de Deus?
Algumas leis físicas nos foram passadas com mais clareza a partir de Newton, apesar de serem relativas ao nosso mundo macro continuam sendo essências para nosso cotidiano.
As leis morais foram da mesma forma passadas durante a história, porém de maneiras diferentes. Não é como na física que possuímos padrões como o SI, por exemplo. As leis morais são as mesmas, mas foram codificadas diferentemente pelas consciências superiores que aqui passaram. Exemplos: Krishna, Moisés, Lao Tsé, Gautama Buda, Jesus Cristo, Maomé. Todas doutrinas ou religiões convergem para o mesmo ponto: Deus, mas por questões de interpretação e até limitação do homem parecem divergir.
Estas consciências superiores que nos tentaram a sua maneira exprimir o Dharma, na época foram incompreendidos por muitos.
6) Por que é tão difícil acreditar em Deus?
Uns acreditam em Deus achando que Ele seja um tirano. Infelizmente muitas religiões têm sucesso através desta falsa premissa. Outros tentam limitadamente compreende-lo.
Mas por vivermos num mundo material e estarmos limitados aos nossos cinco sentidos deixamos de perceber tudo que se procede no metafísico. Somos como formigas cumprindo sua missão, porém que desconhecem aquilo que sai de suas rotinas. Duvidar da existência de Deus não é uma blasfêmia. É um direito daquele que precisa compreender por completo para aceitar uma idéia. Assim se baseia a ciência. Fica complicado expor em linguagem limitada a cinco sentidos os conceitos da divindade que abrange talvez dezenas de sentidos ainda desconhecidos para nós.
Todos nossos sentidos são limitados e adaptados ao nosso habitat. É por isso que não podemos compreender o que está fora daqui. Isto apenas ocorre porque não há necessidade ainda de compreendermos mais. Que diferença faria para uma formiga saber que existem peixes a quilômetros de profundidade no oceano?
Estes são meus pontos de vista que me fazem acreditar num Deus que sinto por intuição e que estou longe de compreender com meus limitados sentidos!
Abraço!
"Aquele que consegue tratar os familiares como trata as visitas já ganhou metade da encarnação". André Luiz
- Fernando Silva
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Re: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu:Estes são meus pontos de vista que me fazem acreditar num Deus que sinto por intuição e que estou longe de compreender com meus limitados sentidos!
Talvez, se não fossem limitados, você encontrasse uma explicação que não envolvesse entidades invisíveis, indetectáveis e inexplicáveis.
A intuição nos engana com frequência. A sua pode estar lhe enganando neste caso. Talvez o que você chama de intuição seja apenas uma necessidade de acreditar em alguma coisa, em um superprotetor, um superjusticeiro. Um motivo para existirmos.
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Re: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu: Não existem injustiças, o que existe é merecimento.
O que faz um animal ser corroído com uma doença? Que lei moral ele violou e como pode evoluir moralmente algo que não tem capacidade de agir moralmente.
Deus não é bonzinho.
Aqui você descarta um dos atributos clássicos de Deus.
Deus é justo.
A Lei de Talião é seu idel justiça então.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Re: Por que acredito em Deus?
Fernando Silva escreveu:Tchobi escreveu:Estes são meus pontos de vista que me fazem acreditar num Deus que sinto por intuição e que estou longe de compreender com meus limitados sentidos!
Talvez, se não fossem limitados, você encontrasse uma explicação que não envolvesse entidades invisíveis, indetectáveis e inexplicáveis.
A intuição nos engana com frequência. A sua pode estar lhe enganando neste caso. Talvez o que você chama de intuição seja apenas uma necessidade de acreditar em alguma coisa, em um superprotetor, um superjusticeiro. Um motivo para existirmos.
Não é necessidade de um protetor. É apenas uma razão para nossa existência. Esta história de que a vida é um acidente de percurso no Universo não me convence.
Pelas teorias quânticas para ter formado este planeta e surgir vida com inúmeras variáveis como pressão, temperatura, composição química, dentre outros a probabilidade seria mínima.
Talvez eu esteja falando besteira porque não se deve calcular probabilidade de um fato consumado, mas é bem por aí.
Quanto a minha crença, ela é completamente subjetiva e é uma fusão de tudo que li.
"Aquele que consegue tratar os familiares como trata as visitas já ganhou metade da encarnação". André Luiz
Re.: Por que acredito em Deus?
Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Re.: Por que acredito em Deus?
O que faz um animal ser corroído com uma doença? Que lei moral ele violou e como pode evoluir moralmente algo que não tem capacidade de agir moralmente.
Veja bem. Se um cachorro entra em contato com urina de rato e fica adoentado isto não tem nada a ver com lei moral, mas sim com lei física. Causa e efeito.
Aqui você descarta um dos atributos clássicos de Deus.
Exatamente.
A Lei de Talião é seu idel justiça então.
Veja bem. Esta lei serviu para aquele momento, naquele contexto histórico. Hoje não mais serve.
Meu ideal de justiça condiz com Jesus, com o amor ao próximo.
Abraço!
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
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Re.: Por que acredito em Deus?
Veja bem. Se um cachorro entra em contato com urina de rato e fica adoentado isto não tem nada a ver com lei moral, mas sim com lei física. Causa e efeito.
E pq se um homem entra em contato com urina de rato e fica adoentado teria a ver com lei moral?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re.: Por que acredito em Deus?
Veja bem. Esta lei serviu para aquele momento, naquele contexto histórico.
Acho que você não entendeu. A lei da ação e reação que vocês tanto idolatram nada mais é do que a lei de Talião.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
existe um deus?


Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Res Cogitans escreveu:Veja bem. Se um cachorro entra em contato com urina de rato e fica adoentado isto não tem nada a ver com lei moral, mas sim com lei física. Causa e efeito.
E pq se um homem entra em contato com urina de rato e fica adoentado teria a ver com lei moral?
Também não teria nada a ver. Estamos imersos nas leis físicas e nas leis morais ao mesmo tempo. Elas na verdade são de mesma ordem, mas nós humanos separamos para compreender melhor. Igual subdividimos a física.
Vou te dar um exemplo de lei moral.
Certa pessoa passa a agir com desonestidade. Adquire lucro através de ilegalidades, envolvendo pessoas que nem conhece e usando-as de laranjas. Eis então que sem motivo aparente nenhum seu filho é sequestrado e o resgate leva grande parte ou até maior parte de tudo que o cidadão desviou.
É mais ou menos isso!
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Res Cogitans escreveu:Veja bem. Esta lei serviu para aquele momento, naquele contexto histórico.
Acho que você não entendeu. A lei da ação e reação que vocês tanto idolatram nada mais é do que a lei de Talião.
a boa e velha desculpa do contexto(a tempos que não a ouvia)...
qualquer coisa que os coloque em contradição, eles citam o tal contexto histórico...

- carlo
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
Seria o Deus que os mulçumanos dizem que existe?Um Deus uno e indivisível, ou o modelo 3 em 1 dos cristãos? Ou seria Zeus a quem já foram muitos punidos com a morte por nele não acreditarem?O que diz dos deuses hindús? E os havaianos?
Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Então sinto dizer mas alguém fez você de trouxa.Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
Existem deuses para dar e vender.. escolha o seu aqui e justifique a escolha: http://www.godchecker.com
A propósito, eu não li o seu texto.
Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Res Cogitans escreveu:Veja bem. Esta lei serviu para aquele momento, naquele contexto histórico.
Acho que você não entendeu. A lei da ação e reação que vocês tanto idolatram nada mais é do que a lei de Talião.
A Lei de Talião é olho por olho, dente por dente. Não deixa de ser causa e efeito, mas é diferente.
Ação e Reação que eu acredito não acontece na mesma moeda. Normalmente a vida devolve em menor dosagem o mal feito, porque as boas atitudes apaziguam certas más atitudes passadas.
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
carlo escreveu:Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
Seria o Deus que os mulçumanos dizem que existe?Um Deus uno e indivisível, ou o modelo 3 em 1 dos cristãos? Ou seria Zeus a quem já foram muitos punidos com a morte por nele não acreditarem?O que diz dos deuses hindús? E os havaianos?
Nenhum religião pode exprimir o Deus em que acredito, mas as que mais se aproximam dos meus pontos de vista seria o Taoísmo. Causa primária de todas as coisas.
Gosto de Jesus, mas não sigo o que os cristãos fazem. Estes contradizem o próprio Cristo. Jesus a meu ver foi a maior consciência que já encarnou na Terra.
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- Res Cogitans
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Re.: Por que acredito em Deus?
Certa pessoa passa a agir com desonestidade. Adquire lucro através de ilegalidades, envolvendo pessoas que nem conhece e usando-as de laranjas. Eis então que sem motivo aparente nenhum seu filho é sequestrado e o resgate leva grande parte ou até maior parte de tudo que o cidadão desviou.
Então as leis físico-morais do universo manipularam os sequestradores para sacanear o cara. Depois as leis físico-morais do universo manipularam outros bandidos para sacanearem os sequestradores e... assim caminha a humanidade.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Res Cogitans escreveu:Certa pessoa passa a agir com desonestidade. Adquire lucro através de ilegalidades, envolvendo pessoas que nem conhece e usando-as de laranjas. Eis então que sem motivo aparente nenhum seu filho é sequestrado e o resgate leva grande parte ou até maior parte de tudo que o cidadão desviou.
Então as leis físico-morais do universo manipularam os sequestradores para sacanear o cara. Depois as leis físico-morais do universo manipularam outros bandidos para sacanearem os sequestradores e... assim caminha a humanidade.
Exatamente, mas veja que o Universo usa o mal como reação do mal existente. Quando não se aprende por amor, vem a dor. Esta dor é o último recurso usado por Deus.
Mas não é num efeito cascata infinito como você quis dizer. Porque quando uma pessoa passa a sofrer começa a rever seus conceitos. Se não os revê o sofrimento aumenta até que entre novamente a favor das leis divinas. Como buscamos o prazer, ou a felicidade, o que errou vai pensar duas vezes antes de cometer o mesmo erro. Há pessoas que aprendem logo na primeira vez que sofrerm. Outras precisam de mais do que uma vida para tal.
Se os atos de má fé não tivessem reação, os malfeitores nunca aprenderiam e o crime compensaria. O crime pode parecer que compensa neste mundo material onde o dinheiro move montanhas, mas no mundo dos espíritos (consciências) ele traz muito sofrimento através das lamentações e arrependimentos quando se percebe o que foi feito. Não existe julgamento final. Existe um auto julgamento perante Deus. O espírito implora por mais uma chance. As vezes consegue reparar o dano, as vezes sucumbe novamente. Não é fácil !
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- carlo
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
carlo escreveu:Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
Seria o Deus que os mulçumanos dizem que existe?Um Deus uno e indivisível, ou o modelo 3 em 1 dos cristãos? Ou seria Zeus a quem já foram muitos punidos com a morte por nele não acreditarem?O que diz dos deuses hindús? E os havaianos?
A LÓGICA DA FÉ
Por Acauan, forista do Religião é veneno, forum.
Existe lógica na fé?
A resposta é NÃO. Fé significa crença incondicional, logo independe de demonstrações racionais de sua coerência intrínseca ou extrínseca.
Apesar disto, manifestam-se com freqüência pessoas que classificam e defendem a suas religiões como “racionais”, estabelecendo um falso paradoxo onde um sistema de crenças baseado na Fé - que por definição independe de sustentação lógica - é apresentado como racional ou seja, sustentado pela razão.
Quando um crente defende a racionalidade de sua religião quase sempre lança mão de argumentos teológicos. No caso das grandes religiões monoteístas - judaísmo, cristianismo e islamismo, a argumentação teológica se baseia na exegese de seus livros sagrados - Torah e Talmud, Bíblia e Corão respectivamente.
A primeira exclusão lógica advém desta diversidade - não há como logicamente as três religiões estarem simultaneamente certas em suas doutrinas fundamentais, pois:
- A validação da hipótese de ser Jesus Cristo uma entidade divina desqualifica logicamente o judaísmo e o islamismo;
- A validação da hipótese de ser Mohamed o último dos mensageiros de Deus desqualifica logicamente o cristianismo e o judaísmo, pois os Cristãos esperam pelo segundo advento de Cristo e os judeus pela primeira vinda do Messias;
- A validação de que apenas a Torah e o Talmud são livros sagrados verdadeiros desqualifica logicamente o cristianismo e o islamismo.
Assim, a lógica diz que apenas uma das três religiões citadas pode ter a sua racionalidade demonstrada por argumentação teológica. Obviamente, cada religião defenderá ser ela aquela única que pode sobreviver ao crivo da análise racional.
Se as religiões monoteístas tem seus livros sagrados como premissas fundamentais, então estes livros sagrados devem apresentar:
- Coerência intrínseca, ou seja, as partes não podem desmentir o todo e nem uma parte desmentir a outra;
- Coerência extrínseca, ou seja, a realidade não pode desmentir os livros sagrados.
Todas as vezes em que presenciei algum religioso tentando demonstrar que o seu livro sagrado em particular atende na totalidade aos requisitos de coerência citados, o argumento valia-se inevitavelmente das seguintes e indispensáveis ferramentas:
- Escolha entre interpretação literal e interpretação simbólica para cada passagem analisada;
- Justificativa contextual, onde outras passagens ou explanações sobre contexto histórico, sócio-cultural ou biográfico (como é o caso das Sunas) são tomados para justificar uma interpretação da passagem original diferente daquela explícita na leitura literal e isolada.
Os religiosos parecem unânimes na certeza de que não é possível analisar textos sagrados sem o uso destas ferramentas. A falha lógica que elas produzem entretanto é incontestável. Quando afirmam que algumas passagens dos livros sagrados devem ter interpretação literal e outras interpretação simbólica, os exegetas NUNCA esclarecem que regras podem ser logicamente utilizadas para se definir quando uma ou outra interpretação deve ser considerada.
Assim, quando lemos Êxodo 22: 18 - “A feiticeira não deixarás viver.”, temos uma passagem que, literalmente interpretada, justifica do ponto de vista religioso as fogueiras da Inquisição. Hoje encontramos as mais variadas explicações para o versículo, chegando alguns ao exercício de imaginação de interpretar o uso do termo “feiticeira” como simbólico para representar “o mal que existe dentro de nós mesmos e que deve ser expurgado”...
Se não existe regra certa que defina o que é literal e o que é simbólico, não há como se ter certeza do significado de cada passagem do texto e portanto o mesmo não pode, do ponto de vista lógico, justificar um sistema de crenças.
A questão do contexto segue caminho semelhante. Já vi exegetas justificando as palavras de Jesus em Lucas 14: 26 com uma outra passagem do livro de Gálatas, que não era preciso ser teólogo para saber que não tinha nada que ver com nada, e muito menos com a fala de Cristo em questão.
Como no caso da diferenciação entre literal e simbólico, a justificativa contextual não segue nenhuma regra claramente definida, e qualquer elemento externo pode ser utilizado para justificar uma passagem, quando tal recurso produz o efeito desejado que é dar coerência à passagem em questão.
Se provar a coerência intrínseca dos livros sagrados é como se viu um objetivo praticamente inalcançável do ponto de vista lógico, ainda mais distante se encontra a prova da coerência extrínseca - entre textos sagrados e a realidade.
O conhecimento Humano desenvolveu dois métodos de aferir o Real - a Filosofia e a Ciência.
A coerência extrínseca dos livros sagrados poderia ser estabelecida Filosófica e Cientificamente se, e somente se, houver evidências racionais e materiais desta coerência.
A identificação de tais evidências já encontra obstáculo na indefinição da coerência intrínseca - como provar filosófica e cientificamente uma proposição que não se tem como saber se é de interpretação literal, simbólica, isolada ou contextual?
As incorreções científicas, históricas e geográficas da Bíblia são amplamente conhecidas e divulgadas, mas a exegese teológica dos textos não as considera como erros, simplesmente porque toda exegese procedida por religiosos é um processo de análise cuja conclusão já está definida a priori, ou seja, não segue a sequência lógica de estabelecer premissas, analisar e concluir - premissas e conclusão tornam-se ao final do processo um único elemento, o que mais uma vez comprova que é exclusivamente a Fé que dá sustentação ao sentimento religioso, sem participação dos mecanismos racionais.
ACAUAN DOS TUPIS
Re.: Por que acredito em Deus?
Não vou quotar para não ocupar muito espaço.
As religiões divergem e se contradizem sim, mas todas a sua maneira limitada apontam para Deus.
Eu acho difícil alguma religião, inclusive as minhas crenças condizerem com a realidade. No máximo adoto como sendo uma versão parcial e simplificada a grosso modo a maneira de ver o Universo.
As religiões divergem e se contradizem sim, mas todas a sua maneira limitada apontam para Deus.
Eu acho difícil alguma religião, inclusive as minhas crenças condizerem com a realidade. No máximo adoto como sendo uma versão parcial e simplificada a grosso modo a maneira de ver o Universo.
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- salgueiro
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Mr. Crowley escreveu:Res Cogitans escreveu:Veja bem. Esta lei serviu para aquele momento, naquele contexto histórico.
Acho que você não entendeu. A lei da ação e reação que vocês tanto idolatram nada mais é do que a lei de Talião.
a boa e velha desculpa do contexto(a tempos que não a ouvia)...
qualquer coisa que os coloque em contradição, eles citam o tal contexto histórico...
O que explica o " contexto histórico ", é o desenvolvimento moral e intelectual do homem. Já imaginou tentar explicar física quântica a um australoptecus ? Nosso ancestral teria capacidade de entender ? O mesmo ocorre com a moral
Bjs
- carlo
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu:carlo escreveu:Tchobi escreveu:Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Do único Deus que existe.
Seria o Deus que os mulçumanos dizem que existe?Um Deus uno e indivisível, ou o modelo 3 em 1 dos cristãos? Ou seria Zeus a quem já foram muitos punidos com a morte por nele não acreditarem?O que diz dos deuses hindús? E os havaianos?
Nenhum religião pode exprimir o Deus em que acredito, mas as que mais se aproximam dos meus pontos de vista seria o Taoísmo. Causa primária de todas as coisas.
Gosto de Jesus, mas não sigo o que os cristãos fazem. Estes contradizem o próprio Cristo. Jesus a meu ver foi a maior consciência que já encarnou na Terra.
Carta de Deus ao teólogo:
Por Dan Baker, ex evangelista americano da California.
Caro Teólogo,
Tenho algumas perguntas e acho que você é a pessoa certa para responder. Tenho passado por momentos difíceis sentado aqui em cima no céu, sem ter com quem falar. Eu falo conversar, realmente. Na verdade, posso conversar com um destes muitos anjos, mas já que eles não têm livre arbítrio, e já que fui eu mesmo que criei todos os pensamentos contidos nas suas mentes submissas, eles não são parceiros muito interessantes. Claro que eu poderia falar com Jesus ou a "terceira pessoa" da nossa Santíssima Trindade", o Espírito Santo, mas já que somos a mesma pessoa, não há nada o que aprender um com o outro. Nós não poderíamos nem jogar xadrez. Às vezes Jesus me chama de Pai e isto me faz bem, mas desde que somos a mesma pessoa e temos o mesmo poder, não faz muita diferença. Você é uma pessoa educada.Estudou filosofia e as religiões do mundo, e você tem um preparo intelectual que lhe permite travar um diálogo com alguém do meu nível - não que eu não possa dialogar com qualquer um, mesmo com um crente não educado desses que enchem as igrejas e me aborrecem com intermináveis solicitações, você sabe como é. Às vezes temos interessantes interações com um colega. Você leu os clássicos. Escreveu livros sobre mim e Conhece-me como ninguém mais. Você poderá estar surpreso em saber como posso ter dúvidas. Não, não são dúvidas retóricas, vindas de ensinamentos espirituais, mais dúvidas reais, provenientes de um Deus honesto. Sua curiosidade é herança minha. Você pode dizer, por exemplo, que o amor é um reflexo da minha natureza em você, não é verdade? Já que questionar é saudável, isto veio de mim. Alguém certa vez disse que deveríamos provar tudo, e sustentar firme o que há de bom. Minha primeira pergunta é esta:
DE ONDE EU VIM?
Eu me vejo sentado aqui no céu, olho ao redor e percebo que nada há além de mim e dos objetos criados por mim. Não tenho conhecimento de nenhuma outra criatura que seja minha rival, e não vejo ninguém acima de mim que me tenha criado, a não ser que esta criatura esteja brincando de esconde-esconde. Em qualquer evento, até onde eu saiba (e até onde eu saiba, eu sei tudo), não há ninguém além de mim em três pessoas e a criação. Eu sempre existi, diz você. Eu não posso ter criado a mim mesmo, porque se fosse assim, eu seria maior que eu mesmo. Então, de onde eu vim? Sei como você aborda esta questão de acordo com sua própria existência. Você afirma que a natureza, como a mente humana, demonstra a evidência da criação. Você nunca observou uma criação separadamente do criador. Você alega que o ser humano tem que ter um criador, e você não encontrará nenhuma discordância de mim. Então, e eu? Como você, percebo que minha mente é intrincada e complexa. É muito mais intrincada e complexa que a sua, do contrário eu não a conseguiria criar. Minha personalidade exibe características de organização e propósito. Às vezes eu me surpreendo até, de o quanto eu sou inteligente. Se você afirma que sua existência é fruto de uma criação, o que devo pensar de mim? Não sou maravilhoso? Não funciono de modo ordenado? Minha mente não é uma mistura caótica de pensamentos confusos. Ela demonstra o que você chama de evidências de criação. Se você tem de ter um criador, por que eu também não? Você pode até achar esta pergunta uma blasfêmia, mas para mim não existe este crime. Posso perguntar o que quiser e acho isto justo. Se você alega que tudo tem de ter um criador e ao mesmo tempo afirma que nem tudo (Eu) tem um criador, não está você se contradizendo? Excluindo minha pessoa do seu argumento, não estará você trazendo sua conclusão para o seu argumento? Não é isto raciocínio circular? Não estou afirmando que discordo do seu argumento. Como eu poderia? Estou apenas questionando por que é natural que você tenha um criador, e impróprio que eu tenha um. Se você está dizendo que eu não preciso de fazer estas indagações por que eu sou perfeito e onisciente, enquanto humanos são falíveis, então você não precisa mais do argumento da criação, não é? Você já admitiu que eu existo. Você pode afirmar isto e eu respeito sua liberdade. Este argumento a priori e circular pode ser útil e reconfortante para você, mas isto adianta muito pouco. Isto não me ajuda a saber de onde vim. Você diz que existo eternamente e acho que não faço qualquer objeção, se eu soubesse o que isto quer dizer. É difícil para mim conceber algo de eterno. Simplesmente não dá para me lembrar tão distante. Eu levaria toda a eternidade para me lembrar de toda a eternidade, não deixando tempo para mais nada, portanto, é imposs0ível para mim, confirmar se sou eterno. E mesmo se for verdade, por que o eterno seria maior que o temporário? Um longo sermão é maior que um pequeno sermão? O que significa "grande"? São pessoas gordas maiores que as pequenas, ou as velhas maiores que as novas? Você diz que é importante que eu tenha sempre existido. Vou considerar o que diz, por enquanto. Minha questão não é a duração da minha existência, mas a origem da minha existência. Não vejo como ser eterno resolva o problema. Quero saber de onde vim. Só posso imaginar uma única resposta e gostaria de saber sua opinião. Sei que existo.
Sei que não poderia criar a mim mesmo. Sei também que não há um deus superior que me criou. Já que não posso olhar para cima procurando um criador, acho que devo olhar aí para baixo para procurar um. Talvez - isto é só especulação, não se aborreça comigo- talvez você tenha me criado. Não fique chocado. Isto seria um elogio. Já que demonstro evidência de criação, e já que não vejo nenhum lugar de onde esta criação exista, sou forçado a procurar um criador na própria natureza. Você é uma parte da natureza. Você é inteligente - isto é o que seus leitores dizem. Por que não encontraria a resposta da minha pergunta em você? Ajude-me nisto. Se você me fez, claro que eu não poderia ter feito você, acredito eu. A razão que me faz acreditar que você me fez é o fato de você me fazer acreditar que eu fiz você.
Você já disse muitas vezes que um criador pusera uma mente em você. Não seria possível que você tenha colocado uma mente em mim, e agora estamos nós especulando de onde cada um foi criado? Alguns de vocês têm afirmado que essas questões são mistérios que só um Deus compreende. Bem, só tenho a agradecer. A questão está justo aí. De um lado, você usa a lógica para provar minha existência, mas por outro lado, quando a lógica chega ao fim, você a abandona e invoca a "fé" e o "mistério". Estas palavras deveriam ser usadas como tábuas de salvação para fatos e verdades, mas elas não traduzem nada de significativo, até onde eu saiba. Você pode fingir que "mistério" envolve algo de terrivelmente importante, mas para mim só significa que você não sabe. Alguns de vocês afirmam que não vim de lugar algum. Eu apenas existo.
Entretanto, vejo vocês afirmando que nada vem de nada. Você não pode usar ambos os argumentos. Ou eu existo ou não. O que foi isto que me fez existir, em oposição a não existir de modo algum? Se eu não preciso de uma causa, por que então você precisa? Já que não me contento em dizer que isto é um mistério, só tenho de aceitar a única explicação que faz sentido. Você me criou. Acha esta uma idéia terrível? Eu sei que você sabe que muitos outros deuses foram criados pelo homem: Zeus, Tor, Mercúrio, Elvis. Você reconhece que essas divindades nasceram dos desejos, medos e necessidades humanas. Se as crenças abençoadas de bilhões de indivíduos podem ser explicadas como produto da sua cultura, por que não a sua? Os persas criaram Mitra, os judeus criaram Javé, e você me criou. Se eu estiver errado sobre isto, por favor, explique-me. Minha segunda pergunta é esta:
PARA QUE EXISTIMOS?
Talvez eu mesmo me fiz, talvez algum outro deus me fez, talvez você me fez - vamos colocar esta questão de lado, por enquanto. Estou aqui, agora. Por que estou aqui? Muitos olham para mim como um propósito para a vida, mas tenho verificado que para muitos, o propósito da vida é me agradar. (leia Revelações 4:11). Se seu propósito é me agradar, qual é então meu propósito? Agradar a mim mesmo? Será este o propósito da vida? Se existo para meu próprio prazer, então, isto é egoísmo. Fica parecendo que eu o fiz como uma espécie de brinquedo para mim. Haverá alguma coisa que eu possa reverenciar? Algo para adorar, homenagear, amar? Estaria eu projetado para ficar aqui sentado por toda a eternidade, divertindo-me com a adoração dos outros? Ou adorar a mim mesmo? Como é que fica? Tenho lido seus trabalhos sobre o significado da vida e, não me entenda mal, eles fazem sentido num contexto teológico de objetivos humanos religiosos, mesmo considerando que não têm utilidade no mundo prático.
Muitos de vocês acreditam que o objetivo da vida é atingir a perfeição. Já que vocês humanos estão longe da perfeição e isto vocês mesmos admitem (e eu concordo), então, o progresso deixa vocês com uma missão. Dá a vocês algo a fazer. Algum dia, vocês pensam que são tão perfeitos como acham que eu sou. Mas desde que sou, por definição, perfeito, não necessito deste objetivo. Estou apenas como observador, penso eu. Mas eu ainda pergunto por que estou aqui. É bom existir. É ótimo ser perfeito. Mas isto não deixa para mim nada para fazer. Criei o universo com todas as suas leis naturais, que governam tudo o que há, de quarks a aglomerados de galáxias, e tudo parece correr bem por si só. Tive que criar todas essas leis a fim de evitar que minha vida se transformasse numa sucessão infindável de atividades aborrecidas e repetitivas, como guiando raios de luz no espaço, empurrando objetos para cair na superfície da terra, agregar átomos para construir moléculas, e trilhões de outras atividades mais condizentes com um escravo que com um mestre.
Você já deve estar familiarizado com muitas dessas leis, de modo que deverá ter chegado à mesma conclusão que eu: que não há nada no universo para que eu fazer. É um tédio aqui em cima. Eu poderia criar outros universos e outras leis, mas o que adiantaria? Já fiz universos. Criar é como espirrar ou escrever pequenas histórias. Isto brota de mim. Eu poderia fazer uma orgia de criações. Criar, criar, criar. Depois de um tempo a gente enche o saco de fazer sempre a mesma coisa, como quando a gente come uma caixa de chocolate e depois, quanto vai morder o último, nota que este já não tem mais o mesmo sabor que tinha o primeiro. Depois de já ter tido dez filhos, para que ter vinte? Estou perguntando a você e não ao papa.
Se tanto mais, melhor, então eu estaria obrigado a fazer um número infinito de filhos, e um número sem fim de universos. Se me sentir obrigado a isto, eu já seria um escravo. Muitos de vocês asseguram que é inapropriado procurar um propósito dentro de vocês mesmos, e que isto tem de vir de fora. Eu acho o mesmo. Não posso achar propósito em mim mesmo. Se achasse, teria que procurar meus motivos. Teria de descobrir por que eu escolhi uma razão e não uma outra, e se essas razões vieram de dentro de mim, ou se as peguei numa sucessão de auto-racionalizações. Já que não possuo nenhuma força poderosa dentro de mim mesmo, então, não tenho nenhum propósito. Nenhuma razão para viver.
É tudo sem sentido. Certamente estou tentando dar sentido a você - agradar-me, atingir a perfeição, o que quer que seja - e talvez seja tudo que lhe diga respeito; mas será que não o aborrece, só um pouco, que a fonte do sentido para a sua vida não tenha nenhum sentido ele próprio? E que se isto for verdade, talvez você mesmo não tenha seu próprio sentido? Se o faz feliz esperar de uma fonte de referência externa na qual encontre significado, por que negar o mesmo a mim? Também quero ser feliz, e gostaria de encontrar esta felicidade em outro lugar fora de mim.
Seria isto um pecado? Por outro lado, se você acha que eu tenho o direito e a liberdade de encontrar a felicidade em mim mesmo e nas coisas que criei, então por que você não teria o mesmo direito? Logo você, que eu criei à minha imagem. Sei que alguns de vocês propuseram uma solução para este problema. Chamam isto de "amor". Acham que estou sozinho aqui em cima e crêem que fiz a humanidade para satisfazer minha necessidade de um relacionamento com alguém que não eu mesmo.
Claro, isto nunca funcionaria, porque seria impossível criar algo que não seja parte de mim mesmo, mas digamos que eu tentasse mesmo assim. Suponhamos que eu tenha criado isto que se chama "livre-arbítrio" que seria correspondente à escolha de cada um. Se eu desse a liberdade ( e isto seria forçar a palavra, porque não há nada fora do meu poder), de não me amar, então, se alguns de vocês alguns poucos, se só um, escolher me amar, eu não ganharia nada além do que já tinha. Ganhei um relacionamento com alguém que teria escolhido de qualquer forma. Isto é o que se chama amor, vocês dizem.
Isto é uma grande idéia, no papel. Na vida real, entretanto, ocorre que bilhões de pessoas tenham escolhido não me amar e eu tenho que fazer algo contra esses infiéis. Não poderia simplesmente descriá-los. Se eu simplesmente destruísse todos os não crentes, eu poderia ter criado apenas crentes, logo no princípio. Já que sou onisciente, saberia de antemão quais aqueles que me amariam, e isto não causaria qualquer conflito com o "livre arbítrio", já que aqueles que não me quereriam já estariam eliminados previamente, simplesmente não tendo a chance de ser criados. Eu chamaria isto seleção supernatural. Isto me parece muito mais humano que o inferno. Você não pode ter uma relação de amor com alguém que não é seu semelhante. Se vocês humanos não têm uma alma eterna, como eu, então são inúteis como companhia.
Se não posso respeitar seus direitos de viver independentemente, e seu direito de escolher algo que não seja eu, então eu não poderia amar aqueles de vocês que escolheram a mim. Eu teria de escolher um lugar para aqueles bilhões de almas que não me escolheram, quaisquer que fossem suas razões. Chamemos de "inferno" aquele lugar que é não-Deus, ou não-eu. Eu teria de criar esse inferno, se não nem eu nem o descrente poderia escapar um do outro. Deixemos de lado os detalhes de como eu criaria esse lugar. E separemos esse inferno de mim, longe de quem nada existe. (Não seria como se eu criasse algo e depois jogasse fora - não há lixeira cósmica). O ponto é que, já que sou perfeito, este lugar no exílio seria tudo que é oposto.
Seria o último mal, dor, escuridão e tormento. Se eu criei o inferno, então não gosto de mim mesmo. Se criei um inferno, então não seria inteligente admitir isso. Como poderia saber se alguém declara me amar por meus próprios méritos, ou simplesmente teme a punição? Como posso esperar que alguém me ame e ao mesmo tempo me tema antes de mais nada? O medo da punição eterna poderia assustar as pessoas até a obediência, mas isto não é nada que inspire amor. Se você me trata com ameaças e intimidações, eu teria de reconsiderar minha admiração pelo seu caráter. O que acharia de alguém que criou seus filhos tendo estes conhecimento de que alguns deles iriam ser atormentados eternamente num lugar projetado especialmente para eles? Não seria melhor nem ter nascido? Sei que alguns de vocês acham que o inferno é só uma metáfora.
Você acha o mesmo do céu? De qualquer forma, este argumento do amor completo está errado. Se sou perfeito, não me falta nada. Não posso estar só. Não posso necessitar ser amado. Nem sequer posso querer ser amado, porque querer é sentir falta de algo. Submeter-me à questão de dar ou receber amor é admitir que posso ficar magoado com alguém que decide não me amar. Se você pode me magoar, então não posso ser perfeito. Se não posso ser magoado, não posso também amar. Se ignoro ou desprezo aqueles que não me amam, mandando-os para o inferno, então meu amor não é sincero. Se tudo o que estou fazendo é jogar os dados do livre arbítrio, e escolhendo aqueles que casualmente resolvem me escolher, então sou um monstro egoísta. Se você joga dessa maneira com as vidas dos outros, eu chamaria você de insensível, convencido, inseguro, egoísta e manipulador. Eu sei que você tem tentado livrar a minha barra. Você explica que não sou responsável pelo sofrimento de não crentes porque a rejeição a Deus é escolha deles, e não minha. Eles têm uma natureza humana corrupta, você explica. Ora, quem deu a eles a natureza humana? Se alguns decidem não fazer o bem, quem lhes deu esse impulso? Se acha que foi Satã, quem criou Satã? E por que alguns homens se submeteriam a Satã a princípio?
Quem criou essa susceptibilidade? Se Satã foi criado perfeito e depois decaiu, de onde veio o erro da perdição? Se sou perfeito, como, em nome de Deus terminei criando algo não perfeito? Alguém já disse que uma árvore boa não pode dar frutos ruins. Aqui está o título para seu próximo texto teológico: Eva era perfeita? Se era, não teria comido o fruto. Se não era, então criei algo imperfeito. Talvez você ache que tudo isso tenha um propósito. Mas isto me dá é dor de cabeça (se você não permite a mim uma simples dor de cabeça, então como pode dar a mim a dor de um amor perdido?) Eu não conseguiria suportar saber que algum ato meu fez algum mal a alguém. Bem, eu não deveria dizer isto. Já que eu acho que você me criou, acho que você é quem deveria dizer com quem eu deveria viver. Se acha que é consistente com meu caráter tolerar amor e vingança ao mesmo tempo, então não tenho escolha. Se você é meu criador, eu posso cuspir amor por um lado da boca e brutalidade do outro. Eu poderia dançar com minha amante sobre os ossos dos filhos desencaminhados e fingir que estou gostando. Seria muito humano, na verdade.
Teria milhares de outras perguntas, mas permita-me mais uma só:
COMO DECIDO O QUE É CERTO E O QUE É ERRADO?
Não sei como cheguei aqui, mas estou aqui. Digamos que meu propósito é escolher as boas pessoas na minha criação. Suponha que estou aqui para ensiná-lo a ser perfeito como eu, ou como eu quero que seja. Seu objetivo seria ser pequenos espelhos de mim. Não seria esplêndido? Eu lhe daria regras e princípios e você tenta segui-los. Isto pode ser ou não significativo, mas pelo menos nos manteria ocupados. Suponho que sob seu ponto de vista, seria terrivelmente significativo, já que eu tenho o poder de recompensar e castigar.
Sei que alguns teólogos protestantes acham que recompenso não por boas ações mas apenas por crer em meu filho Jesus que pagou a punição por suas más ações. Bem, Jesus passou apenas trinta e seis horas de uma sentença de vida eterna no inferno e agora está de volta aqui comigo, no aconchego do lar. Ele não foi libertado por bom comportamento.
Ele foi simplesmente liberado. (Ele tinha relacionamentos). Se meu julgamento justo exige satisfação, Jesus deveria pagar o preço total, não acha? Além disso, fica incompreensível para mim como eu aceitaria o sangue de um indivíduo como pagamento pelos crimes de outro. Isto é justo? Isto é justiça? Se você comete um crime, pode a justiça aceitar que seu irmão pague em seu lugar? Se alguém arromba sua casa, você acha que foi feita justiça se um amigo compra nova mobília igual à roubada? Você acha que sou um ditador sanguinário que me contento com a morte de alguém pelo crime de um outro? Você é tão desrespeitador da justiça a ponto de aceitar um substituto para ser punido por seus crimes? E a responsabilidade pessoal? Mas vamos ignorar estas objeções. Vamos supor que Jesus e eu resolvemos tudo isso, e que o mal será punido e o bem recompensado. Como saberei a diferença? Você insiste que não consulto qualquer manual. Você pede para que eu seja o Juiz Final. Eu devo simplesmente decidir e você deve aceitar minha decisão. Estarei livre para decidir o que quiser? Suponha que eu queira que você me honre com um dia meu. Gosto do número sete, não sei porque, talvez por ser o primeiro número inútil.
Dividamos o calendário com grupos de sete dias e vamos dar o nome desses grupos de semanas. Por harmonia, suponha que divida grosseiramente cada fase lunar por sete dias. O último dia da semana - ou talvez o primeiro, não importa - vou reservar para mim mesmo. Vamos chamá-lo de sábado. Isto parece certo e acho que é o melhor a fazer. Farei uma ordem para que você guarde os sábados, e se você respeitar, eu o considerarei boa pessoa. De fato, farei desta lei um dos meus dez grandes mandamentos e o condenarei à morte se desobedecer. Isto tudo faz perfeito sentido, não sei por que.
Ajude-me agora. Como posso escolher o que é moral? Já que não posso consultar nenhuma autoridade, a coisa a fazer, me parece, deve ser escolhida aleatoriamente. Coisas serão boas ou más apenas porque eu decido como tal. Se eu, apenas por cisma, decido que você não fará imagens para adorar, então assim o será. Se eu decidir que assassinato é bom e compaixão é ruim, você terá de aceitar. Será tudo assim? Eu apenas decido como der na veneta o que é certo e errado? Claro! Decido baseado no que me faz sentir bem. Mas já li em sua literatura que você considera esse tipo de atitude como sendo autoritárias. Alguns de vocês dizem que sou perfeito, que não posso errar nunca. Tudo que escolho para ser certo ou errado, é de acordo com minha natureza, e já que sou perfeito, então, minha escolhas são sempre perfeitas. Em qualquer situação, minha escolha será sempre melhor que a sua, você sabe. Mas o que significa "perfeito"? Se minha natureza é perfeita ( qualquer que seja seu significado), então eu estou me baseando num padrão, então não sou Deus. Se perfeição significa algo por si só, diferente de mim, então sou constrangido a seguir seu caminho. E se, por outro lado, perfeição é algo inerente a mim, então não significa nada. Minha natureza poderá ser o que quiser, e a perfeição poderá ser definida de acordo.
Vê o problema aqui? Se "perfeição' é "Deus", seria apenas um sinônimo de mim mesmo, e poderíamos fazer o que quiséssemos com a palavra. Poderíamos usar qualquer das duas palavras. Faça sua escolha. Se sou perfeito, então há certas coisas que não posso fazer. Se não tenho liberdade para invejar, ter cobiça ou malícia, por exemplo, então não sou onipotente. Não posso ser mais poderoso do que você, que pode fazer e sentir coisas que não posso. Além disso, se você acha que Deus é perfeito, por natureza, então o que significa "natureza"? A palavra é usada para descrever o modo como coisas acontecem na natureza, mas já que você me considera acima dela, talvez você esteja considerando outra coisa, talvez "caráter" ou "atributos". Ter uma natureza ou um caráter, significa ser uma ousa em vez de outra. Significa que há limites. Como posso ser uma coisa e não outra? Como é decidido que minha natureza é esta ou aquela outra? Se minha "natureza" é claramente definida, então tenho limites.
Não sou Deus. Se minha natureza não tem limites, como muitos de vocês sugerem, então não tenho nenhuma natureza, na verdade, e dizer que Deus tem esta ou aquela natureza não tem significado nenhum. De fato, se não tenho limites, não tenho identidade; se não tenho identidade, não existo. Quem sou eu? Isto me leva de volta à questão: Se não sei quem sou eu, então quem decide o que é certo? Devo cutucar a mim mesmo para ver em que dá? Há algo que devo perseguir e uns de vocês já sugeriram. Devo fazer um pronunciamento sobre o que é melhor para a humanidade. Vocês têm um corpo físico e circulam num meio físico. Eu deveria determinar aquelas ações que são saudáveis e benéficas para seres materiais num ambiente material. Deveria fazer da moralidade algo de material: algo relativo à vida humana, e não aos meus desejos. Eu deveria declarar (por conclusão, e não por decreto) que destruir a vida humana é ruim, e que ajudar os outros humanos é bom. Seria como elaborar um manual de instruções para um produto por mim elaborado e fabricado. Seria necessário que eu soubesse tudo sobre a natureza humana e o ambiente no qual os humanos vivem, e comunicar essas idéias a você. Isto faz muito sentido, mas muda meus desafios quanto a determinar a moralidade e comunicar a moralidade. Se a moralidade está na natureza, então você não precisa de mim, a não ser talvez, para provocá-lo. Já vi que vocês têm mentes capazes e a habilidade de usar a razão e a ciência. Há algo de misterioso quando estudamos a maneira como os humanos interagem entre si e com a natureza, e você precisa contar sempre com seu conjunto de regras. Alguns de vocês tentaram, alguns milênios antes de Moisés. Mesmo que suas leis sejam contrárias às minhas, eu não poderias querer suplantá-las.
Pelo menos você deveria ser apto a dar razões às suas leis, o que eu só poderia fazer submetendo-me à ciência. Se moralidade é definida como os homens se relacionam com a natureza, então vocês não precisam na verdade de mim. Estou fora do jogo! Até onde eu saiba, a maioria de vocês têm os pés no chão e não necessitam da minha ajuda. Eu poderia entregar algumas tábuas contendo coisas que acho certo e errado, mas duvido se iam adiantar alguma coisa aí no mundo real. Acho que devemos concordar que razão é mais importante do que um capricho de uma divindade. Esta é uma ótima abordagem, mas o que me aborrece é que isto pode ajudá-lo a entender que moralidade está no seu próprio ambiente, mas para mim, pouco vai ajudar. Não tenho um ambiente. Estou aqui ao sabor da brisa. Invejo você. Nem a abordagem humanista ajuda a vocês quererem que a moralidade seja dependente de algo absoluto, fora de vocês. Deve ser assustador para aqueles que precisam de uma âncora para descobrir que não existe fundo no oceano. Bem, para mim é assustador também. Não tenho minha própria âncora. É por isto que lhe peço ajuda. Obrigado por ter lido minha carta, e por ter atrapalhado sua vida muito ocupada. Por favor responda de acordo com sua conveniência.
Tenho todo o tempo do mundo.
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Tchobi escreveu:Ação e Reação que eu acredito não acontece na mesma moeda. Normalmente a vida devolve em menor dosagem o mal feito, porque as boas atitudes apaziguam certas más atitudes passadas.
"Normalmente" é ótimo... você especula uma lei, depois a viola e ainda tem coragem de dizer "normalmente". Assim é fácil.
O bom (sic) e velho sistema espírita pode ser desenvolvido segundo o modelo.
M- mal
L1=Se um agente moral faz uma ação M com magnitude mi, ele sofrerá uma ação ou conjunto de ações que correspondem a sua ação M com magnitude mi.
Se uma ação B diminui a magnitude mi que seria a exata punição para o agente, a lei L1 é inválida.
Então podemos fazer outro modelo, que não corresponde ao modelo espírita.
Seja X uma quantidade que expressa B quando tem saldo positivo e M quando tem saldo negativo. Temos:
L2= Um agente moral quando faz uma ação M com magnitude mi, equivale a um valor de X=-mi. Um agente moral quando faz uma ação B com magnitude mi, equivale a um valor de X=+mi. O agente sofrerá por suas ações de acordo com o saldo total de X.
Qual que vc quer?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re: Re.: Por que acredito em Deus?
Perseus escreveu:Ta ta ta.. blz..
Mas, de qual deus você ta falando, Tchobi?
Onde fica o cemitério dos deuses mortos? Algum enlutado ainda regará as flores de seus túmulos? Houve uma época em que Júpiter era o rei dos deuses, e qualquer homem que duvidasse de seu poder era ipso facto um bárbaro ou um quadrúpede. Haverá hoje um único homem no mundo que adore Júpiter? E que fim levou Huitzilopochtli? Em um só ano – e isto foi há apenas cerca de quinhentos anos – 50 mil rapazes e moças foram mortos em sacrifício a ele. Hoje, se alguém se lembra dele, só pode ser um selvagem errante perdido nos cafundós da floresta mexicana.
Huitzilopochtli, como muitos outros deuses, não tinha um pai humano; sua mãe era uma virtuosa viúva; nasceu de um inocente flerte dela com o sol. Quando ele resmungava, seu pai, o sol, ficava quieto. Quando trovejava de ira, terremotos engoliam cidades inteiras. Quando tinha sede, era saciado por 5 mil litros de sangue humano. Hoje, Huitzilopochtli está tão esquecido quanto Allen G. Thurman.
Para quem já teve como seus pares Alá, Buda, e Wotan, seus colegas atualmente são Richmond P. Robinson, Alton B. Parker, Adelina Patti, Tom Sharkey e o general Weyler, sejam quem forem.
Falando em Huitzilopochtli, logo vem à memória seu irmão Tezcatilpoca. Tezcatilpoca era quase tão poderoso: devorava 25 mil virgens por ano. Levem-me a seu túmulo: prometo chorar e depositar uma couronne des perles. Mas quem sabe onde fica? E onde fica túmulo de Quitzalcoatl? Ou o de Xiehtecutli? Ou o de Centeotl, aquela gracinha de deus? Ou o de Tlazolteotl, a deusa do amor? Ou o de Mictlan? Ou o de Xipe? Ou os restos de Tzitzimitles? Onde estão seus ossos? Onde fica o salgueiro onde eles penduraram suas harpas? Em qual Inferno perdido e desconhecido esperam pela ressurreição?
Quem desfruta suas heranças? E onde fica o túmulo de Dis, de quem César dizia que era principal deus dos celtas? Ou o de Tarves, o touro? Ou o de Moccos, o porco? Ou o de Épona, a égua? Ou o de Mullo, o asno celestial? Houve uma época em que os irlandeses reverenciavam todos esses deuses, mas hoje até o mais bêbado deles só consegue rir disso.
Mas eles têm companhia no oblívio: o Inferno dos deuses mortos é tão superlotado quanto o Inferno presbiteriano para bebês. Damona está num deles, assim como Ésus, Drunemeton, Silvana, Dervones, Adsalluta, Deva, Belisama, Uxellimus, borvo, Grannos e Mogons.
Todos deuses poderosos em seu tempo, adorados por milhões, cheios de exigências e imposições, todos capazes de unir e desunir – enfim, deuses de primeira classe. Durante gerações, os homens trabalharam para construir-lhes vastos templos – cada qual com pedras do tamanho de um bonde. O trabalho de interpretar os seus caprichos ocupava milhares de sacerdotes, bispos e arcebispos. Desafiá-los significava a morte, geralmente na fogueira. Os exércitos os defendiam contra os infiéis: cidades eram queimadas, mulheres e crianças chacinadas, seu gado afugentado. No fim das contas, no entanto, todos declinaram e morreram, e, hoje, não se encontra uma única alma penada para reverenciá-los.
O que terá acontecido a Sutekh, antigo deus de todo o vale do Nilo? O que terá acontecido a: Resheph, Baal, Anath, Astrarte, Ashtoreth, Hadad, Nebo, Dagon, Melek, Yau, Ahijah, Amon-Ra, Ísis, Osíris, Ptah, Molech?
Todos estes foram deuses da mais alta eminência. Muitos são mencionados com temor e respeito no Velho Testamento. Há 5 ou 6 mil anos, estavam taco a taco com o próprio Jeová, e o mais galinha-morta de todos era muito superior a Thor. Pois foram todos para o nada e, com eles, os seguintes: Arianrod, Nuada, Argetlam, Morrigu, Tagd, Govannon, Goibniu, Gunfled, Odim, Dagda, Ogma, Ogurvan, Marzin, Dea Dia, Marte, Iuno Lucina, Diana de Éfeso, Saturno, Robigus, Furrina, Plutão, Cronos, Vesta, Engurra, Zer-panitu, Belus, Merodach, Ubililu, Elum, U-dimmer-an-kia, Marduk, U-sab-sib, Nin, U-Mersi, Perséfone, Tammuz, Istar, Vênus, Lagas, Belis, Nirig, Nusku, Nebo, Aa, En-Mersi, Sin, Assur, Apsu, Beltu, Elali, Kusky-banda, Mami, Nin-azu, Zaraqu, Qarradu, Zagaga, Ueras.
Peça ao seu vigário que lhe empreste um bom livro sobre religião comparada: você encontrará todos eles devidamente listados. Todos foram deuses da mais alta dignidade – deuses de povos civilizados –, adorados e venerados por milhões. Todos eram onipotentes, oniscientes e imortais. E todos estão mortos
Por Henry L Mencken.
Re.: Por que acredito em Deus?
M- mal
L1=Se um agente moral faz uma ação M com magnitude mi, ele sofrerá uma ação ou conjunto de ações que correspondem a sua ação M com magnitude mi.
Se uma ação B diminui a magnitude mi que seria a exata punição para o agente, a lei L1 é inválida.
Então podemos fazer outro modelo, que não corresponde ao modelo espírita.
Seja X uma quantidade que expressa B quando tem saldo positivo e M quando tem saldo negativo. Temos:
L2= Um agente moral quando faz uma ação M com magnitude mi, equivale a um valor de X=-mi. Um agente moral quando faz uma ação B com magnitude mi, equivale a um valor de X=+mi. O agente sofrerá por suas ações de acordo com o saldo total de X.
Qual que vc quer?
Sim, você tem razão no que diz, a L2 condiz melhor com o que penso.
O que estou dizendo seria mais ou menos assim:
Imagine que eu coloque na balança uma caixa com 100N de peso: este seria o carma negativo.
Então eu pego uma bexiga de hélio que exerça uma força contrária de 10N: este seria o carma positivo.
Então no total ficaria 90N agindo contra a balança. Eis aí o carma.
Mas existem tipos de carma e este meu exemplo foi muito grosseiro. Por isso que usei o "normalmente".
Falow!
"Aquele que consegue tratar os familiares como trata as visitas já ganhou metade da encarnação". André Luiz