Gilberto Gil sai do Governo: agora Lula disse "Sim".
Enviado: 30 Jul 2008, 20:36
Gil cita 'Refazenda' para definir sua gestão. Após terceira tentativa de demissão, Lula aceitou
Publicada em 30/07/2008 às 19h07m
O Globo Online e André Miranda
RIO - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, anunciou na tarde desta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou - pela primeira vez, em três tentativas - seu pedido de demissão do cargo. Gil afirmou que o secretário-executivo do ministério, Juca Ferreira, será seu sucessor . O ministro reconheceu o peso das suas atividades artísticas na decisão. Gil teve, em 2008, um mês de férias e 40 dias de licença para poder dar conta de uma turnê internacional marcada anteriormente, quando já pretendia deixar o cargo.
- Há o sentimento de certa perda, porque foram cinco anos fazendo parte de um governo historicamente importante, marcante para o Brasil. A reunião (com Lula) foi positiva e tranqüilizadora, porque encontrei o presidente, pela primeira vez em três tentativas, sensível a isso - disse Gil, afirmando que Lula está tranqüilo quanto ao legado deixado por ele na pasta e a transmissão do cargo.
Gil afirmou que voltou a compor e que a turnê de seu novo disco o estimularam a tomar a decisão. E escolheu a música "Refazenda" para simbolizar sua gestão.
- O governo de Lula significa uma refazenda extraordinária no país. (
)
No entanto, o ministro lamentou que durante sua permanência o orçamento da pasta não tenha sido "mais generoso".
- Acho que os superávits fizeram com que não atingíssemos a meta de pelo menos 1% do orçamento da União, que era o desejado por nós e o recomendado pela Unesco - afirmou, acrescentando que, por outro lado, o ministério conseguiu em sua gestão ter um papel "mais importante no governo e na sociedade".
Gil rebateu as críticas de que tenha negligenciado a articulação política no governo em benefício de objetividades pessoais. Segundo ele, tais acusações foram atenuadas "na medida em que os resultados do ministério foram se impondo". Ele admitiu, no entanto, que reduziu seu tempo de dedicação ao governo nos momentos finais como ministro.
- Aquela dose inicial, de 80% de dedicação ao ministério e 20% à atividade artística, foi se desequilibrando, mas nada absurdo. Além do mês de férias a que qualquer funcionário público tem direito, eu tive 40 dias de licença este ano, concedida pelo presidente Lula - disse.
" Gil não é imprescindível apenas para a política "
Ao chegar para um almoço no Itamaraty com o presidente da Costa Rica, Óscar Arias Sánchez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia comentado o então possível pedido de demissão do ministro.
- Ele teve uma recaída e quer voltar a ser um grande artista. O Gilberto Gil não é imprescindível apenas para a política - disse Lula.
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/200 ... 481736.asp
Publicada em 30/07/2008 às 19h07m
O Globo Online e André Miranda
RIO - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, anunciou na tarde desta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou - pela primeira vez, em três tentativas - seu pedido de demissão do cargo. Gil afirmou que o secretário-executivo do ministério, Juca Ferreira, será seu sucessor . O ministro reconheceu o peso das suas atividades artísticas na decisão. Gil teve, em 2008, um mês de férias e 40 dias de licença para poder dar conta de uma turnê internacional marcada anteriormente, quando já pretendia deixar o cargo.
- Há o sentimento de certa perda, porque foram cinco anos fazendo parte de um governo historicamente importante, marcante para o Brasil. A reunião (com Lula) foi positiva e tranqüilizadora, porque encontrei o presidente, pela primeira vez em três tentativas, sensível a isso - disse Gil, afirmando que Lula está tranqüilo quanto ao legado deixado por ele na pasta e a transmissão do cargo.
Gil afirmou que voltou a compor e que a turnê de seu novo disco o estimularam a tomar a decisão. E escolheu a música "Refazenda" para simbolizar sua gestão.
- O governo de Lula significa uma refazenda extraordinária no país. (



No entanto, o ministro lamentou que durante sua permanência o orçamento da pasta não tenha sido "mais generoso".
- Acho que os superávits fizeram com que não atingíssemos a meta de pelo menos 1% do orçamento da União, que era o desejado por nós e o recomendado pela Unesco - afirmou, acrescentando que, por outro lado, o ministério conseguiu em sua gestão ter um papel "mais importante no governo e na sociedade".
Gil rebateu as críticas de que tenha negligenciado a articulação política no governo em benefício de objetividades pessoais. Segundo ele, tais acusações foram atenuadas "na medida em que os resultados do ministério foram se impondo". Ele admitiu, no entanto, que reduziu seu tempo de dedicação ao governo nos momentos finais como ministro.
- Aquela dose inicial, de 80% de dedicação ao ministério e 20% à atividade artística, foi se desequilibrando, mas nada absurdo. Além do mês de férias a que qualquer funcionário público tem direito, eu tive 40 dias de licença este ano, concedida pelo presidente Lula - disse.
" Gil não é imprescindível apenas para a política "
Ao chegar para um almoço no Itamaraty com o presidente da Costa Rica, Óscar Arias Sánchez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia comentado o então possível pedido de demissão do ministro.
- Ele teve uma recaída e quer voltar a ser um grande artista. O Gilberto Gil não é imprescindível apenas para a política - disse Lula.
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/200 ... 481736.asp