6 meses de licença - O FIM DOS NASCIMENTOS
Enviado: 18 Ago 2008, 13:41
TACADA
Depois de muita discussão sobre as formas para enfrentar, e conter, o aumento irresponsável de nascimentos, passando por sugestões sobre um efetivo controle de natalidade e/ou planejamento familiar, eis que o nosso Parlamento, quase que num passe de mágica, mas sempre visando ser assistencialista, parece ter dado uma grande tacada.
REDUÇÃO DA NATALIDADE
Mesmo que ainda dependa da sanção do presidente Lula, a nova lei recém aprovada na Câmara dos Deputados, que garante seis meses de licença a todas as mães que derem à luz, deve se revelar como o melhor remédio para que tenhamos uma redução drástica na natalidade no Brasil.
SÓ AS ESTÉREIS
Inicialmente, como sempre, a vibração será grande. A euforia, no entanto, para as mulheres sensatas, vai durar pouco. Até que percebam que os empregadores não terão como arcar com um custo tão elevado. E daí pra frente só poderão ser empregadas as mulheres estéreis. Aquelas que venham a provar que não podem mais ter filhos.
EMPREENDEDORISMO
Já as mulheres que queiram constituir família, com marido e filhos, mas também desejam trabalhar, só resta uma saída: o empreendedorismo. E, com toda a certeza, a partir daí não cumprirão o tal período de licença maternidade aprovado por lei. A não ser que queiram ficar à margem do mercado de trabalho.
DECISÃO ESDRÚXULA
As mulheres, em geral, já enfrentam dificuldades comparativas. O fato de existir o Dia da Mulher é a prova mais evidente disso. Agora, com a decisão esdrúxula dos nossos parlamentares a discriminação vai aumentar ainda mais.
PRECIFICADO
Se os salários das mulheres, na média, são inferiores aos dos homens é porque as vantagens exorbitantes acaba sendo precificada na hora do acerto da remuneração. Tudo acaba sempre sendo precificado. E não há outra forma, gente.
As vantagens obtidas pelas mulheres ao longo do tempo, como é o caso, por exemplo, da idade inferior à dos homens para chegar à aposentadoria, já representa um custo importante. Juntando com a excessiva licença maternidade e outras mais, o preço, definido pelo salário pago pelo empregador, só pode ser menor.
VIAS TORTAS
Não há, pois, como dissociar o custo do benefício. Vantagem concedida vai para o preço do salário. Não pela via contábil ou financeira, mas pela definição do ganho que deverá compensar o tamanho do benefício concedido. Por lei ou por outra forma.
Como ninguém paga por serviços não feitos, o emprego de mulheres deverá ficar mais difícil. E para fugir do problema sério, diante da necessidade que as mulheres têm de trabalhar, o Brasil vai estacionar no crescimento populacional. Por vias tortas.
O que pode acontecer, embora não vá acontecer, é que as mulheres rejeitem a vantagem. Afinal, as manifestações feitas no Dia da Mulher não se propõe à conquista dos mesmos direitos? E dos deveres também, naturalmente.
http://www.pontocritico.com
Depois de muita discussão sobre as formas para enfrentar, e conter, o aumento irresponsável de nascimentos, passando por sugestões sobre um efetivo controle de natalidade e/ou planejamento familiar, eis que o nosso Parlamento, quase que num passe de mágica, mas sempre visando ser assistencialista, parece ter dado uma grande tacada.
REDUÇÃO DA NATALIDADE
Mesmo que ainda dependa da sanção do presidente Lula, a nova lei recém aprovada na Câmara dos Deputados, que garante seis meses de licença a todas as mães que derem à luz, deve se revelar como o melhor remédio para que tenhamos uma redução drástica na natalidade no Brasil.
SÓ AS ESTÉREIS
Inicialmente, como sempre, a vibração será grande. A euforia, no entanto, para as mulheres sensatas, vai durar pouco. Até que percebam que os empregadores não terão como arcar com um custo tão elevado. E daí pra frente só poderão ser empregadas as mulheres estéreis. Aquelas que venham a provar que não podem mais ter filhos.
EMPREENDEDORISMO
Já as mulheres que queiram constituir família, com marido e filhos, mas também desejam trabalhar, só resta uma saída: o empreendedorismo. E, com toda a certeza, a partir daí não cumprirão o tal período de licença maternidade aprovado por lei. A não ser que queiram ficar à margem do mercado de trabalho.
DECISÃO ESDRÚXULA
As mulheres, em geral, já enfrentam dificuldades comparativas. O fato de existir o Dia da Mulher é a prova mais evidente disso. Agora, com a decisão esdrúxula dos nossos parlamentares a discriminação vai aumentar ainda mais.
PRECIFICADO
Se os salários das mulheres, na média, são inferiores aos dos homens é porque as vantagens exorbitantes acaba sendo precificada na hora do acerto da remuneração. Tudo acaba sempre sendo precificado. E não há outra forma, gente.
As vantagens obtidas pelas mulheres ao longo do tempo, como é o caso, por exemplo, da idade inferior à dos homens para chegar à aposentadoria, já representa um custo importante. Juntando com a excessiva licença maternidade e outras mais, o preço, definido pelo salário pago pelo empregador, só pode ser menor.
VIAS TORTAS
Não há, pois, como dissociar o custo do benefício. Vantagem concedida vai para o preço do salário. Não pela via contábil ou financeira, mas pela definição do ganho que deverá compensar o tamanho do benefício concedido. Por lei ou por outra forma.
Como ninguém paga por serviços não feitos, o emprego de mulheres deverá ficar mais difícil. E para fugir do problema sério, diante da necessidade que as mulheres têm de trabalhar, o Brasil vai estacionar no crescimento populacional. Por vias tortas.
O que pode acontecer, embora não vá acontecer, é que as mulheres rejeitem a vantagem. Afinal, as manifestações feitas no Dia da Mulher não se propõe à conquista dos mesmos direitos? E dos deveres também, naturalmente.
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