Lula e sua demagogia costumeira

[Herf]

21/08/2008 - 12h09
Lula chama estudantes ricos de "babacas"
LETÍCIA SANDER
enviada da Folha de S.Paulo a Juazeiro do Norte (CE)

Em um discurso inflamado durante inauguração de um campus universitário em Juazeiro do Norte (CE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva taxou ontem à noite seus críticos de "babacas" que não entenderam a "revolução" na área da educação.

Lula usou duas vezes a palavra "babaca". A primeira foi ao falar do Prouni (Programa Universidade para Todos), classificado por ele de "idéia genial".

"Quando criamos o Prouni tinha um tipo de gente que fazia discurso assim contra o governo: "ah, estão privatizando a educação", "ah, estão dando dinheiro para universidade particular". Ou seja, os babacas não percebiam que estávamos fazendo uma revolução na educação brasileira", afirmou.

Logo depois, reclamou dos estudantes que protestaram contra a alteração, via Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que aumenta de 12 para 18 a média de alunos por professor nas universidades federais.

"Aí tinha um tipo de estudante daqueles que vocês sabem, que vai para a reitoria querer bater no reitor. "Ah, 18 alunos é muita gente na sala de aula, 18 alunos vai atrapalhar a educação". O babaca rico que já estudava não queria que o pobre tivesse a chance", disse, evocando o discurso de ricos e pobres, e dizendo que prefere governar para os últimos.

"Eu digo todo dia: governo para todos, não discrimino ninguém. Mas faço como a minha mãe. Se eu tiver um bife, não tem um filho mais bonito que vai comer sozinho não. Todos vão dar uma lambidinha."

Lula fez diversas referências ao próprio passado no discurso. Numa delas, culpou seus antecessores pela violência urbana ao dizer que "a política econômica estabelecida neste país nos últimos 40 anos fez gerar duas gerações de jovens sem oportunidades". Então lembrou ser o oitavo filho de uma família pobre, na qual "ninguém virou bandido, nem nunca roubou um centavo".

Depois, falava da frustração de não ter podido estudar mais - ele não tem curso superior - quando então confidenciou que, se pudesse, teria optado pela economia.

Num momento de preocupação com a inflação e freqüentes críticas de bastidores à atuação do ministro Guido Mantega (Fazenda), ele alfinetou: "Porque economista é uma beleza. Quando economista é oposição, ele tem solução para tudo. Quando ele chega no governo, não tem solução para nada".

O presidente ironizou o desempenho da seleção nas Olimpíadas, ao dizer que "se os jogadores da seleção olímpica tivessem a mesma garra que os estudantes do Prouni, a gente teria agora que disputar medalha no domingo". Alguém da platéia lembrou que o futebol feminino ainda está na disputa.

"Ah, as mulheres são as mulheres... Por isso é que eu sou cada vez mais mulher", aproveitou. Ao seu lado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), tida como o nome do PT para 2010, sorriu. Ao fim do discurso, Lula disse esperar que quem vier depois dele seja melhor. A platéia, formada na maioria por petistas e simpatizantes do governo, interrompeu sua fala aos gritos de "Dilma, Dilma".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u436192.shtml

[Apo]

TODOS OS PETRALHAS AQUI CONCORDAM COM ISTO?

É só uma dúvida que eu tenho....

[Johnny]

Depende. Lembro da época que tinha sim muito rico babaca reclamando da refeição da universidade de Campinas, Unicamp, porque subiram de 1 para 1,10 cruzeiros. Se isso não for ser babaca...

[Apo]

Depende. Lembro da época que tinha sim muito rico babaca reclamando da refeição da universidade de Campinas, Unicamp, porque subiram de 1 para 1,10 cruzeiros. Se isso não for ser babaca...

Jura que é disto que o Lula está falando...

[Johnny]

Depende. Lembro da época que tinha sim muito rico babaca reclamando da refeição da universidade de Campinas, Unicamp, porque subiram de 1 para 1,10 cruzeiros. Se isso não for ser babaca...

Jura que é disto que o Lula está falando...

Não, não deve ser. Mas tenho certeza que ele se refere às "choraminganças" de filhinhos de papai que podem se dar ao luxo de estudar o dia todo, com carro do ano na mão, em federais e estaduais e vivem reclamando de barriga cheia. Sei que hoje está menos difícil entrar numa federal/estadual mas naquela epoca (77 a 88) só entrava burguês e estrangeiro.

[Apo]

Depende. Lembro da época que tinha sim muito rico babaca reclamando da refeição da universidade de Campinas, Unicamp, porque subiram de 1 para 1,10 cruzeiros. Se isso não for ser babaca...

Jura que é disto que o Lula está falando...

Não, não deve ser. Mas tenho certeza que ele se refere às "choraminganças" de filhinhos de papai que podem se dar ao luxo de estudar o dia todo, com carro do ano na mão, em federais e estaduais e vivem reclamando de barriga cheia. Sei que hoje está menos difícil entrar numa federal/estadual mas naquela epoca (77 a 88) só entrava burguês e estrangeiro.

Não, este seria um discurso raso e bobo demais, tipo odeio playba filhinho de papai. Não é coisa de presidente, ou não deveria ser. É um recado demagogo dirigido às massas, prá variar incentivo o ódio clássico em nome do umbigo dele e da vontade de permanecer no poder com propaganda populista.

E daí que alguns filhos podem ter o que os pobres tanto querem ter também?
Todo jogador de futebol ( que é o que dá ascensão rápida neste país, e não estudo) que fica rico, arrota carrão de luxo, mansões, mulherada e traveco. Daí fica tudo bem. Estudar, dirigir, ter cultura e exigir seriedade nesta merda de país é que tá errado.
Com esta elite política que está no poder ( a maioria bandidos e analfabetos) a inversão de valores vai continuar fazendo parte dos discursos inflamados do presidente viajante que só usa terno e sapato importado das melhores grifes mundiais.

E nem vem que entre 77 e 88 entrava prá universidade quem estudada para o vestibular e pronto.Agota tem que estudar muito mais, pois nos roubam as vagas por ser negro, índio e outras categorias sem estudar porra alguma.

O que existia de diferente entre 77 e 88?

[Johnny]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

78, 79, 80...87

Tá...Fui...

[O ENCOSTO]

Eu sou totalmente a favor do aumento do numero de alunos por professor nas universidades federais, e da criação de cursos noturnos.

[O ENCOSTO]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

[Apo]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

78, 79, 80...87

Tá...Fui...

Não vá. Seja claro.

[Apo]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

O que isto tem a ver com entrar na universidade?

[Johnny]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

O que isto tem a ver com entrar na universidade?

Nem ele sabe o que disse ....

Entre 197X e 1985 era muito raro você ver pessoas não abastadas, por mais esforçadas que fossem, entrar para as universidades do governo. As poquíssimas pessoas que conheci entraram porque os pais deram um apoio "sobrenatural" aos mesmos (sacrificaram o pouco de conforto e demais itens). Não nos esqueçamos que até pouco tempo, ainda era "natural" exigir que os filhos começassem a trabalhar desde cedo (vide Office-Boys). Há de convir comigo que alguém que ralava o dia inteiro com um café da manhã (pão com margarina e café com leite C) em sub-emprego para ajudar em casa não conseguia competir com quem acordava as 10, tomava um break-fast substancioso, almoçava algo leve com frutas e etc e à noite ia ao cursinho, estudando na parte da tarde o que viu no mesmo.

[Apo]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

O que isto tem a ver com entrar na universidade?

Nem ele sabe o que disse ....

Entre 197X e 1985 era muito raro você ver pessoas não abastadas, por mais esforçadas que fossem, entrar para as universidades do governo. As poquíssimas pessoas que conheci entraram porque os pais deram um apoio "sobrenatural" aos mesmos (sacrificaram o pouco de conforto e demais itens). Não nos esqueçamos que até pouco tempo, ainda era "natural" exigir que os filhos começassem a trabalhar desde cedo (vide Office-Boys). Há de convir comigo que alguém que ralava o dia inteiro com um café da manhã (pão com margarina e café com leite C) em sub-emprego para ajudar em casa não conseguia competir com quem acordava as 10, tomava um break-fast substancioso, almoçava algo leve com frutas e etc e à noite ia ao cursinho, estudando na parte da tarde o que viu no mesmo.

Mito.

Naquela época todo mundo tomava leite C ( inclusive com culiformes fecais, que tava muito em moda dadas as péssimas condições pecuárias e de vistoria). Quase todo mundo estudava e trabalhava meio turno pelo menos ( inclusive os filhinhos de papai classe média alta, os muito ricos estudavam fora do país).
Isto era a grande maioria e passava de acordo com seu esforço pessoal e claro, algumas escolas eram mais fortes que outras, o que exigia esforço extra depois de sair delas.

[O ENCOSTO]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

O que isto tem a ver com entrar na universidade?

Quanto menor a cobrança por qualificação, menor sera a procura por uma vaga na universidade. Não é regra geral já que tem gente que ama estudar.

[Johnny]

Só se for aí no SUL. Eu ia almoçar na Unicamp quando estudava eletrônica e sei muito bem o nivel do pessoal que estudava lá. Uma ex minha (mais velha uns 9 anos) era muito capacitada mas não conseguiu entrar na Unicamp, só na PUCC.

E antes que eu me esqueça: sou absolutamente contra vagas abertas à qualquer um nas universidades federais. Acho sim que deveria ter um sistema de recompensa para quem tivesse as melhores notas, talvez um vestibular paralelo quem promovesse bolsas em cursinhos ou algo assim, para permitir que estes competissem de igual para igual. Mas hoje está menos difícil pois tnho duas primas que entraram na Unicamp em Biologia e Quimica. Mas Medicina...tem que ser fera! Muito mesmo.

[Apo]

O que existia de diferente entre 77 e 88?

Menor necessidade de qualificação para ocupar um bom posto no mercado de trabalho.

O que isto tem a ver com entrar na universidade?

Quanto menor a cobrança por qualificação, menor sera a procura por uma vaga na universidade. Não é regra geral já que tem gente que ama estudar.

Não é a isto que ele se referia, mas ao mito da vitimização do mal alimentado e cansado.
Mesmo assim, por que entre 77 e 88?

[Johnny]

77 foi o ano que entrei para a escola técnica. Até 88 porque ACHO que a partir daí as coisas começaram a mudar e não me pergunte porque cheguei à isto...

[Apo]

Só se for aí no SUL. Eu ia almoçar na Unicamp quando estudava eletrônica e sei muito bem o nivel do pessoal que estudava lá. Uma ex minha (mais velha uns 9 anos) era muito capacitada mas não conseguiu entrar na Unicamp, só na PUCC.

E antes que eu me esqueça: sou absolutamente contra vagas abertas à qualquer um nas universidades federais. Acho sim que deveria ter um sistema de recompensa para quem tivesse as melhores notas, talvez um vestibular paralelo quem promovesse bolsas em cursinhos ou algo assim, para permitir que estes competissem de igual para igual. Mas hoje está menos difícil pois tnho duas primas que entraram na Unicamp em Biologia e Quimica. Mas Medicina...tem que ser fera! Muito mesmo.

Seguinte: mesma família, classe média alta com papai bem colocado ( mas não superprotetor, como costumam achar que é todo pai com facilidades...). 3 filhos. 2 em escola particular chulé ( porque nem toda escola particular é boa e garante futuro) e 1 em boa escola particular. Os 2 da escola chulé andavam de roupa na moda, blablabla. O da escola boa, optou em andar esculachado. Os 2 da escola chulé dormiam mais do estudavam. O da escola boa era estudioso e esforçado. E começou a trabalhar AOS 14.
Dos dois da escola chulé, um era mais inteligente, mas andava em más companhias, logo se envolveu com drogas, mas nunca rodou. O outro era burro que nem uma porta, mas era bonzinho e nunca andou em más companhia. Mas rodou por ser burro e preguiçoso.

Resultado desta diversidade dentro da mesma família, COMENDO A MESMA COISA ( muito leite Ninho, bolos, salgadinhos E FEIJÃO COM ARROZ TAMBÉM , PORQUE CLASSE MÉDIA COME FEIJÃO COM ARROZ, LEITE E PÃO COM MARGARINA):

- O inteligente, estudioso, desligado da aparência, que mesmo tendo trocado de escola e de estado 4 vezes e tendo rodado 1 vez por conta disto, passou na federal. Trabalhando desde cedo.
- Os outros 2 ( cada um no seu estilo): um passou no vestibular, depois um pouco mais de esforço pós escola e de deixar as más companhias, e hoje é um ótimo profissional. O outro, preguiçoso e burro, nunca conseguiu passar em vestibular algum e é um songa monga até hoje.

Única coisa comum aos 3 por terem comido como gente rica: eram crianças gordinhas, adolescentes gordinhos e continuam assim.
Isto porque leite A tem mais gordura e carboidrato, o que não deixa ninguém mais inteligente ou preparado, e sim mais gordo.

Outra conclusão: ricos e pobres, mesmo na mesma família, tem mais do que excesso e ausência de dinheiro.
Têm criações diferentes ou iguais, escolhem amigos e caminhos diferentes e principalmente têm capacidades inatas diferentes.

O único objetivo da vitimização através do rótulo classissista é utilitário, para alimentar estas ideologias.
Desta forma, perpetuam-se em seu discurso e no poder.

[Apo]

77 foi o ano que entrei para a escola técnica. Até 88 porque ACHO que a partir daí as coisas começaram a mudar e não me pergunte porque cheguei à isto...

Só uma percepção pessoal. Posso dividir a história recente e suas conseqüências na vida de várias formas e sob várias perspectivas.

[Johnny]

Certo: Então podemos concluir que pobre chora de barriga cheia pois tem as mesmas opções e concorrem igualmente com quem tem mais. É isso?

Amanhã eu volto, tô com fome!

E o Revit?

[Apo]

Certo: Então podemos concluir que pobre chora de barriga cheia pois tem as mesmas opções e concorrem igualmente com quem tem mais. É isso?

Amanhã eu volto, tô com fome!

E o Revit?

É. Vá comer.

[Herf]

Sim, um miserável tem menos chances do que um rico de entrar em um curso disputado de uma universidade pública. E isso não justifica o regime de cotas.

[Aranha]

Sim, um miserável tem menos chances do que um rico de entrar em um curso disputado de uma universidade pública. E isso não justifica o regime de cotas.

- Perfeito.

Abraços,

[Apo]

Antes estudante babaca do que ladrão e analfabeto. Questão de ponto de vista.

[Fernando Silva]

Sem meritocracia não se constrói um país. Sem meritocracia, todos se igualam por baixo.
Nascemos diferentes e nos tornamos ainda mais diferentes à medida em que vivemos, tendo chances ou não.